quinta-feira, abril 25, 2024

Guerra Mundial Z (2)

BRAD PITT VIAJA PELO MUNDO NO 007 DOS FILMES DE ZUMBIS

Guerra Mundial Z, superprodução estrelada pelo astro Brad Pitt, serve de claro exemplo do papel negativo e positivo da atual imprensa especializada em cinema. A parte negativa diz respeito as inúmeras notícias dadas ao longo da produção da obra: Informações que revelavam as diferenças entre o filme e o livro no qual é baseado, do escritor Max Brooks (filho do icônico humorista e diretor Mel Brooks), problemas, refilmagens (o final precisou ser refeito), e todo tipo de novidade que traziam para Guerra Mundial Z uma má fama.

O tipo de coisa digna de verdadeiras “bombas”. Tais informações podem ter jogado em muita gente um balde de água fria. Por outro lado, os críticos trataram de fazer seu papel e impulsionaram o filme junto ao público, uma vez que avaliaram a obra de maneira positiva. Foi surpresa para a maioria que esperava uma produção bagunçada, concluir que Guerra Mundial Z é um blockbuster caprichado e eficiente. Embora baseado no citado livro de Brooks, o filme realmente só pega a ideia central de uma epidemia zumbi e seu título.

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Na obra literária eram reveladas experiências pessoais de diversas pessoas ao redor do mundo, em relação a pandemia. No filme, seguimos apenas os passos de Gerry Lane (Brad Pitt), um ex-funcionário das Nações Unidas. Na primeira cena, vemos o protagonista ao lado da família – a esposa (Mireille Enos, de Caça aos Gângsteres) e as duas filhas pequenas, e entendemos que o sujeito abandonou o trabalho que exigia dele muito tempo afastado do lar.

E logo de início também, de forma não anunciada, presenciamos o ataque fulminante no meio da cidade – cena mostrada nos trailers. Sem maiores explicações pessoas atacam outras e o caos se instala. O roteiro da obra é estruturado em três etapas. Na primeira, Pitt foge ao lado da família, enfrentando eventos inexplicáveis e surreais. É o desespero inicial, a reação às ações assustadoras. Pessoas lutam nos mercados em busca de suprimentos e tentam refugiar-se em locais seguros, como prédios.

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Esse primeiro momento exibe traços de Guerra dos Mundos, de Spielberg, e Extermínio, de Danny Boyle. Na segunda etapa, Pitt deixa a família em segurança num grande porta aviões no meio do mar, e parte com uma equipe de militares a fim de localizar o paciente zero, a fonte da epidemia. É aí que as viagens do personagem pelo mundo começam; ele parte para a Ásia e depois para o Oriente Médio.

Recebe dicas do personagem de David Morse, que apresenta a teoria da remoção dos dentes como solução, e Matthew Fox (o Jack de Lost) tem uma aparição no estilo piscou perdeu. Esse trecho exibe contornos de blockbuster, uma espécie de 007 zumbi, com grandes cenas de ação elaboradas – perseguições, quedas de helicópteros e o já famoso montinho de zumbis, que se deslocam como uma corrente de água.

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Não deixe de assistir:

O diretor da obra é Marc Forster, um cineasta artístico (A Última CeiaMais Estranho que a Ficção) com a propriedade de comandante de superproduções (007 – Quantum of Solace). E é nesse momento que Forster pode exibir sua veia para a megalomania. É aqui também que conhecemos uma das melhores coisas do filme, a israelense Daniella Kertesz, que vive a militar Segen, uma personagem importante e marcante para a trama.

Por fim, o terceiro ato é onde os envolvidos realmente homenageiam o cinema original de zumbis, com os personagens enclausurados num laboratório, recheado de mortos-vivos, em busca da possível cura. Esse é o trecho minimalista onde o suspense impera. Guerra Mundial Z é um dos mais realísticos filmes a abordar o tema fantástico dos zumbis. Uma obra urgente e acelerada, que lida com um grande problema de forma inteligente.

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