O Menino e a Garça chegou aos cinemas brasileiros nesta quinta (22) e vem mostrando ao público que é mesmo um dos grandes favoritos a levar o Oscar de Melhor Animação. Responsável por tirar Hayao Miyazaki da aposentadoria, o filme proporciona uma homenagem a outras obras espetaculares do diretor japonês no Studio Ghibli.
A dica de hoje é direcionada a quem não tem muita proximidade com a Ghibli, mas teve o interesse por conhecer mais do estúdio por conta de O Menino e a Garça. Confira!
A Viagem de Chihiro (2001)
Longa de maior sucesso internacional do estúdio, A Viagem de Chihiro se tornou o primeiro filme não falado em inglês a ganhar o Oscar de Melhor Animação. Na trama, Chihiro é uma menina de 10 anos que está se mudando junto a sua família. Durante a viagem de carro, o pai decide tomar um atalho que acaba levando todos a uma cidade abandonada esquisita. Enquanto os pais comem, a menina saiu para explorar o local. Porém, conforme o tempo passa, a cidade vai ganhando vida ao ser tomada por espíritos. Chihiro encontra Haku, um menino que diz a ela para ir embora antes do anoitecer, mas de nada adianta, já que ela vai de encontro aos pais e descobre que eles foram transformados em porcos gigantes. Agora, a jovem Chihiro vai embarcar em uma jornada completamente exótica para tentar quebrar o feitiço dos pais e voltar a sua vida normal.
Princesa Mononoke (1997)
Ambientado no Japão Medieval, Princesa Mononoke surgiu na década de 1970, quando Miyazaki decidiu fazer um filme que contasse a história de uma princesa que convivesse com uma fera mortal. Só que o diretor passou por um grave bloqueio criativo e só conseguiu prosseguir com a trama na década de 1990. A trama acompanha o príncipe Ashitaka, cuja aldeia é invadida por um terrível demônio. Ele derrota a ameaça, mas não sai vitorioso do confronto, já que foi ferido pela criatura e, segundo a tradição, será consumido por ela de dentro para fora até ele mesmo virar um demônio. Para evitar seu fim, o príncipe embarca em uma jornada contra animais e entidades da floresta para quebrar a maldição. No caminho, ele conhece a jovem San e um vilarejo de mineração que está destruindo a floresta em questão. É uma história revolucionária, porque aborda o embate entra a natureza e a industrialização japonesa pela ótica dos oprimidos da sociedade, algo até então praticamente inédito nas animações japonesas.
O Castelo Animado (1986)
Primeiro filme oficialmente produzido pelo Studio Ghibli, O Castelo Animado é uma aventura sensacional. Sheeta é uma menina que cai dos céus com seu colar de brilhantes. No vilarejo, ela encontra o jovem aspirante a engenheiro Pazu. Eles sonham em encontrar o místico e lendário castelo flutuante, mas logo são interceptados por militares que querem as pedras de Sheeta. Nesta aventura, a dupla vai precisar usar suas habilidades para escapar da terrível perseguição dos piratas aéreos, enquanto descobrem novidades acerca de si mesmo. O grande mistério é entender a origem da menina e por que o tal colar é tão cobiçado pelos adversários.
Ponyo – Uma Amizade que Veio do Mar (2008)
Quem se encantou com a fofura dos Warawara, certamente vai se apaixonar pela história de Ponyo. O filme acompanha o pequeno Sosuke, um menino de cinco anos que vive em uma cidade litorânea japonesa e aguarda pela volta do pai. Enquanto passa os dias com sua mãe, o garoto brinca na praia e caça conchas e pequenas criaturas. Em uma dessas brincadeiras, Sosuke encontra Ponyo, uma peixinho-dourado que está presa em um pote de geleia. Ele leve a criaturinha para casa e promete cuidar dela para sempre. O que ele não sabia é que a Ponyo é filha de um feiticeiro dos oceanos que vai fazer de tudo para ter sua filha de volta, até mesmo inundar sua cidade. Apaixonada por seu ‘salvador’, Ponyo começa a se transformar aos poucos em uma menina humana, abdicando de sua vida nos mares para explorar as maravilhas da superfície. Esse filme é constantemente chamado de A Pequena Sereia da Ghibli, mas é bem mais criativo.
O Castelo Animado (2004)
O Castelo Animado é um dos mais celebrados filmes do Studio Ghibli. Lançado em 2004, ele passou um bom tempo arquivado por divergências criativas, até ser resgatado e trabalhado pelo próprio Miyazaki. Inspirado no livro homônimo, o longa acompanha Sophie, uma chapeleira de 18 anos que vive em um mundo em guerra. Tomada pela magia e pela ciência do século XX, essa realidade única faz com que a menina, em uma ida à cidade, seja amaldiçoada por uma bruxa que a transforma em idosa. Enquanto busca reverter o feitiço, a vovó-garota encontra um espantalho vivo que a leva para um castelo móvel, que fica andando por aí. Por lá, ela é apresentada para o dono, um mago sedutor, como serviçal do castelo. No entanto, ela quer mesmo é usar o tal mago para recuperar sua juventude. Enquanto tenta quebrar a maldição, Sophie descobre que, de alguma forma, o rapaz pode ser a chave para resolver a guerra de sua terra natal.
Os filmes citados na lista estão disponíveis no catálogo da Netflix. Já O Menino e a Garça está em cartaz nos melhores cinemas do Brasil.