quarta-feira , 25 dezembro , 2024

No Olho do Tornado (2)

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Acredito que eu tenho acompanhado os últimos trailers com muita expectativa. Sei que não dá para esperar muita reflexão em um filme de aventura sobre tornados, oriundo do contexto hollywoodiano de produção (na verdade, acho que é um excelente espaço para debater as questões ambientais, assunto cotidiano), mas desta vez os envolvidos no projeto pegaram pesado com o espectador. As famosas respiradas profundas, os sons de canto de boca e outras manifestações de desagrado mixaram o sistema de som dos críticos presentes na sessão, e, desta vez, sou a favor dos meus colegas.

No-Olho-do-Tornado-01



Um tornado promete chegar numa cidade dos Estados Unidos e destruir tudo que encontrar pela frente. Pronto. Este é o argumento. Logo depois, os envolvidos no projeto trataram de organizar alguns grupos de personagens que por uma ironia do destino, vão se encontrar e formar o grupo protagonista da história: uma equipe formada por uma especialista em tornados e alguns jornalistas ávidos pelo furo de reportagem, uma escola no dia de formatura, uma família em desequilíbrio (ausência da mãe, pelo menos não transformou tudo num estereótipo completo) com dois filhos e um pai mandão e chato, além de dois amigos sem noção que registram tudo que acontece no local para colocar na internet. Alguns são liquidados, outros conseguem se salvar, numa narrativa preguiçosa, com direção idem.

Os efeitos especiais e o sistema de som agradam, mas os clichês tornam a história muito óbvia. A tentativa de incluir uma narrativa que mescla primeira e terceira pessoa naufraga, bem como as discussões superficiais sobre sustentabilidade e novas mídias, a febre da vez: a moda da vez é ironizar os vídeos do You Tube e das exposições pessoais nas redes sociais. E mais uma vez, volto para Wes Craven: poucos conseguem discutir este tema com profundidade numa narrativa pop. Pânico 4 e seu final apoteótico ainda são insuperáveis nestes aspectos.

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Com uma média de 90 minutos de produção, No Olho do Tornado poderia ser um filme com avaliação regular, se não fossem os seus segundos finais. Ao escorregar no ridículo e investir numa conclusão que vai dar pano para manga para a turma envolvida em Todo Mundo em Pânico, este aventura bebe na fonte de Spielberg, mas não consegue ir além. A indústria do cinema, por sinal, tenta copiar a fórmula do diretor, mas parece que não consegue nunca. Vejamos o caso de Tubarão. Tantas versões diferente, mas nenhuma com a proeza do som, montagem e horror social do clássico dos anos 1970. Depois de Jurassic Park, todos os filmes de dinossauros ainda são inferiores ao mote do filme de 1994 e das suas continuações. Posso afirmar o mesmo sobre filmes catastróficos envolvendo tornados: Twister pode não ser uma obra prima, ter alguns momentos nonsense, mas ainda consegue ser melhor, ter atuações dignas e efeitos que mesmo sendo de 1995, ainda não perdem nada para esta produção contemporânea.

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Acredito que eu tenho acompanhado os últimos trailers com muita expectativa. Sei que não dá para esperar muita reflexão em um filme de aventura sobre tornados, oriundo do contexto hollywoodiano de produção (na verdade, acho que é um excelente espaço para debater as questões ambientais, assunto cotidiano), mas desta vez os envolvidos no projeto pegaram pesado com o espectador. As famosas respiradas profundas, os sons de canto de boca e outras manifestações de desagrado mixaram o sistema de som dos críticos presentes na sessão, e, desta vez, sou a favor dos meus colegas.

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Um tornado promete chegar numa cidade dos Estados Unidos e destruir tudo que encontrar pela frente. Pronto. Este é o argumento. Logo depois, os envolvidos no projeto trataram de organizar alguns grupos de personagens que por uma ironia do destino, vão se encontrar e formar o grupo protagonista da história: uma equipe formada por uma especialista em tornados e alguns jornalistas ávidos pelo furo de reportagem, uma escola no dia de formatura, uma família em desequilíbrio (ausência da mãe, pelo menos não transformou tudo num estereótipo completo) com dois filhos e um pai mandão e chato, além de dois amigos sem noção que registram tudo que acontece no local para colocar na internet. Alguns são liquidados, outros conseguem se salvar, numa narrativa preguiçosa, com direção idem.

Os efeitos especiais e o sistema de som agradam, mas os clichês tornam a história muito óbvia. A tentativa de incluir uma narrativa que mescla primeira e terceira pessoa naufraga, bem como as discussões superficiais sobre sustentabilidade e novas mídias, a febre da vez: a moda da vez é ironizar os vídeos do You Tube e das exposições pessoais nas redes sociais. E mais uma vez, volto para Wes Craven: poucos conseguem discutir este tema com profundidade numa narrativa pop. Pânico 4 e seu final apoteótico ainda são insuperáveis nestes aspectos.

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Com uma média de 90 minutos de produção, No Olho do Tornado poderia ser um filme com avaliação regular, se não fossem os seus segundos finais. Ao escorregar no ridículo e investir numa conclusão que vai dar pano para manga para a turma envolvida em Todo Mundo em Pânico, este aventura bebe na fonte de Spielberg, mas não consegue ir além. A indústria do cinema, por sinal, tenta copiar a fórmula do diretor, mas parece que não consegue nunca. Vejamos o caso de Tubarão. Tantas versões diferente, mas nenhuma com a proeza do som, montagem e horror social do clássico dos anos 1970. Depois de Jurassic Park, todos os filmes de dinossauros ainda são inferiores ao mote do filme de 1994 e das suas continuações. Posso afirmar o mesmo sobre filmes catastróficos envolvendo tornados: Twister pode não ser uma obra prima, ter alguns momentos nonsense, mas ainda consegue ser melhor, ter atuações dignas e efeitos que mesmo sendo de 1995, ainda não perdem nada para esta produção contemporânea.

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