Em entrevista ao The Guardian, Ivy Snitzer, dublê de Gwyneth Paltrow na comédia ‘O Amor É Cego’, disse que sua experiência no filme lhe causou um grave distúrbio alimentar.
Snitzer, que tinha apenas vinte anos à época do longa-metragem, foi escalada para rodar cenas em close-up e de corpo inteiro como dublê de Paltrow. Durante a entrevista, a atriz disse que ela se sentiu “muito confortável” participando do projeto e que foi “tratada como se fosse importante” pelo elenco e pela equipe.
Entretanto, ela começou a sofrer de distúrbio de imagem pouco depois do lançamento do filme, “tecnicamente morrendo de fome” dois anos mais tarde”.
Snitzer disse que não estava preparada para tanta exposição e tanto escrutínio que o filme traria a ela: “não me ocorreu que o longa seria visto por milhões de pessoas. Foi como se as piores partes de ser gorda tivessem sido ampliadas”.
Ela também comentou que pessoas a abordavam na rua, acusando-a de promover obesidade por ter dito, em uma entrevista promocional para ‘O Amor É Cego’, que “não é a pior coisa do mundo ser gorda”. Uma pessoa, inclusive, lhe enviou pílulas de dieta pelo correio.
“Eu fiquei muito assustada”, ela continua. “Eu pensei que talvez que estivesse cansada com o conceito de fama, talvez eu não quisesse ser uma atriz. Talvez eu fizesse outra coisa”.
Lançado em 2001, o longa foi dirigido pelos Irmãos Farrelly.
A história gira em torno de Hal, que aceitou o conselho de seu pai moribundo e namora apenas as formas da perfeição física feminina. Porém tudo muda após Hal ter um encontro inesperado com um guru, Tony Robbins. Intrigado pela superficialidade de Hal, Robbins o hipnotiza para que ele veja a beleza que existe mesmo em mulheres menos atraentes fisicamente.
Jack Black, Jason Alexander, Rene Kirby, Joe Viterelli, Jill Christine Fitzgerald, Susan Ward, Zen Gesner, Joshua Shintani e outros também fizeram parte do elenco.
Apesar das críticas mistas, o longa fez um grande sucesso de bilheteria, arrecadando US$141,1 milhões contra um orçamento de US$40 milhões.