domingo , 22 dezembro , 2024

Dica do fim de semana | Filmes da A24 para ver nos streamings – parte 2

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No último fim de semana, recomendamos cinco filmes da produtora A24 que estão disponíveis nos principais streamings do país. Prosseguindo com o especial, a parte dois traz mais cinco longas, dentre vencedores do Oscar a obras consagradas do terror. Confira!



Moonlight: Sob a Luz do Luar (HBO Max)

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Vencedor de três estatuetas do Oscar, incluindo Melhor Filme, Moonlight é um drama baseado em uma peça sobre a vida de Chiron, um rapaz negro e homossexual que passou por diversos traumas ao longo da vida. O filme aborda três fases da vida do rapaz, a infância pobre com a mãe abusiva, que o obriga a se refugiar com Juan (Mahershala Ali), um traficante de drogas que simpatiza com o garoto; A adolescência é marcada pela busca de sua personalidade e a tentativa de aceitação de sua sexualidade em meio aos problemas e preconceitos que ser negro e pobre nos EUA costuma trazer; Por fim, a vida adulta é marcada por sua transformação em um traficante que agora olha para trás e vê sua vida desenvolvida de uma forma que ele não esperava, o que não é um impedimento para que ele siga buscando a felicidade.

Moonlight é um filme de elenco majoritariamente negro que aborda temas ainda considerados tabus com muita sensibilidade, sem medo de mostrar as dificuldades e complicações do momento vivido não apenas nos EUA, mas no mundo.

O Farol (Telecine)

Ambientado no início do século XX, esse terror psicológico em preto e branco chamou bastante atenção em 2019 por sua excentricidade e recursos muito similares aos que eram utilizados nos clássicos do cinema mudo. A trama conta a história de Thomas (Willem Dafoe), o dono do farol que dá nome ao filme, cujos hábitos envolvem o alcoolismo e se trancar peladão no farol. Ele passa a conviver com um jovem misterioso chamado Ephraim (Robert Pattinson), que ostenta um passado obscuro. Juntos nessa ilha, os dois precisam se entender. No entanto, eles parecem caminhar rumo à loucura, em um terror psicológico de mão cheia, que faz uso da linguagem visual para criar um clima completamente incômodo e aterrorizante.

O fato de ter poucos personagens em cena só ajuda a construir a sensação de clausura e de falta de perspectiva de dois homens que não sabem se nutrem amor ou ódio um pelo outro. É um filme escatológico, tenso e assustador.

 

Projeto Flórida (Amazon Prime Video)

Com direção do queridinho do cinema indie, Sean Baker, Projeto Flórida é um drama sobre a Flórida longe do glamour dos parques temáticos e da tranquilidade das casas de repouso. Tentando se distanciar da “Pura Magia Disney”, o diretor retrata a pobreza em Orlando, que abriga imigrantes, garotas de programa e pessoas de baixa renda. Na trama, uma jovem mãe solteira mora de aluguel em um hotel de beira de estrada com sua filha Moonee (Brooklynn Prince), de apenas seis anos. Nesse contexto, a menina arruma amiguinhos para correr pelas lojas, ruas e hotéis da Flórida, onde busca diversão gratuita. No entanto, ela acaba se metendo em confusões e presenciando cenas que não são adequadas para crianças pequenas. Enquanto isso, sua mãe tenta arrumar uma forma de ganhar dinheiro para pagar o aluguel e sobreviver com a pequena.

O diferencial desse filme para outras abordagens da mesma temática é contar a história pela ótica das crianças e do gerente do hotel (Willem Dafoe), que nutre um carinho quase paternal pelas duas hóspedes. Também impressiona como alguns temas são tratados de forma crua, trazendo a lamúria da situação que as duas vivem. Além disso, a identidade visual desse filme é muito colorida, contrastando a suposta magia que atribuem à cidade com a realidade da pobreza local.

 

Hereditário (HBO Max)

Obra-prima de Ari Aster, esse terrorzão de primeira é um dos maiores filmes recentes do gênero. Sua trama flerta com o sobrenatural e com os conceitos de loucura. Na trama, uma família em crise lida com a morte da avó materna, enquanto lidam com problemas normais de famílias comuns. No entanto, quando coisas estranhas começam a acontecer, a mãe (Toni Collette) vai atrás do passado da falecida matriarca e descobre alguns casos suspeitos. Paralelamente a isso, seus filhos começam a vivenciar coisas terríveis, que vão fazer o público questionar se há algo demoníaco por ali ou é apenas um caso de familiares perdendo a sanidade aos poucos.

A ambientação desse filme é coisa de doido. Como a proposta é criar um clima constante de tensão e horror, todo mundo está sempre muito suado ou com catarros escorrendo, todos os cenários são escuros e úmidos, sem contar que a casa da família é isolada no meio da floresta, dando um sentimento ruim de isolamento e abandono. É um longa assustador que foi construído para deixar o público com uma sensação ruim. E isso ele faz muito bem.

 

Joias Brutas (Netflix)

Famoso por ser o filme em que o Adam Sandler simplesmente DESTRUIU com uma atuação impressionante, Joias Brutas é um filme de suspense policial dos Irmãos Safdie. E como todo longa dos Safdie, espere uma experiência amarga e sensorial que não é facilmente digerida, mas ostenta muita qualidade. Passada na Nova York de 2012, a história apresenta e acompanha o cotidiano de Howard Ratner (Sandler), um dono de joalheria que é viciado em jogos e apostas. Ele está se afogando nas próprias dívidas, mas vê em uma estranha joia bruta, repleta de pedras preciosas, sua grande chance de quitar as pendências e resolver sua vida. Ele começa a negociá-la com um astro da NBA, só que percebe ser um melhor negócio levá-la para leilão. Em meio a essa confusão do negócio de sua vida, problema pessoais, agiotas e até o The Weeknd surgem para infernizá-lo. E agora? Será que ele vai conseguir vender a tal joia e conseguir o seu “felizes para sempre”?

Por conta da direção dos Safdie, essa fábula invertida se torna um thriller de ritmo frenético e cores psicodélicas, que criam, junto a uma trilha sonora eletrônica quase catatônica, uma experiência sensorial alucinante. É um suspense angustiante no qual impera a imprevisibilidade.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Moonlight: Sob a Luz do Luar (HBO Max)

Vencedor de três estatuetas do Oscar, incluindo Melhor Filme, Moonlight é um drama baseado em uma peça sobre a vida de Chiron, um rapaz negro e homossexual que passou por diversos traumas ao longo da vida. O filme aborda três fases da vida do rapaz, a infância pobre com a mãe abusiva, que o obriga a se refugiar com Juan (Mahershala Ali), um traficante de drogas que simpatiza com o garoto; A adolescência é marcada pela busca de sua personalidade e a tentativa de aceitação de sua sexualidade em meio aos problemas e preconceitos que ser negro e pobre nos EUA costuma trazer; Por fim, a vida adulta é marcada por sua transformação em um traficante que agora olha para trás e vê sua vida desenvolvida de uma forma que ele não esperava, o que não é um impedimento para que ele siga buscando a felicidade.

Moonlight é um filme de elenco majoritariamente negro que aborda temas ainda considerados tabus com muita sensibilidade, sem medo de mostrar as dificuldades e complicações do momento vivido não apenas nos EUA, mas no mundo.

O Farol (Telecine)

Ambientado no início do século XX, esse terror psicológico em preto e branco chamou bastante atenção em 2019 por sua excentricidade e recursos muito similares aos que eram utilizados nos clássicos do cinema mudo. A trama conta a história de Thomas (Willem Dafoe), o dono do farol que dá nome ao filme, cujos hábitos envolvem o alcoolismo e se trancar peladão no farol. Ele passa a conviver com um jovem misterioso chamado Ephraim (Robert Pattinson), que ostenta um passado obscuro. Juntos nessa ilha, os dois precisam se entender. No entanto, eles parecem caminhar rumo à loucura, em um terror psicológico de mão cheia, que faz uso da linguagem visual para criar um clima completamente incômodo e aterrorizante.

O fato de ter poucos personagens em cena só ajuda a construir a sensação de clausura e de falta de perspectiva de dois homens que não sabem se nutrem amor ou ódio um pelo outro. É um filme escatológico, tenso e assustador.

 

Projeto Flórida (Amazon Prime Video)

Com direção do queridinho do cinema indie, Sean Baker, Projeto Flórida é um drama sobre a Flórida longe do glamour dos parques temáticos e da tranquilidade das casas de repouso. Tentando se distanciar da “Pura Magia Disney”, o diretor retrata a pobreza em Orlando, que abriga imigrantes, garotas de programa e pessoas de baixa renda. Na trama, uma jovem mãe solteira mora de aluguel em um hotel de beira de estrada com sua filha Moonee (Brooklynn Prince), de apenas seis anos. Nesse contexto, a menina arruma amiguinhos para correr pelas lojas, ruas e hotéis da Flórida, onde busca diversão gratuita. No entanto, ela acaba se metendo em confusões e presenciando cenas que não são adequadas para crianças pequenas. Enquanto isso, sua mãe tenta arrumar uma forma de ganhar dinheiro para pagar o aluguel e sobreviver com a pequena.

O diferencial desse filme para outras abordagens da mesma temática é contar a história pela ótica das crianças e do gerente do hotel (Willem Dafoe), que nutre um carinho quase paternal pelas duas hóspedes. Também impressiona como alguns temas são tratados de forma crua, trazendo a lamúria da situação que as duas vivem. Além disso, a identidade visual desse filme é muito colorida, contrastando a suposta magia que atribuem à cidade com a realidade da pobreza local.

 

Hereditário (HBO Max)

Obra-prima de Ari Aster, esse terrorzão de primeira é um dos maiores filmes recentes do gênero. Sua trama flerta com o sobrenatural e com os conceitos de loucura. Na trama, uma família em crise lida com a morte da avó materna, enquanto lidam com problemas normais de famílias comuns. No entanto, quando coisas estranhas começam a acontecer, a mãe (Toni Collette) vai atrás do passado da falecida matriarca e descobre alguns casos suspeitos. Paralelamente a isso, seus filhos começam a vivenciar coisas terríveis, que vão fazer o público questionar se há algo demoníaco por ali ou é apenas um caso de familiares perdendo a sanidade aos poucos.

A ambientação desse filme é coisa de doido. Como a proposta é criar um clima constante de tensão e horror, todo mundo está sempre muito suado ou com catarros escorrendo, todos os cenários são escuros e úmidos, sem contar que a casa da família é isolada no meio da floresta, dando um sentimento ruim de isolamento e abandono. É um longa assustador que foi construído para deixar o público com uma sensação ruim. E isso ele faz muito bem.

 

Joias Brutas (Netflix)

Famoso por ser o filme em que o Adam Sandler simplesmente DESTRUIU com uma atuação impressionante, Joias Brutas é um filme de suspense policial dos Irmãos Safdie. E como todo longa dos Safdie, espere uma experiência amarga e sensorial que não é facilmente digerida, mas ostenta muita qualidade. Passada na Nova York de 2012, a história apresenta e acompanha o cotidiano de Howard Ratner (Sandler), um dono de joalheria que é viciado em jogos e apostas. Ele está se afogando nas próprias dívidas, mas vê em uma estranha joia bruta, repleta de pedras preciosas, sua grande chance de quitar as pendências e resolver sua vida. Ele começa a negociá-la com um astro da NBA, só que percebe ser um melhor negócio levá-la para leilão. Em meio a essa confusão do negócio de sua vida, problema pessoais, agiotas e até o The Weeknd surgem para infernizá-lo. E agora? Será que ele vai conseguir vender a tal joia e conseguir o seu “felizes para sempre”?

Por conta da direção dos Safdie, essa fábula invertida se torna um thriller de ritmo frenético e cores psicodélicas, que criam, junto a uma trilha sonora eletrônica quase catatônica, uma experiência sensorial alucinante. É um suspense angustiante no qual impera a imprevisibilidade.

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