sábado, abril 27, 2024

Marvel x DC! Elegemos os PIORES filmes de cada estúdio…

Tivemos recentemente a estreia de ‘Adão Negro’, e, apesar de algumas opiniões de fãs terem sido favoráveis, a crítica mundial acabou detonando o novo filme da DC estrelado por Dwayne “The Rock” Johnson. Há quem compare a produção com o primeiro ‘Esquadrão Suicida’, de tão bagunçado que é o longa, ainda que tecnicamente seja mais honesto.

Porém, mesmo com a DC apresentando filmes que deixaram a desejar no recorte da última década – e ‘Adão Negro’ está longe de ser um desses filmes tão ruins – a Marvel já teve a sua parcela de bombas, e ultimamente a tal fase 4 não está lá agradando tanto – apesar das boas séries lançadas no Disney+.

Ou seja, mesmo com toda rivalidade, não dá para o time Marvel falar da DC sem lembrar que também possui um passado no mínimo obscuro, com títulos igualmente problemáticos.

Então, dessa vez, reunimos aqui o que há de pior nesses dois universos, porém tomando como base alguns critérios: não queremos chutar cachorro morto, de modo que àqueles antigos filmes do ‘Capitão América’ ou ‘Quarteto Fantástico’ feitos por Roger Corman não serão citados, por exemplo. O mesmo acontece com ‘Superman IV’ ou mesmo ‘Aço’, que são títulos de baixo orçamento e de pretensões distintas.

Quarteto Fantástico (2015)

O primeiro ‘Quarteto Fantástico’ (2005) por si só já foi uma produção bem abaixo da média, mesmo não tendo muita margem comparativa na época, e não apenas pelo visual risível dos personagens, mas pelas tiradas ruins e trama ultra genérica. Porém, após Josh Trank se destacar com o found footage de super-heróis ‘Poder Sem Limites’, teve a oportunidade de comandar uma nova aventura da família de super-heróis, entregando simplesmente um filme que não faz o menor sentido.

A primeira metade focada na origem ainda pode até se salvar, mas a trama traz um salto temporal confuso em que um personagem vai para América Latina sem nenhuma razão e o vilão principal surge igualmente sem motivação. Temos junto a isso uma história brega e absolutamente desinteressante. Até mesmo as cenas de ação não empolgam. E se o filme anterior era genérico, esse então mistura vários andamentos de outros do gênero e entrega um resultado qualquer nota. Felizmente, a Marvel deve ressuscitar o ‘Quarteto Fantástico’ muito em breve.

Não deixe de assistir:

Mulher-Gato (2004)

Mulher-Gato‘ foi lançado em 2004 sendo vagamente baseado na personagem das histórias em quadrinhos do ‘Batman‘. O filme segue Patience Phillips (Halle Berry), uma tímida designer gráfica que trabalha para uma grande empresa de cosméticos que deve estrear um revolucionário produto antienvelhecimento. No entanto, a vida de Phillips muda quando ela se depara com um segredo obscuro que seu empregador está escondendo, descoberta que a leva a morte. Mas que é revivida por um gato egípcio, assumindo a identidade de Mulher-Gato.

O filme foi um fracasso de bilheteria que jogou milhões de dólares pelo ralo. O roteiro é nada menos que embaraçoso, quando a heroína morre de um jeito bizarro e recebe poderes surreais de um gato da rua. Halle Berry, que vinha de um Oscar, entrega uma performance simplesmente terrível, o tom inconsistente se afasta muito dos quadrinhos, principalmente com a falta de qualquer conexão com o Batman. Isso sem falar na hiper sexualização da Mulher-Gato. O filme que é uma lástima para o cinema e uma agressão à causa feminista.

Morbius (2022)

Morbius‘ é o terceiro filme do universo expandido do ‘Homem-Aranha‘ da Sony. Após vários atrasos, o longa estreou no dia da mentira, nada menos que sugestivo, sendo estrelado pelo oscarizado Jared Leto como o personagem-título. O filme segue Michael Morbius, um médico que sofre de uma doença rara no sangue. Em desespero por uma cura, Morbius une seus genes com os de um morcego vampiro e se torna um monstro chupador de sangue.

Matt Smith e Leto até tentam salvar a coisa, porém o roteiro é confuso, a parte CGI parece ter saído direto dos anos de 1990, a narrativa é arrastada e o filme é raso ao extremo, com uma trama completamente sem propósito. Curiosamente, ‘Morbius‘ ganhou um bom número de fãs que curtiam a pegada decadente, mas talvez seja mesmo uma grande zoeira, como aquele pessoal que fez questão de traze-lo de volta aos cinemas.

Esquadrão Suicida (2016)

Pode parecer estranho, mas há quem considere o primeiro ‘Esquadrão Suicida‘ de David Ayer um bom filme, apesar do troço ser um desastre completo. O filme foi um sucesso de bilheteria, mas recebeu críticas bem negativas. O roteiro, a trama e os personagens foram consideradas um pires, previsíveis e mal desenvolvidos. Embora o longa traga algum humor e uma pegada de filme brucutú, é chato e genérico ao extremo. O Coringa de Leto é um vexame a parte.

Contudo, o filme entrega boas performances, especialmente a Arlequina de Margot Robbie, que fez todo mundo querer vê-la em um filme legal, assim como foi o ‘Esquadrão Suicida‘ (2021) de James Gunn. Mas isso não foi capaz de salvar uma obra incoerente e cheio de furos de roteiro, sendo o pior exemplo dos filmes modernos da DC. Vale lembrar que o diretor David Ayer afirmou que a Warner mudou tudo, o que levou os fãs pedirem uma nova versão chamada ‘Ayer Cut’.

Elektra (2005)

O filme ‘Demolidor’ lançado em 2003 com Ben Affleck já não foi lá grande coisa, aliás, há quem considere um dos piores da Marvel também, mas talvez isso seja exagero, no entanto, por dar uma grana, a obra ganhou um spin-off. ‘Elektra’, que saiu dois anos depois, traz Jennifer Garner como a ninja assassina que pela primeira e única vez tem uma aventura solo no cinema.

A atriz está no piloto automático e segue o filme inteiro sem um pingo de carisma. Junte isso a uma trama monótona, cenas de luta nada empolgantes e uma camada de personagem que, antes mesmo do fim da sessão, você já esqueceu. No bom português, dá pra dizer que ‘Elektra’ é o filme mais chato da Marvel de todos os tempos.

Batman & Robin (1997)

Batman Eternamente‘ já havia colocado a franquia criada por Tim Burton em um lugar bem diferente daquilo que ela estava seguindo, mas o saudoso Joel Schumacher chegou ao fundo do poço com ‘Batman & Robin‘ e o seu Batcartão. O Batman foi reformulado mais uma vez, agora com George Clooney no papel, mais canastrão impossível. Os vilões são um show de horrores a parte, com a Era Venenosa (Uma Thurman) e Senhor Frio (Arnold Schwarzenegger) em uma parceria simplesmente vexaminosa – e ainda recebendo a ajuda da Batgirl (Alicia Silverstone).

Além de ser um fracasso comercial, foi rechaçado pela crítica mundial, ostentando o título de menor bilheteria de um filme do Homem-Morcego. O troço foi tão ruim que matou completamente qualquer chance de uma continuação. É um filme de cenário barato, com uma trama apressada, um humor pastelão, pegada brega e uma trama exagerada que se torna sem sentido, cheia de heróis, vilões e ação de quadrinhos, semelhante ao da série dos anos de 1960. Quase enterrou o ‘Batman’ nos cinemas, que só voltou em 2005 com o Nolan.

Blade: Trinity (2004)

Os dois primeiros filmes de ‘Blade’ são muito bons e, apenas de não serem perfeitos, dá pra dizer que possuem tramas interessantes e são esteticamente atraentes, cheios de ação e possuem personagens fortes e carismáticos. Contudo, o mesmo não pode ser dito sobre ‘Blade: Trinity‘, já que o filme segue por vias opostas, resultando em um festival de sangue bastante chato e sem sentido.

A ação, o visual e outras graças salvadoras dos dois primeiros filmes também somem aqui. Tendo umas piadas soltas e no fim das contas sendo uma aventura genérica que enterrou a franquia estrelada por Wesley Snipes. ‘Blade’ que deve ganhar em breve uma releitura da Marvel.

Liga da Justiça (2017)

Após o fraquíssimo ‘Batman v Superman’ ser detonando pela crítica e dividir os fãs, Zack Snyder teve diversos problemas com a Warner para fazer ‘Liga da Justiça’ do seu jeito. No meio da produção, o momento mais doloroso de sua vida aconteceu, a filha de Snyder havia morrido e ele resolveu se afastar do processo de finalização do filme.

A Warner correu e chamou o diretor dos dois primeiros ‘Vingadores’, acreditando que o sujeito poderia salvar a lavoura ruim plantada pela DC, mas o resultado não poderia ser pior… Com um filme completamente desconjuntado e diversas situações não fazendo qualquer sentido, Joss Whedon simplesmente destruiu aquilo que já era ruim pela ótica do estúdio. Felizmente, anos depois, Snyder conseguiu se redimir lançando sua versão, a ‘Snyder Cut’, muito mais lógica e detalhada.

X-Men Origens: Wolverine (2009)

A ideia de fazer um filme solo do Wolverine aconteceu desde o lançamento do primeiro ‘X-Men’, que vamos combinar, tinha como protagonista justamente o personagem vivido por Hugh Jackman. Fazendo então uma espécie de origem do Logan, o filme de 2009 se inicia com uma pegada que mais parece uma história do Clark em Smallville.

Logo depois, descamba para retcon de uma história que já havia sido contada no segundo filme da franquia mutante, mas com todos os exageros e absurdos possíveis agora. A lista de mutantes e o inimigo final, vivido por Ryan Reynolds é simplesmente embaraçosa e revoltante, incapaz de fazer qualquer fã da série pedir uma continuação – que felizmente veio de maneira honesta e depois rendeu um terceiro filme que fechou com chave de ouro e apagou esse desastre.

Lanterna Verde (2011)

É incrível a quantidade bombas relacionadas a filmes super-heróis que Ryan Reynolds participou, e uma delas teve uma grande produção feita pela DC, a primeira adaptação para os cinemas do ‘Lanterna Verdade‘. O herói sempre possuiu um universo interessante e personagens icônicos, com várias histórias e sagas intergalácticas que renderiam verdadeiros épicos sci-fi.

No entanto, o que vimos no filme foi uma comédia pastelão, com algumas cenas de ação artificiais e um roteiro batido que tentou seguir à risca a origem de Hall Jordan. O que restou foi uma tremenda catástrofe, que afundou nas bilheterias e enterrou a franquia de vez. Quem sabe com esse novo recomeço a DC não dê mais uma chance para o patrulheiro verde espacial brilhar.

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Wilker Medeiroshttps://www.youtube.com/imersaocultural
Wilker Medeiros, com passagem pela área de jornalismo, atuou em portais e podcasts como editor e crítico de cinema. Formou-se em cursos de Fotografia e Iluminação, Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica, Forma e Estilo do Cinema. Sempre foi apaixonado pela sétima arte e é um consumidor voraz de cultura pop.

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