Para continuar nossa série de matérias especiais, nos voltamos novamente para o mundo da música e para os grandes álbuns que completam 20 anos em 2023.
Em 2003, diversos artistas conquistavam mais espaço no mundo fonográfico, desde Beyoncé com sua estreia solo, ‘Dangerously in Love’, passando por Madonna com o lançamento do subestimado ‘American Life’, até Evanescence com o memorável clássico ‘Fallen’.
Pensando nisso, preparamos uma lista especial trazendo para vocês dez discos internacionais que comemoram aniversário de duas décadas este ano.
Veja abaixo:
FRANK, Amy Winehouse
‘Back to Black’ pode ser o álbum mais conhecido da saudosa Amy Winehouse, mas, antes de embarcar em uma das obras-primas da história da música, ela se aliou à Island Records para sua estreia oficial na indústria: ‘Frank’. Com vários elogios à estrutura nostálgica e embelezada da produção, Winehouse fez questão de homenagear seus ídolos, incluindo Frank Sinatra, em uma celebração de jazz, soul e até mesmo bossa nova.
DANGEROUSLY IN LOVE, Beyoncé
Em 2003, Beyoncé fazia sua grandiosa estreia com o clássico e memorável ‘Dangerously in Love’, cujas canções ficariam imortalizadas na memória dos fãs e de qualquer um que aprecie uma boa e cativante música. Infundido pelo R&B contemporâneo e por inflexões do pop arábico e do hip-hop, o compilado de originais não é apenas uma ode ao amor, mas também um retorno às raízes texanas de sua família e às canções que encarnara anteriormente ao lado de Kelly Rowland e Michelle Williams.
ELEPHUNK, Black Eyed Peas
Não importa o que ninguém diga: Black Eyed Peas é um grupo mundialmente conhecido e que carrega em sua carreira hits que são cantados até hoje. Em 2003, o grupo lançou seu terceiro álbum, ‘Elephunk’, amalgamando R&B, música latina, funk, dancehall, rock e dance em uma explosão animada e envolvente. À época, a produção causou polarização nos críticos especializados, apenas para ser redescoberto como um sólido corpo de trabalho que inclui os sucessos “Shut Up”, “Hey Mama” e “Let’s Get It Started” – e que ajudou a estabelecer o apelo comercial do grupo ao redor do planeta.
IN THE ZONE, Britney Spears
‘In The Zone’ fez um estrondo enorme nas paradas globais, garantindo mais um #1 na Billboard 200 para Britney Spears e alcançando vendas estelares. Além de ter gerado quatro singles oficiais, a obra reuniu Roy “Royalty” Hamilton, Bloodshy & Avant, Mark Taylor e vários outros para celebrar o ícone reverenciado no qual a cantora tinha se transformado. Aludindo a nomes como Kylie Minogue, Madonna e Blondie, há diversas tracks que merecem nossa atenção – incluindo “Toxic”, “Breathe On Me” e “Everytime”.
REALITY, David Bowie
Em 2003, David Bowie já estava consolidado como um dos maiores artistas da história – mas isso não significava que ele não lançaria mais conteúdos ótimos. Não é surpresa que ‘Reality’, seu 24º álbum de estúdio, tenha feito sucesso considerável de crítica e de público – principalmente por seu caráter intimista, discorrendo sobre a velhice, sobre desespero e sobre menosprezo. Boa parte dos elogios foi destinada à maturidade de Bowie e às incríveis performances vocais.
FALLEN, Evanescence
Se você viveu a adolescência nos anos 2000, com certeza ouviu Evanescence. A banda de rock estadunidense se tornou uma febre e um emblema da cultura emo, principalmente com o lançamento de ‘Fallen’, o primeiro álbum de estúdio do grupo. Contando com os vocais de Amy Lee e com os singles “Bring Me to Life”, “Going Under”, “My Immortal” e “Everybody’s Fool”, a produção vendeu mais de 17 milhões de cópias ao redor do mundo e conquistou cinco indicações ao Grammy Awards, incluindo Álbum do Ano.
BODY LANGUAGE, Kylie Minogue
‘Body Language’ é, sem sombra de dúvida, um dos álbuns mais subestimados da carreira de Kylie Minogue. A produção, lançada dois anos depois do irretocável ‘Fever’, serve como arauto das constantes reinvenções da artista australiana e afasta-se das produções anteriores – apostando fichas como synth-pop, hip hop, electroclash e outros. Aqui, Minogue pegou elementos emprestados de Prince e Scritti Politti (ícones dos anos 1980), dando vida a singles como “Slow” e “Chocolate”.
METEORA, Linkin Park
O começo dos anos 2000 foi fortemente marcado pelas bandas de rock – e o grupo conhecido como Linkin Park também deixaria sua marca com o lançamento de ‘Meteora’, seu segundo álbum de estúdio. O disco rendeu diversos singles, incluindo a impecável “Numb”, e vendeu mais de 810 mil cópias apenas na primeira semana, alcançando o topo da Billboard 200 – além de render uma indicação ao Grammy de Melhor Performance Rock Insturmental e se tornando uma das incursões favoritas dos fãs.
AMERICAN LIFE, Madonna
Em ‘American Life’, Madonna retoma colaboração com o produtor Mirwais Ahmadzaï e realiza um movimento de convecção que se afasta e, ao mesmo tempo, se aproxima de inflexões artísticas prévias. Em seu subestimado nono álbum de estúdio, a rainha do pop abre espaço para a insurgência do electroclash, gênero que mistura o new wave oitentista e o techno do fim do século, enquanto Ahmadzaï o abraça com vontade e explora cada minúcia estampada no início dos anos 2000, aproveitando também para misturar, com praticidade pontual, inclinações do folk e da eletrônica.
FEVER TO TELL, Yeah Yeah Yeahs
A banda de indie rock Yeah Yeah Yeahs fez um grande comeback no ano passado com o aclamado ‘Cool It Down’ – e, vinte anos atrás, faziam sua estreia oficial no cenário fonográfico com ‘Fever to Tell’. Considerado uma das principais produções do gênero e contando com a produção de David Andrew Sitek (que trabalhou com Nine Inch Nails e Weezer), o compilado misturou garage rock revival, art punk e dance-punk, conquistando a crítica especializada e o público – além de vender mais de um milhão de cópias.