terça-feira , 5 novembro , 2024

Do Pior ao Melhor | 10 Adaptações Americanas de Filmes Estrangeiros

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Quando pensamos em adaptações norte-americanas de filmes falado em outra língua, logo vem a nossa mente nomes como Os Infiltrados (2006), de Martin Scorsese, uma adaptação do filme Conflitos Internos (2002), de Hong Kong; e O Chamado (2002), vindo do original Ringu (1998), do Japão. Esses exemplos, no entanto, são projetos que colocaram em evidência a obra original e popularizaram a história pouco conhecida em outras regiões.

Atualmente, entretanto, os roteiristas de Hollywood estão refilmando obras famosas e sem a menor necessidade de recontar a história com apenas o aspecto cultural distinto e atores famosos de Hollywood. Confira abaixo uma lista de refilmagens da pior para a melhor de acordo com o ranking do Rotten Tomatoes (RT). Faltou algum filme? Deixe seu comentário.

10. Amigos Para Sempre (The Upside, EUA, 2019 – RT 33%)

Navegando pelos mares do mega sucesso do francês Os Intocáveis (Intouchables, 2011 – RT 75% ), o diretor Neil Burger tenta recontar a comédia dramática dando atenção ao melodrama e desempenho fraco de elenco, exceto por Bryan Cranston. Já o original consegue seduzir a todos, como um senso perfeito de camaradagem e diferenças sociais francesas. Apesar do alto índice de bilheteria nos EUA, o lançamento encabeça a lista de piores refilmagens estrangeiras.

Crítica | Amigos Para Sempre – Refilmagem de Intocáveis é aquém do original

 

9. A Casa do Lago (The Lake House, EUA, 2006 – RT 36%)

Abraçado pela crítica como uma produção sem sentido e um romance que requer um pouco de credulidade estóica, o drama com Sandra Bullock (BirdBox) e Keanu Reeves (Com Que Será?) é confuso e muitos desconhecem a sua origem. Contudo, a adaptação trouxe a história do sul-coreano Siworae (Il Mare, 2000 – RT 89%**) – nunca lançado no Brasil – ao grande público em formato ocidental, mas mesmo assim não agradou.

 

8. Olhos da Justiça (Secret in Their Eyes, EUA, 2015 – RT 39%)

A refilmagem do ganhador do Oscar de 2010, O Segredos dos Seus Olhos (El secreto de sus ojos, Argentina, 2009 – RT 91%), de Juan José Campanella, é mais uma produção desnecessária. Isso porque a obra repercutiu por todo mundo e ainda ganhou o maior prêmio da academia norte-america. Algumas mudanças da refilmagem fizeram a história perder parte do seu poder e causou grande confusão. Afinal de contas, Ricardo Darín não é tão fácil de ser substituído dramaticamente.

 

7. De repente pai (Delivery Man, EUA, 2013 – RT 40%)

Baseada na comédia franco-canadense Meus 533 Filhos (Starbucks, 2011 – RT 66%), o filme protagonizado por Vince Vaughn (Os Estagiários) comete os mesmo erros de outras readaptações, cópia o enredo quase totalmente, mas deixa a desejar na essência. O lado cômico de Vaughn comparado ao do ator quebequense Patrick Huard está bem menos ao encontro do tom do filme, mais engraçado e sem as piadas óbvias. Ambos os filmes não obtiveram lançamento expressivo no Brasil, mas vale a pena vê-los pela originalidade.

 

6. Oldboy (Oldboy, EUA, 2013 – RT 40%)

Outra adaptação extremamente contestada e desapontante. A obra sul-coreana Oldboy (Oldeuboi, 2003 – RT 80%) tornou-se mundialmente famosa e tem uma das sequências de luta mais admiradas da história do cinema. A versão norte-americana soou como uma tentativa fraca sobre uma história com forte aspecto cultural, com Josh Brolin, Elizabeth Olsen e Samuel L. Jackson, além da direção de Spike Lee (Infiltrado na Klan).

 

5. Vanilla Sky (Vanilla Sky, EUA, 2001 – RT 41%)

Embora ambas as produções tenham Penélope Cruz (Escobar: A Traição)  no mesmo papel (Sofia) as obras são díspares. Enquanto o espanhol Preso na Escuridão (Abre los Ojos, 1997 – RT 85%) abrange uma discussão existencialista, o norte-americano se apoio na atuação sem profundidade de Tom Cruise, foca mais na parte romântica e enrola a trama mais que necessário, sem falar no papel fraquíssimo de Cameron Diaz.

 

4. A Casa Silenciosa (Silent House, EUA, 2011 – RT 42% )

Obra oriunda da produção uruguaia A Casa (La Casa Muda, 2010,  RT 67%), o filme projetou a Elizabeth Olsen para o cinema mainstream, no entanto, o seu desempenho ficou aquém do original que já não era tão querido pela crítica e público. Claustrofóbico e apoiado em um plot twist meio duvidoso, a versão norte-americana saiu pior que a já contestada obra. Se você é fã do gênero terror, vale os momentos de apreensão.

 

3. Um Beijo a Mais (The Last Kiss, EUA, 2006 – RT 46%)

Baseado no original italiano O Último Beijo (L’ultimo bacio, 2011 – RT 73%), de Gabriele Muccino, o drama romântico conta a história do envolvimento de Michael (Zach Braff) e Kim (Rachel Bilson). Ele um homem de 30 anos prestes a ter um filho e casar-se com sua namorada de longa data, quando conhece uma adolescente espirituosa e se apaixona. O problema da adaptação é que o casal principal não tem química, nem emoção como o original. O filme se apoiou na popularidade dos protagonistas vindos de dois seriados famosos na época Scrubs (2001-2010) e O.C.: Um Estranho no Paraíso (2003-2007), respectivamente.

 

2. Quarentena (Quarantine, EUA, 2008 – RT 57%)

Mais um filme para lista de reproduções por conta  do sucesso ao redor do mundo. Com uma pegada de suspense e todo em footage – como em A Bruxa de Blair (1999), o espanhol [REC] ([REC], 2007 – RT 88%) aterrorizou o público com os seus mistérios e imagens pouco reveladoras. Já a cópia no ano seguinte com Jennifer Carpenter (O Exorcismo de Emily Rose) é uma sequência de erros e não consegue captar a mesma atmosfera do original.

 

1. Deixe-me Entrar (Let Me In, EUA, 2010 – RT 88%)

Um dos poucos filmes em que a refilmagem acrescenta a engrenagem da história e a deixa interessante e tornando realmente seu conteúdo abrangente. Apesar da alta avaliação, o filme ficou aquém do original Deixa Ela Entrar (Låt den rätte komma in, Suécia, 2008 – RT 98%). Com uma mistura de horror, amizade, amor e fantasia, tanto o original quanto a adaptação com Chloë Grace Moretz (O Mau Exemplo de Cameron Post) são ótimos filmes, sendo o europeu obviamente mais sombrio.

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Letícia Alassë
Crítica de Cinema desde 2012, jornalista e pesquisadora sobre comunicação, cultura e psicanálise. Mestre em Cultura e Comunicação pela Universidade Paris VIII, na França e membro da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). Nascida no Rio de Janeiro e apaixonada por explorar o mundo tanto geograficamente quanto diante da tela.

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Atualmente, entretanto, os roteiristas de Hollywood estão refilmando obras famosas e sem a menor necessidade de recontar a história com apenas o aspecto cultural distinto e atores famosos de Hollywood. Confira abaixo uma lista de refilmagens da pior para a melhor de acordo com o ranking do Rotten Tomatoes (RT). Faltou algum filme? Deixe seu comentário.

10. Amigos Para Sempre (The Upside, EUA, 2019 – RT 33%)

Navegando pelos mares do mega sucesso do francês Os Intocáveis (Intouchables, 2011 – RT 75% ), o diretor Neil Burger tenta recontar a comédia dramática dando atenção ao melodrama e desempenho fraco de elenco, exceto por Bryan Cranston. Já o original consegue seduzir a todos, como um senso perfeito de camaradagem e diferenças sociais francesas. Apesar do alto índice de bilheteria nos EUA, o lançamento encabeça a lista de piores refilmagens estrangeiras.

Crítica | Amigos Para Sempre – Refilmagem de Intocáveis é aquém do original

 

9. A Casa do Lago (The Lake House, EUA, 2006 – RT 36%)

Abraçado pela crítica como uma produção sem sentido e um romance que requer um pouco de credulidade estóica, o drama com Sandra Bullock (BirdBox) e Keanu Reeves (Com Que Será?) é confuso e muitos desconhecem a sua origem. Contudo, a adaptação trouxe a história do sul-coreano Siworae (Il Mare, 2000 – RT 89%**) – nunca lançado no Brasil – ao grande público em formato ocidental, mas mesmo assim não agradou.

 

8. Olhos da Justiça (Secret in Their Eyes, EUA, 2015 – RT 39%)

A refilmagem do ganhador do Oscar de 2010, O Segredos dos Seus Olhos (El secreto de sus ojos, Argentina, 2009 – RT 91%), de Juan José Campanella, é mais uma produção desnecessária. Isso porque a obra repercutiu por todo mundo e ainda ganhou o maior prêmio da academia norte-america. Algumas mudanças da refilmagem fizeram a história perder parte do seu poder e causou grande confusão. Afinal de contas, Ricardo Darín não é tão fácil de ser substituído dramaticamente.

 

7. De repente pai (Delivery Man, EUA, 2013 – RT 40%)

Baseada na comédia franco-canadense Meus 533 Filhos (Starbucks, 2011 – RT 66%), o filme protagonizado por Vince Vaughn (Os Estagiários) comete os mesmo erros de outras readaptações, cópia o enredo quase totalmente, mas deixa a desejar na essência. O lado cômico de Vaughn comparado ao do ator quebequense Patrick Huard está bem menos ao encontro do tom do filme, mais engraçado e sem as piadas óbvias. Ambos os filmes não obtiveram lançamento expressivo no Brasil, mas vale a pena vê-los pela originalidade.

 

6. Oldboy (Oldboy, EUA, 2013 – RT 40%)

Outra adaptação extremamente contestada e desapontante. A obra sul-coreana Oldboy (Oldeuboi, 2003 – RT 80%) tornou-se mundialmente famosa e tem uma das sequências de luta mais admiradas da história do cinema. A versão norte-americana soou como uma tentativa fraca sobre uma história com forte aspecto cultural, com Josh Brolin, Elizabeth Olsen e Samuel L. Jackson, além da direção de Spike Lee (Infiltrado na Klan).

 

5. Vanilla Sky (Vanilla Sky, EUA, 2001 – RT 41%)

Embora ambas as produções tenham Penélope Cruz (Escobar: A Traição)  no mesmo papel (Sofia) as obras são díspares. Enquanto o espanhol Preso na Escuridão (Abre los Ojos, 1997 – RT 85%) abrange uma discussão existencialista, o norte-americano se apoio na atuação sem profundidade de Tom Cruise, foca mais na parte romântica e enrola a trama mais que necessário, sem falar no papel fraquíssimo de Cameron Diaz.

 

4. A Casa Silenciosa (Silent House, EUA, 2011 – RT 42% )

Obra oriunda da produção uruguaia A Casa (La Casa Muda, 2010,  RT 67%), o filme projetou a Elizabeth Olsen para o cinema mainstream, no entanto, o seu desempenho ficou aquém do original que já não era tão querido pela crítica e público. Claustrofóbico e apoiado em um plot twist meio duvidoso, a versão norte-americana saiu pior que a já contestada obra. Se você é fã do gênero terror, vale os momentos de apreensão.

 

3. Um Beijo a Mais (The Last Kiss, EUA, 2006 – RT 46%)

Baseado no original italiano O Último Beijo (L’ultimo bacio, 2011 – RT 73%), de Gabriele Muccino, o drama romântico conta a história do envolvimento de Michael (Zach Braff) e Kim (Rachel Bilson). Ele um homem de 30 anos prestes a ter um filho e casar-se com sua namorada de longa data, quando conhece uma adolescente espirituosa e se apaixona. O problema da adaptação é que o casal principal não tem química, nem emoção como o original. O filme se apoiou na popularidade dos protagonistas vindos de dois seriados famosos na época Scrubs (2001-2010) e O.C.: Um Estranho no Paraíso (2003-2007), respectivamente.

 

2. Quarentena (Quarantine, EUA, 2008 – RT 57%)

Mais um filme para lista de reproduções por conta  do sucesso ao redor do mundo. Com uma pegada de suspense e todo em footage – como em A Bruxa de Blair (1999), o espanhol [REC] ([REC], 2007 – RT 88%) aterrorizou o público com os seus mistérios e imagens pouco reveladoras. Já a cópia no ano seguinte com Jennifer Carpenter (O Exorcismo de Emily Rose) é uma sequência de erros e não consegue captar a mesma atmosfera do original.

 

1. Deixe-me Entrar (Let Me In, EUA, 2010 – RT 88%)

Um dos poucos filmes em que a refilmagem acrescenta a engrenagem da história e a deixa interessante e tornando realmente seu conteúdo abrangente. Apesar da alta avaliação, o filme ficou aquém do original Deixa Ela Entrar (Låt den rätte komma in, Suécia, 2008 – RT 98%). Com uma mistura de horror, amizade, amor e fantasia, tanto o original quanto a adaptação com Chloë Grace Moretz (O Mau Exemplo de Cameron Post) são ótimos filmes, sendo o europeu obviamente mais sombrio.

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Letícia Alassë
Crítica de Cinema desde 2012, jornalista e pesquisadora sobre comunicação, cultura e psicanálise. Mestre em Cultura e Comunicação pela Universidade Paris VIII, na França e membro da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). Nascida no Rio de Janeiro e apaixonada por explorar o mundo tanto geograficamente quanto diante da tela.

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