quinta-feira, março 28, 2024

É MUITO GORE! Os 10 filmes SLASHER mais brutais e violentos já feitos

Recentemente tivemos a estreia de Halloween Kills, filme que está dividindo a opinião do público justamente por ser muito diferente do anterior e se assumir como um slasher sanguinolento e ser pouco preocupado com qualquer trama. Um subgênero do terror que nasceu primeiramente na Itália, através dos chamados filmes giallo, e ganhou novos contornos ao longo dos anos. Halloween (1978), Sexta-Feira 13 (1980) e A Hora do Pesadelo (1984) sedimentaram essa vertente ao trazer assassinos icônicos, como Michael Myers, Jason Voorhees e Freddy Krueger, e serviram de inspiração para muitos outros. Essas são basicamente as figuras mais conhecidas dos slashers, porém, mesmo sem ter obtido a mesma fama, surgiram diversos outros filmes do estilo que são tão incríveis e impactantes quanto os aí citados.

Muitos deles não fizeram o mesmo sucesso por vários motivos, desde distribuições ruins, devido ao pequeno capital de investimento, ou mesmo pelos temas abordados e toda linguagem mais violenta. Muitos desses filmes não abriam mão de serem viscerais ao extremo e faziam o Jason parecer um sujeito educado, por toda animalidade apresentada ali. Halloween Kills é provavelmente o filme mais violento da franquia, utilizando o gore de maneira constante e trazendo mortes impiedosas que fez muita gente se contorcer nas poltronas do cinema. Com alguns dizendo até que o filme passa do ponto e esquece a própria história – o que não é nenhuma mentira. Mas, ainda assim, é perfeitamente justificável que tenham optado por isso e feito diferente daquele Halloween de 2018. Ainda que não chegue perto desses outros mais obscuros que vamos falar a seguir.

Mas, afinal, quais são esses slashers “relegados”, por que foram deixados de lado, será que são assim tão violentos como falam? Pegando essa ideia fizemos aqui uma lista com dez das produções mais violentas do estilo que já foram lançadas. Alguns dos citados abaixo certamente você já viu, outros sequer não devem ter passado pelo radar de muita gente, com obras que nem foram lançadas aqui oficialmente. Quem sabe também a lista sirva como um guia pra uma maratona especial de filmes slashers sangrentos. Já que a gente tá no mês do terror, bora aproveitar o momento e conhecer o maior número de filmes possível. Também separamos um espaço para alguns longas mais novos, o que tirou o lugar de outros antigos tão violentos ou mais. Bora pra lista!

O Massacre da Serra Elétrica (1974)

Sem dúvidas o grande percursor dos filmes slasher americanos foi O Massacre da Serra Elétrica, uma obra obrigatória e fundamental para o cinema de terror americano, justamente por se distanciar de figuras místicas e apostar na de um serial killer. O filme dirigido por Tobe Hooper, de Poltergeist (1982) e Força Sinistra (1985), é livremente inspirado na vida do assassino em série Ed Gein, que além de matar colecionava pedaços dos cadáveres das vítimas. E aqui o mestre Hooper constrói, em pleno Texas, um microcosmo insano em cima de uma família completamente surtada que até se alimenta das vítimas capturadas. O final é ainda um dos mais eletrizantes e potentes de um filme, com Leatherface aterrorizando geral.

Pânico ao Anoitecer (1976)

Mais um que foi inspirado em uma história real, Pânico ao Anoitecer também trata de um serial killer que aterrorizou e matou os moradores de Arkansa, por volta de 1946. O assassino é conhecido apenas como Fantasma, andando sempre encapuzado e jamais sendo identificado. Ele fez pelo menos cinco vítimas fatais, fora as outras que ficaram marcadas para sempre. A obra serviu como fonte de inspiração para filmes slasher consagrados, como Sexta-Feira 13, por exemplo, que mais parece uma cópia. Vale lembrar que o filme é de 1976, saindo assim bem antes do próprio Halloween.

O Assassino da Furadeira (1979)

Não deixe de assistir:

Dirigido pelo seminal cineasta Abel Ferrara, O Assassino da Furadeira tem muito do que chamam hoje de terror psicológico, mas é recheado de cenas impactantes e extremamente violentas. Com o sangue saindo pelos poros das imagens. Na história vemos Reno Miller, vivido pelo próprio Ferrara, um artista plástico angustiado com dívidas que tem de pagar, que vai ficando cada vez mais desesperado, até que começa a ter alucinações. Então, durante a noite, Reno sai pela cidade de Nova York atacando várias pessoas com uma furadeira, indiscriminadamente, porém quando amanhece ele não lembra mais de nada.

Armadilha para Turistas (1979)

Em Armadilha para Turistas vemos uma mistura de slasher com elementos sobrenaturais, e momentos repletos de humor negro, tensão e uma estranha sensação de relaxamento. Para época era insano e terrível, muito mais hardcore e perturbador de tudo que estavam acostumadas a ver ali pelo final dos anos 70. Na trama vemos quatro jovens que, em meio a uma viagem, tem problemas com o carro e vão parar num posto de gasolina, próxima a uma estrada que também funcionam um motel e um museu de cera. Nesse lugar elas encontram o Sr. Slauses e ouvem falar que no lugar tem uma lenda que as pessoas são atacadas por um homem mascarado. A partir daí elas começam uma por uma sendo atacadas, da maneira mais brutal possível. O filme anos depois ganhou um remake risível com a Paris Hilton, mas o original é extremamente sanguinolento.

Quem Matou Rosemary? (1981)

Diferente dos filmes que já citamos aqui, Quem Matou Rosemary tem a essência do que é um filme de terror da década de 1980. Aqui temos um assassino que se veste com uma roupa militar e persegue uma pequena cidade de Nova Jersey. Sim, ele é um filme que tem bastante clichês, por outro lado é igualmente extremo e chocante, com as mortes sendo feitas através de efeitos práticos pelo mestre Tom Savini. As cenas de assassinatos são aterradoras e bem mais perturbadoras do que víamos nos filmes do Jason. Se você procura um slasher violento, esse aqui é muito indicado.

O Estripador de Nova York (1982)

Dirigido pelo subestimadíssimo Lucio Fulci, O Estripador de Nova York é um dos melhores filmes da carreira do artista, que mistura a pegada e a estética do cinema giallo com toda brutalidade vista nos slashers, que na época faziam muito sucesso. No filme temos cenas sexuais fortes e até certa violência gráfica que pode incomodar muita gente, desde cortar um mamilo com as próprias mãos até furar os olhos de uma das vítimas. E mesmo com todo esse gore insano, é um filme que tem uma história envolvente e não vai fazer você piscar. Nele vemos um detetive e um psicólogo a procura de um serial killer que fala de maneira bizarra, igual a um pato (!), é isso mesmo. A história se passa em uma Nova York soturna e completamente tomada pelo medo e as mazelas de uma época sem esperança.

Acampamento Sinistro (1983)

Muito antes de Jason dar as caras, tivemos acesso a um dos maiores clássicos do slasher, que saiu em 1983, o sensacional Acampamento Sinistro. A trama por sinal lembra bastante Sexta-Feira 13 por trazer um bando de jovens sendo atacados num acampamento, porém o diretor Robert Hiltzik queria fazer um filme a respeito de assassinos em séries que fosse além do normal e trouxesse uma reflexão. Depois de um acidente terrível, vemos Ângela e seu primo Ricky indo passar as férias no acampamento Arawak, onde lá conhecem Paul, Judy e Meg. Não demora muito e mortes bizarras começam a acontecer, e vários personagens são acusados de cometer os crimes. A produção é modesta, mas toda concepção das cenas de mortes é igualmente chocante aos demais.

O Pássaro Sangrento (1987)

Nesse slasher de Michele Soavi, aluno de Dario Argento, vemos um dos melhores exemplares do subgênero que apareceu apenas no final da década de 1980, estilo que já não tinha a mesma força. Na trama um assassino escapa de um hospital psiquiátrico e vai parar num teatro, onde, coincidentemente, naquela noite a equipe de atores estaria trancada para fazer um ensaio noturno. E aqui vem uma metalinguagem, pois a peça que estão ensaiando é justamente um musical sobre um serial killer. Temos então um ambiente bastante claustrofóbico, com um clima de pânico e cenas violentas e grotescas. Além de todo medo e carnificina, o que vai marcar a sua mente é justamente a máscara com a cabeça de coruja.

Chromeskull: Colocadas para Descansar (2009)

Definitivamente Chromeskull Colocadas para Descansar é um filme horroroso, tanto como obra quanto em tudo de podre que ele traz. Uma produção ultraviolenta onde acompanhamos uma jovem que acorda num caixão, com um ferimento na cabeça e sem memória. Ou seja, não sabe quem é. Ela então percebe que foi sequestrada por um serial killer tosco com o nome de Chromeskull. Sim, a plot é uma besteira qualquer e toda realização deixa a desejar, mas, assim como Halloween Kills, o filme está mais preocupado com a matança, pois todas elas são horríveis ao mesmo tempo que catárticas. Se beneficiando também pelos efeitos atuais, vemos um tipo de escatologia que apenas o Eli Roth pode se comparar. Quer ignorar a história e focar na sanguinolência? Esse filme é pra você!

Headless (2015)

Esse é mais um filme que aposta na metalinguagem, ou melhor, um filme dentro de um filme, no maior estilo found footage, que simula ser uma filmagem terrorista feita no final da década de 1970. Headless gira em torno de um assassino mascarado que participa de momentos envolvendo canibalismo e necrofilia. E aí, como se as coisas não pudessem ficar mais insanas, esse assassino é confrontado com o seu passado, acaba tendo um novo surto e abraçando totalmente a loucura e toda depravação da sua mente; matando e devorando a vida de uma garota e todos os seus entes queridos. O longa foi proibido em vários países e nem chegou a passar aqui no Brasil. Se você quer vê-lo, vá por sua conta em risco, pois, mesmo sendo recente, não fica atrás de nenhum citado aqui na lista, no quesito de violência e brutalidade.

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Wilker Medeiroshttps://www.youtube.com/imersaocultural
Wilker Medeiros, com passagem pela área de jornalismo, atuou em portais e podcasts como editor e crítico de cinema. Formou-se em cursos de Fotografia e Iluminação, Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica, Forma e Estilo do Cinema. Sempre foi apaixonado pela sétima arte e é um consumidor voraz de cultura pop.

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