O último episódio de Mulher-Hulk: Defensora de Heróis chega ao Disney+ nesta quinta-feira (13) e apesar das boas avaliações e dos comentários positivos nas redes sociais, ainda há gente que se recusa a assistir a série por conta da má primeira impressão que o CGI do trailer causou. E caso você se enquadre neste grupo de pessoas, essa matéria vai tentar te convencer a mudar de ideia e não apenas assistir, mas maratonar os episódios a tempo de assistir o capítulo final na quinta. Confira!
Fidelidade
Uma das maiores reclamações dos fãs de histórias em quadrinhos é a falta de fidelidade das adaptações em relação ao material original. Neste ponto, qualquer um que tenha pego pelo menos uma HQ da Mulher-Hulk na vida se encanta com o nível de perfeição do trabalho feito pela equipe criativa da série. Mesmo passando por fases diferentes nos quadrinhos, a série consegue pegar tanto da fase em que a personagem se levava mais a sério, mas principalmente nas fases em que os quadrinistas se permitiram expandir os limites de Jennifer Walters, dando a ela mais liberdade para brincar e interagir com o próprio universo em que ela existe. E se nas HQs isso já era legal, ver isso em live action parece mais divertido ainda, porque explora lados ainda não abordados do MCU.
Humor
Parte importante da personalidade da Mulher-Hulk é sua capacidade de não se levar a sério, apesar de se respeitar como personagem. E uma das características marcantes de Jen nos quadrinhos é a famosa quebra da quarta parede. Se usada de forma exagerada, essa ferramenta pode comprometer a trama de uma produção, mas a série encaixa esses momentos com tanta perfeição que ajuda a construir um humor carregado de ironia e piadas, não só com os super-heróis e sua exposição massiva, mas também com os próprios fãs do gênero. É legal que a série brinca com os clichés do gênero e também zoa a própria audiência. É uma metalinguagem divertidíssima. Fora que existe um humor mais malicioso que é pouco usual no MCU, mas bem-feito como é na série, acaba sendo mais que bem-vindo.
Referências e desenvolvimento do MCU
Um dos grandes méritos em fazer uma série que não se leva a sério ambientada dentro do Universo Cinematográfico Marvel é poder explorar e brincar com pontos que não se encaixariam num longa-metragem sem serem massacrados pela crítica. Mas aqui, como a proposta da série já é buscar situações mais descontraídas dentro dessa realidade, as piadas funcionam bem demais. Além do que, ao trazer certas brincadeiras, a série acaba abordando ou sugerindo situações que vão deixar os fãs da Marvel num geral bem animados. Como se não bastasse, os rumores que começam a surgir de algumas produções futuras já são possíveis de relacionar com certas referências/ sugestões da própria série. E nada mais legal do que curtir o esse hype de tentar encaixar o “quebra-cabeças da Marvel”.
Participações Especiais
Além das sugestões e easter eggs, a série não poupa em participações especiais. Além de alguns personagens grandes do MCU darem as caras, os melhores cameos são justamente de personagens mais obscuros ou menos badalados dos quadrinhos, como o Homem-Sapo, o Sr. Imortal ou o próprio Hulk. Seja interagindo, aparecendo rapidamente ou sendo defendido (ou acusado) nos tribunais, esses personagens agregam com muita diversão à produção. Falando no Hulk, como a Marvel não detém os direitos cinematográficos do personagem, só podendo usá-lo como coadjuvante, a série aproveita que tem ele em tela para desenvolver sua personalidade pós-Ultimato e já trabalha para ditar os rumos futuros dele neste universo. Além dele, há a introdução de novos vilões, novos anti-heróis e uma tonelada de referências, sutis ou não, aos mutantes.
Tatiana Maslany
Mas de longe, a melhor coisa de toda a série é a atuação de Tatiana Maslany como Jennifer Walters/ Mulher-Hulk. Apesar de ser pequenininha e não tão parecida com a versão dos quadrinhos, Maslany entendeu a essência da personagem e soube trabalhar tanto nos núcleos da advocacia quanto no de aspirante a super-herói. Ela acerta o tom de drama e do humor, explorando pontos que até então haviam passado praticamente batidos pelo MCU, como o machismo do meio e as dificuldades de relacionamento quando se é uma “super-pessoa”. Isso traz uma veracidade muito legal para a série, que dialoga não só com as adaptações de quadrinhos, mas com a sociedade em geral. E essa pegada só funciona por conta do trabalho fantástico de Tatiana Maslany.
Ah, mas e o CGI? Bom, o CGI acaba sendo o ponto mais fraco da série, mas ainda assim é algo que só incomoda em alguns momentos dos três primeiros episódios. Há uma nítida evolução com o passar do seriado e melhora consideravelmente na reta final. Então, caso você decida assistir no formato de “maratona”, se começar hoje, nesta segunda (10), é possível assistir três episódios hoje (algo em torno de 1h30), três na terça (11) e mais dois episódios na quarta-feira (12), chegando na quinta-feira com a série fresquinha na cabeça para o último episódio.
O episódio final de Mulher-Hulk: Defensora de Heróis estreia nesta quinta (13), somente no Dinsey+.
E como a média de duração é de meia hora por episódio, sugerimos que você