David Bowie é um dos nomes mais importantes da história da música e, no último dia 08 de janeiro, completaria 75 anos.
Com uma carreira marcada pela reinvenção e por apresentações visuais estupendas – cuja estética viria a influenciar nomes como Lady Gaga e Lorde -, Bowie permanece como um dos musicistas de maior sucesso crítico e comercial de todos os tempos e carrega consigo um legado infindável, sendo até mesmo creditado como o Melhor Astro de Rock de Todos os Tempos pela revista Rolling Stone no ano de sua morte.
Mais do que isso, Bowie nunca escondeu sua sexualidade e se tornou um símbolo da representatividade LGBTQ+ desde o momento em que abraçou o glam rock e abandonou o tradicionalismo fonográfico, abrindo espaço para um vanguardismo continua refletindo no cenário contemporâneo com mais força do que nunca (ainda mais considerando a necessidade de reinvenção dos artistas mainstream).
Para celebrar seu legado, separamos uma breve (e difícil) lista com dez de suas melhores canções solo. Isso significa que músicas como “Under Pressure”, que performou ao lado da banda Queen, não aparecerá nas nossas escolhas.
Vale lembrar que não ranqueamos nenhuma das iterações, e sim as organizamos de forma cronológica.
Confira abaixo e conte para nós qual a sua favorita:
“SPACE ODDITY”, 1969
O título de “Space Oddity” não foi escolhido por qualquer razão, mas sim para fazer uma homenagem ao filme ‘2001: Uma Odisseia no Espaço’, de Stanley Kubrick. O folk psicodélico começa com um dos versos mais icônicos da indústria musical, “ground control to Major Tom”, e foi lançada em um período marcado pela corrida espacial e pelo interesse acerca do universo. Em 2004, a faixa foi incluída no hall da fama como uma das canções que modelaram o rock and roll.
“LIFE ON MARS?”, 1971
“Life on Mars?” é uma música que provavelmente todo mundo já ouviu ao menos uma vez na vida, seja na voz de Bowie, seja em diversos covers e celebrações com o passar do tempo. A mistura de glam rock e art rock, produzida pelas competentes mãos de Ken Scott, é pano de fundo para uma sensorialista e bizarra rendição que critica não apenas a mídia, mas também o próprio ser humano.
“ZIGGY STARDUST”, 1972
“Ziggy Stardust” é uma das principais faixas do álbum conceitual ‘The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars’ e traz à tona o alter-ego homônimo de Bowie. Aqui, o personagem serve como mensageiro de seres vindos de outros planetas e, assim como outras canções do artista, faz parte do seleto grupo que moldou a indústria da música.
“CHANGES”, 1972
“Changes” é outra iteração de David Bowie que todo mundo já ouviu ao menos uma vez. Inclusa também na lista de Melhores Músicas de Todos os Tempos da Rolling Stone, a faixa é o suprassumo do art pop e servem como manifesto camaleônico para a única constância de sua vida: suas mudanças de personalidade. Mais do que isso, a composição também prova que charts não significam nada quando se trata de qualidade e importância, visto que ficou abaixo do Top 50 da Hot 100.
“THE JEAN GENIE”, 1972
Produzida por Bowie e por seu colaborador de longa data, Ken Scott, “The Jean Genie” foi o lead single do adorado álbum ‘Aladdin Sane’. A canção foi lançada em novembro de 1972 e se tornou um dos maiores sucessos comerciais do artista, além de trazer elementos do blues rock e do hard rock para uma narrativa alusiva a ícones como Iggy Pop e Jean Genet.
“REBEL REBEL”, 1974
“Rebel Rebel” é citada por especialistas da música como uma das músicas mais regravadas de todos os tempos e serve como um adeus de Bowie ao movimento glam rock que ajudou a iniciar ainda no começo dos anos 1970. O hino upbeat recebeu aclame crítico e, de fato, não poderia ficar de fora da nossa lista – não com esses incríveis solos de guitarra.
“YOUNG AMERICANS”, 1975
Depois de “Rebel Rebel”, David Bowie daria adeus ao gênero que o colocara no centor dos holofotes e cultivaria uma fase movida pelo soul e pelo R&B. Uma das grandes faixas representativas dessa era de extremo sucesso foi “Young Americans”, co-produzida por Tony Visconti e Harry Maslin. Exalando uma energia otimista e, por vezes, irresponsável, a faixa também faz parte das principais listas de melhores canções da história.
“HEROES”, 1977
Inspirado na cena romântica entre o produtor Visconti e sua namorada à frente do Muro de Berlim, “Heroes” pode não ter feito muito sucesso à época de seu lançamento, mas ganhou uma importância imensurável para conhecermos a carreira de Bowie. Contando a história de dois amantes separados pela guerra, a iteração recebeu inúmeros prêmios e é considerada até hoje como uma das melhores de todos os tempos.
“ASHES TO ASHES”, 1980
O lead single de ‘Scary Monsters (and Super Creeps)’ foi lançado em agosto de 1980 e revisitou Major Tom, um dos grandes personagens criados pela psicodélica e vívida mente de David Bowie. Alcançado o topo das paradas dos charts britânicos, a lírica resgata cantigas infantis do final do século XIX, alimentadas pela envolvência do art rock e do new wave.
“LET’S DANCE”, 1983
“Let’s Dance” marcou uma forte ruptura no glam rock da carreira de David Bowie, principalmente por incorporar elementos do nu-disco, do funk e do new wave – algo que era de se esperar, considerando que Nile Rodgers, fundador do grupo CHIC, ficara responsável pela produção. Sua atmosfera up-beat transformou a iteração em um hino das danceterias e carro-chefe de diversas trilhas sonoras.