sábado , 7 dezembro , 2024

‘Enfeitiçados’ | Diretora conta como ‘descobriu’ Rachel Zegler na animação da Netflix

Lançado na última semana na Netflix, Enfeitiçados é uma aventura mágica sobre Elian, uma princesa adolescente que teve de crescer sob a tutela dos piores monstros que o mundo já viu: seus pais. Literalmente. É comum que jovens nessa faixa etária acreditem que seus pais são monstros, mas aqui é algo real. Eles foram vítimas de um feitiço que os transformou em criaturas gigantes e estabanadas, que agem feito cachorros. Nesse contexto, Elian começa a ser preparada pelos tutores para assumir o controle do reino, mesmo que ela acredite que ainda é possível salvar seus pais.

Há alguns meses, a Netflix nos convidou para uma entrevista coletiva com a equipe criativa do longa, com maior destaque para a diretora e roteirista do filme, Vicky Jenson. Para quem não conhece o nome, ela é famosa em Hollywood por ter dirigido o primeiro Shrek (2001). Ao longo de aproximadamente três horas, o time contou suas inspirações e histórias de bastidores desse projeto bastante pessoal para eles.



Vicky, por exemplo, contou que cresceu em uma família de origem latina que era muito ligada às artes. Seus irmãos cresceram sendo músicos, mas sua paixão verdadeira era a pintura. E isso surgiu ainda na infância, quando assistiu Bambi pela primeira vez. “Achei aquela floresta a coisa mais linda do mundo”, disse. Então, ela começou a pintar cenários, porque também queria trazer aquela beleza para o mundo. Com o passar do tempo, ela trabalhou fazendo artes publicitárias, até migrar para as artes conceituais. Ela recebeu um convite da DreamWorks, onde passou a fazer design de produção, trabalhando também nas artes de O Caminho Para El Dorado, até chegar à direção de Shrek, que causou uma verdadeira revolução no mercado.

Ela comentou que sua maior inspiração na infância e juventude eram as artes de Mary Blair, que fez as artes conceituais e o design de produção de clássicos da Disney, como Cinderela, Alice no País das Maravilhas e Peter Pan. Então, na hora de trazer as ideias para a estética de Enfeitiçados, não houve dúvidas: ela queria reunir suas maiores inspirações em um único projeto. Sua missão era uma só: mesclar cenários que remetessem aos de Bambi, usando cores que lembrassem o público das artes de Mary Blair. Além disso, ela quis homenagear seu sangue latino se inspirando nas arquiteturas dos Mouros em Portugal e na ousada arquitetura madrilenha, na Espanha.

O diretor de arte Brett Nystul corroborou com a fala dela e afirmou que: “a ideia era englobar essas referências latinas antigas em cenários que fossem funcionais para as demandas atuais. Nossa ideia era fazer o público assistir e querer visitar esses cenários. Lumbria [o reino do filme] foi criado com inspiração nas espirais matemáticas. Infelizmente, não conseguimos explorar o porto de Lumbria, porque nossos barcos eram fascinantes!, disse. “Isso vai ter que ficar para o próximo filme”, brincou Vicky.

A equipe brincou também sobre os desafios de se fazer um conto de fadas no século XXI, quando as crianças já não compram mais princesas tão inocentes ou tramas mais bobinhas. Após algumas reflexões, eles concluíram que era necessário mostrar princesas que enfrentem desafios. Além de precisar ser um filme essencialmente divertido, que faça o público embarcar nessa aventura com os personagens, era necessário trazer esses contos de fadas mais ‘sombrios’, em que as princesas enfrentam um desafio mais complexo. A Pequena Sereia original, por exemplo, é um conto de fadas bem sombrio”, disseram.

Por fim, Vicky comentou sobre como foi que recebeu o convite.

“Foram quase sete anos desde que a Skydance me chamou para o projeto. E eu, como vocês sabem, tenho uma certa experiência com contos de fadas [por conta de Shrek]. Mas a ideia aqui era propor uma tentativa de criarmos um novo mito sobre as diferenças de convivência das famílias modernas. Por isso, acabei buscando inspiração na minha própria família”, revelou.

Ela também comentou sobre o elenco estrelado do filme, que conta com nomes como Rachel Zegler, Nicole Kidman, Javier Bardem e John Lithgow. Ela brincou, inclusive, dizendo que se sente como a grande descobridora de Zegler.

“Eu gosto de pensar que fomos nós quem descobrimos a Rachel Zegler, porque nós a encontramos cantando na internet antes do Steven Spielberg trazê-la para Amor, Sublime Amor (2021). Ela é uma excelente atriz e uma cantora poderosíssima. Na verdade, seu talento vocal é tão surpreendente que houve testes de performance que ela fez lá atrás com seus 18, 19 anos, que foram tão potentes que decidimos mantê-los no corte final do filme”, revelou.

Enfeitiçados está disponível na Netflix.
Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Lançado na última semana na Netflix, Enfeitiçados é uma aventura mágica sobre Elian, uma princesa adolescente que teve de crescer sob a tutela dos piores monstros que o mundo já viu: seus pais. Literalmente. É comum que jovens nessa faixa etária acreditem que seus pais são monstros, mas aqui é algo real. Eles foram vítimas de um feitiço que os transformou em criaturas gigantes e estabanadas, que agem feito cachorros. Nesse contexto, Elian começa a ser preparada pelos tutores para assumir o controle do reino, mesmo que ela acredite que ainda é possível salvar seus pais.

Há alguns meses, a Netflix nos convidou para uma entrevista coletiva com a equipe criativa do longa, com maior destaque para a diretora e roteirista do filme, Vicky Jenson. Para quem não conhece o nome, ela é famosa em Hollywood por ter dirigido o primeiro Shrek (2001). Ao longo de aproximadamente três horas, o time contou suas inspirações e histórias de bastidores desse projeto bastante pessoal para eles.

Vicky, por exemplo, contou que cresceu em uma família de origem latina que era muito ligada às artes. Seus irmãos cresceram sendo músicos, mas sua paixão verdadeira era a pintura. E isso surgiu ainda na infância, quando assistiu Bambi pela primeira vez. “Achei aquela floresta a coisa mais linda do mundo”, disse. Então, ela começou a pintar cenários, porque também queria trazer aquela beleza para o mundo. Com o passar do tempo, ela trabalhou fazendo artes publicitárias, até migrar para as artes conceituais. Ela recebeu um convite da DreamWorks, onde passou a fazer design de produção, trabalhando também nas artes de O Caminho Para El Dorado, até chegar à direção de Shrek, que causou uma verdadeira revolução no mercado.

Ela comentou que sua maior inspiração na infância e juventude eram as artes de Mary Blair, que fez as artes conceituais e o design de produção de clássicos da Disney, como Cinderela, Alice no País das Maravilhas e Peter Pan. Então, na hora de trazer as ideias para a estética de Enfeitiçados, não houve dúvidas: ela queria reunir suas maiores inspirações em um único projeto. Sua missão era uma só: mesclar cenários que remetessem aos de Bambi, usando cores que lembrassem o público das artes de Mary Blair. Além disso, ela quis homenagear seu sangue latino se inspirando nas arquiteturas dos Mouros em Portugal e na ousada arquitetura madrilenha, na Espanha.

O diretor de arte Brett Nystul corroborou com a fala dela e afirmou que: “a ideia era englobar essas referências latinas antigas em cenários que fossem funcionais para as demandas atuais. Nossa ideia era fazer o público assistir e querer visitar esses cenários. Lumbria [o reino do filme] foi criado com inspiração nas espirais matemáticas. Infelizmente, não conseguimos explorar o porto de Lumbria, porque nossos barcos eram fascinantes!, disse. “Isso vai ter que ficar para o próximo filme”, brincou Vicky.

A equipe brincou também sobre os desafios de se fazer um conto de fadas no século XXI, quando as crianças já não compram mais princesas tão inocentes ou tramas mais bobinhas. Após algumas reflexões, eles concluíram que era necessário mostrar princesas que enfrentem desafios. Além de precisar ser um filme essencialmente divertido, que faça o público embarcar nessa aventura com os personagens, era necessário trazer esses contos de fadas mais ‘sombrios’, em que as princesas enfrentam um desafio mais complexo. A Pequena Sereia original, por exemplo, é um conto de fadas bem sombrio”, disseram.

Por fim, Vicky comentou sobre como foi que recebeu o convite.

“Foram quase sete anos desde que a Skydance me chamou para o projeto. E eu, como vocês sabem, tenho uma certa experiência com contos de fadas [por conta de Shrek]. Mas a ideia aqui era propor uma tentativa de criarmos um novo mito sobre as diferenças de convivência das famílias modernas. Por isso, acabei buscando inspiração na minha própria família”, revelou.

Ela também comentou sobre o elenco estrelado do filme, que conta com nomes como Rachel Zegler, Nicole Kidman, Javier Bardem e John Lithgow. Ela brincou, inclusive, dizendo que se sente como a grande descobridora de Zegler.

“Eu gosto de pensar que fomos nós quem descobrimos a Rachel Zegler, porque nós a encontramos cantando na internet antes do Steven Spielberg trazê-la para Amor, Sublime Amor (2021). Ela é uma excelente atriz e uma cantora poderosíssima. Na verdade, seu talento vocal é tão surpreendente que houve testes de performance que ela fez lá atrás com seus 18, 19 anos, que foram tão potentes que decidimos mantê-los no corte final do filme”, revelou.

Enfeitiçados está disponível na Netflix.
Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
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