O que os cinéfilos mais gostam nessa vida, fora assistir a todos os filmes possíveis durante o ano, é bater papo sobre cinema com pessoas que tenham a mesma paixão que ele. Ser cinéfilo é amar a sétima arte de forma a entender todas as formas de pensar e sentir um filme, uma história. Nós cinéfilos não brigamos, nós argumentamos com emoção.
Pensando nesse sentimento bonito que existe entre a comunidade cinéfila espalhada por todo o Brasil e pelo mundo, resolvi eu, um humilde cinéfilo carioca, entrevistar de maneira bem objetiva, e aproveitando para matar a saudade dos pensamentos cinéfilos dos amigos, diversos amantes da sétima arte. Famosos ou não, que trabalham com cinema no Brasil e/ou no mundo ou não.
Continuando nossa série de entrevistas com cinéfilos espalhados pelo Brasil, hoje é a vez da jornalista, publicitária, fotógrafa, crítica de cinema, fundadora do site Rota Cult e membra da ACCRJ – Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro, Alê Shcolnik. Inteligente e com presença marcante nos eventos de cinema que acontecem na capital carioca, é mais uma cinéfila amante das artes.
1) Na sua cidade, qual sua sala de cinema preferida em relação à programação? Detalhe o porquê da escolha.
Cinemark e Grupo Estação. No Cinemark encontro conforto e qualidade nas exibições de filmes de grande porte como Dunkirk, além de blockbusters; já no Estação encontro filmes que jamais entrariam no circuito.
2) Qual o primeiro filme que você lembra de ter visto e pensado: cinema é um lugar diferente?
Carne Trêmula, de Pedro Almodóvar.
3) Qual seu diretor favorito e seu filme favorito dele?
Impossível citar apenas um. Woody Allen e Almodóvar são incríveis. Sofia Coppola tem um olhar peculiar sobre o mundo. Filmes de máfia não seriam o mesmo sem Scorsese e por aí vai.
4) Qual seu filme nacional favorito e por que?
Cidade de Deus, por retratar uma realidade cruel e devastadora, porém muito real.
5) O que é ser cinéfilo para você?
Amar o cinema acima de tudo! E claro, estudar cada vez mais sobre o seu universo. É necessário conhecer todo o processo, desde a criação à pós-produção para poder opinar sobre o assunto.
6) Você acredita que a maior parte dos cinemas que você conhece possui programação feita por pessoas que entendem de cinema?
A programação dos cinemas é feita exclusivamente para vender ingresso. As grandes redes exibidoras quase não abrem espaço para filmes autorais.
7) Algum dia as salas de cinema vão acabar?
Acredito que não. A experiência de estar ali dentro imerso é única.
8) Indique um filme que você acha que muitos não viram mas é ótimo.
O cinema bollywoodiano em geral.
9) Você acha que as salas de cinema deveriam reabrir antes de termos uma vacina contra a Covid-19?
Definitivamente, não.
10) Como você enxerga a qualidade do cinema brasileiro atualmente?
Muito boa! Diria que excepcional!
11) Diga o artista brasileiro que você não perde um filme.
Selton Mello, Rodrigo Santoro, Fernanda Montenegro, são muitos…
12) Defina cinema com uma frase.
“O cinema não tem fronteiras nem limites. É um fluxo constante de sonho”, – Orson Welles.
13) Conte uma história inusitada que você presenciou numa sala de cinema.
O fato de avisarem na bilheteria que os primeiros minutos de Ninfomaníaca são parados, vamos dizer assim.
14) Defina ‘Cinderela Baiana’ em poucas palavras…
Humor involuntário, misturado à vergonha alheia.