sábado , 23 novembro , 2024

Festival do Rio | A première emocionante de O Pai da Rita

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O primeiro sábado do Festival do Rio 2021, nesse ano com uma versão bem compacta da grande festa carioca, teve uma emocionante noite de première do filme O Pai da Rita, do cineasta mineiro Joel Zito Araújo. Um filme que congrega vários olhares, várias gerações, dentro de um pequeno recorte sobre o bairro do Bexiga em São Paulo. A sessão que tivemos acesso teve um público caloroso e que interagiu demais com o filme. Grandes artistas e jornalistas, marcaram presença, como: a mais nova carioca, a jornalista Maju Coutinho (apresentadora do Fantástico), o embaixador de Cabo Verde (país onde reside atualmente o diretor), parte do elenco (Paulo Betti, Elisa Lucinda, Jessica Barbosa, Wilson Rabelo, Léa Garcia), entre outros.



O Pai da Rita é uma comédia que mostra a amizade de anos de Roque (Wilson Rabelo) e Pudim (Aílton Graça), compositores da velha guarda da escola de samba paulista Vai-Vai que moram juntos desde que o segundo fora abandonado por seu grande amor. Ambos tiveram uma grande paixão no passado, e com a chegada de Ritinha à história pode ser que essa amizade de anos fique bastante abalada. Muitas paisagens que acompanhamos ao longo do filme, na realidade não podem mais ser vistas por conta da especulação imobiliária, inclusive a escola de samba Vai Vai, depois de 40 anos teve que mudar de lugar. O filme traz um recorte histórico importante nesse sentido.

Créditos Foto: Página no Facebook do filme (https://www.facebook.com/opaidarita/)

Léa Garcia, atriz de 88 anos, negra, indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes, em 1957, por sua atuação no filme Orfeu Negro, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro pela França, se emocionou em suas declarações antes da sessão: “Eu quero dizer o quanto me sensibiliza mais uma vez fazer parte de uma obra de Joel Zito Araújo. Porque eu fiz Filhas do Vento e agora O Pai da Rita, me sensibilizo porque Joel vem atender outros cineastas e a nossa ideologia, do povo preto, de ser incluído na cinematografia brasileira. Essa inclusão é muito necessária, não só como sujeitos mas também como realizadores, ocupando os espaços todos necessários dentro da arte, dentro da cultura, que possa nos colocar num patamar de igualdade junto do resto da população brasileira que nós tanto ansiamos chegar, sem personagens estereotipados, com nosso olhar, nossa vivência. Agradeço ao Joel por trabalhar em um filme que traz para o povo negro sua realidade, sem nenhum personagem que esteja fora de nosso olhar, da nossa realidade.

A atriz Elisa Lucinda também falou: “Queria agradecer ao Festival, que já frequento faz muitos anos, desde que se chamava Rio Cine (O Festival do Rio foi criado em 1999, a partir da união de dois outros festivais que também eram realizados na capital carioca: o Rio Cine Festival e a Mostra Banco Nacional de Cinema), e conseguir fazer esse Festival nesse pós pandemia, debaixo do mau tempo que é ter esse presidente, é um ato de resistência!”

 

O Pai da Rita deve chegar aos cinemas brasileiros em 2022.

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O Pai da Rita é uma comédia que mostra a amizade de anos de Roque (Wilson Rabelo) e Pudim (Aílton Graça), compositores da velha guarda da escola de samba paulista Vai-Vai que moram juntos desde que o segundo fora abandonado por seu grande amor. Ambos tiveram uma grande paixão no passado, e com a chegada de Ritinha à história pode ser que essa amizade de anos fique bastante abalada. Muitas paisagens que acompanhamos ao longo do filme, na realidade não podem mais ser vistas por conta da especulação imobiliária, inclusive a escola de samba Vai Vai, depois de 40 anos teve que mudar de lugar. O filme traz um recorte histórico importante nesse sentido.

Créditos Foto: Página no Facebook do filme (https://www.facebook.com/opaidarita/)

Léa Garcia, atriz de 88 anos, negra, indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Cannes, em 1957, por sua atuação no filme Orfeu Negro, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro pela França, se emocionou em suas declarações antes da sessão: “Eu quero dizer o quanto me sensibiliza mais uma vez fazer parte de uma obra de Joel Zito Araújo. Porque eu fiz Filhas do Vento e agora O Pai da Rita, me sensibilizo porque Joel vem atender outros cineastas e a nossa ideologia, do povo preto, de ser incluído na cinematografia brasileira. Essa inclusão é muito necessária, não só como sujeitos mas também como realizadores, ocupando os espaços todos necessários dentro da arte, dentro da cultura, que possa nos colocar num patamar de igualdade junto do resto da população brasileira que nós tanto ansiamos chegar, sem personagens estereotipados, com nosso olhar, nossa vivência. Agradeço ao Joel por trabalhar em um filme que traz para o povo negro sua realidade, sem nenhum personagem que esteja fora de nosso olhar, da nossa realidade.

A atriz Elisa Lucinda também falou: “Queria agradecer ao Festival, que já frequento faz muitos anos, desde que se chamava Rio Cine (O Festival do Rio foi criado em 1999, a partir da união de dois outros festivais que também eram realizados na capital carioca: o Rio Cine Festival e a Mostra Banco Nacional de Cinema), e conseguir fazer esse Festival nesse pós pandemia, debaixo do mau tempo que é ter esse presidente, é um ato de resistência!”

 

O Pai da Rita deve chegar aos cinemas brasileiros em 2022.

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