domingo , 22 dezembro , 2024

Elenco de ‘A Fera’ fala sobre a experiência de ter participado do thriller de sobrevivência [COLETIVA]

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O terror de sobrevivência ‘A Fera‘ (Beast), estrelado por Idris Elba (‘O Esquadrão Suicida’), finalmente chegou aos cinemas nacionais e, recentemente, o CinePOP teve o prazer de participar de uma coletiva e imprensa com os astros do filme.

Para aqueles que não conhecem, a história gira em torno de Nate Samuels (Elba), um homem que viaja à África do Sul, lugar onde ele conheceu sua esposa, com suas duas filhas adolescentes para uma reserva de caça. Mas o que começa como uma jornada de cura se transforma em uma terrível luta pela sobrevivência quando um leão, sobrevivente de caçadores sedento por sangue que agora vê todos os humanos como inimigos, começa a persegui-los.



Quando questionadas como foi a experiência de lidar com um leão em CGI como principal antagonista, Leah Sava Jeffries, que interpretou a jovem Norah Samuels na produção, disse:

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“Foi divertido, a princípio, porque era um cara em um traje cinza que tinha uma estampa de leão no rosto e ele tentava nos atacar pela porta [do jipe]. Eu e Iyana [Halley] tínhamos que estar assustadas e nós gritávamos e dizíamos: ‘por favor, não morra!’. Quando, na verdade, era um cara em uma roupa que fazia sons [de animais]. Foi divertido, mas tínhamos que colocar a imaginação para funcionar”.

Elba, por sua vez, comentou sobre os principais desafios de enfrentar o antagonista da obra:

“O maior desafio foi calibrar o nível de medo e o nível de tipo… Sabe, este é um homem que não sabe lutar, quanto mais lutar contra um leão. Foi determinado que eu iria dar um soco no leão, mas eu não sabia muito como fazer isso. Foram essas coisas que nós tivemos que dissecar e compreender. Novamente, esse não é um herói de filmes de ação, e sim um homem normal que não pode lutar. Então, para mim, foi difícil mergulhar nessas áreas para deixar tudo palpável”.

Um dos principais elementos analisados no longa-metragem é, além da sobrevivência, o luto. Afinal, enquanto Nate e as filhas lidam com as consequências de perderem a esposa e a mãe, o leão também é desmistificado de sua condição como vilão, visto que perdeu a própria família e resolveu se vingar contra os agressores.

“Definitivamente acredito que a simetria entre homem e leão está conectada pelo luto, pela perda, pela separação, pela raiva, pelo desespero”, Elba comentou. “Ambos sentem isso e creio que nós não queríamos apenas ‘vilanizar’ o leão como a criatura principal, era necessário ter uma história, uma razão pela qual ele estava fazendo aquilo. Não é muito característico dos leões fazerem isso, então era importante deixar claro a história dele e de que forma ela era muito similar à história de Nate, os instintos de sobrevivência, as relações familiares, a dor e o dano”.

O filme, que foi comandado por Baltasar Kormákur, foi rodado na África do Sul como uma das exigências do diretor – e a história encantou o elenco pelo modo como foi construído.

Iyana Halley, que encarnou Meredith Samuels, comentou sobre os aspectos da narrativa que a fizeram se apaixonar pelo projeto

“Para mim, foi o fato do roteiro levar a pensar o que vai acontecer depois. Eu adoro um roteiro que me faça perguntar: ‘meu Deus, será que eles vão conseguir? Eles vão se reunir? Vão consertar os problemas que têm?’. Então, uma história tão bem escrita só te faz querer ainda mais”, ela disse.

Halley continua, revelando de que forma o continente africano e o mundo animal se conectam com ela:

“[A África] é tão incrível e tão linda, e fiquei muito feliz que realmente conseguimos rodar na África do Sul, porque é possível ver a autenticidade de estar lá fora. E nós vimos todos esses animais incríveis, pareceu bastante real, de fato”.

Já para Elba, a colaboração com Kormákur era apenas uma questão de tempo, visto que ambos já tinham conversado entre si sobre trabalharem em um projeto em comum. Elba, inclusive, rasgou elogios para o cineasta e disse que tinha certeza de que ele conseguiria transmitir as sensações certas para uma narrativa deste tipo.

“O elemento de sobrevivência é um elemento-chave nessa narrativa. Bal fez uma contribuição imensa a esse tema e a esse gênero e eu senti que ele encontraria a temperatura e o tom certos para esse filme, que é um pouco mais teatral em relação a uma perspectiva de sobrevivência mais real. Foi isso que eu e Baltasar sentimos que poderíamos fazer com [o projeto]”, o ator comentou.

Ainda que só tenha estreado há um dia, a expectativa de uma sequência é grande – e o CinePOP pôde perguntar a Halley e Jeffries o que elas gostariam de ver em uma suposta continuação.

“Acho que, se fizermos uma sequência, o que eu adoraria, deveria ter um animal diferente. Porque já fizemos um leão, então, por exemplo, um elefante fica louco e tenta vir atrás de nós… Não sei! Mas acho que deveríamos fazer uma sequência legal, de alguma forma”, Halley respondeu.

Jeffries também respondeu, reforçando a resposta de sua “irmã decena”: “Sim, eu concordo”.

Um dos personagens que também nos chama a atenção no filme é Martin Battles, interpretado por Sharlto Copley. Martin trabalha como guarda da reserva africana em que o filme se passa e, mesmo antes de ter sido escalado para o projeto, já havia conhecido um dos maiores especialistas em leões do planeta, Kevin Richardson.

“Há alguns anos eu conheci Kevin Richardson, o Sussurrador de Leões, que tem milhões de visualizações no YouTube com seu trabalho com leões. E foi bem esclarecedor: eu esperava alguém zen, que adorava animais, mas a energia foi algo do tipo, se ele não estivesse fazendo aquilo, ele seria um militar das forças especiais da Marinha, sabe? O elemento mais crítico que ele explicou foi: você não pode demonstrar nenhum medo, porque qualquer coisinha pode fazer o leão te machucar. Mesmo que ele não queira te matar, ele vai tentar te pegar”, ele contou.

Como se não bastasse, Copley nasceu e cresceu na África do Sul e, por essa razão, já havia tido contato com leões desde cedo: “a primeira vez que eu vi um leão de verdade foi em uma reserva na África do Sul, eu estava nos primeiros anos da adolescência (uns doze ou treze anos). Desde então, nunca tive uma experiência tão louca quanto aquela, porque nós seguíamos as trilhas dos leões, dirigíamos pelas árvores e sentávamos para assistir aos leões comendo uma zebra. Não foi em um zoológico”.

O longa não esteve livre de alguns momentos difíceis para serem rodados e, para Copley, um dos mais complicados de serem filmados foi o gigantesco plano-sequência de sete minutos que Kormákur criou.

“A cena mais difícil foi, definitivamente… [Kormákur] rodava o filme com essas longas cenas no estilo ‘Filhos da Esperança’, a mais longa acho que tem sete minutos… E para manter o sentimento fresco e as coisas acontecendo, nós ensaiamos o dia inteiro e aí tínhamos quatro tomadas para fazer, à medida que o sol se punha… Foi único, foi definitivamente a cena mais difícil”, o ator revelou.

Por fim, Jeffries contou o que aprendeu, profissional e pessoalmente, depois de ter participado do thriller – e o que ela poderá levar para seus próximos projetos:

“O que eu aprendi foi: eu nunca tinha feito um thriller antes, então esse foi o meu primeiro. Eu aprendi como chorar no momento certo e como levava um certo tempo para chegar lá; aprendi a temer e a ser corajosa, ao mesmo tempo; aprendi várias emoções para representar de uma vez só. Pessoalmente, no set, eu aprendi a ser mais inclusiva e proteger as pessoas com quem eu filmo, porque somos uma família: é um laço entre uma filha e um pai, entre duas irmãs, somos todos uma família”.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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Para aqueles que não conhecem, a história gira em torno de Nate Samuels (Elba), um homem que viaja à África do Sul, lugar onde ele conheceu sua esposa, com suas duas filhas adolescentes para uma reserva de caça. Mas o que começa como uma jornada de cura se transforma em uma terrível luta pela sobrevivência quando um leão, sobrevivente de caçadores sedento por sangue que agora vê todos os humanos como inimigos, começa a persegui-los.

Quando questionadas como foi a experiência de lidar com um leão em CGI como principal antagonista, Leah Sava Jeffries, que interpretou a jovem Norah Samuels na produção, disse:

“Foi divertido, a princípio, porque era um cara em um traje cinza que tinha uma estampa de leão no rosto e ele tentava nos atacar pela porta [do jipe]. Eu e Iyana [Halley] tínhamos que estar assustadas e nós gritávamos e dizíamos: ‘por favor, não morra!’. Quando, na verdade, era um cara em uma roupa que fazia sons [de animais]. Foi divertido, mas tínhamos que colocar a imaginação para funcionar”.

Elba, por sua vez, comentou sobre os principais desafios de enfrentar o antagonista da obra:

“O maior desafio foi calibrar o nível de medo e o nível de tipo… Sabe, este é um homem que não sabe lutar, quanto mais lutar contra um leão. Foi determinado que eu iria dar um soco no leão, mas eu não sabia muito como fazer isso. Foram essas coisas que nós tivemos que dissecar e compreender. Novamente, esse não é um herói de filmes de ação, e sim um homem normal que não pode lutar. Então, para mim, foi difícil mergulhar nessas áreas para deixar tudo palpável”.

Um dos principais elementos analisados no longa-metragem é, além da sobrevivência, o luto. Afinal, enquanto Nate e as filhas lidam com as consequências de perderem a esposa e a mãe, o leão também é desmistificado de sua condição como vilão, visto que perdeu a própria família e resolveu se vingar contra os agressores.

“Definitivamente acredito que a simetria entre homem e leão está conectada pelo luto, pela perda, pela separação, pela raiva, pelo desespero”, Elba comentou. “Ambos sentem isso e creio que nós não queríamos apenas ‘vilanizar’ o leão como a criatura principal, era necessário ter uma história, uma razão pela qual ele estava fazendo aquilo. Não é muito característico dos leões fazerem isso, então era importante deixar claro a história dele e de que forma ela era muito similar à história de Nate, os instintos de sobrevivência, as relações familiares, a dor e o dano”.

O filme, que foi comandado por Baltasar Kormákur, foi rodado na África do Sul como uma das exigências do diretor – e a história encantou o elenco pelo modo como foi construído.

Iyana Halley, que encarnou Meredith Samuels, comentou sobre os aspectos da narrativa que a fizeram se apaixonar pelo projeto

“Para mim, foi o fato do roteiro levar a pensar o que vai acontecer depois. Eu adoro um roteiro que me faça perguntar: ‘meu Deus, será que eles vão conseguir? Eles vão se reunir? Vão consertar os problemas que têm?’. Então, uma história tão bem escrita só te faz querer ainda mais”, ela disse.

Halley continua, revelando de que forma o continente africano e o mundo animal se conectam com ela:

“[A África] é tão incrível e tão linda, e fiquei muito feliz que realmente conseguimos rodar na África do Sul, porque é possível ver a autenticidade de estar lá fora. E nós vimos todos esses animais incríveis, pareceu bastante real, de fato”.

Já para Elba, a colaboração com Kormákur era apenas uma questão de tempo, visto que ambos já tinham conversado entre si sobre trabalharem em um projeto em comum. Elba, inclusive, rasgou elogios para o cineasta e disse que tinha certeza de que ele conseguiria transmitir as sensações certas para uma narrativa deste tipo.

“O elemento de sobrevivência é um elemento-chave nessa narrativa. Bal fez uma contribuição imensa a esse tema e a esse gênero e eu senti que ele encontraria a temperatura e o tom certos para esse filme, que é um pouco mais teatral em relação a uma perspectiva de sobrevivência mais real. Foi isso que eu e Baltasar sentimos que poderíamos fazer com [o projeto]”, o ator comentou.

Ainda que só tenha estreado há um dia, a expectativa de uma sequência é grande – e o CinePOP pôde perguntar a Halley e Jeffries o que elas gostariam de ver em uma suposta continuação.

“Acho que, se fizermos uma sequência, o que eu adoraria, deveria ter um animal diferente. Porque já fizemos um leão, então, por exemplo, um elefante fica louco e tenta vir atrás de nós… Não sei! Mas acho que deveríamos fazer uma sequência legal, de alguma forma”, Halley respondeu.

Jeffries também respondeu, reforçando a resposta de sua “irmã decena”: “Sim, eu concordo”.

Um dos personagens que também nos chama a atenção no filme é Martin Battles, interpretado por Sharlto Copley. Martin trabalha como guarda da reserva africana em que o filme se passa e, mesmo antes de ter sido escalado para o projeto, já havia conhecido um dos maiores especialistas em leões do planeta, Kevin Richardson.

“Há alguns anos eu conheci Kevin Richardson, o Sussurrador de Leões, que tem milhões de visualizações no YouTube com seu trabalho com leões. E foi bem esclarecedor: eu esperava alguém zen, que adorava animais, mas a energia foi algo do tipo, se ele não estivesse fazendo aquilo, ele seria um militar das forças especiais da Marinha, sabe? O elemento mais crítico que ele explicou foi: você não pode demonstrar nenhum medo, porque qualquer coisinha pode fazer o leão te machucar. Mesmo que ele não queira te matar, ele vai tentar te pegar”, ele contou.

Como se não bastasse, Copley nasceu e cresceu na África do Sul e, por essa razão, já havia tido contato com leões desde cedo: “a primeira vez que eu vi um leão de verdade foi em uma reserva na África do Sul, eu estava nos primeiros anos da adolescência (uns doze ou treze anos). Desde então, nunca tive uma experiência tão louca quanto aquela, porque nós seguíamos as trilhas dos leões, dirigíamos pelas árvores e sentávamos para assistir aos leões comendo uma zebra. Não foi em um zoológico”.

O longa não esteve livre de alguns momentos difíceis para serem rodados e, para Copley, um dos mais complicados de serem filmados foi o gigantesco plano-sequência de sete minutos que Kormákur criou.

“A cena mais difícil foi, definitivamente… [Kormákur] rodava o filme com essas longas cenas no estilo ‘Filhos da Esperança’, a mais longa acho que tem sete minutos… E para manter o sentimento fresco e as coisas acontecendo, nós ensaiamos o dia inteiro e aí tínhamos quatro tomadas para fazer, à medida que o sol se punha… Foi único, foi definitivamente a cena mais difícil”, o ator revelou.

Por fim, Jeffries contou o que aprendeu, profissional e pessoalmente, depois de ter participado do thriller – e o que ela poderá levar para seus próximos projetos:

“O que eu aprendi foi: eu nunca tinha feito um thriller antes, então esse foi o meu primeiro. Eu aprendi como chorar no momento certo e como levava um certo tempo para chegar lá; aprendi a temer e a ser corajosa, ao mesmo tempo; aprendi várias emoções para representar de uma vez só. Pessoalmente, no set, eu aprendi a ser mais inclusiva e proteger as pessoas com quem eu filmo, porque somos uma família: é um laço entre uma filha e um pai, entre duas irmãs, somos todos uma família”.

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