sábado , 23 novembro , 2024

EXCLUSIVO! Descubra os segredos do set de ‘Annabelle 3’

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Para além dos nossos olhos, um outro universo pouco conhecido é criado, sustentando ainda mais o medo e o pavor gerados pela boneca Annabelle. Que ela é quem rouba a cena – e o sono – nós sabemos. Mas o que se cria ao seu redor é fascinante. Entre tomadas apavorantes e uma boa exploração das sombras, existe também um cuidado inteiro com a sua história. Design de Produção e de Figurino se entrelaçam em uma espécie de espetáculo criativo. Do All Star novinho, que passou por um processo de breakdown para parecer velho e surrado, à marca artificial que uma geladeira fictícia forma no piso da cozinha – devido ao longo tempo no mesmo local… tudo é impecável. E se Annabelle 3: De Volta Para Casa é parte de seu próprio mundo nos cinemas, seus sets e figurinos são um pequeno continente de riquezas artísticas que jamais prestamos a devida atenção, mas que são tão fundamentais para fazer dessa criatura, aquela que quer puxar o nosso pé toda noite.

EXCLUSIVO: Visitamos o set de ‘Annabelle 3: De Volta para Casa’ e trazemos novidades!



Em uma sala simples, com duas mesas lisas para corte e costura, araras estampam figurinos estrategicamente montados e separados por personagem. Como um filme que se passa em poucos dias, com uma narrativa centrada dentro da casa dos Warren, Annabelle 3 consegue ser extremamente inventivo dentro da sua construção de roteiro. Sem muitos cenários para além do que já conhecemos muito bem, a produção quase faz jogos mentais com a audiência, promovendo ambientes e estilos que conseguem driblar o repetitivo. Considerando que os protagonistas têm poucas trocas de roupas, promover uma harmonia entre figurino e design de produção é um desafio, principalmente para não cansar os olhos do público. E Leah Butler e Jennifer Spence fazem esse trabalho com maestria, nos tomando pela mão para mostrar o quão vital toda a parte visual de um filme é para o sucesso de sua narrativa.

E por se tratar de um longa que parte do final de Invocação do Mal, promover uma continuidade é o que vai definir o quão crível e verossímil é a história de Ed e Lorraine, conforme comentou Spence, a designer de produção:

“No começo do processo eu tive que voltar aos dois filmes anteriores para ver a Sala de Artefatos. E então isso se tornou todo um processo de como eu iria recriá-la, tornando-a diferente, mas mantendo a essência do mesmo jeito, sabe? Nós fomos à Warner Bros. e perguntamos o que poderíamos encontrar do arquivo do estúdio e coisas do gênero e felizmente haviam algumas peças que ainda estavam disponíveis. O primeiro Invocação do Mal não foi gravado na Califórnia, então muitos dos itens eram de diversas partes do país. Mas demos o nosso melhor para acertar e casar com o que estava na sala original. Mas é claro que também passou um ano e algumas coisas mudaram de lugar no local, então tivemos algumas pequenas mudanças. Ainda assim, existem peças chaves dos outros filmes, como o macaco, o samurai, a caixa de música, entre outros. E indo um pouco mais além, nós introduzimos algumas outras coisinhas lá”.

Com cômodos estrategicamente desenhados, a casa dos Warren é realista, ampla. Produzida dentro de um galpão gigantesco onde antes eram gravadas as temporadas de Two and a Half Men, ela é impecável e beira o surreal. Como um terror inteiro cabe dentro de paredes finas de madeira e salas de “mentirinha”? A imaginação estratégica é a resposta, apresentada em peças de decoração incríveis, nascidas nos anos 70. Trazendo um quadro pintado em apenas quatro horas por Spence (que é também um easter egg do Universo Invocação e é assinado como o próprio Ed), cada detalhe é uma extensão do que o verdadeiro casal Warren representava. Entradas e saídas secretas também foram construídas (e muito bem escondidas do público!), pensando no famoso “e se”, abrindo brecha para que o roteiro de Gary Dauberman seja ampliado, caso ele queira – permitindo que ambientes ainda desconhecidos nasçam. E como parte disso, há também um figurino escolhido a dedo, considerando as feições dos atores Patrick Wilson e Vera Farmiga, respeitando seus respectivos biotipos e a essência dos personagens. Segundo Leah Butler, designer de Figurino, pensar nas roupas dos protagonistas tem tudo a ver com os demonologistas da vida real, que costumavam sair de casa combinando suas roupas.

“Na primeira cena de Annabelle 3, o figurino do casal é o mesmo do início de Invocação do Mal […] e tentamos trabalhar com a mesma paleta de cores dos filmes anteriores, operando exatamente com o que os personagens faziam. E uma coisa interessante dos verdadeiros Ed e Lorraine é que ambos sempre combinavam tecidos e estampas ao se vestirem. Em se tratando de Vera [Farmiga], respeitamos os tons da época, combinando com a cor de sua pele e de forma que valorizasse sua beleza. Para criar o mesmo efeito dos Warren, fizemos uma gravata para Patrick, que combinasse com o look dela para a mesma cena. Não fizemos combinações para cada visual, mas tivemos esse cuidado de fazer isso algumas vezes. Eles faziam isso na vida real, então seguimos essa vertente. E sim, o Ed já faleceu, mas conhecendo a Lorraine, sabemos que ela vai querer ser enterrada com o mesmo tecido que ele”, revelou Butler.

Para criar um sentimento de familiaridade à audiência, Butler e Spence foram ainda mais além na concepção dos figurinos e cenários. Trabalhando juntas em sincronia, sets e roupas conversam entre si, a fim de promover uma experiência agradável aos olhos do público. Por se tratar de uma época onde estampas geométricas, psicodélicas, coloridas e terrosas estavam presentes do vestido ao papel de parede, harmonizar padronagens vai além de um detalhe de produção, sendo crucial para tornar o filme uma experiência aterrorizante palpável, ainda que estejamos falando de uma boneca inanimada.

“É importante que o figurino seja realista, que traga uma sensação de pertencimento e identificação – tanto com a época, como com a personagem. E eu trabalhei com a Jennifer nesse sentido dentro dos sets, para ter certeza de que tudo se encaixasse bem. Por exemplo, se tem um quarto que aquela personagem possui, ele tem que refletir sua personalidade. É bem mais difícil fazer isso, justamente porque você verá essa figura por muito tempo, com uma única peça, em um mesmo ambiente”, afirmou Leah.

E para trazer a emblemática casa dos Warren à vida, desenvolver sua própria identidade é o grande ás da trama – considerando que isso ajuda na consolidação da personalidade dos personagens, sem a necessidade de diálogos ou explicações óbvias. E no caso de Annabelle 3: De Volta Para Casa, o lar onde toda a ação acontece ganha suas próprias feições, se imortalizando ainda mais como parte fundamental do Universo Invocação. Com uma liberdade de criação garantida pelo próprio cineasta e produtor James Wan, Jennifer Spence desenvolveu uma conexão com os filmes anteriores, criando sua própria arte.

“O mais importante em criar os cenários é o layout da casa, porque ela é como um personagem de um filme – especialmente quando você está em um mesmo lugar por tanto tempo. Então, eu queria dar um corpo completo, uma extensão completa de cores, dimensões e habilidades de mudar as coisas. E se você anda na casa, ela ainda parece escura e há lugares pra se esconder. Mas há também lugares abertos que você pode ver, alcançar e até mesmo ver através. E essa é a chave em contar uma história. Porque se você está sempre em uma caixa fechada, é difícil perceber todos os cômodos e você quer dar à audiência a visualização mais franca e ampla o possível. Então eu não estou pensando apenas na história e no que está acontecendo em um cômodo, mas o que também está acontecendo no outro cômodo ou o que poderia estar acontecendo. E quando eu trabalho com o diretor, eu passo bastante tempo discutindo quais são as oportunidades que posso dar a esse contador de histórias. […] Por isso eu comecei a desenvolver esses cômodos de forma viva e fazendo isso, Gary [Dauberman] pôde percorrer por cada local e pensar ‘podemos readequar aquela cena, colocando isso aqui, onde o personagem possa ver aquele outro cômodo dali’. Então é um trabalho bem colaborativo, a fim de criar algo visualmente tão grandioso como possa ser”, concluiu Spence.

Confira o trailer da sequência:

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Em uma sala simples, com duas mesas lisas para corte e costura, araras estampam figurinos estrategicamente montados e separados por personagem. Como um filme que se passa em poucos dias, com uma narrativa centrada dentro da casa dos Warren, Annabelle 3 consegue ser extremamente inventivo dentro da sua construção de roteiro. Sem muitos cenários para além do que já conhecemos muito bem, a produção quase faz jogos mentais com a audiência, promovendo ambientes e estilos que conseguem driblar o repetitivo. Considerando que os protagonistas têm poucas trocas de roupas, promover uma harmonia entre figurino e design de produção é um desafio, principalmente para não cansar os olhos do público. E Leah Butler e Jennifer Spence fazem esse trabalho com maestria, nos tomando pela mão para mostrar o quão vital toda a parte visual de um filme é para o sucesso de sua narrativa.

E por se tratar de um longa que parte do final de Invocação do Mal, promover uma continuidade é o que vai definir o quão crível e verossímil é a história de Ed e Lorraine, conforme comentou Spence, a designer de produção:

“No começo do processo eu tive que voltar aos dois filmes anteriores para ver a Sala de Artefatos. E então isso se tornou todo um processo de como eu iria recriá-la, tornando-a diferente, mas mantendo a essência do mesmo jeito, sabe? Nós fomos à Warner Bros. e perguntamos o que poderíamos encontrar do arquivo do estúdio e coisas do gênero e felizmente haviam algumas peças que ainda estavam disponíveis. O primeiro Invocação do Mal não foi gravado na Califórnia, então muitos dos itens eram de diversas partes do país. Mas demos o nosso melhor para acertar e casar com o que estava na sala original. Mas é claro que também passou um ano e algumas coisas mudaram de lugar no local, então tivemos algumas pequenas mudanças. Ainda assim, existem peças chaves dos outros filmes, como o macaco, o samurai, a caixa de música, entre outros. E indo um pouco mais além, nós introduzimos algumas outras coisinhas lá”.

Com cômodos estrategicamente desenhados, a casa dos Warren é realista, ampla. Produzida dentro de um galpão gigantesco onde antes eram gravadas as temporadas de Two and a Half Men, ela é impecável e beira o surreal. Como um terror inteiro cabe dentro de paredes finas de madeira e salas de “mentirinha”? A imaginação estratégica é a resposta, apresentada em peças de decoração incríveis, nascidas nos anos 70. Trazendo um quadro pintado em apenas quatro horas por Spence (que é também um easter egg do Universo Invocação e é assinado como o próprio Ed), cada detalhe é uma extensão do que o verdadeiro casal Warren representava. Entradas e saídas secretas também foram construídas (e muito bem escondidas do público!), pensando no famoso “e se”, abrindo brecha para que o roteiro de Gary Dauberman seja ampliado, caso ele queira – permitindo que ambientes ainda desconhecidos nasçam. E como parte disso, há também um figurino escolhido a dedo, considerando as feições dos atores Patrick Wilson e Vera Farmiga, respeitando seus respectivos biotipos e a essência dos personagens. Segundo Leah Butler, designer de Figurino, pensar nas roupas dos protagonistas tem tudo a ver com os demonologistas da vida real, que costumavam sair de casa combinando suas roupas.

“Na primeira cena de Annabelle 3, o figurino do casal é o mesmo do início de Invocação do Mal […] e tentamos trabalhar com a mesma paleta de cores dos filmes anteriores, operando exatamente com o que os personagens faziam. E uma coisa interessante dos verdadeiros Ed e Lorraine é que ambos sempre combinavam tecidos e estampas ao se vestirem. Em se tratando de Vera [Farmiga], respeitamos os tons da época, combinando com a cor de sua pele e de forma que valorizasse sua beleza. Para criar o mesmo efeito dos Warren, fizemos uma gravata para Patrick, que combinasse com o look dela para a mesma cena. Não fizemos combinações para cada visual, mas tivemos esse cuidado de fazer isso algumas vezes. Eles faziam isso na vida real, então seguimos essa vertente. E sim, o Ed já faleceu, mas conhecendo a Lorraine, sabemos que ela vai querer ser enterrada com o mesmo tecido que ele”, revelou Butler.

Para criar um sentimento de familiaridade à audiência, Butler e Spence foram ainda mais além na concepção dos figurinos e cenários. Trabalhando juntas em sincronia, sets e roupas conversam entre si, a fim de promover uma experiência agradável aos olhos do público. Por se tratar de uma época onde estampas geométricas, psicodélicas, coloridas e terrosas estavam presentes do vestido ao papel de parede, harmonizar padronagens vai além de um detalhe de produção, sendo crucial para tornar o filme uma experiência aterrorizante palpável, ainda que estejamos falando de uma boneca inanimada.

“É importante que o figurino seja realista, que traga uma sensação de pertencimento e identificação – tanto com a época, como com a personagem. E eu trabalhei com a Jennifer nesse sentido dentro dos sets, para ter certeza de que tudo se encaixasse bem. Por exemplo, se tem um quarto que aquela personagem possui, ele tem que refletir sua personalidade. É bem mais difícil fazer isso, justamente porque você verá essa figura por muito tempo, com uma única peça, em um mesmo ambiente”, afirmou Leah.

E para trazer a emblemática casa dos Warren à vida, desenvolver sua própria identidade é o grande ás da trama – considerando que isso ajuda na consolidação da personalidade dos personagens, sem a necessidade de diálogos ou explicações óbvias. E no caso de Annabelle 3: De Volta Para Casa, o lar onde toda a ação acontece ganha suas próprias feições, se imortalizando ainda mais como parte fundamental do Universo Invocação. Com uma liberdade de criação garantida pelo próprio cineasta e produtor James Wan, Jennifer Spence desenvolveu uma conexão com os filmes anteriores, criando sua própria arte.

“O mais importante em criar os cenários é o layout da casa, porque ela é como um personagem de um filme – especialmente quando você está em um mesmo lugar por tanto tempo. Então, eu queria dar um corpo completo, uma extensão completa de cores, dimensões e habilidades de mudar as coisas. E se você anda na casa, ela ainda parece escura e há lugares pra se esconder. Mas há também lugares abertos que você pode ver, alcançar e até mesmo ver através. E essa é a chave em contar uma história. Porque se você está sempre em uma caixa fechada, é difícil perceber todos os cômodos e você quer dar à audiência a visualização mais franca e ampla o possível. Então eu não estou pensando apenas na história e no que está acontecendo em um cômodo, mas o que também está acontecendo no outro cômodo ou o que poderia estar acontecendo. E quando eu trabalho com o diretor, eu passo bastante tempo discutindo quais são as oportunidades que posso dar a esse contador de histórias. […] Por isso eu comecei a desenvolver esses cômodos de forma viva e fazendo isso, Gary [Dauberman] pôde percorrer por cada local e pensar ‘podemos readequar aquela cena, colocando isso aqui, onde o personagem possa ver aquele outro cômodo dali’. Então é um trabalho bem colaborativo, a fim de criar algo visualmente tão grandioso como possa ser”, concluiu Spence.

Confira o trailer da sequência:

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