sexta-feira, julho 26, 2024

Globo de Ouro | Os Filmes e Séries de 10 Anos Atrás no Famoso Prêmio

É hoje, minha gente. A segunda maior premiação do mundo do cinema ocorre neste domingo, dia 28 de fevereiro. Além de tudo, a cerimônia desta noite é importante por celebrar um ano tão difícil não apenas no cinema, mas no mundo. Com salas fechadas desde março, quase não tivemos estreias nas telonas, e a sétima arte precisou se segurar como pôde, confiando muito nas plataformas de streaming como meio de trazer até nós suas produções. Tirando o que foi adiado de 2020 para este ano, apesar dos pesares conseguimos ter uma boa safra de lançamentos para serem assistidas em casa. E é justamente isso, essa resiliência que será homenageada e comemorada esta noite.

Seguindo por nossas homenagens do lado de cá, continuamos a série de matérias sobre o passado do Globo de Ouro, com a última delas, desta vez sobre a edição de 10 anos atrás (já comentamos a de 40, 30 e 20 anos também). Um detalhe que não havia sido mencionado nas matérias anteriores, mas que pode causar certa confusão: aqui, comentamos a edição de anos passados, portanto na cerimônia do Globo de Ouro de 10 anos atrás, por exemplo, estaremos comentando os filmes e séries que participaram da edição de 2011 – ou seja, com os filmes do ano anterior, como ocorre em todas as premiações. É bom deixar claro. Conheça ou relembre abaixo e se prepare para algumas surpresas.

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A Rede Social

Ah, se o mundo fosse perfeito… . Muito se comenta dos problemas em relação ao Globo de Ouro, em especial sobre lobby excessivo e certo “suborno” – coisa que iremos comentar mais para frente. Porém, a premiação também acerta (quase sempre prevendo as vitórias do Oscar através das suas), às vezes até mais que seu “primo rico” o Oscar. Veja o caso aqui, com o “Cidadão Kane” moderno de David Fincher, A Rede Social, desbancando (muito merecidamente) o feel good corretinho O Discurso do Rei. Além de melhor filme do ano na categoria drama, A Rede Social ainda levou os de melhor diretor (Fincher), roteiro e trilha sonora. O filme ainda rendeu indicações a Jesse Eisenberg (ator de drama) e Andrew Garfield como coadjuvante.

Leia também: Globo de Ouro | Os Filmes e Séries de 30 Anos Atrás no Famoso Prêmio

Minhas Mães e Meu Pai

Um dos filmes mais subestimados dos últimos anos (que quase não é comentado atualmente), este drama sobre um casal de lésbicas, seus dois filhos e o “pai” biológico deles é um drama tocante, divertido e muito humano. Nesta época, o Oscar já havia aberto para até dez filmes indicados (em seu segundo ano com esta novidade) – seguindo os moldes do Globo de Ouro (embora não dividindo-os em categorias como drama e comédia). Assim, filmes menores e independentes como este começaram a figurar mais. Minhas Mães e Meu Pai venceu o prêmio de comédia ou musical do ano (e como veremos abaixo, a concorrência era bem fraca – não desmerecendo este ótimo longa). Além deste grande prêmio na noite, o filme também deu para Annette Bening o Globo de Ouro de melhor atriz comédia. Julianne Moore (coadjuvante) e o roteiro foram nomeados.

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O Discurso do Rei

Não deixe de assistir:

Para não chorarmos de tristeza logo de início, nos manteremos por enquanto na categoria de filmes de drama. Este, no entanto, poderia ser encaixado na outra, por sua leveza e doçura. O filme sobre a gagueira do Rei George VI foi o grande vencedor do Oscar naquele ano, mas no Globo de Ouro perdeu para o superior A Rede Social. No entanto, Colin Firth, que vive o protagonista, saiu vitorioso na categoria de ator dramático. Essa foi a única vitória de O Discurso do Rei, que ainda foi indicado para ator coadjuvante (Geoffrey Rush), atriz coadjuvante (Helena Bonham Carter), diretor (Tom Hooper), roteiro, trilha sonora e, o citado, melhor filme drama.

Cisne Negro

Outro grande filme do ano, o drama psicótico de Darren Aronofsky, que se confunde com obra de terror, narra a trajetória obsessiva e perturbada de uma bailaria em busca de se superar cada vez mais na profissão. Esse foi outro longa que deu as caras em ambos o Globo de Ouro e o Oscar. E em ambos levou o prêmio de melhor atriz (aqui de drama) para Natalie Portman. O longa recebeu nomeações também como melhor filme drama, diretor (Aronofsky) e atriz coadjuvante (Mila Kunis).

O Vencedor

O melhor filme da “retomada” do diretor David O. Russell, em sua nova fase de “queridinho” das premiações, este drama sobre irmãos boxeadores, sendo um deles viciado em crack buscando a reabilitação, e sua família extremamente disfuncional, foi outro que emplacou em ambos Oscar e Globo de Ouro. É interessante notar uma linha subversiva na maioria dos indicados, apresentando filmes de temática polêmica. E isso é muito bom. O Vencedor premiou um Christian Bale tomado (e quando ele não está?) e Melissa Leo (que dizem ter feito um dos lobbies mais ferrenhos, pagando de seu bolso) como ator e atriz coadjuvantes. Prêmios que se repetiram no Oscar. Fora isso, o Globo de Ouro nomeou o longa para melhor filme drama, melhor diretor (O. Russell), ator em drama (Mark Wahlberg) e outra atriz coadjuvante (Amy Adams).

A Origem

Aqui chegamos na “cota” de blockbuster do ano. A superprodução de Christopher Nolan que brinca com o conceito do mundo dos sonhos em larga escala como nunca anteriormente no cinema, é um dos filmes mais queridos dos últimos anos pelo grande público, ainda citado na preferência geral. Depois de O Cavaleiro das Trevas (2008), este foi o filme que cimentou no imaginário coletivo Nolan como um dos grandes do cinema. A Origem chegou a emplacar no Oscar, e no Globo de Ouro recebeu indicações para melhor filme drama, diretor (Nolan), roteiro e trilha sonora – sem vitórias.

RED – Aposentados e Perigosos

Agora é que a porca começa a torcer o rabo. E começamos pelo menos piorzinho. Aqui voltamos para a categoria de melhor filme de comédia ou musical. E a pergunta que fica é: o que este filme de ação está fazendo aqui? Não que esta adaptação de quadrinhos obscuros da DC Comics sobre agentes secretos da terceira idade voltando à ativa seja ruim, pelo contrário, mas estar numa lista de melhores do ano já é demais. Tudo bem que o Globo de Ouro passa um bocado maior para encaixar filmes entre estas duas categorias, mas pensa só, no Oscar tivemos algo do nível de Bravura Indômita, dos irmãos Coen. Sentiram o drama? RED só foi indicado nesta categoria, e está mais que bom né?

Alice no País das Maravilhas

Seguindo na categoria dos filmes de comédia ou musical, continuamos caminhando dos menos piores aos horríveis – sim, este foi um daqueles anos. Talvez o filme menos inspirado da carreira do outrora genial Tim Burton, esta adaptação do clássico infantil é apenas forma, sem qualquer conteúdo ou alma. Um festival de efeitos visuais adormecentes, além da indicação citada de melhor filme, ainda recebeu as de trilha sonora e ator de comédia para Johnny Depp (é sério?). O Oscar foi mais esperto e em seu lugar indicou a animação Toy Story 3, que dá um banho de carisma e qualidade neste mesmo sem atores reais no elenco. Aqui, já tínhamos a categoria de melhor animação no Globo de Ouro, da qual Toy Story 3 saiu vitorioso.

O Turista

Filme envolvido num dos maiores escândalos do Globo de Ouro, a produção foi fracasso de crítica e público, e colocou um hiato de oito anos na carreira do diretor alemão de nome difícil, Florian Henckel von Donnersmarck – saído então do sucesso Oscarizado A Vida dos Outros (2006). Boatos sobre suborno aos votantes e piadas sobre os membros quererem confraternizar ao lado dos protagonistas Johnny Depp e Angelina Jolie vieram aos montes. A única coisa boa do filme talvez seja o cenário de Veneza, na Itália. No lado “positivo”, ao menos O Turista escapou do Framboesa de Ouro (será que rolou suborno por lá também?). No Globo de Ouro o filme foi indicado a melhor comédia ou musical, atriz (Jolie) e ator (Depp) – fazendo assim o astro ser indicado duplamente na categoria (com este e Alice). Os votantes deviam querer muito ficar perto do ator…

Burlesque

E agora chegamos ao fundo do poço da categoria. O pior filme indicado para comédia ou musical foi esta produção mequetrefe, que marca a estreia da cantora Christina Aguilera no cinema. Ao seu lado, dando apoio, a veterana Cher já viu dias melhores. Este pseudo musical perpassa todos os clichês do gênero sem acrescentar nada de novo, ou seja: garota do interior chega na cidade grande com sonhos de vencer como cantora, mas antes precisa “passar perrengue” num clube de danças burlescas. Uma dica: o filme não tem nada de burlesco. O filme venceu o prêmio pela música ‘You Haven’t Seen the Last of Me’, e foi indicado para o citado de melhor comédia e outra canção – ‘Bound to You’, com letras de Aguilera e Sia.

Outros filmes populares de 10 anos atrás que marcaram presença no Globo de Ouro foram:

  • 127 Horas – filme-tragédia sobre um jovem que fica com um braço preso numa pedra foi indicado ao Oscar – e aqui foi lembrado para ator drama (James Franco), roteiro e trilha sonora, sem vitória.
  • Inverno da Alma – o filme que apresentou Jennifer Lawrence ao mundo foi o último a entrar na categoria principal do Oscar, e aqui recebeu indicação para a atriz.
  • Namorados para Sempre – filme estarrecedor sobre relacionamento foi nomeado para ator e atriz de drama (Ryan Gosling e Michelle Williams), sendo assim mais justo. No Oscar, apenas Williams entrou.
  • Reencontrando a Felicidade – outro drama, este fala sobre a superação da perda de um filho. Nicole Kidman foi indicada para atriz de dramática e repetiu o feito no Oscar.
  • Frankie & Alice – esquizofrenia e dupla personalidade neste filme que indicou Halle Berry como atriz de drama.
  • A Minha Versão do Amor – filme pouco conhecido sobre um sujeito politicamente incorreto, recebeu indicação de ator de comédia para Paul Giamatti.
  • Amor e Outras DrogasJake Gyllenhaal e Anne Hathaway foram indicados para ator e atriz de comédia neste romance picante.
  • O Super Lobista – o cancelado Kevin Spacey foi indicado para ator de comédia.
  • A Mentira – a queridinha Emma Stone marcava presença com indicação de atriz de comédia.
  • Atração Perigosa Jeremy Renner foi indicado aqui e no Oscar como coadjuvante por este thriller de Ben Affleck.
  • Wall Street: O Dinheiro Nunca DormeMichael Douglas ganhou o Oscar pelo papel em 1988, na continuação foi indicado a coadjuvante no Globo de Ouro.
  • Reino Animal – o thriller australiano de máfia indicou Jacki Weaver para coadjuvante no Globo de Ouro e Oscar.
  • Enrolados – A animação mais cara de todos os tempos foi indicada em tal categoria, além de melhor canção (‘I See the Light’).
  • Onde o Amor Está! – filme com Gwyneth Paltrow como estrela da música country indicou a canção ‘Coming Home’.
  • A Viagem do Peregrino da Alvorada – o terceiro As Crônicas de Nárnia foi indicado pela música ‘There’s a Place for Us’.
  • Meu Malvado Favorito – o início da franquia de sucesso foi indicado para melhor animação.
  • Como Treinar o Seu Dragão – outra franquia famosa começava aqui, e era indicada para animação.
  • O Mágico – indicado para melhor animação, essa é obra mais original da categoria, criada pelo francês Sylvain Chomet (de As Bicicletas de Belleville).
  • Em um Mundo Melhor – o drama dinamarquês de Susanne Bier foi o vencedor na categoria de filme estrangeiro – e também levou o Oscar.
  • Biutiful – representante do México, o filme de Alejandro Iñarritu foi indicado para longa estrangeiro – e no Oscar ainda nomeou o protagonista Javier Bardem.
  • Um Sonho de Amor – produção italiana com Tilda Swinton, o filme de Luca Guadagnino foi indicado de estrangeiro.

Séries de TV

A grande vencedora da noite na categoria de séries de comédia ou musicais foi Glee – Em Busca da Fama. O programa musical querido (que infelizmente ficaria marcado por inúmeras tragédias do elenco) havia estreado há dois anos e durou 6 temporadas. Naquela noite há 10 anos, Glee teve certa concorrência pesada, de séries igualmente queridas do grande público.

Uma delas foi a sitcom que redefiniu os nerds, The Big Bang Theory (Big Bang – A Teoria). O programa estava em seu quarto ano e durou absurdas 12 temporadas.

Ainda seguindo na categoria dos indicados para seriado cômico, uma das mais elogiadas e inteligentes era 30 Rock (que no Brasil ficou conhecida como Um Maluco na TV). Criada e protagonizada por Tina Fey, a série falava dos bastidores de um programa televisivo nos moldes do Saturday Night Live.

Finalizando as principais séries indicadas na categoria, a “imortal” Modern Family (Família Moderna), sobre três famílias diferentes e interligadas, durou 11 temporadas, chegando ao fim apenas ano passado.

Já quando falamos das séries de drama, a grande vencedora da noite foi Boardwalk Empire – O Império do Contrabando, seriado de máfia sobre criminosos comandando Atlantic City, Nova Jérsei, durante a era da Lei Seca (anos 1920). O programa foi produzido por ninguém menos que Martin Scorsese.

The Walking Dead, série de zumbi que parece não ter fim, já passou por altos e baixos. Mas aqui havia acabado de começar e recebeu indicação na série de drama.

Mad Men – Inventando Verdades é uma das séries mais elogiadas dos últimos anos e fala sobre os bastidores de uma agência publicitária na década de 1960, época onde os homens reinavam absoluto.

Dexter também foi lembrada na categoria de drama e contava sobre um psicopata serial killer, trabalhando com a polícia e escondendo sua verdadeira identidade homicida, ajudando a caçar outros como ele.

Terminando as principais séries de 10 anos atrás, The Good Wife traz Julianna Margulies, veterana de Plantão Médico (E.R.), como protagonista. O programa fez muito sucesso e inclusive gerou um derivado, The Good Fight – que este ano lança sua quinta temporada.

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