domingo , 22 dezembro , 2024

DCEU | Os piores filmes do extinto Universo Estendido DC

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O Universo Estendido DC chegou ao fim com Aquaman 2: O Reino Perdido, lançado no finalzinho de 2023. Após um início promissor no auge da ‘Era dos Super-Heróis’ nos cinemas, esse universo compartilhado começou a se perder diante da falta de liderança do estúdio e da ausência de convicção no projeto.



Nesta matéria, elencamos os piores dentre os piores filmes lançados nesses dez anos de DCEU. Para criar um suspense, vamos começar do menos pior e vamos encerrar com o mais horroroso longa desse universo. Confira!

5.   Shazam! Fúria dos Deuses

A sequência do filme de David F. Sandberg sofreu com a já tão falada ‘fadiga dos filmes de super-heróis’, mas também não dá para jogar a culpa pelo fracasso exclusivamente nela. Depois do lançamento do primeiro filme sofrer com a data de estreia, entre duas das maiores bilheterias da história da concorrência, esse segundo capítulo teve um mês para reinar praticamente sozinho, já que seu maior adversário era John Wick 4, um filme para maiores de idade. Porém, o público não comprou as piadocas bobinhas do herói principal e nem se conectou com as tramas paralelas dos coadjuvantes.

Assista também:
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Para piorar a situação, Zachary Levi e Asher Angel não mantiveram a coesão em suas interpretações de Billy Batson. Enquanto o garoto trabalhou uma atuação mais dramática, mostrando as fragilidades de Billy, Zach virou um palhaço de rodeio, zoando e ignorando todo o arco dramático do jovem Batson. E como teoricamente interpretavam o mesmo personagem, ficou difícil de comprar a ideia. Ainda assim, Shazam! Fúria dos Deuses tem seus momentos, dialoga com o falecido DCEU e diverte em alguns momentos.

4. Liga da Justiça (2017)

Liga da Justiça tinha uma missão relativamente simples: reunir os heróis mais populares do mundo em uma época na qual o grande público estava extremamente receptivo a eles. Ainda assim, o estúdio conseguiu colocar tudo a perder. Depois da decepção que foram as recepções dos filmes iniciais desse universo, eles decidiram demitir Zack Snyder no meio das filmagens e contratar Joss Whedon, que já havia arrecadado quase US$ 3 bilhões com os filmes dos Vingadores, para tentar finalizar esse projeto com uma vibe mais divertida e cartunesca. O problema é que Joss não pôde partir do zero no longa.

Ou seja, ele precisou pegar as ideias mais densas de Snyder e finalizar a história com seu jeitão. O resultado foi uma quimera em que as partes não dialogam entre si e a trama fica cansativa. Para piorar as coisas, Whedon se envolveu em uma série de polêmicas nos bastidores, que terminaram em diversas acusações e denúncias contra o diretor, que nunca mais tocou em uma adaptação de histórias em quadrinhos nos cinemas novamente. De qualquer forma, para não dizer que o filme é uma completa tragédia, a visão de Joss para o Superman (Henry Cavill) foi a melhor de todo o DCEU. Uma pena que tenha sido sua última aparição com mais de cinco segundos nesse universo compartilhado.

3.   The Flash (2023)

Terrível. Não existe outra palavra para definir essa bomba do que ‘Terrível’. Um dos filmes mais problemáticos da história das adaptações de histórias em quadrinhos para os cinemas, The Flash teve mais atrasos que obra pública e acabou chegando aos cinemas já no auge da estafa das adaptações de HQs. Para piorar as coisas, em meio aos atrasos, o protagonista Ezra Miller deixou de ser o ‘ator promissor descolado e queridão’ para fazer uma World Tour de agressões contra fãs e bizarrices, que incluem acusações de sequestro. Mas dizer que essa ‘aventura’ foi um fracasso por conta desses dois pontos beira a desonestidade. Afinal, há filmes com protagonistas fichados na vida real que fazem sucesso, assim como houve longas de heróis que arrebentaram nas bilheterias. A verdade é que esse filme é muito, muito ruim.

Levemente inspirado na saga Ponto de Ignição, o longa virou uma quimera entre contar a história do protagonista e supostamente resetar o DCEU. No entanto, o arco de Barry não teve um desenvolvimento legal, a abordagem da volta do lendário Batman de Michael Keaton foi tenebrosa – tanto que o público sentiu mais a quase morte de um guaxinim de CGI no filme da concorrência do que a do Homem-Morcego mais icônico dos cinemas, e o pior de tudo, aquele ponto que acabou com qualquer chance de sucesso de The Flash: o CGI mais porco já visto na última década em um filme desse subgênero. Beira o surreal saber que alguém viu o orçamento desse longa e achou minimamente aceitável aprovar a computação mostrada no corte final. É ridículo.

2.  Mulher-Maravilha 1984 (2020)

Por mais assustador que pareça, por pior que seja The Flash, o DCEU conseguiu produzir coisa de qualidade ainda mais baixa. O que, infelizmente, é o caso de Mulher Maravilha 1984. Esse aqui consegue ser ainda mais triste porque veio numa época boa para os filmes com super-heróis e havia uma grande expectativa, já que o primeiro capítulo dessa saga foi um fenômeno de críticas e bilheteria. E tudo parecia ‘nos trilhos’ para um novo sucesso, já que teria a volta de uma super-heroína amada, traria mais vilões icônicos e seria ambientado na década de 1980, a grande queridinha da Cultura Pop norte-americana.

Porém, a estética oitentista ficou só nos trailers, com toda a ambientação ficando extremamente genérica. O mistério da volta de Steve Trevor (Chris Pine) foi uma das coisas mais decepcionantes desse universo e ainda rendeu uma cena completamente desconfortável em que a Mulher-Maravilha abusa sexualmente de um homem. E isso é mostrado de forma romantizada. É bizarro. Sem contar que a Gal Gadot não conseguiu repetir sua atuação carismática do primeiro e rendeu momentos de muita vergonha alheia. Mas o grande problema é a duração. O filme é enorme, cansativo e não consegue manter o ritmo. Se cortassem uns 40 minutos, talvez ficasse ‘assistível’. E nada contra os filmes de longa-duração, contanto que eles tenham assunto para trabalhar e render nesse tempo, o que não é o caso aqui. Ah, vale uma menção para o péssimo vilão da história, um grande desperdício de Pedro Pascal.

1. Esquadrão Suicida (2016)

Acho que o primeiro lugar da lista dos ‘piores dentre os piores’ não podia ser outro. Mesmo tendo ganho um inexplicável Oscar de Melhor Maquiagem, Esquadrão Suicida só não sofreu mais interferência do estúdio do que Liga da Justiça. Sua pós-produção aconteceu na época em que BVS estava ‘decepcionando’ nas bilheterias e nas críticas, enquanto os filmes da concorrência arrecadavam bilhões e eram elogiadíssimos. Então, os investidores deram a ordem para tentar deixar Esquadrão Suicida mais ao estilo da rival.

O sinal de que as coisas não estavam indo bem começaram a ficar nítidos nos trailers. Após um preview espetacular, os trailer seguintes vieram em tons completamente diferentes. O que parecia uma história densa de assalto acabou resultando em uma bagunça com roteiro remendado e personagens importantes para a trama sendo descartados sem qualquer impacto. Sem contar que as histórias de bastidores de que Jared Leto estava louco por ter interpretado o Coringa, desrespeitosamente tentando ‘surfar’ na morte de Heath Ledger, que muitos dizem ter sido envolvido pelo personagem, cansaram o público antes mesmo do filme estrear. E no final das contas, antes fosse o Coringa o maior problema desse longa – mas é um deles, sem dúvidas. Enfim, com estética de programa da MTV, Esquadrão Suicida é uma bomba traumática para os fãs e um desperdício de personagens imperdoável.

Os filmes citados na matéria estão disponíveis no HBO Max.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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O Universo Estendido DC chegou ao fim com Aquaman 2: O Reino Perdido, lançado no finalzinho de 2023. Após um início promissor no auge da ‘Era dos Super-Heróis’ nos cinemas, esse universo compartilhado começou a se perder diante da falta de liderança do estúdio e da ausência de convicção no projeto.

Nesta matéria, elencamos os piores dentre os piores filmes lançados nesses dez anos de DCEU. Para criar um suspense, vamos começar do menos pior e vamos encerrar com o mais horroroso longa desse universo. Confira!

5.   Shazam! Fúria dos Deuses

A sequência do filme de David F. Sandberg sofreu com a já tão falada ‘fadiga dos filmes de super-heróis’, mas também não dá para jogar a culpa pelo fracasso exclusivamente nela. Depois do lançamento do primeiro filme sofrer com a data de estreia, entre duas das maiores bilheterias da história da concorrência, esse segundo capítulo teve um mês para reinar praticamente sozinho, já que seu maior adversário era John Wick 4, um filme para maiores de idade. Porém, o público não comprou as piadocas bobinhas do herói principal e nem se conectou com as tramas paralelas dos coadjuvantes.

Para piorar a situação, Zachary Levi e Asher Angel não mantiveram a coesão em suas interpretações de Billy Batson. Enquanto o garoto trabalhou uma atuação mais dramática, mostrando as fragilidades de Billy, Zach virou um palhaço de rodeio, zoando e ignorando todo o arco dramático do jovem Batson. E como teoricamente interpretavam o mesmo personagem, ficou difícil de comprar a ideia. Ainda assim, Shazam! Fúria dos Deuses tem seus momentos, dialoga com o falecido DCEU e diverte em alguns momentos.

4. Liga da Justiça (2017)

Liga da Justiça tinha uma missão relativamente simples: reunir os heróis mais populares do mundo em uma época na qual o grande público estava extremamente receptivo a eles. Ainda assim, o estúdio conseguiu colocar tudo a perder. Depois da decepção que foram as recepções dos filmes iniciais desse universo, eles decidiram demitir Zack Snyder no meio das filmagens e contratar Joss Whedon, que já havia arrecadado quase US$ 3 bilhões com os filmes dos Vingadores, para tentar finalizar esse projeto com uma vibe mais divertida e cartunesca. O problema é que Joss não pôde partir do zero no longa.

Ou seja, ele precisou pegar as ideias mais densas de Snyder e finalizar a história com seu jeitão. O resultado foi uma quimera em que as partes não dialogam entre si e a trama fica cansativa. Para piorar as coisas, Whedon se envolveu em uma série de polêmicas nos bastidores, que terminaram em diversas acusações e denúncias contra o diretor, que nunca mais tocou em uma adaptação de histórias em quadrinhos nos cinemas novamente. De qualquer forma, para não dizer que o filme é uma completa tragédia, a visão de Joss para o Superman (Henry Cavill) foi a melhor de todo o DCEU. Uma pena que tenha sido sua última aparição com mais de cinco segundos nesse universo compartilhado.

3.   The Flash (2023)

Terrível. Não existe outra palavra para definir essa bomba do que ‘Terrível’. Um dos filmes mais problemáticos da história das adaptações de histórias em quadrinhos para os cinemas, The Flash teve mais atrasos que obra pública e acabou chegando aos cinemas já no auge da estafa das adaptações de HQs. Para piorar as coisas, em meio aos atrasos, o protagonista Ezra Miller deixou de ser o ‘ator promissor descolado e queridão’ para fazer uma World Tour de agressões contra fãs e bizarrices, que incluem acusações de sequestro. Mas dizer que essa ‘aventura’ foi um fracasso por conta desses dois pontos beira a desonestidade. Afinal, há filmes com protagonistas fichados na vida real que fazem sucesso, assim como houve longas de heróis que arrebentaram nas bilheterias. A verdade é que esse filme é muito, muito ruim.

Levemente inspirado na saga Ponto de Ignição, o longa virou uma quimera entre contar a história do protagonista e supostamente resetar o DCEU. No entanto, o arco de Barry não teve um desenvolvimento legal, a abordagem da volta do lendário Batman de Michael Keaton foi tenebrosa – tanto que o público sentiu mais a quase morte de um guaxinim de CGI no filme da concorrência do que a do Homem-Morcego mais icônico dos cinemas, e o pior de tudo, aquele ponto que acabou com qualquer chance de sucesso de The Flash: o CGI mais porco já visto na última década em um filme desse subgênero. Beira o surreal saber que alguém viu o orçamento desse longa e achou minimamente aceitável aprovar a computação mostrada no corte final. É ridículo.

2.  Mulher-Maravilha 1984 (2020)

Por mais assustador que pareça, por pior que seja The Flash, o DCEU conseguiu produzir coisa de qualidade ainda mais baixa. O que, infelizmente, é o caso de Mulher Maravilha 1984. Esse aqui consegue ser ainda mais triste porque veio numa época boa para os filmes com super-heróis e havia uma grande expectativa, já que o primeiro capítulo dessa saga foi um fenômeno de críticas e bilheteria. E tudo parecia ‘nos trilhos’ para um novo sucesso, já que teria a volta de uma super-heroína amada, traria mais vilões icônicos e seria ambientado na década de 1980, a grande queridinha da Cultura Pop norte-americana.

Porém, a estética oitentista ficou só nos trailers, com toda a ambientação ficando extremamente genérica. O mistério da volta de Steve Trevor (Chris Pine) foi uma das coisas mais decepcionantes desse universo e ainda rendeu uma cena completamente desconfortável em que a Mulher-Maravilha abusa sexualmente de um homem. E isso é mostrado de forma romantizada. É bizarro. Sem contar que a Gal Gadot não conseguiu repetir sua atuação carismática do primeiro e rendeu momentos de muita vergonha alheia. Mas o grande problema é a duração. O filme é enorme, cansativo e não consegue manter o ritmo. Se cortassem uns 40 minutos, talvez ficasse ‘assistível’. E nada contra os filmes de longa-duração, contanto que eles tenham assunto para trabalhar e render nesse tempo, o que não é o caso aqui. Ah, vale uma menção para o péssimo vilão da história, um grande desperdício de Pedro Pascal.

1. Esquadrão Suicida (2016)

Acho que o primeiro lugar da lista dos ‘piores dentre os piores’ não podia ser outro. Mesmo tendo ganho um inexplicável Oscar de Melhor Maquiagem, Esquadrão Suicida só não sofreu mais interferência do estúdio do que Liga da Justiça. Sua pós-produção aconteceu na época em que BVS estava ‘decepcionando’ nas bilheterias e nas críticas, enquanto os filmes da concorrência arrecadavam bilhões e eram elogiadíssimos. Então, os investidores deram a ordem para tentar deixar Esquadrão Suicida mais ao estilo da rival.

O sinal de que as coisas não estavam indo bem começaram a ficar nítidos nos trailers. Após um preview espetacular, os trailer seguintes vieram em tons completamente diferentes. O que parecia uma história densa de assalto acabou resultando em uma bagunça com roteiro remendado e personagens importantes para a trama sendo descartados sem qualquer impacto. Sem contar que as histórias de bastidores de que Jared Leto estava louco por ter interpretado o Coringa, desrespeitosamente tentando ‘surfar’ na morte de Heath Ledger, que muitos dizem ter sido envolvido pelo personagem, cansaram o público antes mesmo do filme estrear. E no final das contas, antes fosse o Coringa o maior problema desse longa – mas é um deles, sem dúvidas. Enfim, com estética de programa da MTV, Esquadrão Suicida é uma bomba traumática para os fãs e um desperdício de personagens imperdoável.

Os filmes citados na matéria estão disponíveis no HBO Max.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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