A história de Jimmy Gralton, líder comunista irlandês, que desafiou a Igreja Católica questionando sua censura à liberdade de expressão. Gralton gerou discórdia ao inaugurar um espaço para as pessoas debaterem, aprenderem e, sobretudo, dançarem. A trama retoma o período em que o rapaz volta a seu país natal, após ter passado dez anos em Nova York.
O casal Verneuils tem quatro filhas. Católicos, conservadores e um pouco preconceituosos, eles não ficaram muito felizes quando três de suas filhas se casaram com homens de diferentes nacionalidades e religiões. Quando a quarta anuncia o seu casamento com um católico, o casal fica nas nuvens e toda a família vai se reunir. Mas logo eles vão descobrir que nem tudo é do jeito que eles querem.
O filme conta a história de João, um fotógrafo que procura candidatas a modelo em cidades do interior gaúcho. João conhece uma jovem de rara beleza, Maria, e acaba se envolvendo com a mãe dela, Anita. O pai da menina, Pedro, não quer deixar que ela seja modelo. João se apaixona por Anita e agora quer levar embora mãe e filha.
Depois de inúmeros bons trabalhos no mundo do cinema, o cineasta brasileiro Jorge Furtado volta as telas grandes com o reflexivo Real Beleza. O filme é um grande exercício do perfeccionismo humano. Na maior parte do tempo focado em seu protagonista,Jorge Furtado arrisca ao se jogar em um drama com bom potencial mas sem um protagonista forte, Vladimir Brichta deixa muito a desejar em cena. Cuoco quando entra em cena, parece que vai salvar o filme mas os primeiros e empolgantes minutos dele em cena ficam por aí.
Na trama, somos envolvidos na vida do fotógrafo João (Vladimir Brichta), um homem em decadência profissional que parte para o sul do país em busca de um novo rosto para trabalhos internacionais. Durante essa busca, acaba conhecendo a mãe de uma das candidatas, Anita (Adriana Esteves), e logo se apaixona perdidamente. Próximo do fim de sua estadia na cidade, João busca soluções para resolver seus conflitos.
O longa-metragem tem ares teatrais, uma trilha sonora que faz questão de se tornar presente quase que o tempo todo, diálogos que pouco se aproveitam do improviso. As duas almas que se apaixonam parecem não demonstrar ao espectador o sentido dessa relação, os acontecimentos são muito rápidos e não houve contexto para demonstrar o amor miojo (3 minutos tá pronto).
Para uma análise mais ampla, tentamos a todo instante entender o personagem principal. Um andarilho em busca das belezas do mundo, um observador da rotina, dos lugares, das pessoas. Parece estar em conflito diariamente com seu próprio eu. Os possíveis clímax como o processo de escolha de uma nova modelo ou até mesmo o peculiar triângulo amoroso que é projetado ficam em segundo plano. Quem conseguir fisgar essa ideia pode conseguir se conectar melhor com o filme como um todo.
A terra do cinema americano é um lugar semelhante à uma sala de aula do primário; há sempre o popular da classe, o mais influente, aquele que dita às regras e os outros o seguem. Um belo dia, esse menino(a) popular traz para a classe um novo brinquedo, transado e irresistível e o proclama como sendo a melhor coisa que surgiu no mundo.
No outro dia metade da classe estará com o seu em mãos até o momento em que saia de moda e o popular traga outro brinquedo para o desespero dos pais.
E o que tem a ver isso tudo com Hollywood? Bem, por lá basta o “popular” da vez inventar uma nova tendência, que é rapidamente absorvida pela indústria e os clones pipocam sem parar até tirar o último centavo do bolso do espectador. O “bam-bam-bam” foi James Cameron que, com seu épico orçamentário Avatar “revolucionou” a indústria com o uso do artifício 3D, o messias que veio trazer uma nova maneira de fazer cinema.
A partir daí, uma enxurrada de outras produções integraram o 3D em sua campanha promocional e lotaram os cinemas do mundo na procura pela última bolacha do pacote em termos da nova mania, desde “Fúria de Titãs” até pornografia em terceira dimensão!
Mas será que o 3D no cinema é uma novidade criada por James Cameron? Será que é apenas um déjà vu a sensação de que essa “mania” já aconteceu há um bom tempo atrás e se repete agora? Não, caro amigo, não é um déjà vu, a indústria do cinema não envisionou o poder da terceira dimensão junto de Avatar, mas sim apenas reviveu um recurso que já havia virado piada, coisa antiga e ultrapassada, que agora é cool.
E até mesmo as cretinices atuais de colocar uma cena em que um personagem atira algo na tela e o filme já ganha o “3D” no cartaz. Estes são recursos que fizeram a fama de “tapa-furo para chamar gente aos cinemas” no passado e, após um amnésia geral no planeta terra, fazem nos dias de hoje, em pleno 2014.
A ideia de juntar cinema com o recurso de terceira dimensão inicia em 1890 quando o britânico William Friese-Geene patentiou a ideia de colocar dois filmes distintos rodando em uma única tela, onde o espectador olhava através de um estereoscópico que “misturava” ambas as imagens e criava um efeito que a imagem saia da tela (semelhante ao processo de estereoscopia em fotos, as famosas fotos em 3D).
A ideia era boa, mas impraticável e muito cara. No início de 1900, Friese-Geene criou uma câmera munida de duas lentes que registrava em terceira dimensão diretamente, sem a necessidade do estereoscópico.
Em 1915 foi mostrada para audiências, pela primeira vez, os famosos anaglifos em vermelho e azul (padrão que continua até hoje) e a introdução do (desconfortável) óculos para assistir as produções.
Diversos curtas foram produzidos, ao longo dos anos, utilizando essa tecnologia, até que em 1951 foi lançado “Bwana Devil”, um longa totalmente em terceira dimensão que iniciou a febre na década de 50, considerada os anos de ouro da técnica no cinema.
O primeiro filme em 3D de terror, gênero em que a técnica mais prosperou, foi “A Casa de Cera” dirigido por André de Toth e estrelando Vincent Price, filme responsável pela mania terceira-dimensão no cinema americano. Ele também foi responsável por criar uma gama de clichês típicos de produções utilizando esta técnica como em um incêndio no museu de cera que “saia” da tela, um homem sendo lançado em direção aos espectadores e muito mais.
Jogando Ping-Pong com o público
Uma irônica curiosidade sobre o filme é que o diretor de Toth era cego de um olho e não pode apreciar o filme em 3D, o que causou um divertido comentário por parte de Price: “Andre de Toth era um excelente diretor, mas ele realmente era errado para dirigir um filme em 3D. Ele ficava irritado e dizia, ‘Porque todos estão excitados a respeito disso?’ não fazia qualquer sentido para ele”.
Em 1953, a Universal lançou o sci-fi “A Ameaça veio do Espaço” dirigido por Jack Arnold, o primeiro do estudio utilizando a nova tecnologia. O filme foi um sucesso enorme de público, se tornando a sétima maior bilheteria do ano. Na mesma época, a primeira comédia em 3D foi lançada, um filme dos três Patetas “Spooks and Pardon My Backfire”.
No ano seguinte, em 1954, um eterno representante do horror clássico foi lançado pela Universal utilizando a tecnologia, “O Monstro da Lagoa Negra” dirigido pelo mesmo Jack Arnold e que gerou uma continuação, “A Vingança da Criatura”, que ainda usou o efeito e é lembrado como o último filme da “era de ouro do 3D” utilizando a técnica.
Um dos exemplos mais celebrados de bom uso da técnica é o clássico “Disque M para Matar” de Hitchcock que, ironicamente, não foi exibido na época de lançamento em 3D. Só foi lançado desta forma na década de 80 após um enorme sucesso em exibições teste nos Estados Unidos.
Após 1954, a técnica perdeu força com a chegada do formato Widescreen nos cinemas.
Apesar de ter perdido força, o 3D nunca chegou a morrer e no início da década de 60 era comum o lançamento de exploitations obscuros utilizando anaglifos, levando a técnica para o “underground”.
Arch Oboler, responsável pela explosão do 3D na década de 50, reinventou um formato que utilizava sobreposição de imagens em apenas uma tela, o que facilitava a exibição e permitia ser exibido em Widescreen, sem possibilidade de ficar fora de sincronia.
A nova técnica trouxe de volta a possibilidade de exibição nos cinemas e uma nova compania especializada foi criada, chamada Stereovision. Já nos anos 70, lançou a comédia erótica softcore “The Stewardesses” que custou a bagatela de $100,000 e rendeu incríveis $27,000,000, se tornando o filme3D mais rentável da história até aquele momento, recriando o interesse das majors pela técnica até então adormecida.
Com a chegada da década de 80, horror e filmes eróticos acabaram se tornando o alvo da renovada tecnologia3D, rendendo diversas continuações de franquias já consagradas no formato e tornando a idéia de 3D como sendo um dispositivo promocional poderoso, já que poucas vezes o artifício era usado e acabava sendo um recurso muito mais desviar a atenção do público de roteiros frágeis e ruins.
Se tornou comum o clichê de lançar a “parte III” de uma franquia em 3D, fazendo uma analogia ao numero que o filme carregava. Abaixo uma lista de produções que utilizaram a técnica nos anos 80:
Parasite (1982) – Esta tranqueira dirigida por Charles Band e contando com Demi Moore no elenco, se usou da tagline “The first futuristic monster movie in 3-D” para fazer caixa no cinema.
Dogs of Hell aka Rottweiler (1982) – Esta desconhecida pérola conta com o técnico Chris Condon que serviu de consultor 3D para várias produções da época
Friday the 13th Part III (1982) – Dirigido por Steve Miner e conhecido por ser o primeiro filme da franquia a ter Jason com a máscara de hoquei, o filme reciclou clichês como jogar a toda hora pessoas contra a tela.
Amityville 3D (1983) – Considerado o início do declínio total de uma série já irregular, esta terceira parte foi lançada com recursos em terceira dimensão nos cinemas.
Jaws 3D (1983) – Terceira parte da franquia iniciada por Steven Spielberg, o filme se usa do recurso 3D especialmente nas partes finais com a destruição de um parque aquático pelo tubarão.
Hyperspace aka Gremloids (1984) – Estranho filme que parodia Star Wars, dirigida por Todd Durham e estrelando Chris Elliott (ator famoso posteriormente por estrelar em várias séries).
Plan 3-D from Outer Space (1985) – O filme mais famoso de Ed Wood foi relançado nos cinemas em 3D na década de 80.
Foi nesse momento que o 3D ganhou fama de puro oportunismo por acompanhar produções pobres, com roteiros razos e até mesmo pouquíssimas cenas que utilizavam o recurso, sensação essa que perdura até hoje e fez escola para diversos diretores atuais voltarem a faturar dessa forma.
Ele vai te pegar!
Na década seguinte, alguns outros filmes de horror investiram na tecnologia, como a sexta parte de “A Hora do Pesadelo”, lançada em 1991, e tranqueiras como Dino Island II e T-Rex – Back to the Cretaceous.
James Cameron teve contato com a tecnologia em um curta para a Universal chamado “Terminator 2: 3-D: Battle Across Time” e, posteriormente, lançou “Into the Deep” para os cinemas Imax, inteiramente filmado em terceira dimensão.
O Segundo retorno nos anos 2000
Durante os anos 2000, a tecnologia foi muito utilizada em produções para Imax como viagens ao fundo do mar e curtas infantis até retornar com força no cinema através de Avatar. Somado à isso, diversos filmes foram relançados para cinemas especiais usando a tencologia como “A Noite dos Mortos Vivos” original e “The Nightmare Before Christmas”.
No cinema de horror e fantasia em geral, o 3D voltou com força estampando cartazes promocionais de filmes como “Premonição 4″,“Dia dos Namorados Macabro” e “Resident Evil: Retribuição”. Neste fim de semana, estreia o remake de “Poltergeist“, filmado no formato.
A antiga tecnologia não apenas pegou de assalto o cinema, mas também contagiou a industria eletrônica, que já lançou televisões que permitem o uso de efeitos em 3D. Videogames e outros dispositivos eletrônicos também prometem trazer uma experiência em terceira dimensão para o consumidor.
É bom ou é ruim ?
A volta do 3D no cinema sucita uma pergunta que qualquer cinéfilo deve estar se fazendo: “Isso vai ajudar a termos filmes melhores ou só vai piorar?”.
Apesar de ser uma pergunta generalista, é difícil analisar se o uso da tecnologia é benéfica de um modo geral, ou será apenas um dispositivo promocional usado por produtores para chamar público para os cinemas. Avatar pode ter inúmeros defeitos como filme, mas dá uma aula de como usar o 3D de forma a contribuir para uma experiência audio-visual diferente, talvez porque James Cameron concebeu o filme pensando no uso da tecnologia.
Entretanto, por outro lado, a parte ruim é que iniciada a moda, diversas produções que nada tinham a ver com o pastel inseriram algumas (poucas) cenas que utilizam a técnica e sairam vendendo seu peixe como sendo a ultima novidade 3D do momento. Se por um lado isso é interessante para a indústria do segmento, por outro é uma enganação total utilizando o hype para lucrar com o que, por sinal, foi o que matou o 3D nas outras duas vezes em que se tornou mania.
E apesar de ser uma tecnologia promissora, em especial pela evolução enorme dos efeitos especiais, pode acabar sendo sinônimo de oportunismo na mão de produtores mal-intencionados que entreguem ao consumidor trabalhos mal feitos, sem sentido nenhum e que se escondem atrás de uma ceninha onde alguém é jogado contra a tela.
O próprio Tim Burton, que dirigiu “Alice no País das Maravilhas” utilizando a tecnologia, falou:
“Com certeza nós iremos ver vários filmes em 3D péssimos em um futuro próximo, porque Hollywood canibaliza qualquer coisa por sucesso, é como a indústria funciona… É algo incrível quando você o usa como uma ferramenta técnica e não como uma arma poderosa”.
A tentativa de enfiar a tecnologia guela a baixo do consumidor também é cretina, televisões com 3D são caríssimas e não fogem do uso dos tradicionais (e incitadores de dores de cabeça) óculos, prometendo mundos e fundos com belos comerciais, mas esbarrando nas limitações que já existem há, pelo menos, 5 décadas.
Se vai passar? Bem, das outras duas vezes em que se tornou mania, o 3D acabou morrendo vítima de quem o explorou de forma errada. Mas agora, apesar de acontecer a mesma coisa, uma enorme parte da indústria descobriu a nova mina de ouro e por algum tempo ouviremos falar desta antiga tecnologia, requentada por quem a esqueceu…
O coração da mulher, como muitos instrumentos depende de quem o toca. Um dos criadores do famoso movimento cinematográfico dinamarquês Dogma 95, Thomas Vinterberg, volta às telonas dessa vez em uma história de época, baseada na obra de Thomas Hardy. Longe Deste Insensato Mundoé uma acanhada trama sobre uma mulher e suas fortes decisões tanto para sobreviver, quanto para o amor. No roteiro adaptado assinado por David Nicholls (Um Dia) há um contexto amplo na parte introdutória que deixa a trama um pouco difícil de se tornar atraente por mais que a protagonista, interpretada pela sempre ótima Carey Mulligan, tenha muitas qualidades ao longo das quase duas horas de projeção.
Em uma época onde não existia o Tinder, conhecemos a indecisa e corajosa Bathsheba Everdene (Carey Mulligan), uma jovem que após o destino a premiar com a herança total de um tio bem de vida, se vê em dúvida entre o amor, a paixão, o desejo, e suas convicções, por três homens completamente distintos. Ao longo das semanas, vários acontecimentos vão se moldando a partir das escolhas, muitas delas equivocadas, da personagem principal. Às vezes profunda, as vezes rasa, a história é premiada apenas pela força da protagonista.
A trama, que já teve um projeto anterior em 1967, com Julie Christie no papel principal, vai se moldando de forma lenta, sempre guiado por uma forte e preponderante trilha sonora, assinada pelo escocês Craig Armstrong (O Grande Gatsby). Carey Mulligan interpreta uma mulher a frente de seu tempo que luta diariamente pela liberdade de suas ações. Mais uma interpretação poderosa dessa baita atriz britânica. Uma das cenas mais bonitas do filme, Milligan usa e abusa de sua habilidade no canto, exatamente como fez em Shame.
Longe Deste Insensato Mundo é o tipo de filme que a crítica gosta mas o espectador nem tanto. Quem curte filmes de época, esse pode ser um prato cheio com tudo que tem direito, além da belíssima fotografia, direção de arte e figurino. Mas infelizmente fica bem abaixo de um filme que o grande Vinterberg pode realizar.
Os critérios usados nesta lista foram performance do ator e caracterização do personagem.
A qualidade do filme também foi levada em conta, mas como item classificador de menor importância.
Confira abaixo:
10. O Homem Que Bebeu Com o Diabo (The Man Who Drinks With The Devil, 1995)
Curta-metragem baiano tosco até a alma (sem trocadilhos), mas onde destaca-se a imponência do ator José Menezes no papel do melhor tinhoso nacional.
9. Tenacious D – Uma Dupla Infernal (Tenacious D and The Pick Of Destiny, 2006)
David Growl (ex-Nirvana), vocalista do Foo Fighters, encarna um diabão de dez metros de altura que aceita o duelo de guitarras proposto pelo rockeiro JB (Jack Black). Quase irreconhecível sob quilos de maquiagem, Growl aparece só no final da comédia, mas sua participação é memorável.
8. Endiabrado (Bedazzled, 2000)
Quem seria louco de resistir as tentações propostas por uma gostosa como Elizabeth Hurley? Então vamos perdoar Brendan Fraser que aceitou trocar sua alma com a diaba por 7 desejos na tentativa de conquistar a garota de seus sonhos. Detalhe: de chifre a modelo inglesa entende, pois, foi durante seu namoro com Hugh Grant que o ator foi flagrado recebendo sexo oral de uma prostituta em Los Angeles.
7. As Bruxas de Eastwick (The Witches of Eastwick, 1987)
Jack Nicholson e suas sobrancelhas arqueadas dispensam qualquer maquiagem nesta comédia oitentista onde o chifrudo é disputado pelas então beldades Michelle Pfeiffer, Cher e Susan Sarandon. Virou série de TV em 2010.
6. A Lenda (Legend, 1985)
Esta fantasia bobinha dirigida por Ridley Scott é o primeiro filme da carreira de Tom Cruise como protagonista. Tim Curry interpreta o Senhor das Trevas, um ser monstruoso (dotado de um par de chifres de fazer inveja a qualquer marido traído) que almeja arremessar seu mundo numa eterna era de gelo.
5. A Profecia (The Omen, 1976)
O AntiCristo chega à Terra na forma de um garoto que é tratado como se fosse filho de um casal americano. Apesar da tenra idade, a atuação do garoto Harvey Stephens no papel do diabólico Damien (e todo o misticismo que o envolve) provoca calafrios. O filme teve uma refilmagem inferior em 2006.
4. O Exorcista (The Exorcist, 1973)
Imitado a exaustão, mas nunca superado, um dos melhores filmes de horror já produzidos. A atriz Linda Blair divide os méritos com a equipe de efeitos visuais no papel da garota possuída por entidades demoníacas que vomita toneladas de catarro verde, consegue fazer o pescoço girar 180 graus e é capaz de blasfemar em diversas línguas mortas.
3. Coração Satânico (Angel Heart, 1989)
A presença onipresente e forte de Robert DeNiro no papel de Louis Cypher é capaz de causar arrepios na coluna. E olha que o filme quase não tem efeitos especiais. Mickey Rourke faz o detetive contratado por DeNiro para encontrar um músico desaparecido.
2. South Park – Maior, Melhor e Sem Cortes (South Park – Bigger, Longer and Uncut, 1999)
A série mais politicamente incorreta do planeta estreou nos cinemas com esta pérola da animação, apresentando um Diabo gay que é submisso a seu parceiro Saddam Hussein e vive tentando discutir a relação.
1. O Advogado do Diabo (Devil’s Advocate, 1997)
Al Pacino e seu verborrágico discurso no final já garantiriam o primeiro posto mesmo se o filme fosse ruim. Pacino encarna John Milton, chefe de uma poderosa firma de advocacia que quer a todo custo seduzir – em todos os sentidos – o jovem e ambicioso Kevin Lomax (Keanu Reeves).
Há riqueza bastante no mundo para as necessidades do homem, mas não para a sua ambição. Baseado na obra de Stephen Amidon, o surpreendente longa-metragem italiano dirigido pelo cineasta Paolo Virzì, O Capital Humano, possui atuações acima da média, uma direção muito instigante que destaca a força cênica do ótimo elenco além de um roteiro muito inteligente que deixam o espectador com os olhos vidrados na telona. Dividido em capítulos, onde conhecemos versões diferentes de uma situação trágica em um certo período de tempo, o filme é um drama que de repente vira um suspense eletrizante.
Na trama, somos apresentados a um acidente numa estrada logo nos primeiros minutos iniciais e aos poucos vamos conhecendo personagens que de alguma forma, uns mais outros menos, estão diretamente envolvidos com o ocorrido. Dino Ossola (Fabrizio Bentivoglio) é um agente imobiliário que quer se dar bem na vida de alguma forma e resolve juntar seu único dinheiro em um fundo que parecia rentável, não se dá nada bem e tenta contornar a situação. Serena Ossola (Matilde Gioli) é uma jovem inteligente que namorava Massi Bernaschi (Guglielmo Pinelli) e acaba se apaixonando por Luca (Giovanni Anzaldo). Carla Bernaschi (interpretada pela belíssima Valeria Bruni Tedeschi) é uma mulher que vive as custas do marido milionário Giovani Bernaschi (Fabrizio Gifuni) e sonha em poder voltar a estar perto do que gostava no passado, o teatro.
O roteiro é muito bom. Brinca de deliciar o espectador sempre com ótimas surpresas e ainda é bastante respeitado pelas ótimas captações do diretor. Todos os personagens são bem apresentados e caracterizados. Conhecemos a personalidade de cada um dos em cena de maneira objetiva e recheados de detalhes que ajudam o espectador a dominar as razões e os impulsos de alguns perante ao acidente em que a trama gira.
O paralelismo entre cotações, bolsa de valores, e as relações humanas é uma análise provocativa e com muito fundamento. O personagem que melhor representa esse jogo de valores é Dino, um atrapalhado e metido a malandro que trabalha no ramo imobiliário. O filme não deixa de ser uma crítica aos instintos dos seres humanos quando o assunto é a ambição.
Estimado em cerca de 6 milhões de euros, ótimos artistas, uma direção exemplar, um roteiro criativo e com uma trilha sonora bastante requintada (uma das faixas assinada por Antonio Vivaldi), O Capital Humano estreia no Brasil em breve e deve agradar ao público.
‘Sobrenatural: A Origem‘, terceiro capítulo da franquia ‘Sobrenatural‘, foi lançado em 362 salas. A história antecede os acontecimentos que assombraram a família Lambert, revela como a medium Elise Rainier (Lin Shaye) relutantemente concorda em usar sua habilidade em contatar os mortos para ajudar uma jovem garota (Stefanie Scott) que tem sido alvo de uma perigosa entidade sobrenatural.
Leigh Whannell, que roteirizou os dois primeiros filmes da franquia, substitui James Wan (‘Velozes e Furiosos 7’) na direção. Dermot Mulroney (‘O Casamento do meu Melhor Amigo’) vive o protagonista.
‘Magic Mike XXL‘, sequência do filme que projetou o atorChanning Tatum como o famoso stripper de boate, abre em 196 salas. Dessa vez, Mike e os colegas do clube de strip se reúnem para realizar uma turnê de despedida em Miami.
Passamos da metade do ano. Embora muita coisa boa (e ruim) ainda esteja para estrear, já podemos avaliar o que foi 2015 (pelo menos a sua metade), nos primeiros seis meses de seu ano. Pensando nisso resolvemos formular nossa lista com os destaques tanto positivos quanto negativos de 2015. A lista dos pioresjá está no site, e agora seguimos com o lado bom, a lista – Os Melhores Filmes de 2015 (por enquanto). Veja:
Um dos filmes mais aguardados pelos fãs, marcou o fim da fase 2 da Marvel. Embora não tenha sido tão satisfatório quanto o primeiro exemplar (embora muitos achem inclusive superior ao primeiro), o filme cumpriu bem sua missão de levar adiante a saga dos maiores heróis da Terra (pelo menos na Marvel) e apresentar novos personagens, como Visão, Feiticeira Escarlate e Mercúrio.
Se eu tivesse que escolher mais um blockbuster para pôr na lista dos dez, este seria o filme. A franquia de Vin Diesel e companhia encontrou seu caminho entendendo bem e abraçando o que verdadeiramente é: diversão extrema e despretensiosa. É o melhor sabor de pipoca. De quebra, “a família” se tornou uma das propriedades mais lucrativas da Universal na atualidade. Além de tudo isso, Velozes 7 tem teor triste de despedida para o ator Paul Walker.
O parque foi reaberto e se tornou um enorme sucesso. Os dinossauros voltaram a fazer parte do imaginário coletivo, capturando toda uma geração novamente. Chris Pratt demonstra que, embora o novo Jurassic não seja um sucesso de crítica como Guardiões da Galáxia, seu carisma para superproduções é inegável.
É sempre bom vermos sucessos inesperados ocorrerem. Kingsman foi um desses filmes unânimes, que emplacou tanto com o público quanto com os críticos. Ao ponto de uma continuação já estar sendo produzida. Tudo bem que não é um material original, já que foi baseado nos quadrinhos de Mark Millar e Dave Gibbons. Mas convenhamos, assim como Kick-Ass, quantos conheciam a obra fonte? Esse é um filme de ação tipicamente britânico (ironizando o cinema de espionagem), e em partes vem daí nosso encantamento. Colin Firth arrebenta em seu primeiro filme blockbuster, e o mundo foi apresentado ao carismático Taron Egerton, o protagonista Eggsy.
Quem curte cinema de verdade (e não apenas se distrair por duas horas vendo qualquer coisa na tela), gosta de conhecer e aprender um pouco mais sobre a arte de fazer um filme. Para isso, filmes que falam sobre filmes são sempre pontos altos. É justamente em tal lacuna que se encaixa esta nova produção do cineasta Noah Baumbach, responsável por Frances Ha (um dos melhores filmes de 2013). Enquanto Somos Jovens acabou de estrear nos cinemas brasileiros, chegando enaltecido como um dos melhores do ano pela imprensa internacional. Ben Stiller e Naomi Watts são dois profissionais de cinema, que chegam à meia idade querendo se reinventar. Para isso, o jovem casal Adam Driver e Amanda Seyfried (na faixa dos vinte e poucos anos) se tornam a companhia perfeita. Quem já passou dos trinta começa a se identificar.
Sucesso em festivais de cinema pelo mundo, esta é mais uma produção pequena e independente, mas que possui mais sensibilidade do que a maioria dos filmes grandes e extremamente mecânicos que chegam aos montes. Aqui, o foco são os sentimentos e os personagens bem explorados, tão realísticos que parecemos estar assistindo a um documentário. Somos incluídos nessa história, como um dos amigos do casal afetuoso de terceira idade, vivido por John Lithgow e Alfred Molina. Vivendo juntos há quase quarenta anos, o casal é forçado a se separar por problemas financeiros, precisando se abrigar na casa de amigos. Além de ser uma bonita história de amor maduro, o filme aborda ainda um dos maiores pavores dos EUA, a crise econômica.
Um filme francês está na lista, mas não se assustem. Esse é um filme protagonizado pela francesa número 1 em Hollywood, Marion Cotillard (A Origem e Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge). Cotillard inclusive foi indicada ao Oscar este ano pelo trabalho – novamente num filme falado em sua língua e não em inglês (isso que é moral). Este também é um filme que fala sobre um fantasma ou monstro adulto, mais assustador do que qualquer criatura de uma produção de terror – o fantasma do desemprego. Cotillard interpreta uma mulher que será cortada do trabalho numa fábrica, a menos que todos os seus colegas votem para que ela fique. O problema é que com a saída da protagonista, todos aumentariam seus salários. Agora, ela precisa ir de casa em casa pedir de forma humilhante para que seus companheiros permitam que ela mantenha o emprego. Cotillard está fantástica.
Outro filme que escancara os bastidores do mundo do cinema para os fãs. Aqui, no entanto, é o relacionamento de atrizes e seus agentes que se torna o foco. A musa francesa Juliette Binoche interpreta uma atriz veterana, que já esteve no topo do mundo, mas agora começa a envelhecer, precisando aceitar papéis coadjuvantes. A mulher tem que aprender a lidar com seu ego inflado, e o faz com a ajuda da assistente e amiga, interpretada por Kristen Stewart (ótima no papel, se tornando a primeira atriz americana vencedora do César, o Oscar francês, pelo filme). Chloe Grace Moretz completa o elenco na pele de uma jovem estrela problemática do momento, que ficará com um papel que havia sido de Binoche no passado, em uma nova produção.
Quem assiste a muitos filmes gosta de receber coisas novas, já que em sua grande maioria vemos muito do mesmo. Por isso, Frank chega como ar refrescante, apresentando um filme de teor bem inusitado. O ótimo Michael Fassbender aceita o desafio e deixa o ego de lado para interpretar um personagem que não mostra o rosto em 90% da projeção. Você já deve ter visto imagens do personagem Frank, o líder de uma banda de indie rock e sua cabeçorra, uma grande máscara de papel machê. O filme nos leva por uma viagem musical ao lado de personagens interessantes e curiosos, que se exilam num retiro para a composição de seu novo disco. Domhnall Gleeson é o protagonista, que se torna nossos olhos e guia através dessa experiência única. Frank é divertido, engraçado e emotivo na medida certa.
O ano dos blockbusters está sendo realmente bom para os blockbusters. Em sua maioria todos agradaram, e uma verdadeira bomba ainda não surgiu (embora tenham existido críticas um pouco mais duras a Vingadores: Era de Ultron, Terremoto e Jurassic World). Para incluir nesta lista, fiquemos com o melhor de todos, o quarto Mad Max. Mais uma vez centrado num futuro pós-apocalíptico, Max assumiu as formas de Tom Hardy desta vez. No entanto, os verdadeiros destaques desta superprodução foram a protagonista ultrafeminista de Charlize Theron (num filme de macho, o ponto alto foi uma mulher bem desenvolvida – ótimo e inusitado), e o uso de um cinema da velha guarda, numa era dominada pelos efeitos de computadores.
Mais uma vez um filme que aborda o tema da música chega na lista, dessa vez numa posição privilegiada. E quem não gosta de filmes que falem de música também. A relação de professor e aluno nunca será vista da mesma forma após a briga pessoal e profissional de Andrew (Miles Teller) e Fletcher (J.K. Simmons – um dos melhores atores do ano). Numa aula de música, a bateria ganha os holofotes e o protagonista Andrew deseja superar seus limites para se tornar o melhor. A ambição é identificável para muitos, e o sacrifício (pondo em risco a vida pessoal) na maioria das vezes compensa. Mas quando pela frente se tem o exigente (para dizer no mínimo) Fletcher, nosso melhor pode não ser o suficiente. Edificante, surpreendente e simplesmente estarrecedor, Whiplash é bom em variados níveis. Esse é um roteiro majestoso do estreante Damien Chazelle.
JC Chandor se confirma como um dos melhores cineastas da atualidade. São três trabalhos e três obras-primas, quantos diretores hoje podem ser definidos assim? Depois de Margin Call (2011) e Até o Fim (2013), Chandor retorna com este filme de máfia e crime bem diferente. Para começar não existem tiros ou mortes. A tensão é criada pela não violência, pelo desejo de legitimidade do protagonista. É o pós-máfia, o filme que mostra o que acontece quando ex-criminosos deixam a antiga vida para trás, e lutam com todas as forças para que ela não volte. O Ano Mais Violento é a antítese de todos os filmes de máfia, e Chandor cria em cima da sua desestruturação. Fora isso, temos protagonistas do nível de Oscar Isaac e principalmente “a monstruosa” Jessica Chastain, em provavelmente sua melhor atuação no cinema. A melhor homenagem ao cinema de máfia em tempos recentes.
1 – Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
Não tem outro. Birdman ganhou o Oscar merecidamente, no entanto, é correto dizer que não é um filme para todos. Ele faz parte do subgênero citado duas vezes antes nessa lista, filmes sobre o mundo do cinema e artístico em geral. Quem se interessa pelas dificuldades de montar uma peça de teatro na Broadway? Ou pela forma com que a crítica de um veículo importante pode influenciar uma carreira? E ainda pela discussão genuína de entretenimento versus arte? Bem, todos que dizem gostar de cinema deveriam, porque Birdman aponta o dedo justamente na sua cara. No mundo atual de jovens dispersos que ditam as tendências de filmes, sempre precisando de uma explosão a cada 15 minutos, ou brigas de super-heróis, Birdman é realmente “um animal em extinção”. Para começar, é válido dizer que é muito mais cinema do que as coisas que a maioria diz adorar. Michael Keaton se reinventa quebrando a quarta parede e interpretando basicamente a si mesmo. E o diretor Alejandro Gonzáles Inarritu resiste provando que o verdadeiro cinema, em toda a sua glória, ainda não morreu.
Menções Honrosas:
Para Sempre Alice (Still Alice), de Richard Glatzer e Wash Westmoreland. A História da Eternidade, de Camilo Cavalcante. Dívida de Honra (The Homesman), de Tommy Lee Jones. Miss Julie, de Liv Ullman. Corações de Ferro (Fury), de David Ayer. Dois Lados do Amor (The Disappearence of Eleanor Rigby), Ned Benson. O Duplo (The Double), de Richard Ayoade. Branco Sai, Preto Fica, de Adirley Queirós. Sniper Americano (American Sniper), de Clint Eastwood. A Incrível História de Adaline (The Age of Adaline), de Lee Toland Krieger.
Lançamentos em Vídeo:
Complicações do Amor (The One I Love), de Charlie McDowell. A Vida de Roger Ebert (Life Itself), de Steve James. Sem Rumo (Rudderless), de William H. Macy. The Babadook, de Jennifer Kent. O Predestinado (Predestination), de Michael Spierig e Peter Spierig. O Atalho (Meek´s Cutoff), de Kelly Reichardt. Escudo de Palha (Hara No Tate), de Takashi Miike. Histórias de Amor (Liberal Arts), de Josh Radnor. Os Mais Jovens (Young Ones), de Jake Paltrow. Uma Manhã Suave (Some Velvet Morning), de Neil LaBute. Queria que Você Estivesse Aqui (Wish You Were Here), de Kieran Darcy-Smith. Irmãos Desastre (The Skeleton Twins), de Craig Johnson. Laços de Sangue (Blood Ties), de Guillaume Canet. A Entrega (The Drop), de Michaël Roskam. Canção para Marion (Song for Marion), de Paul Andrew Williams. Histórias que Contamos (Stories We Tell), de Sarah Polley.
Passamos da metade do ano. Embora muita coisa boa (e ruim) ainda esteja para estrear, já podemos avaliar o que foi 2015 (pelo menos a sua metade), nos primeiros seis meses de seu ano. Pensando nisso resolvemos formular nossa lista com os destaques tanto positivos quanto negativos de 2015. Nesse texto começaremos com a lista mais divertida – Os Piores Filmes de 2015 (por enquanto). Veja:
Talvez a polêmica envolvendo a produção tenha sido a melhor coisa para o filme. Esta sátira ofensiva ao ditador Kim Jong-un aparentemente despertou a ira dos norte coreanos, que ameaçaram ataques terroristas a todos os cinemas americanos que exibissem o filme. Com medo, a Sony resolveu por um lançamento restrito em salas de cinema, e de forma simultânea, para ser assistido em casa através de streaming. Evan Goldberg e Seth Rogen, a dupla por trás do divertidamente insano É o Fim (2013), erra na dose com uma sátira que peca no elemento chave para uma comédia: não possui graça.
9 – A Mulher de Preto 2 / Poltergeist: O Fenômeno (The Woman in Black 2 / Poltergeist)
Sequências e remakes são dois dos elementos que mais demonstram a falta de criatividade atual em Hollywood. Como se não bastasse, as do gênero terror são ainda mais indesejadas e pouquíssimas vezes dão certo. Por isso, em nono lugar temos um empate técnico, com a sequência que ninguém pediu e a refilmagem que ninguém queria. O primeiro A Mulher de Preto tinha o atrativo da presença de Daniel Radcliffe em seu papel mais maduro até então (de um pai de família). O jovem ator fez questão de se manter bem longe da continuação, que está fadada a cair no esquecimento. Quanto a Poltergeist, bom nem precisa dizer…
Um filme de ação e espionagem protagonizado pelos talentosos Sean Penn, Idris Elba e Javier Bardem, e dirigido por Pierre Morel (que deu novo fôlego para a carreira de Liam Neeson em Busca Implacável) seria garantia de sucesso. Bem, talvez, se esse filme não fosse O Franco-Atirador. Esta obra genérica faz pouco por seus atores e igualmente não deixa espaço para cenas tensas e bem realizadas. Uma trama reciclada e enfadonha, utilizada por um filme que em português ainda teve a audácia de pegar o título de uma das maiores obras-primas da década de 1970.
Adentramos uma nova etapa na lista agora. Saímos dos filmes ruins e sem vida, para os filmes que de tão ruins se tornam bons – os chamados “prazeres culposos”. Essa foi a volta da estrela Jennifer Lopez como protagonista (que não estrelava um filme desde 2010, com Plano B – sem contar suas participações em O Que Esperar Quando Você Está Esperando, de 2012, e Parker, de 2013). E para seu retorno triunfal, Lopez escolheu um projeto dirigido por Rob Cohen (Velozes e Furiosos). O resultado? Bem, uma exibição fraca do Supercine, no qual Lopez, uma professora, se relaciona com um vizinho menor de idade. Tudo foi apenas uma desculpa para a estrela mostrar que ainda bate um bolão aos 45 anos. Isso todo mundo já sabia.
O que seria de uma lista dos piores sem alguma produção estrelada por ele, o rei Nicolas Cage. Eu gosto de Cage, mas fica difícil não incluir um filme seu a cada uma destas listas, por mais que queiramos pegar leve. Aqui, tudo está errado. Essa é uma produção B, que começa com Cage e o “canastra mor” Hayden “Manequim Skywalker” Christensen como cavaleiros templários. O desejo de sangue do jovem faz com que mestre e pupilo sigam seus caminhos separados. Um tempo depois, e Christensen decide ser o guia de dois herdeiros foragidos do Império Chinês. Atente para o reencontro com Cage, em toda a sua glória alucinada – caolho, bêbado e cheio de cobras, é maravilhoso. A geografia descontinuada do local é puro esplendor.
Quando soube deste projeto me enchi de esperança. Criei expectativas que variavam a similaridade com clássicos como Hellraiser (1987), Re-Animator (1985) e A Volta dos Mortos Vivos 3 (1993), já que a trama falava sobre cientistas trabalhando num experimento para trazer pessoas de volta à vida. Quando as coisas saem errado, a gracinha Olivia Wilde (membro da equipe) é quem precisa ser ressuscitada. É aí que eu ouviria a voz do “Cumpadi Washington”: Sabe de nada inocente. Esse é apenas mais um filme de terror genérico, recheado de clichês ruins e sem qualquer graça ou sangue. Não tem nada de 80´s e se resume aos filmes sem inspiração que ganhamos hoje aos montes. Que desperdício.
Mais um filme de fantasia capa e espada, com dragões, bruxas, feiticeiros e guerreiros, que se comporta mais como uma orgia de efeitos visuais de computador do que como um filme em si. E se você diz, Senhor dos Anéis também se encaixa no gênero. Eu digo, pense em Eragon (2006). Já vimos essa história quinhentas vezes e aqui ela não traz sequer um diferencial para sobressair. Jeff Bridges é um guerreiro veterano que precisa treinar o substituto Ben Barnes (um dos atores mais azarados de Hollywood atualmente). Os dois precisam combater um mal antigo, que vem nas formas da bruxa Julianne Moore (ainda bem que o efeito Norbit não entrou em jogo para o Oscar da atriz este ano). Nem as presenças das belas e talentosas Alicia Vikander (Ex-Machina) e Antje Traue (O Homem de Aço) conseguem imprimir qualquer brilho.
Se você já viu qualquer comédia romântica, você já viu esse filme. Na verdade, você mesmo sem ter visto pode narrar este filme pra mim, e eu apenas irei confirmando. O casal principal são amigos de infância. Certo, o que mais. Estão apaixonados, mas não revelam até o fim do filme. Isso mesmo, está indo bem. Possui a inevitável cena do aeroporto. Muito bem, continue. Cenas de pastelão envolvendo outras mulheres ou homens em suas vidas. Claro, isso não poderia faltar. Canções melosas que vão ditando as cenas com suas letras. Clichê indispensável, vale ouro. Última pergunta, se os protagonistas são carismáticos? Não me mate, mas gosto de Lily Collins.
Tudo o que foi dito em questão de clichês ruins acima se encaixa perfeitamente neste filme também. Mas ao contrário dos outros, este nos dá raiva, principalmente porque muitos irão engoli-lo, interpretando como boas suas cenas aterradoras. O filme redefine o significado da pieguice, pegando Um GrandeGaroto (2002) e transformando em algo ruim. A estrutura aqui é a mesma. Um garoto faz amizade com um homem mais velho, sem qualquer ligação real com a vida e os dois irão ensinar muito um ao outro. A mudança vem apenas na figura amarga de Bill Murray, que sai ileso desse desastre de trem. Temos as inevitáveis cenas de dança com o garoto, da corrida de cadeiras de rodas pelo hospital (isso realmente existe fora de um filme?) e tudo acaba com um discurso motivacional do menino na frente de todo o colégio, no qual ele compara um bêbado inconsequente a um santo (sim, pegaram a deixa? É o título do filme e o pôster). E tem gente que levou a sério.
1 – Mortdecai: A Arte da Trapaça (Mortdecai)
Pior do que filmes B, prazeres culposos, comédias que não deram certo, filmes de ação sem fôlego, filmes de terror pouco inspirados, e outros tão mundanos e recheados de clichês que não conseguimos distingui-los dos outros cinquenta iguais, são os filmes com um grande orçamento, nomes de peso, mas que sequer tentam dar qualquer coisa ao seu público. Ainda estou pensando o que é este Mortdecai. Cenas desconexas, tom desequilibrado atirando para todos os lados, atores tentando fazer graça e trabalhando em modo de brincadeira, enquanto outros dão o melhor de si como se estivessem em um drama sério. Ou seja, se for para definir Mortdecai, seria: uma bagunça completa. Também conhecida como a nova bomba de Johnny Depp.
Menções Desonrosas (Filmes lançados direto em vídeo):
Esquadrão Red Tails (Red Tails), de Anthony Hemingway. A Minha Casa Caiu (Walk of Shame), de Steven Brill. Aaliyah: A Princesa do R&B (Princess of R&B), de Bradley Walsh. Rolou uma Química (Better Living Through Chemestry), de Geoff Moore e David Posamentier. Morte no Lago (Cottage Country), de Peter Wellington. Everly, de Joe Lynch. O Intruso (No Good Deed), de Sam Miller. Caminhos Cruzados (Repentance), de Philippe Caland. Paixão (Passion), de Brian De Palma.
Imagine um mundo que convive com o nosso; mais apavorante do que os seus pesadelos, ele invade seus sonhos e domina a sua vida acordado. Esse mundo é habitado pelos mortos e espíritos, que estão em atrito com o mundo dos vivos. Seus habitantes demoníacos querem retornar de um mundo para o outro. Alguns espíritos esperam compreender o sentido das suas mortes; outros sonham em fazer um novo contato com seus entes queridos. Porém, muitos estão loucos para extravasar sua raiva, se entregar à inveja, expressar seu ódio e ressentimento, executar sua vingança a qualquer custo…
Esse mundo dos espíritos é o Além, criado por Leigh Whannell e James Wan nos filmes de sucesso, Sobrenaturale Sobrenatural: Capítulo 2 (Insidious e Insidious: Chapter 2). Com Sobrenatural: A Origem (Insidious: Chapter 3), a aterradora série de terror segue um caminho ainda mais tenebroso pelo Além.
O produtor Jason Blum, cuja produtora Blumhouse também produziu as franquias A Entidade (Sinister), Uma Noite de Crime (The Purge), Ouija – O Jogo dos Espíritos (Ouija) e Atividade Paranormal (Paranormal Activity), afirma:
“James e Leigh criaram um mundo único e apavorante em Sobrenatural (Insidious), e o novo capítulo nos leva ainda mais fundo através do Além”.
“O Além existe no seu próprio plano individual”, acrescenta Wan, que é produtor do novo filme. “Mas ele pode ter impacto sobre qualquer um de nós a qualquer momento”.
O produtor Oren Peli revela:
“Nós aprendemos mais sobre o Além neste filme – mas a partir de um ângulo diferente. Esta história possui elementos que o público ainda não tinha visto nos filmes anteriores, com muitos sustos”.
Whannell, escritor e diretor do novo filme, comenta que “todos que curtem um bom susto curtem os filmes Insidious. Queremos que o público fique absolutamente apavorado”.
Enquanto avança ainda mais nos sustos, Sobrenatural: A Origem volta no tempo: ele se passa anos antes dos dois primeiros capítulos, que detalhavam a escalada dos episódios de assombração à família Lambert. Com o destino da família resolvido em Sobrenatural: Capítulo 2 (Insidious: Chapter 2), Whannell decidiu voltar suas atenções para uma constante na saga: a indômita paranormal Elise Rainier, interpretada por Lin Shaye.
Elise tinha sido eliminada como parte da luta para salvar Lambert, mas “eu amo a personagem e fiquei me perguntando como eu poderia trazê-la de volta”, diz Whannell.
“Lidar com uma ‘Elise fantasma’ não era a ideia; eu a queria viva! As pessoas gostaram do avanço no tempo na nossa trama do segundo filme, e eu senti que ela me ajudaria a encontrar uma história que desse um significado mais profundo à trajetória de Elise. Eu comecei a inventar uma história de origem, uma prequel, passada alguns anos antes do primeiro filme na qual conceitos fundamentais para Sobrenatural (Insidious) tomam forma e onde poderíamos explorar o passado de Elise. Assim que eu comecei a escrever, eu me apaixonei pela história”.
Shaye ficou impressionado com a forma como o roteiro de Whannell “nos fornece mais detalhes sobre os personagens; em Sobrenatural: A Origem, passamos a conhecer mais a vida pessoal de Elise. Essas ideias eram emocionantes, porque a personagem e a história são o que importa para mim”.
Blum vibra dizendo que “quando vemos Lin interpretando Elise na tela, você acredita que ela é capaz de se comunicar com demônios e fantasmas. Na maioria dos filmes sobre o paranormal, é difícil fazer o personagem do perito parecer crível, mas a Lin é ótima por fazer exatamente isso”.
“Lin é uma atriz que você ama ter no set”, afirma Whannell, “porque ela é 100% dedicada em todos os momentos. Para qualquer roteirista, é encorajador trabalhar com um ator que gosta de conversar tanto sobre o seu roteiro com você”.
“Eu tive muitas discussões com a Lin enquanto eu estava escrevendo Sobrenatural: A Origem, e eu sinto que nós criamos uma personagem ainda mais forte do que nos dois primeiros filmes – com uma ampla gama de emoções que ela sabe expressar tão bem”.
Wan afirma, “Lin Shaye é o coração desses filmes, e agora o novo filme continuará a expandir o legado da série”.
“É uma ótima nova história que transcorre no mesmo universo”, elabora Peli. “Leigh introduz uma nova família – e revisita alguns personagens favoritos dos capítulos anteriores, como Elise. Poderemos ver como ela evoluiu para ser a Elise que o público conheceu e por quem se apaixonou nos dois primeiros capítulos de Sobrenatural (Insidious) – a mulher altruísta que está disposta a se sacrificar para lutar contra forças demoníacas para ajudar uma família”.
Whannell acrescenta:
“Eu comecei a ver o arco de Elise em Sobrenatural: A Origem como a resinificação da história ocidental clássica do pistoleiro que deixa de lado a aposentadoria. Ou, nos dias de hoje, é um assassino que faz isso. Mas quantas vezes veremos isso com uma mulher mais velha?”
“Quando conhecemos Elise com [seus colegas] Tucker e Specs no primeiro filme, estava claro que eles já tinham uma história de trabalho em conjunto. Então, eu poderia explorar como eles se conheceram – e ligar isso ao primeiro filme através de pequenos fios narrativos; deixamos “ovos de Páscoa” para os fãs e, todos os dias, eu me perguntava: ‘O que os fãs vão achar?”, eu não queria decepcioná-los, porque eles realmente apreciam todas as mínimas peculiaridades dos filmes”.
Enquanto o novo enredo tem muito a oferecer aos fãs de carteirinha dos filmes, ele também é intrigante para um público que só agora está conhecendo a saga.
Whannell relembra:
“Todos nós temos medos, não importa qual seja a sua cultura ou país. Basicamente, toda história de fantasmas é sobre morte e perda. É por isso que elas são relacionáveis. Sobrenatural: A Origem não é exceção; as pessoas podem ir ver esse filme não tendo assistido a nenhum dos capítulos anteriores e vão entender o que os personagens estão enfrentando aqui”.
“A minha abordagem para este filme foi levá-lo de volta para o tom de terror realista do primeiro, onde temos uma família que não sabe o que está acontecendo com eles e nem pode imaginar o que está por vir”.
E agora, em Sobrenatural: A Origem, uma família comum é assombrada: uma aspirante a atriz de 17 anos, Quinn (Stefanie Scott), um geek techie de 9 anos, Alex (Tate Berney), e seu pai viúvo, Sean (Dermot Mulroney). O falecimento da esposa e mãe, Lily, marcou todos os membros da família Brenner, mas Quinn é particularmente sensível, está numa idade vulnerável e toma a decisão fatídica de entrar em contato com a médium Elise na esperança de se comunicar com a mãe.
Na comédia teen baseada no bestseller ‘The DUFF: (Designated Ugly Fat Friend)‘, de Kody Keplinger, Bianca (Mae Whitman) é uma colegial que acredita estar com tudo – boas amigas, boas notas, boa vida. Mas seu mundo vem por água abaixo quando descobre que é a D.U.F.F. – A Amiga Feia e Gorda da sua turma (Skyler Samuels & Bianca Santos). Desconsolada, Bianca ignora os conselhos sábios de seu professor favorito (Ken Jeong) e elege Wesley (Robbie Amell), um escorregadio, mas charmoso jogador do time escolar para ajudá-la a se desvencilhar do apelido e da fama que vem junto com ele. Ela espera conquistar o bonitão Toby (Nick Eversman) e encontrar a confiança necessária para bater de frente com a mais maldosa garota da escola, Madison (Bella Thorne).
Curiosidades:
» Comédia na linha de ‘Meninas Malvadas‘ com Bella Thorne (‘Juntos e Misturados’) e Robbie Amell (série ’The Flash’) no elenco.
» Indicada ao Teen Choice Awards, um dos prêmios teen mais disputados nos Estados Unidos, que é decidido pelo público diretamente via online, nas categorias de Melhor Comédia, Melhor Ator de Comédia (Robbie Amell) e Melhor Atriz de Comédia (Mae Whitman).
Elenco: Heloise Godet, Zoe Bruneau, Kamel Abdelli, Richard Chevallier, Jessica Erickson, Christian Gregori.
Direção: Jean-Luc Godard
Gênero: Drama
Duração: 70 min.
Distribuidora: Imovision
Orçamento: US$ — milhões
Estreia: 30 de Julho de 2015
Sinopse:
a ideia é simples
uma mulher casada conhece um homem solteiro
eles amam, eles discutem, punhos ao vento
um cachorro vaga entre a cidade e o campo
as estações passam
o homem e a mulher se encontram novamente
o cachorro se encontra entre os dois
o outro está em um
o um está no outro
e eles são 3
o ex-marido quebra tudo
um segundo filme começa
igual ao primeiro
e ainda assim não
da raça humana, nós passamos a metáfora
isso termina em latidos
e o choro de um bebê
Curiosidades:
» O mestre da Nouvelle Vague Jean-Luc Godard volta a contestar os limites do seu cinema, usando a tecnologia 3D de forma nunca vista antes.
» Vencedor do Prêmio Especial do Júri no Festival de Cannes 2014.
» Prêmio “Palma de Cachorro” para o cão Roxy Miéville no Festival de Cannes 2014.
» Primeiro filme de Jean-Luc Godard que utiliza o formato 3D. Trailer:
O ator sensaçãoChanning Tatum começou a carreira como dançarino em clubes para mulheres – os chamados Go-Go Boys. Não por acaso, seu primeiro papel de destaque no cinema foi dançando, e mostrando o que sabia fazer, em Ela Dança, Eu Danço (2006), filme que propeliu inacreditáveis quatro continuações, provando seu sucesso junto ao público-alvo.
Tatum também foi se provando, escalando para papéis em filmes mais significativos ou que pudessem alavancar sua imagem como astro. Por suas feições de galã, o ator precisou percorrer um longo caminho, que ainda não chegou ao fim, para não ficar estereotipado como mocinho de romances (gênero no qual andou frequentando bastante). Em 2012, com a oportunidade de trabalhar de novo com o cultuado Steven Soderbergh, veio também a chance de protagonizar uma obra semi biográfica.
Magic Mike (2012) era anunciado como uma espécie de biografia do início da vida profissional do ator, e contava justamente a história de um dançarino stripper, com certo tino para os negócios e aspirações empresariais. O filme se tornou o sucesso surpresa do verão norte-americano de seu respectivo ano, fazendo os críticos o comerem com colher. Nas entrelinhas das danças, nudez e corpos sarados, estava a crise financeira americana, o empreendedorismo, relações humanas, certo humor e duas dinâmicas de mentor-pupilo (Matthew McConaughey – Channing Tatum, e Channing Tatum – Alex Pettyfer).
Três anos depois, e a Warner resolve capitalizar em cima do sucesso, confeccionando a inesperada continuação. Mais uma vez encabeçado por Tatum, Magic Mike XXL traz apenas os coadjuvantes do primeiro filme, os colocando nos holofotes desta vez. Nada de McConaughey, Pettyfer (com quem Tatum não se entendeu muito bem durante as filmagens do original), Olivia Munn ou a ex-promissora e belíssima Cody Horn (que simplesmente sumiu do mapa em três anos). A direção também passa de Soderbergh (apenas o produtor aqui, ao lado de Tatum) para Gregory Jacobs (171 e Estrada Maldita).
O roteiro desta vez basicamente inexiste, e se no original tínhamos toda esta nuance dos subtextos citados, o novo Magic Mike é apenas uma desculpa para novas coreografias alucinantes (o ponto alto do filme, com algumas das melhores cenas de dança dos últimos anos, ou quem sabe da história do cinema), certa diversão e algumas risadas. Lembra de Os Nerds Saem de Férias(1987), continuação do sucesso A Vingança dos Nerds (1984)? Pois bem, Magic Mike 2 é “Os Strippers Saem de Férias”, com o grupo de dançarinos musculosos caindo na estrada, em uma road trip até uma convenção de strippers – também me perguntei se isso existe!
Embora bem empacotado, tudo é pensado (ou quase) para que nenhuma ponta do original fique solta. Então, de uma tacada só, ainda no início do filme, a ausência de McConaughey, Pettyfer e Horn (todos personagens importantes para este universo) é explicada, assim como o motivo do agora empresário Mike (Tatum) voltar ao mundo da dança exótica. Todos os coadjuvantes transformados em protagonistas possuem o seu momento para brilhar, e o destaque fica com o Sr. Sofía Vergara, Joe Manganiello.
Magic Mike XXL abre espaço para novos personagens também, curiosamente todos femininos. A veterana sumida Andie MacDowell (Quatro Casamentos e um Funeral) aparece em uma cena, ainda exalando beleza e elegância, no papel de uma cougar. E Elizabeth Bankstambém dá uma palinha no momento final. Os destaques do novo elenco, no entanto, ficam com as esposas de dois astros. Jada Pinkett Smith (da série Gotham), mulher de Will Smith, vive a nova MC do grupo, e se mostra mais sensual que nunca, enquanto Amber Heard Depp, a recente esposa de Johnny Depp, tem talvez a pior personagem da adição, na pele do interesse amoroso do protagonista.
Resumindo, não espere qualquer conteúdo do novo Magic Mike, apenas entretenimento, se esta é a sua praia. Seja como for, o que chama atenção (e me impressionou) são as inacreditáveis cenas de dança e coreografias, todas personificadas de verdade pelos atores, que deixará muitos coçando a cabeça e se perguntando se truques digitais foram utilizados durante a encenação dos atos.
O mais novo capítulo da aterrorizante série de terror ‘Sobrenatural’ é escrito e dirigido pelo co-criador da franquia, Leigh Whannell. Este filme assustador, que antecede os acontecimentos que assombraram a família Lambert, revela como a medium Elise Rainier (Lin Shaye) relutantemente concorda em usar sua habilidade em contatar os mortos para ajudar uma jovem garota (Stefanie Scott) que tem sido alvo de uma perigosa entidade sobrenatural.
Whannell, que roteirizou os dois primeiros filmes da franquia, substitui James Wan (‘Velozes e Furiosos 7’) na direção. Dermot Mulroney (‘O Casamento do meu Melhor Amigo’) vive o protagonista masculino.
‘Sobrenatural: Capítulo 2’ (Insidious – Chapter 2) custou apenas US$ 5 milhões e arrecadou US$ 162 milhões mundialmente. No segundo filme, a família assombrada Lambert procura descobrir o segredo de infância misterioso que os deixou perigosamente ligado ao mundo dos espíritos.
Um filme de terror da nova safra meia boca, que deixa uma pulga na orelha de todo cinéfilo quando os créditos começam a rolar. Precisamos fazer alguns questionamentos. É esse o terror que queremos? É isso que visamos quando pensamos em um bom filme deste gênero? O que queremos assistir?
Faço essas perguntas por que a maioria dos realizadores convencionou que o que o público quer é susto e nada além disso. Desse jeito fica “fácil” fazer cinema. Um silêncio aqui, um barulho mais alto ali e… Voilà, temos um filme de terror. E não que eu queira atribuir a culpa disso ao espectador, a natureza disto me parece como um ciclo vicioso. Se há uma demanda para este cinema, haverá abutres dispostos a suprir esta demanda; o que quero dizer é que nós como espectadores, temos que observar este maniqueísmo barato, discuti-lo e rejeita-lo quando possível.
É até injusto eu atentar para isto em ‘Sobrenatural: A Origem‘, já que o filme não é o melhor exemplo dessa safra, mas ele veio logo depois de alguns outros desta categoria. Nesse sentido, o filme até que apresenta certa atmosfera de terror, embora empurrada goela abaixo, e poucos sustos justificados, sendo a maioria aumentos de volume súbito, como quando esquecemos que o som está no volume máximo e colocamos alguma coisa para tocar.
O filme é o terror clássico de possessão. Quinn (Stefanie Scott) é uma garota que sente a falta da mãe, falecida há pouco tempo por um câncer, e que é assombrada por uma entidade misteriosa. Quinn mora com o pai e com um irmãozinho pequeno. A história tem um viés de superação, já que essa entidade ataca apenas o Pai, a filha e uma médium que entra na história após receber uma visita da jovem. Todos estes tentando tocar a vida pra frente após perder um ente querido.
Esse aspecto não é explorado, de fato, para o que o filme se propõe. Não se vê uma associação ou simbolismo mais claro entorno disso, embora a transição do lamento para a aceitação seja facilmente identificável, não parece que o cineasta quer dizer isso, já que tudo funciona em função de alguns sustos; uns baratos e outros nem tanto, o que é uma pena, já que da metade do filme para frente criei expectativa de um desfecho que ressaltasse esse aspecto e apesar dos sustos, da agonia e repulsa, na maioria dos casos, que se imprime no espectador, a esperança fosse o sentimento final.
Embora hajam alguns sustos devidamente preparados por uma camada narrativa, como no grande acidente que é bem montado, antecedido por uma série de diálogos que te fazem esquecer que aquele filme é de terror (nesse momento pulei da cadeira), há diversos momentos em que o cineasta abre mão dessa preparação para simplesmente assustar com maçanetas e sinos que, convenientemente, fazem barulho após um momento de silêncio. Mas isso não é o que mais preocupa, os personagens e as situações são manjadas e não diferem em nada das convenções do terror.
Alguns aspectos da história e caracterização são idênticos a ‘Jessabelle‘, um outro filme de 2015 do mesmo estilo meia boca de se fazer terror. A superstição, bem como a falta de luz nos lugares e o plano e contra plano Hitckockiano (quando vemos o personagem e logo em seguida o que ele vê) estão presentes nos dois. As situações batem exatamente uma com a outra. Os dois filmes contém meninas que acabaram de passar por uma perda, são assombradas por uma entidade e até ficam impossibilitadas de caminhar por conta dos mesmos acidentes.
As repetições estéticas de ‘Sobrenatural: A Origem‘ funcionam, em um primeiro momento, mas são utilizadas com tanta repetição que a partir de um momento, esses recursos acabam perdendo força e acostumando o espectador a sua utilização, tornando-se mais fracos no decorrer no tempo. O filme é escuro a todo o momento, mesmo nas ocasiões mais normais como nos diálogos mais simples, não possuindo nenhum momento de claridade.
O filme chega tropeçando no final, embora as viagens “ao outro mundo” feitas pela médium, Elise (Lin Shaye), adicionem suspense e medo daquele universo, as repetições tratam de te puxar para fora, revelando um terror preocupantemente popular nesses últimos anos. Filmes sem personalidade, sensibilidade ou cuidado, em que seus realizadores se portam como abutres, contentando-se com a carcaça deixada por outros e nunca se preocupando em ir além disso (me desculpem os abutres pela comparação, acho-os animais fascinantes, mas não pensei em comparação melhor).
‘Ex Machina – Instinto Artificial‘ (Ex Machina), ficção científica escrita e dirigida por Alex Garland (‘Dredd’, ‘Extermínio’, ‘Sunshine – Alerta Solar’), teve seu trailer legendado divulgado.
A Universal Pictures lança o filme no Brasil direto em Home Vídeo dia 27 de Agosto.
Em um refúgio nas montanhas de um talentoso bilionário da internet, um jovem participa de uma estranha experiência: testar a inteligência artificial, inserida no corpo de uma bela garota robô. Mas a experiência se torna uma sinistra batalha psicológica: um triângulo amoroso, onde a lealdade está dividida entre homem e máquina. Alicia Vikander (‘O Quinto Poder’) faz a sexy robô, que será disputada por Oscar Isaac e Domhnall Gleeson, ambos do vindouro ‘Star Wars: O Despertar da Força‘.
O filme de lobisomens ‘Lobos‘ (Wolves), estrelado por Lucas Till e Jason Momoa, teve seu trailer legendado divulgado. No Brasil, o lançamento acontece direto em Home Video dia 20 de Agosto.
Assista:
‘Lobos‘ gira em torno de Cayden Richards (Till), um jovem de 18 anos que aparentemente tem tudo: é capitão do time de futebol americano do colégio, tira sempre ótimas notas e tem uma bela namorada. Porém, em uma noite escura ele acorda e encontra seus pais brutalmente assassinados. Assim, ele descobre que se transforma em um lobo selvagem e feroz. Em pânico, ele foge, determinado a descobrir o que está acontecendo.
Sua busca o leva à estranha e isolada cidade de Lupine Ridge, onde dois clãs de lobisomens estão à beira da guerra. As facções são lideradas por Connor (Momoa), um poderoso alfa puro-sangue, e John Tollerman (Stephen McHattie, de ‘Watchmen’), um velho fazendeiro comprometido com a proteção dos humanos que vivem em Lupine Ridge.
Quando Cayden se apaixona por Angelina (Merritt Patterson, de ‘O Buraco’), a bela parceira prometida a Connor, uma batalha até à morte se torna inevitável. Quando o passado começa a se revelar, a posição de Cayden é revelada, assim como seu poder de encerrar a violência que acontece à sua volta.
O roteiro e a direção são de David Hayter, que escreveu ‘X-Men 1 e 2’ e ‘Watchmen: O Filme’.
A trama é centrada em Ray Cutter (Travolta), criminoso que abandona a cadeia com o intuito de passar tempo com o filho, mas é forçado a mudar os planos e cometer um último grande assalto para o homem que conseguiu reduzir a sua pena.