segunda-feira , 23 dezembro , 2024

Especial The Office | Por que a série ainda é tão popular?

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Como viemos dizendo ao longo do dia, The Office faz 15 anos de existência hoje. A série teve seu final exibido em 2013, mas ainda assim segue absurdamente popular em 2020. Muitos se perguntam como algo tão banal quanto a vida de escritório pode fazer sucesso, a ponto de ser a série licenciada mais assistida da história da Netflix, desbancando o fenômeno dos anos 90, Friends.Bem, a resposta é simples: identificação. Assim como Friends e Seinfield, The Office usa de situações do cotidiano para fazer humor. Claro que são situações bem mais espalhafatosas, mas que reúne elementos banais do dia a dia que ajudam na identificação. Afinal, todo escritório tem o cara legal, o esquisitão, o mala do RH, o chefe babaca, a fundamentalista religiosa, o preguiçoso… Enfim, de alguma forma, todo mundo consegue identificar algum aspecto de seu trabalho ou até mesmo vida nos personagens ou situações da série.
Isso faz com que as pessoas riam de sua própria realidade. E sabe quando dizem que rir é o melhor remédio? Pois bem, dar uma boa risada libera endorfinas – substâncias que proporcionam uma sensação de bem estar -, e quanto mais você rir de verdade, menos estresse você tem. Ao fazer graça com uma realidade identificável, a série acaba condicionando o espectador a ficar mais propenso a rir de situações absurdas que possam ocorrer em seus dias. Além, claro, de naturalizar a vergonha alheia, porque todo mundo fala ou faz uma besteira vez ou outra. Isso tira muito da pressão de ter que manter a imagem do “Adulto sem falhas”.Essa sensação de alívio é refletida nos milhares de grupos e páginas de debate sobre a série, nos quais sobram comentários como: “The Office me ajudou a lidar com a depressão”, “Eu tinha acabado de perder um familiar e a série me ajudou a aceitar a perda”, “A primeira coisa que faço quando chego em casa é assistir The Office”. A produção não é um remédio e nem substitui uma sessão com um psicólogo, mas ajuda muito a aliviar a pressão de ser adulto nestes tempos de desilusão política e econômica que o mundo passa. Seus personagens, extremamente humanos e identificáveis, dão um chão a muita gente ao mostrar que todos estão sujeitos a falhas, e até mesmo adultos responsáveis vão passar por situações ruins e assustadoras. E falar que há uma luz no fim do túnel, que é possível encontrar o amor em momentos difíceis, que dá para brigar com alguém sem perder o carinho que se tem por ela, que a amizade verdadeira pode surgir nos lugares mais inesperados.
Mais além, o protagonista da série, Michael Scott, interpretado por Steve Carell, é quase que um reflexo das mazelas que atingem a geração atual. Você vê que ele é um homem bem intencionado, encantado com as novas tecnologias, mas saudosista e constantemente autossabotado. É a imagem de um trabalhador isolado pela rotina de trabalho, que busca amizade nos seus companheiros de trabalho, porém tenta manter uma imagem de superioridade, já que é o chefe. Michael é falho, projeta expectativas, adora fazer personagens e vozes engraçadas para aliviar o estresse de querer agradar sempre e passar uma imagem positiva para os outros. Constantemente ele age de forma babaca e sem filtro, característica inerente ao ser mundo e que explicita o choque geracional que vivemos. Mas todos sabem que no fundo ele tem um coração enorme e só quer ser amado. Em algum momento da vida, todos nós vimos alguém que fosse ou fomos Michael Scott. Na verdade, em tempos de Instagram, Whatsapp e Twitter, vender seu personagem é algo fundamental, fazendo com que sejamos Michael Scott sem nem percebermos.
É por essas e outras que The Office, lançada há mais de 15 anos, teve uma média de 7 milhões de espectadores por episódio indo ao ar na NBC, e que se consolidou como a série não original mais assistida da Netflix, mesmo só tendo entrado no catálogo americano em 2018. Com a chegada do Amazon Prime Video a preço popular no Brasil, The Office, que está completo no catálogo do streaming, deve voltar a ser assunto cada vez mais frequente em terras tupiniquins, ainda mais com os problemas sociais que passamos. Viva The Office!
As 9 temporadas de The Office estão disponíveis no Amazon Prime Video e a série também está sendo reprisada no canal por assinatura Comedy Central.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Isso faz com que as pessoas riam de sua própria realidade. E sabe quando dizem que rir é o melhor remédio? Pois bem, dar uma boa risada libera endorfinas – substâncias que proporcionam uma sensação de bem estar -, e quanto mais você rir de verdade, menos estresse você tem. Ao fazer graça com uma realidade identificável, a série acaba condicionando o espectador a ficar mais propenso a rir de situações absurdas que possam ocorrer em seus dias. Além, claro, de naturalizar a vergonha alheia, porque todo mundo fala ou faz uma besteira vez ou outra. Isso tira muito da pressão de ter que manter a imagem do “Adulto sem falhas”.Essa sensação de alívio é refletida nos milhares de grupos e páginas de debate sobre a série, nos quais sobram comentários como: “The Office me ajudou a lidar com a depressão”, “Eu tinha acabado de perder um familiar e a série me ajudou a aceitar a perda”, “A primeira coisa que faço quando chego em casa é assistir The Office”. A produção não é um remédio e nem substitui uma sessão com um psicólogo, mas ajuda muito a aliviar a pressão de ser adulto nestes tempos de desilusão política e econômica que o mundo passa. Seus personagens, extremamente humanos e identificáveis, dão um chão a muita gente ao mostrar que todos estão sujeitos a falhas, e até mesmo adultos responsáveis vão passar por situações ruins e assustadoras. E falar que há uma luz no fim do túnel, que é possível encontrar o amor em momentos difíceis, que dá para brigar com alguém sem perder o carinho que se tem por ela, que a amizade verdadeira pode surgir nos lugares mais inesperados.
Mais além, o protagonista da série, Michael Scott, interpretado por Steve Carell, é quase que um reflexo das mazelas que atingem a geração atual. Você vê que ele é um homem bem intencionado, encantado com as novas tecnologias, mas saudosista e constantemente autossabotado. É a imagem de um trabalhador isolado pela rotina de trabalho, que busca amizade nos seus companheiros de trabalho, porém tenta manter uma imagem de superioridade, já que é o chefe. Michael é falho, projeta expectativas, adora fazer personagens e vozes engraçadas para aliviar o estresse de querer agradar sempre e passar uma imagem positiva para os outros. Constantemente ele age de forma babaca e sem filtro, característica inerente ao ser mundo e que explicita o choque geracional que vivemos. Mas todos sabem que no fundo ele tem um coração enorme e só quer ser amado. Em algum momento da vida, todos nós vimos alguém que fosse ou fomos Michael Scott. Na verdade, em tempos de Instagram, Whatsapp e Twitter, vender seu personagem é algo fundamental, fazendo com que sejamos Michael Scott sem nem percebermos.
É por essas e outras que The Office, lançada há mais de 15 anos, teve uma média de 7 milhões de espectadores por episódio indo ao ar na NBC, e que se consolidou como a série não original mais assistida da Netflix, mesmo só tendo entrado no catálogo americano em 2018. Com a chegada do Amazon Prime Video a preço popular no Brasil, The Office, que está completo no catálogo do streaming, deve voltar a ser assunto cada vez mais frequente em terras tupiniquins, ainda mais com os problemas sociais que passamos. Viva The Office!
As 9 temporadas de The Office estão disponíveis no Amazon Prime Video e a série também está sendo reprisada no canal por assinatura Comedy Central.

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