quinta-feira , 26 dezembro , 2024

‘Jurassic Park’ | 10 curiosidades sobre o ‘Parque dos Dinossauros’ original

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Jurassic World: Domínio está em cartaz pelos cinemas do Brasil e deve lotar as sessões deste fim de semana. Porém, toda essa história começou nas telonas há quase trinta anos com Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros.

Dirigido por Steven Spielberg, o filme foi um sucesso absoluto e trouxe a paixão pelos dinossauros para a vida de milhões de pessoas. Na matéria de hoje, separamos dez curiosidades sobre o primeiro filme. Confira!




Livro

Muita gente não sabe, mas Jurassic Park é uma adaptação do livro homônimo de Michael Crichton. Ele já tinha alguns bons livros de ficção no currículo. Por isso, a Universal Studios confiava tanto na história que pagou dois milhões de dólares pelos direitos de adaptação antes mesmo do livro ser lançado. O autor, inclusive, foi responsável pela adaptação do livro para o filme. Ou seja, as – várias – mudanças em relação ao livro foram aprovadas por ele.

Paralelos

Michael Crichton enxergava John Hammond como um tipo de Walt Disney do mal. Já Steven Spielberg disse se identificar muito com o otimismo e ambição do personagem do Hammond e por isso decidiu escalar um diretor de cinema, Richard Attenborough, para interpretá-lo. Por outro lado, Crichton se viu muito em Ian Malcolm desde os livros, cujo ceticismo e praticidade são refletidos no própria figurino todo preto e cinza do personagem. Como contraponto, Spielberg deu um figurino todo branco para Hammond.

O que aconteceria se…

Quando soube de uma história misturando ficção científica com aventura e terror sobre dinossauros, o diretor James Cameron ficou louco para dirigir essa história, mas não conseguiu porque os direitos já estavam com a Universal. Anos mais tarde, quando viu o filme, reconheceu que a obra ficou em boas mãos com Steven Spielberg, e revelou também que o seu filme seria algo próximo do estilo de Aliens, mas com dinossauros. Em outra palavras, puxaria mais para o terror.

Assista também:
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Logo legal

Um dos itens mais icônicos da saga é o logo do parque – e da franquia. Porém, ele também é muito criticado pelos paleontólogos, já que traz o esqueleto de um T-Rex associado ao nome “Jurassic”. O problema é que o Tiranossauro foi um animal que viveu no período cretáceo, não no jurássico. Quando perguntado sobre o motivo dele ter escolhido essa mistura anacrônica, Crichton disse apenas que escolheu o design mais legal.

Robozão

Parte importante do realismo desse filme se deve aos dinossauros animatrônicos que foram construídos. O mais imponente deles era o da T-Rex, que foi chamada pela produção de Roberta. No entanto, ela ficou exposta a água para as cenas na chuva e acabou dando defeito. Então, houve momentos em que ela se ligava sozinha e começa a se mexer e fazer barulho, o que traumatizou membros da produção. Para piorar, a cena em que ela ataca as crianças pelo vidro do teto do carro foi real. A “Roberta” desceu mais do que o programado e realmente empurrou a vidraça em cima das crianças. Ou seja, o desespero dos atores ali era de verdade.

O Grito

Ariana Richards ganhou o papel de Lex no grito… Literalmente. As audições para o papel da neta mais velha de Hammond queriam atrizes que conseguissem passar o medo por meio de seus gritos. Ela foi escolhida porque Spielberg levou as fitas de audições para ver em casa. Durante a noite, o grito de Ariana acordou a esposa do diretor, Kate Capshaw, que foi até a sala perguntando se as crianças estavam bem. O mais legal disso é que Spielberg conheceu a esposa em Indiana Jones e o Templo da Perdição, em que ela interpreta a Willie. Na época, porém, ela não sabia gritar e teve aulas particulares para aprender a canalizar seu desespero para o grito. E como sua personagem é conhecida por ter um dos berros mais famosos de Hollywood, podemos afirmar que o grito de Ariana Richards foi aprovado por uma das maiores especialistas no assunto.

De saco cheio

Com seu plano de lançar dois filmes por ano, Spielberg precisou participar da pós-produção de Jurassic Park por meio de videoconferências. Na época, ele estava na Polônia gravando A Lista de Schindler e precisava tirar cerca de uma hora por dia ver e dar pitacos nos dinossauros, o que o desconectava completamente da história sobre o holocausto. Ele disse que esse processo era tão cansativo que ele quase se arrependeu de ter pego o projeto jurássico. No entanto, ele mudou de ideia quando viu a maravilha que o filme ficou quando pronto.

O efeito mais difícil

Num filme com dinossauros e o Samuel L. Jackson sem falar um palavrão sequer, quem diria que a cena mais difícil de fazer seria a do icônico tremor de impacto nos copinhos d’água? Pois é. A ideia surgiu quando Spielberg estava ouvindo Earth, Wind & Fire no volume máximo de seu carro e percebeu que o som estava tremendo seu espelho. Ele ficou fascinado com o movimento e quis replicar no filme. Só que a equipe de efeitos práticos não estava conseguindo realizar a visão do diretor. Na noite anterior à filmagem, o responsável colocou um copo em cima de um violão e puxou uma corda. Pronto. Estava feito o tremor. Para a cena, eles colocaram várias cordas de violão embaixo do painel do carro e deixaram um homem embaixo do painel para puxá-las.

Além da Imaginação

O Velociraptor da vida real era um animal muito pequeno, daqueles que não dariam medo nas crianças. Para o filme, Spielberg pediu que os raptores tivessem entre 2m e 3m, e assim fez Stan Winston e seus comandados.

O mais curioso disso tudo é que o Utahraptor foi descoberto pouquíssimo tempo antes do lançamento do filme e era muito parecido com os raptores do filme. Essa coincidência deixou o próprio Stan completamente fascinado por ter criado um animal que seria redescoberto momentos depois.

Tudo errado

Apesar de ter uma equipe de paleontólogos por trás, Jurassic Park representou grande parte dos seus dinossauros de forma errada. Isso virou um problema porque o filme fez tanto sucesso que praticamente moldou o conceito que temos hoje de dinossauros. Mas nenhuma espécie foi tão modificada quanto o Dilofossauro. Na vida real, ele era enorme, não cuspia veneno e nem tinha essa membrana no pescoço. O cuspe de veneno foi inventado por Crichton no próprio livro – inclusive, fica a dica para vocês lerem. A morte do Nedry para o Dilofossauro é traumatizante no material original -, enquanto a membrana foi ideia de Spielberg, baseado em um lagarto australiano.

Jurassic World: Domínio está em cartaz nos cinemas do Brasil.

 

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Dirigido por Steven Spielberg, o filme foi um sucesso absoluto e trouxe a paixão pelos dinossauros para a vida de milhões de pessoas. Na matéria de hoje, separamos dez curiosidades sobre o primeiro filme. Confira!


Livro

Muita gente não sabe, mas Jurassic Park é uma adaptação do livro homônimo de Michael Crichton. Ele já tinha alguns bons livros de ficção no currículo. Por isso, a Universal Studios confiava tanto na história que pagou dois milhões de dólares pelos direitos de adaptação antes mesmo do livro ser lançado. O autor, inclusive, foi responsável pela adaptação do livro para o filme. Ou seja, as – várias – mudanças em relação ao livro foram aprovadas por ele.

Paralelos

Michael Crichton enxergava John Hammond como um tipo de Walt Disney do mal. Já Steven Spielberg disse se identificar muito com o otimismo e ambição do personagem do Hammond e por isso decidiu escalar um diretor de cinema, Richard Attenborough, para interpretá-lo. Por outro lado, Crichton se viu muito em Ian Malcolm desde os livros, cujo ceticismo e praticidade são refletidos no própria figurino todo preto e cinza do personagem. Como contraponto, Spielberg deu um figurino todo branco para Hammond.

O que aconteceria se…

Quando soube de uma história misturando ficção científica com aventura e terror sobre dinossauros, o diretor James Cameron ficou louco para dirigir essa história, mas não conseguiu porque os direitos já estavam com a Universal. Anos mais tarde, quando viu o filme, reconheceu que a obra ficou em boas mãos com Steven Spielberg, e revelou também que o seu filme seria algo próximo do estilo de Aliens, mas com dinossauros. Em outra palavras, puxaria mais para o terror.

Logo legal

Um dos itens mais icônicos da saga é o logo do parque – e da franquia. Porém, ele também é muito criticado pelos paleontólogos, já que traz o esqueleto de um T-Rex associado ao nome “Jurassic”. O problema é que o Tiranossauro foi um animal que viveu no período cretáceo, não no jurássico. Quando perguntado sobre o motivo dele ter escolhido essa mistura anacrônica, Crichton disse apenas que escolheu o design mais legal.

Robozão

Parte importante do realismo desse filme se deve aos dinossauros animatrônicos que foram construídos. O mais imponente deles era o da T-Rex, que foi chamada pela produção de Roberta. No entanto, ela ficou exposta a água para as cenas na chuva e acabou dando defeito. Então, houve momentos em que ela se ligava sozinha e começa a se mexer e fazer barulho, o que traumatizou membros da produção. Para piorar, a cena em que ela ataca as crianças pelo vidro do teto do carro foi real. A “Roberta” desceu mais do que o programado e realmente empurrou a vidraça em cima das crianças. Ou seja, o desespero dos atores ali era de verdade.

O Grito

Ariana Richards ganhou o papel de Lex no grito… Literalmente. As audições para o papel da neta mais velha de Hammond queriam atrizes que conseguissem passar o medo por meio de seus gritos. Ela foi escolhida porque Spielberg levou as fitas de audições para ver em casa. Durante a noite, o grito de Ariana acordou a esposa do diretor, Kate Capshaw, que foi até a sala perguntando se as crianças estavam bem. O mais legal disso é que Spielberg conheceu a esposa em Indiana Jones e o Templo da Perdição, em que ela interpreta a Willie. Na época, porém, ela não sabia gritar e teve aulas particulares para aprender a canalizar seu desespero para o grito. E como sua personagem é conhecida por ter um dos berros mais famosos de Hollywood, podemos afirmar que o grito de Ariana Richards foi aprovado por uma das maiores especialistas no assunto.

De saco cheio

Com seu plano de lançar dois filmes por ano, Spielberg precisou participar da pós-produção de Jurassic Park por meio de videoconferências. Na época, ele estava na Polônia gravando A Lista de Schindler e precisava tirar cerca de uma hora por dia ver e dar pitacos nos dinossauros, o que o desconectava completamente da história sobre o holocausto. Ele disse que esse processo era tão cansativo que ele quase se arrependeu de ter pego o projeto jurássico. No entanto, ele mudou de ideia quando viu a maravilha que o filme ficou quando pronto.

O efeito mais difícil

Num filme com dinossauros e o Samuel L. Jackson sem falar um palavrão sequer, quem diria que a cena mais difícil de fazer seria a do icônico tremor de impacto nos copinhos d’água? Pois é. A ideia surgiu quando Spielberg estava ouvindo Earth, Wind & Fire no volume máximo de seu carro e percebeu que o som estava tremendo seu espelho. Ele ficou fascinado com o movimento e quis replicar no filme. Só que a equipe de efeitos práticos não estava conseguindo realizar a visão do diretor. Na noite anterior à filmagem, o responsável colocou um copo em cima de um violão e puxou uma corda. Pronto. Estava feito o tremor. Para a cena, eles colocaram várias cordas de violão embaixo do painel do carro e deixaram um homem embaixo do painel para puxá-las.

Além da Imaginação

O Velociraptor da vida real era um animal muito pequeno, daqueles que não dariam medo nas crianças. Para o filme, Spielberg pediu que os raptores tivessem entre 2m e 3m, e assim fez Stan Winston e seus comandados.

O mais curioso disso tudo é que o Utahraptor foi descoberto pouquíssimo tempo antes do lançamento do filme e era muito parecido com os raptores do filme. Essa coincidência deixou o próprio Stan completamente fascinado por ter criado um animal que seria redescoberto momentos depois.

Tudo errado

Apesar de ter uma equipe de paleontólogos por trás, Jurassic Park representou grande parte dos seus dinossauros de forma errada. Isso virou um problema porque o filme fez tanto sucesso que praticamente moldou o conceito que temos hoje de dinossauros. Mas nenhuma espécie foi tão modificada quanto o Dilofossauro. Na vida real, ele era enorme, não cuspia veneno e nem tinha essa membrana no pescoço. O cuspe de veneno foi inventado por Crichton no próprio livro – inclusive, fica a dica para vocês lerem. A morte do Nedry para o Dilofossauro é traumatizante no material original -, enquanto a membrana foi ideia de Spielberg, baseado em um lagarto australiano.

Jurassic World: Domínio está em cartaz nos cinemas do Brasil.

 

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