quinta-feira, abril 18, 2024

E aí, querido cinéfilo?! – Nossa Coluna de Entrevista | Parte 30: Luciano Vidigal

A beleza do cinema é conseguir enxergar além do que os olhos conseguem captar. Falar de cinema é uma grande prova de amor ao sentimento das curiosidades que afligem esse imenso mundão que vivemos. Todo tipo de filme, de qualquer gênero, busca o importante elo em apresentar emoções ao espectador, seja ele quem for. Pensando em entender melhor as razões do porquê o cinema ser uma coisa tão rica para nossa existência como ser humano, esse eterno jovem cinéfilo que vos escreve buscou cinéfilos espalhados pelo Brasil (alguns até pelo mundo) para contar um pouquinho da trajetória cinéfila deles para vocês.

Nosso entrevistado de hoje é professor de teatro, ator, cineasta e gente boa. Luciano Vidigal, também é professor da ONG Nós do Morro e já teve curta premiado nos festivais de São Paulo, Londrina, Rio de Janeiro e Marseille. Fã de Spike Lee, esse grande artista do nosso audiovisual responde agora nosso questionário/entrevista sobre cinema.

1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação a programação? Detalhe o porquê da escolha.

Todas as salas do Estação de Cinema. Exibem filmes raros, diversos e contemplativos. E faz uma parceria linda oferecendo ingressos gratuitos para os artistas do Nós do Morro.

2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente.

Faça A Coisa Certa do Spike Lee. Me arrebatou.

3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?

Spike LeeFaça A Coisa Certa rs rs.

 

Não deixe de assistir:

4) Qual seu filme nacional favorito e porquê?

Pixote do Hector Babenco. Uma obra prima. Cinema de uma realidade autêntica. E foi o filme que me fez amar o cinema brasileiro.

 

5) O que é ser cinéfilo para você?

Dormir e acordar consumindo cinema. É ser um expectador que assiste o filme com um olhar sagrado.

6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possuem programação feitas por pessoas que entendem de cinema?

Não. Infelizmente o capitalismo grita mais alto. O comercial ultrapassa a arte.

 

7)  Algum dia as salas de cinema vão acabar?

Tenho esse medo. Mas sou otimista e acredito que vamos resistir.

8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.

A Negação do Brasil de Joel Zito Araújo. Um importante oportunidade de repensar o Brasil.

9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a covid-19?

Sim. Com todas as precauções. Por que abriram shoppings, bares? E liberaram as praias? E os cinemas não? Eles tem medo da cultura.

 

10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?

Sinto orgulho. O cinema digital proporcionou uma diversidade que o Brasil não tinha. Mesmos com esse nocaute da complexa política brasileira, fomos selecionados, premiados e júris de festivais importantes como Cannes e Berlim.

11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.

Kleber Mendonça.

12) Defina cinema com uma frase:

Cinema é redescobrir e se comunicar com o mundo através de imagens.

 

13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema

Um casal transando em um canto da sala. E na tela o filme “Gasparzinho, o Fantasminha Camarada“.

14) Defina ‘Cinderela Baiana’ em poucas palavras…

“Deu ruim”.

15) Muitos diretores de cinema não são cinéfilos. Você acha que para dirigir um filme um cineasta precisa ser cinéfilo?

Sim! Referência é tudo.

16) Você é cineasta. Que dica daria para os jovens que futuramente querem ter cinema como profissão?

Tenha a sua causa, tenha a curiosidade do saber, tenha psicologia, ame poesia, aprenda para desaprender. Cinema não é só para entreter, é para revolucionar…

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