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Game Of Thrones – Temp. 05 – Ep. 09

NÃO EXISTE AMOR EM WESTEROS

 

Nada como um nono ep. para espantar a lembrança da primeira parte desta temporada. Vamos ao essencial: Shireen Baratheon (Kerry Ingram) e Daenerys (Emilia Clarke). O resto é coadjuvante, rsrs!

A morte de Shireen gerou comoção. Foi algo totalmente inesperada, inclusive para quem lê os livros. Exceto por um diálogo entre Melisandre (Carice van Houten) e Stannis (Stephen Dillane), em ep. anterior, não havia muitas pistas sobre o destino de Shireen. Também pesou ela ser uma das poucas figuras puras de Game Of Thrones – GoT. Sua morte foi como retirar dos espectadores um instante de respiro. Em pouquíssimas cenas, os roteiristas pavimentaram o caminho para sua morte, com um sadismo de fazer inveja ao Casamento Vermelho. Que fique claro, isto é um elogio!

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A sordidez da coisa começou com o comovente diálogo entre Shireen e Davos (Liam Cunningham); sentia-se que algo não acabaria bem. A crueldade foi tanta, que a menina prometera contar a história do livro A Dança dos Dragões para Davos quando ele retornasse. Já a conversa entre Stannis e sua filha deixou bem clara que viria coisa ruim. Este diálogo foi um dos mais bem construídos da temporada: reforçou a crueldade da morte de Shireen, colocou em questão o fanatismo religioso e deixou claro que Stannis é um personagem trágico.

A postura de Stannis entrando na barraca já demonstrava a dor da sua decisão. A forma como descrevia a história do livro e sua alegria em ajudar o pai reiteravam a doçura de Shireen. As palavras de Stannis serviram tanto para preparar o espectador para o ato seguinte, quanto para aliviar sua barra, mostrando o fatalismo e a impossibilidade de fugir daquela decisão.

Sempre defendi que Stannis era uma figura trágica. Em uma tragédia clássica, o protagonista desconhece certos fatos que fazem com que ele tome uma decisão erra. O ciclo se completa quando ele percebe a burrada que fez. Stannis vê seu destino como algo imposto por uma força superir, e que certas decisões são inevitáveis. Mesmo sua luta pelo trono não seria por simples ambição, mas por designo.

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Acontece que, ao contrário de peças gregas nas quais os Deus eram personificados, em GoT não temos nenhuma certeza de qual religião é a verdadeira. Ao que tudo indica, Melisandre está erra em suas previsões. E aqui está a ignorância de Stannis: seu fanatismo não permite ver o erro que cometeu; mandar a filha para fogueira não foi fruto de sadismo, mas de um julgamento errado. Seguindo o script clássico, é provável que ele, em algum ponto da série, perceba o erro, veja que ele é o único culpado por suas ações e sofra as consequências.

Essa dimensão trágica impede que Stannis torne-se vilão. Isso fica mais claro ainda no momento em que temos certeza do fim de Shireen. Quando o altar do sacrifício é mostrado, no mesmo plano, vemos Melisandre, o suficiente para transmitirmos para ela nosso ódio.

A morte de Shireen gerou polêmica, especialmente nos Estados Unidos. Muitos disseram que a série havia ido longe demais, e que os roteiristas foram apelativos. Também pesou o fato da morte de Shireen não constar dos livros. Quanto a isto, o criador da série, David Benioff, disse que a ideia foi do titio Martin. E mesmo que não fosse, em uma adaptação mudanças são necessárias e bem vindas.

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Uma parte do público – que julgo ser minoritária – leu o episódio pela lente do neomoralismo politicamente correto. Sinceramente, às vezes acho que essas pessoas realmente acreditam que com seus discursos o mundo alcançará um paraíso cor fúcsia, e que os seres humanos se tornarão Ursinhos Carinhosos. E para isso, o melhor caminho seria submeter a arte a uma pauta que lhes seja conveniente. Provavelmente, são as mesmas pessoas que criticam a cultura de estupro em Westeros – tema que merece outro texto – esquecendo todo o contexto da série. Enfim, falta leitura clássica para esses patrulheiros.

Também tem o grupo dos fanboys, que reclamam de qualquer vírgula que fuja da fonte. Mesmo parecendo um caso perdido, tenho uma simpatia maior por eles, que ao menos entende da lógica da ficção. Enfim, eles têm um problema de tara, não de falta de leitura.

Nessa confusão toda, quem me interessa mesmo é a maioria dos espectadores: pessoas que sentiram a dor da cena, pouco importa se depois falaram mal na internet ou se apenas ficaram calados diante da TV. São reações previsíveis quando falamos de dramas – e tão antigas quanto as peças gregas ou os grupos de discussões de donas de casa sobre as novelas da Globo.

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A lógica é mais ou menos a mesma. Tudo começa em saber se o público compra ou não o drama. Se não gostar, vão dizer que a história é apelativa e que só mostra maldade. Se o público gostar, o apelativo passa a ser justificado pela lógica da narrativa. Não é sadismo do público, mas apenas a lógica do drama clássico funcionando. O público aceita os maiores sofrimentos impostos aos personagens, desde que, no final, haja a catarse. Se não fosse isso, o público sumiria! Ao roteirista cabe testar o quanto de maldades o espectador aguenta. Seus dotes artísticos serão comprovados se conseguir o resultado desejado. Como na televisão o objetivo é manter a audiência, o roteirista será talentoso se conseguir desafiar os limites sem perder público.

Quando em GoT, mata-se na fogueira uma menina inocente, a moral e o bom gosto do público são desafiados, daí as fortes reações entre os fãs. Ele só não sai em debandada porque, no fundo, sabe que haverá alguma compensação ao final – seja a vitória ou, o mais provável, a punição de quem fez o mal. Agora, se o roteirista errar na mão, o espectador vai embora (ou nem entra na festa) e começa a fazer um discurso moralista, acusando a obra de apelativa – o que também não me assusta; no fundo, é uma tentativa da pessoa deixar claro para si que não concorda com a vilania. A ficção, com sua promessa de catarse, permite que a gente encare o nosso lado mais escuro. O que os politicamente corretos e falsos moralistas não entendem, é que o grotesco nas artes é a terapia que nos transforma em pessoas melhores.

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Claro que os limites do público variam de acordo com a época e de um grupo para outro, mas a lógica se mantem. E observar que esse espectador continua pedindo pizza e ligando a TV aos domingos, permite ver que a equipe de GoT, mesmo em sua temporada mais fraca, ainda sabe fazer o dever de casa.

O nono ep. foi tão bem feito, que o desfecho compensou o público pelo sofrimento da morte de Shireen. Foi uma bela sequência, com bons diálogos, surpresas, ironias, lutas, a reconciliação entre Daenerys e Jorah (Iain Glen) e fim épico com o voo de Khaleesi no lombo de Drogon. Foi a forma que os roteiristas encontraram de mostrar ao público que ainda se pode encontrar amor em Westeros.

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Demi Lovato vai participar da segunda temporada de ‘Um Drink no Inferno’

A atriz e cantora Demi Lovato fará uma participação especial na segunda temporada de Um Drink no Inferno: A Série’ (From Dusk Till Dawn).

Segundo a Variety, Lovato vai aparecer no décimo e último episódio da nova temporada, mas sua personagem não foi revelada. Ela já havia participado de outra série do canal El Rey, ‘Matador‘, estrelada pelo seu atual namorado Wilmer Valderrama.

A segunda temporada explora um novo capítulo nesta saga de crimes sobrenaturais que expande o universo de nossa história através da fronteira do México. Ela também se aprofunda e complica as relações fundamentais entre os personagens, com a adição de novos rostos. A temporada começa com nossos personagens em seus mundos separados – Santánico (González) e Richie (Holtz) estão fora de Houston, vivendo como Bonnie e Clyde; Seth e Kate (Madison Davenport) estão no Sul da Fronteira; Freddie Gonzalez (Garcia) está protegendo sua esposa e filha em um subúrbio de Houston, e Carlos Madrigal (Valderrama) e Scott Fuller (Brandon Soo Hoo) emergem do Titty Twister.

Confira o cartaz e fotos:

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Danny Trejo (franquia ’Machete’, ‘Machete Mata’) também fará uma participação especial. No longa original, Trejo viveu Razor Charlie, mas não vai reprisá-lo na TV; o ator dessa vez interpretará um personagem conhecido como O Regulador, um agente do mal convocado para realizar uma missão mortal.

Esta marca a nova parceria de Trejo e do diretor Robert Rodriguez, que trabalharam juntos no filme de 1996, em ‘Machete’ e na sequência ‘Machete Mata’.

Trejo se juntará a D.J Cotrona, Zane Holts, Jesse Garcia, Eiza González, Madison Davenport, Brandon Soo Hoo, Wilmer Valderramma e Briana Evigan no elenco.

segunda temporada terá 10 episódios e estreia em 25 de agosto.

Os irmãos Seth e Richie são vividos respectivamente por D.J. Cotrona (‘G.I. Joe: Retaliação’) e Zane Holtz (‘As Vantagens de Ser Invisível’). Os papéis dos Texas Rangers Earl e Freddie são de Don Johnson (‘Django Livre’) e Jesse Garcia (da série ‘Sons of Anarchy’).

Seth Gecko foi um dos primeiros papéis de destaque do astro George Clooney no cinema. No filme, Richard Gecko foi vivido por Quentin Tarantino, que também roteirizou o longa. Outra figura conhecida em Hollywood, Harvey Keitel, interpretou o pastor Jacob Fuller.

O longa original gerou duas continuações, Um Drink no Inferno 2: Texas Sangrento’ e Um Drink no Inferno 3: A Filha do Carrasco’, que não tinham os astros do primeiro e foram lançados diretamente em vídeo.

 

George R.R. Martin está trabalhando em três novas séries da HBO

George R.R. Martin, autor dos livros que originaram a série ‘Game of Thrones’, revelou em um post em seu blog pessoal que está trabalhando em três novos pilotos de séries para a HBO e o Cinemax.

No texto, Martin diz que está muito ocupado desenvolvendo três novos conceitos de séries.

Em entrevista à EW , ele já havia confirmado que não escreverá nenhum episódio da sexta temporada de ‘Game of Thrones.

O que esperar da sexta temporada de ‘Game of Thrones’? 

O escritor assinou episódios das quatro primeiras temporadas, mas já havia ficado de fora da quinta. Ele explica que precisou se afastar da série para finalizar o sexto volume de ‘As Crônias de Gelo e Fogo’, intitulado ‘The Winds of Winter’.

“Talvez eu tenha sido excessivamente otimista sobre a rapidez com que eu poderia terminar o livro”, disse o autor. “Mas eu cancelei duas aparições em convenções e recusei várias entrevistas, tudo para limpar minha agenda e acabar logo o livro”, reforçou.

O último livro da série ‘A Dança dos Dragões‘ foi publicado em setembro de 2011.

Presidente da HBO quer 10 temporadas para ‘Game of Thrones’

Resta um episódio para o fim da atual quinta temporada de ‘Game of Thrones’ (que adapta o quarto livro e partes do quinto). O sexto ano já foi confirmado e o elenco está garantido até a sétima temporada.

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Fotos e cartaz da série ‘Fear the Walking Dead’

A AMC divulgou o primeiro cartaz e novas fotos de ‘Fear The Walking Dead’.

Confira:

 

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Robert Kirkman, criador de ‘The Walking Dead’, disse ao site EW que os personagens da nova série ‘Fear the Walking Dead‘ são diferentes do seriado original. Enquanto em ‘The Walking Dead’ a ação começou na Geórgia e agora está na Virginia, ‘Fear’ se passará no inicio da epidemia zumbi, em Los Angeles, na Califórnia, mesmo período em que Rick Grimes (Andrew Lincoln) ficou em coma no hospital. A proposta é fazer uma trama mais urbana.

Los Angeles é uma cidade tão interessante em si, apenas por causa do grande caldeirão de diversidade que a Califórnia tornou-se. A expansão urbana abrange uma quantidade enorme de terra, e tem uma população extremamente densa, por isso há um monte de coisas que se prestam bem a boa narrativa no apocalipse zumbi. Mas também esta é uma cidade onde um grande número de pessoas chegam para se reinventar, ou eles são novos para a cidade por várias razões diferentes. É quase uma cidade de imigrantes dentro de um país de imigrantes. Então, há definitivamente alguns aspectos que queremos explorar “, diz Kirkman.

Será que, em um ambiente urbano, as filmagens na floresta não vão aparecer, como era no início da série original? De acordo com Kirkman, a resposta é sim.

“Sim, nós vamos definitivamente estar gastando muito menos tempo no mato. Eu posso dizer que eu acho que não estamos na floresta em tudo… eu tenho certeza que não teremos floresta nesta nova série. “

Assista ao teaser legendado da série:

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Robert Kirkman, Gale Anne Hurd e David Alpert, produtores de ‘The Walking Dead‘, também assumem o spin-off.

Dave Erickson (‘Sons of Anarchy’), cocriador da nova série, escreveu o primeiro episódio junto com Kirkman e acumula as funções de showrunner e produtor executivo. Adam Davidson (‘Fringe‘, ‘Hell on Wheels‘) dirige o piloto.

Fear the Walking Dead’ estreia em agosto e terá apenas 6 episódios em sua temporada inaugural. A atração já foi renovada para uma segunda temporada em 2016.

 

 

 

EXCLUSIVO: Entrevistamos Ben Stiller e o cara é demais!

O CinePOP bateu um papo com o ator e diretor Ben Stiller, conhecido pelas comédias ‘Entrando Numa Fria‘, ‘Uma Noite no Museu‘ e ‘Zoolander‘. Atrás das câmeras e em filme mais sérios é ainda mais talentoso, como prova ‘A Vida Secreta de Walter Mitty‘.

Em seu novo filme, uma comédia dramática, Stiller dá um show de atuação ao lado da Oscarizada Naomi Watts.

Logo no início da mais nova comédia do diretor Noah BaumbachEnquanto Somos Jovens’, o documentarista quarentão Josh (Stiller) passa um dia com seu jovem protegido Jamie (Adam Driver) andando de bicicleta pelas ruas de Manhattan, usando seu novo chapéu fedora e sorrindo para sua recente obediência à energia hipster e descolada ao seu redor. Claro, toda a experiência é encurtada quando sua perna começa a incomodar e depois Josh descobre através de seu médico que está com início de artrite nas juntas. Bem-vindo à meia-idade.

O confronto entre o antigo e o novo é o tema principal de ‘Enquanto Somos Jovens’, com Stiller representando seu coração e sua alma como um homem que enfrenta todo o processo.

Com uma carreira que começou aos nove anos de idade, o ator/diretor/produtor tornou-se um dos maiores chamarizes de bilheteria de Hollywood, acumulando mais de dois bilhões de dólares apenas nos Estados Unidos com sua coleção de sucessos. Mas foram as sarcásticas observações intergeracionais do roteirista/diretor Baumbach que trouxeram Stiller orgulhosamente de volta para o mundo indie. Aqui ele nos conta sobre a alegria de trabalhar novamente com Baumbach, o envelhecimento e o maldito chapéu fedora.

 

Confira nossa entrevista com o ator:

Como é se reencontrar com o diretor Noah Baumbach? Ele mudou como diretor desde O Solteirão (2010), assim como as histórias que quer contar?

Ben Stiller: Eu acho que Noah é um diretor muito pessoal que se dedica bastante ao seu trabalho. Não necessariamente tem a ver com o que está acontecendo em sua vida especificamente, mas ele está muito voltado para lidar com coisas reais e tem muitos interesses diferentes. Acho que Noah tem muitas facetas. Ele é um cara muito divertido, compenetrado e inteligente, tem um ótimo senso de humor, então em seus filmes você consegue ver todas essas coisas diferentes. Eu me sinto sortudo por ter trabalhado com Noah em ‘O Solteirão’, que é um filme mais pesado. Este filme tem muito mais leveza, mas ele não está interessado em fazer piada pela piada ou em agradar às massas, o Noah só quer fazer um filme que tenha a ver com ele.

 

É muito agradável assistir à sua relação com a personagem de Naomi, Cornelia, no filme. Você pode descrever como é trabalhar com ela? Há muito respeito e vocês parecem bem à vontade na tela.

BS: Estava empolgado para trabalhar com a Naomi porque ela é uma grande atriz e eu a conheço há um tempo e vinha querendo trabalhar com ela. Quando fomos escalados para o filme, não tivemos muito tempo para ensaiar e esperamos que as pessoas acreditem na relação deles. De alguma forma, em três ou quatro dias de ensaio você consegue criar um casamento e fazer aquela história. A Naomi é uma atriz de verdade, incrivelmente natural, ela tem muito material engraçado dentro dela e foi divertido vê-lo surgir no filme. No geral, ter a oportunidade de trabalhar com alguém tão bom é algo que eleva todas as pessoas ao redor que têm a sorte de trabalhar com um profissional assim.

 

O que o filme tem de fascinante é que Josh (Ben Stiller) e Cornelia (Naomi Watts) se sentem como se fossem jovens e são confrontados por pessoas mais jovens ainda. Como é mergulhar nessa sensação de ter que acompanhar o que é novo?

BS: É um jeito interessante de descrever. É algo bastante palpável. Nós nos sentimos como se fôssemos jovens e de repente somos confrontados por pessoas bem mais novas e é tudo relativo, porque nós somos mais jovens se comparados a nossos pais quando tinham nossa idade. Mas não há como negar que, quando você faz 40 anos, definitivamente é adulto. Acho que o filme fala sobre esse tipo de percepção.

Ao se relacionar com aquelas pessoas mais jovens, eles notam as diferenças. Além do mais, é diferente ser jovem hoje, acho que pelo fato de haver tanta coisa digital e as mídias sociais, essa geração cresceu cercada de computadores e tudo o mais. A nossa geração meio que creceu com e sem. É uma geração interessante, porque eu me lembro dos “pré-computadores”. Eu me lembro que, quando criança, tinha um computador TRS-80 da Radio Shack. Lembro quando os primeiros celulares chegaram. Lembro das máquinas de escrever, lembro que o meu pai tinha um gravador tape deck de rolo e eu uma câmera Super 8. E me lembro de ver a transição para os cassetes, as câmeras de vídeo e os CD’s. Analisando isso agora, vejo que as mídias mudaram numa velocidade muito grande. Mas o fato é que a minha geração se lembra disso e a próxima nem vai chegar a saber o que foi a maioria dessas coisas.

 

Como é se sentir jovem por dentro mas ver as coisas começarem a se despedaçar? Como envelhecer tem sido para você?

BS: Acho que é uma realização de que as coisas não duram para sempre. Algumas pessoas são confrontadas com essa realidade mais cedo na vida do que outras. Se você tiver sorte o bastante de ser saudável e continuar vivendo e chegar num certo ponto da vida em que vai ter que pensar nessas coisas, elas eventualmente vão surgir. Elas fazem parte da vida e você tem que tirar um tempo para pensar “Tudo bem, o que é importante na minha vida? Com o que me importo? O que aceito?” Nós não podemos não aceitar isso, estamos todos na mesma situação, para mim, o lado positivo é que você consegue curtir as coisas que curte e não quer deixá-las passar batidas.

 

Josh adquire o hábito de usar um chapéu fedora. Como é usar aquele chapéu? Em que ponto da vida você pensou “Acho melhor não aderir a essa moda”?

BS: Bom, eu nunca fui um cara de chapéus. Mas uma coisa que descobri na vida é que existe uma roupa apropriada para a sua idade, uma música apropriada para a sua idade. Por exemplo, eu me pego ouvindo músicas de uma certa época. Gosto das músicas novas e tento curti-las, mas sempre me pego voltando para a minha XM Radio, gosto da estação Lithium. Porque eles tocam grunge, rock alternativo dos anos 90, esses são os meus clássicos de agora. Quando meu pai estava amadurecendo, ele ouvia muito jazz e tal, mas, por algum motivo, parou no início dos anos 60. Mas é para onde você se vê voltando. Você pode ainda conhecer, ouvir as coisas novas, experimentá-las, mas você fica mais à vontade com o que ouviu no passado. No quesito roupas, é a mesma coisa. Eu me pego usando a mesma calça jeans e a mesma calça preta e não experimento vestir o que não deveria. Mas é daí que sai uma parte do humor do filme e está no contexto. Muito da moda agora é retrô ou normcore, pessoas descoladas vestindo roupas básicas não descoladas, mas, na verdade, é a pessoa que veste e a forma como ela veste que faz a moda, então é assim que temos um jovem senhor usando um chapéu no nosso filme.

 

Há uma afirmação interessante do jovem cineasta Jamie (Adam Driver): ele acredita de verdade que toda propriedade intelectual é livre para todos. Pode falar um pouco mais sobre essa ideia?

BS: Sim, eu acho que é da geração. A ideia de ter acesso a tantas coisas através do YouTube, da internet e a ideia de se reapropriar das ideias e usá-las como se fossem suas, o que beira o plágio, é uma coisa muito real. Muito da arte é baseado em trabalhos anteriores, em se apropriar, reciclar, reinventar. É tão fácil pegar um filme ou um clipe de alguma coisa e pensar “Ei, eu nunca vi isso antes”. Ao mostrar aquilo de novo, de repente vira cool ou quer dizer alguma coisa. Eu acho muito mais fácil fazer as coisas hoje em dia porque você pode fazer um filme com o seu iPhone, pode editar no celular ou no computador e subir na internet tudo em questão de minutos. Era um processo que levava semanas, meses, mas isso mudou. Eu não concordo com esse processo atual de fazer as coisas, porque acho legal você ter um tempo para digerir o trabalho antes de disponibilizá-lo para consumo público.

 

O fato de tudo estar mais acessível e mais rápido hoje mudou a forma como você cria, a forma como você enxerga as coisas?

BS: Eu me pego procurando as mídias sociais como uma forma de distração. Quando você está tentando fazer uma coisa que não é divertida, vai procurar algo na internet (ri). Eu tenho certeza que os homens das cavernas se distraíam quando faziam suas pinturas rupestres, eles iam olhar para outra pedra ou coisa parecida. Mas agora tudo está tão disponível. É tipo “Eu não quero pensar, não quero fazer o que estou fazendo”, acho que, para mim, é provavelmente uma das coisas mais perigosas, porque afeta mesmo o que você faz e o que cria. Eu levo meus filhos para o museu para ver obras de arte incríveis ou feitos da engenharia através dos tempos, até a época em que a televisão chegou. Você pensa “Uau, isso era o que as pessoas faziam antes de ter distrações fáceis”. Eu imagino como isso vai nos afetar. Acho que as distrações nos tiram um pouco de nosso processo criativo.

Enquanto Somos Jovens‘ (While We’re Young) chega nos cinemas nacionais em 18 de Junho.

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Trailer da segunda temporada da série ‘The Leftovers’

A HBO renovou a sérieThe Leftovers‘, criada por Damon Lindelof (criador de ‘Lost’) e pelo escritor de sucesso Tom Perrotta, para sua segunda temporada – que acaba de ganhar seu primeiro trailer.

Assista:

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Não foi divulgada a quantidade de episódios encomendados, que serão exibidos no final de 2015.
The Leftovers‘ se passa em uma pequena cidade suburbana que sofre muitas mudanças devido a um evento mundial chamado de “A Partida” (que pode ou não ter sido o “arrebatamento” bíblico), no qual algumas pessoas foram levadas e outras deixadas para trás. A série gira em torno dos habitantes da fictícia cidade Mapleton, em Utah, três anos depois do fatídico dia 14 de outubro, quando 140 milhões de pessoas – 2% da população do mundo – sumiram sem deixar rastros.

A produção mostra como as pessoas comuns reagem a acontecimentos inesperados, e que eles podem unir mais ou separar famílias e comunidades. Assim, a série revela como a tensão de uma calamidade imprevista pode transformar a fé das pessoas em cinismo, paranoia, loucura ou fanatismo religioso.

The Leftovers traz no elenco Justin Theroux como Kevin Garvey, um pai de família e chefe da polícia que tenta espalhar esperança a fim de manter o restante dos habitantes calmos; Amy Brenneman no papel de Laurie, mulher de Kevin que decide largar tudo e abandonar seus dois filhos – Tom (Chris Zylka) e Jill (Margaret Qualley) – para participar de uma seita misteriosa; Adam Frost e Scott Frost como os irmãos Max e Charlie Carver que são amigos da filha do chefe da polícia; Christopher Eccleston como Matt Jamison, antigo pastor e atual editor de seu próprio jornal; Liv Tyler como Meg, uma mulher prestes a se casar e que se torna o principal alvo da seita misteriosa; Emily Meade (HBO – Boardwalk Empire) no papel de Amy, uma estudante que se mostra indiferente aos acontecimentos.

Asa Butterfield não será o ‘Homem-Aranha’

No começo do mês, o Latino Review deu como certa a contratação de Asa Butterfield no papel de novo Homem-Aranha. Dado como contratado, o ator não está mais no páreo para viver o super-herói.

Segundo o The Wrap, Butterfield já foi dispensado e o papel agora é disputado por Tom Holland (‘O Impossível’) e o desconhecido Charlie Plumme.

A disputa está entre os dois estúdios envolvidos: Enquanto a Sony quer Holland, e Marvel quer Plummer.

Butterfield teria sido dispensado do papel após postar em um fórum detalhes sobre sua possível contratação, quebrando a cláusula de confidencialidade.

Marvel fez testes com todos seis atores recentemente (Tom Holland, Judah Lewis, Matthew Lintz, Charlie Plummer e Charlie Rowe), em Atlanta, mesma cidade onde estão sendo realizadas as filmagens de ‘Capitão América: Guerra Civil’. Kevin Feige (presidente da Marvel), Amy Pascal (produtora) e Joe e Anthony Russo (diretores de ‘Guerra Civil’) conferiram de perto os testes.

Recentemente outro ator foi associado ao reboot de ‘Homem-Aranha‘. Segundo rumoes, Matthew McConaughey estaria na mira da Marvel para viver Norman Osborn/Duende Verde. Não há informações, porém, sobre uma possível negociação entre McConaughey e o estúdio.

O super-herói fará sua estreia no universo cinematográfica da editora em ‘Capitão América: Guerra Civil‘, que chegará aos cinemas em 6 de Maio de 2016. O novo filme solo do teioso está marcado para 28 de julho de 2017.

No momento, os estúdios também procuram pelo diretor do longa. Segundo o Deadline, seis diretores seguem cotados para o cargo: Jonathan Levine (‘Meu Namorado é um Zumbi’); Ted Melfi (‘Um Santo Vizinho’); Jason Moore (‘A Escolha Perfeita’); John Francis Daley e Jonathan M. Goldstein (dupla do reboot de ‘Férias Frustradas’); e Jared Hess (‘Napoleon Dynamite’).

Spider-Man: The New Avenger‘ (Homem-Aranha: O Novo Vingador) deve ser o título oficial do filme que incluirá o personagem no Universo Marvel, tornando claro para os espectadores que o novo filme trará o cabeça-de-teia para o mundo d’Os Vingadores, e desvinculando a nova franquia de ‘O Espetacular Homem-Aranha‘.

Presidente da Marvel detona Andrew Garfield e último filme do Homem-Aranha

Depois de confirmar um Peter Parker entre 15 e 16 anosKevin Feige, o presidente do Marvel Studios, recentemente descartou uma história de origem do personagem no próximo ’Homem-Aranha‘ – que já foi contada nos longas anteriores do herói.

“Queremos revelar seus poderes de uma maneira diferente e focarmos mais tempo em sua juventude no colégio, lidando com seus poderes. Então, já existe um jovem correndo pelas ruas de Nova York com uma versão caseira do uniforme do Homem-Aranha no universo da Marvel no cinema. Você apenas não o viu ainda”, explicou ao Crave Online.

O próximo filme solo do Homem-Aranha pode mostrar o Sexteto Sinistro contra o super-herói e o Aranha enfrentando ninguém menos que o Homem de Ferro (Robert Downey Jr.)- uma espécie de teaser para a entrada do teioso na franquia ‘Os Vingadores‘.

Robert Downey Jr. e Chris Evans falam sobre entrada do Homem-Aranha na Marvel

Série ‘Minority Report’ ganha nova prévia

O canal Fox divulgou uma nova prévia de ‘Minority Report’, adaptação do longa futurista de 2002 dirigido por Steven Spielberg. A série estreia nos EUA entre o final de 2015 e início de 2016.

Confira, com os vídeos anteriores:

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Meagan Good (‘Tudo Por Um Furo’, ‘Como Não Perder Essa Mulher’) fazz a protagonista Lara Vega, detetive assombrada pelo passado e que não tem medo de quebrar regras. Ela auxiliará o precog Dash (Stark Sands), um dos paranormais que antecipam homicídios, a tentar manter uma vida normal enquanto, juntos, tentam deter crimes antes de acontecerem. A trama se passará em 2064, dez anos depois dos eventos do filme original.

Também estão no elenco: Daniel London, que reprisa Wally, o cuidador de precogs que viveu no longa original, Li Jun Li, Laura Regan (‘Mad Men’, ‘O Olho que Tudo Vê’) e Wilmer Valderrama (‘Um Drink no Inferno, That ’70s Show’).

Max Borenstein, roteirista do remake de ‘Godzilla‘, escreverá os episódios. Steven Spielberg, diretor do longa original, está produzindo a série por meio de sua companhia, a Amplin Television.

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Segunda temporada de ‘The Flash’ continua ganhando novos personagens

Um novo personagem deve aparecer na segunda temporada de The Flash. De acordo com o TVLine, o canal CW está procurando um ator de tipo heróico clássico, entre 30 e 40 anos, para uma aparição longa na série. Quem for escolhido viverá um homem descrito como ‘levemente cínico e ousado’.

Também já foi anunciado que Barry Allen (Grant Gustin) vai ganhar um novo interesse amoroso na segunda temporada de The Flash . Uma atriz ainda não escolhida vai fazer parte do elenco para interpretar a extrovertida Wendy, que irá se relacionar com o protagonista. A personagem, descrita como divertida e engraçada, vai trabalhar na polícia de Central City.

Produtor confirma mais velocistas na 2ª temporada

Assista ao primeiro teaser do segundo ano:

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The Flash e Supergirl juntos em imagens; crossover à vista?

Lanterna Verde pode aparecer no 2º ano de ‘The Flash’

 

 

Crítica | Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros

Os animais são todos iguais, mas uns são mais iguais que outros. Aquela trilha sonora nostálgica, marcante (dessa vez assinada por Michael Giacchino), aquela tensão que um bom blockbuster pode provocar, o desejo do espectador de ser transportado para uma história criativa e cheia de efeitos mas com conteúdo. Esse mundo fabuloso de animais adorados por muitos, mereciam um filme do tamanho do carinho que toda essa franquia conquistou ao longo desses últimos anos. E conseguiram. Dirigido pelo desconhecido cineasta californiano Colin Trevorrow, Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros, além de tudo que os efeitos especiais podem comprar é uma experiência inteligente que faz o espectador pensar sobre a origem das espécies a cada instante.

Na trama, acompanhamos a aventura de dois irmãos em um parque de diversão cheia de dinossauros tentando lutar pela sobrevivência após a fuga de um dinossauro geneticamente manipulado. Para ajudá-los, a administradora do local Claire (Bryce Dallas Howard) contará com a ajuda do domador de dinossauros Owen (Chris Pratt), especialista em terópodes que viveram aproximadamente a 75 a 71 milhões de anos atrás, também conhecidos como Velociraptors.

O roteiro é bem amarrado, causas e consequências bem exploradas, personagens bem definidos dentro da trama e ótimos diálogos. Além de tudo, e talvez o mais interessante de todo o contexto que cerca esse blockbuster, faz uma viagem ao complexo mundo das engenharias genéticas, é criado um híbrido geneticamente temido até pelos próprios dinossauros. Há também um paralelismo no instinto dos animais muito bem embasada, com vários argumentos fazendo o público imaginar e tirar suas próprias conclusões sobre as ações dos personagens.

Falando em personagens, esses exalam carisma, está no Dna dessa fabulosa história. O sucesso do novo parque, gera desejos ambiciosos de quem o controla. Claire (Bryce Dallas Howard) é um ponto importante da trama. Controladora, certinha, possui uma jornada muito interessante dentro da história e se torna a personagem que mais se aproxima de uma realidade próxima à nossa. O ótimo ator indiano Irrfan Khan (do espetacular The Lunchbox) é o novo dono da festa, pena que sua participação foi encaixada na margem de segurança de todo filme norte-americano chamada clichê. Talvez o mais querido de todos seja mesmo Owen (interpretado pelo iluminado ,mais uma vez, Chris Pratt), um intrigante personagem que descobriu uma maneira de fazer alguns dinossauros o obedecerem.

Você se arrepia, você fica em estado de tensão, você se diverte. , Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros é um filme imperdível. Vale o ingresso.

Crítica 2 | Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros

A sensação de visitar um lugar pela segunda vez nunca é igual a primeira. A excitação, ansiedade, alegria e medo presentes quando você embarca em uma jornada, nunca serão repetidos novamente. Se você já foi ao Hopi Hari, Universal Studios Orlando ou qualquer outro parque ou atração, a segunda incursão nunca é tão mágica quanto a primeira.

Esse é o único ponto negativo ‘Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros’. Quando visitamos o Parque dos Dinossauros pela primeira vez, em 1993, ficamos encantados com aquele mundo criado majestosamente pelo mago do cinema Steven Spielberg. Os dinossauros eram tão reais que praticamente podíamos tocá-los, unidos a uma trama bem escrita que trazia aventura, suspense e um toque de comédia. Era como se fossemos aqueles dois jovens irmãos se aventurando pelo desconhecido, passando pelo vale dos dinossauros e quase sendo devorados por um T-Rex em um Jeep.

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Para tentar recriar aquela sensação que tivemos em nossa primeira ida ao parque, ‘Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros’ se renova de maneira esplêndida: atrações inéditas, edifícios modernos, dinossauros holográficos, Gyrosphere e, é claro, o Indominus Rex – novo e letal dinossauro geneticamente alterado “cozinhado” em laboratório. E se falta magia, sobra nostalgia.

Jurassic World‘ é situado na Ilha Nublar dos dias de hoje, que agora é um parque temático real de dinossauros, como inicialmente previsto por John Hammond no primeiro filme. O novo parque, depois de 10 anos de funcionamento, alcança a marca de 20 mil visitantes por dia. Entretanto, com o passar do tempo, o público se cansa dos mesmos dinossauros. E é aí que a equipe de geneticistas liderada pelo Dr. Henry Wu (B.D. Wong) resolve criar uma nova atração, algo que trouxesse de volta o interesse do público. A nova atração é um dinossauro híbrido que mistura os DNAs de outros dinossauros: o Indominus Rex.

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O filme começa com jovens dois irmãos indo visitar a tia no Jurassic World. Ela comanda a administração do local com mão de ferro, e vê os dinossauros apenas como um gráfico a ser domado. Em contrapartida conhecemos o brincalhão Owen, um domador de Velociraptors (sim, domador!).

Quando o novo dinossauro consegue fugir, Claire precisa da ajuda de Owen para salvar os dois sobrinhos – perdidos no Vale dos Dinossauros e sendo caçados pelo letal híbrido modificado geneticamente. A fórmula é idêntica ao do primeiro filme: os dois irmãos não se dão bem, mas acabam se entendendo, e os dois adultos já tiveram uma paixão mal resolvida no passado e soltam faíscas quando se tocam.

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O elenco se destaca: Chris Pratt continua roubando a cena como em ‘Guardiões da Galáxia’, e é visível que ele se divertiu no set como uma criança enquanto filmava suas cenas. Bryce Dallas Howard está ótima no papel de uma mulher contida e fria, mas pronta para partir para a briga quando precisa salvar os sobrinhos.

Sem contar o fato que sua personagem, Claire, poderia até ser confundida com  uma super-heroína: corre dos dinossauros o filme todo usando um salto alto fino, mesmo nas cenas que se passam na lama. Uau!

Os dois jovens irmãos também são o grande destaque do elenco: Ty Simpkins (Gray) já tinha roubado a cena em ‘Homem de Ferro 3’, e Nick Robinson (Zach) é a cara do Sean Astin em ‘Os Goonies’.

Apesar do terceiro ato ser um pouco exagerado, com Hollywood tentando provar que mais é sempre melhor, ‘Jurassic World‘ consegue causar a mesma sensação de prazer e alegria do primeiro filme.

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É um ingresso para uma aventura tão realista – e em 3D – que faz o espectador se sentir passeando pelo Vale dos Dinossauros dentro da maneiríssima Gyrosphere (uma bola de vidro que leva os visitantes para passear entre os animais jurássicos).

É a magia do cinema em sua melhor forma, e com um bônus: traz de volta a nostalgia.

 

Crítica de Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros em primeira mão! Direto da sessão de imprensa…

Posted by CinePOP on Quarta, 10 de junho de 2015

 

 

Crítica 3 | Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros

Por Janaina Pereira

Quando Steven Spielberg apareceu com seu ‘Jurassic Park – então ainda chamado de Parque dos Dinossauros entre os brasileiros – em 1993, o cinema de entretenimento ganhava uma nova dimensão. A recriação impressionante dos dinossauros, os efeitos especiais inovadores e o roteiro (baseado no livro de Michael Crichton) sobre um parque com aqueles que foram extintos a tantos séculos marcaram uma geração. Até hoje é possível ouvir histórias de crianças e adolescentes dos anos 1990 que sonhavam ser paleontólogo. Dois outros filmes se seguiram – em 1997 e 2001 – e só agora um novo longa da franquia está sendo lançado. Para velhos e novos fãs, eis que surge ‘Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros’, que estreia nesta quinta (11).

O novo longa é totalmente influenciado pelo primeiro filme, o que por si só já garante a nostalgia dos adultos que forem assisti-lo. Para uma nova geração, será a descoberta (assustadora, mas divertida) de todo o potencial dos dinossauros de Spielberg – agora apenas produtor. A direção ficou com o desconhecido Colin Trevorrow, que apenas dá um ritmo mais acelerado para a repaginada trama.

Com as novas tecnologias, ‘Jurassic World’ é, à primeira vista, um espetáculo visual de tirar o fôlego. São sequências impressionantes, muita ação, e todos os clichês possíveis: desde o mocinho bronco, mas de bom coração, até a mocinha dondoca, mas pronta para a aventura sem desmanchar a escova. Para conquistar uma nova geração, saem Sam Neil e Laura Dern – o casal protagonista do original de 1993 – e entram Chris Pratt (com visual a la Indiana Jones, já preparando o público para a retomada de outra franquia de sucesso de Spielberg) e Bryce Dallas Howard, que causa comoção no público feminino ao passar boa parte do filme correndo de salto alto e figurino branco praticamente intocável. Isso sem falar no cabelo que só dá uma bagunçadinha na reta final.

Dito isso, vamos à trama: na ilha Nublar, finalmente o sonhado Parque dos Dinossauros está aberto e é um sucesso. Mas, para manter a atenção do público, é preciso sempre ter novas atrações, e a equipe de geneticistas comandada pelo Dr. Henry Wu ( B.D.Wong) passa a fazer experiências genéticas, criando novas espécies. Um desses ‘novos dinossauros’ é Indominus Rex, que mistura o DNA de vários dinossauros. Desde o princípio Indominus parece ter um instinto mais perverso que os demais, o que leva Simon Masrani (Irrfan Khan), o novo dono do parque, a pedir que Owen Grady (Chris Patt), um ex-militar que reside na ilha e estuda os velociraptors, investigue se o local de exibição do novo dinossauro é seguro.

Grady, que de cara mostra uma relação de amor e ódio com Claire (Bryce Dallas Howard), a chefe de operações do parque, logo percebe que as coisas não estão nada tranquilas por ali, e uma série de situações leva pânico ao local, colocando em risco a vida dos sobrinhos de Claire (Nick Robinson e Ty Simpkins) e de todos os visitantes.

É bem interessante como o filme mostra o instinto predador do ser humano, em cenas em que o público delira ao ver uma das atrações do parque: dinossauros fazendo suas refeições – é, comendo os animais. Mas legal mesmo são as cenas que resgatam o primeiro filme, com o famoso jipe e até o logo do Jurassic Park em destaque. Ou quando nos deparamos com o dinossauro-mor dos longas anteriores, T-Rex, tentando salvar o território e mostrando quem é que manda naquele parque.

No final das contas, ‘Jurassic World’ é uma grande aventura bem no estilo de Steven Spielberg, que soube usar os melhores recursos para fazer um filme ainda mais eletrizante do que o original. Então se você esquecer os clichês, vai se divertir como se fosse a primeira vez nesse parque.

Crítica 4 | Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros

Franquia jurássica ganha fôlego, mesmo colocando o público em cheque.

Quando o jovem clássico Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros (1993) finalmente estreou, uma revolução aconteceu. Ao lado de James Cameron, com o também excepcional O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (1991), Steven Spielberg deu outro significado ao chamado blockbuster, não só em dimensão de marketing, como também em aspectos cinematográficos. A partir dali, de certa maneira a técnica de stop motion foi aposentada, os efeitos CGI entraram em um novo patamar e se uniram aos práticos. O longa também causou euforia no tema que abordava, foi uma grande alavanca na área da paleontologia, inspirando novos profissionais. Um sucesso absoluto de crítica e público, virando a principal referência quando se fala de dinossauros na sétima arte. A continuação era então inevitável.

Surpreendendo, o próprio Spielberg decidiu dirigir O Mundo Perdido: Jurassic Park (1997), um trabalho bem menos inspirado que o anterior e que trazia a ideia de levar os bichos para uma metrópole. Obra que nem de longe tinha o mesmo esmero de outrora e que, com justiça, acabou sendo esquecido. Ainda assim, a franquia continuava viva no coração do público, tanto que quando Joe Johnston comandou Jurassic Park III (2001), apesar da qualidade bastante questionável, a terceira parte teve uma bilheteria deveras considerável. Ou seja, a bem da verdade, os dinos nunca perderam seu espaço dentro da cultura pop.

No entanto, devido a alguns problemas entre produtores, foram quase quinze anos para que uma espécie de reboot surgisse novamente. Protagonizado pelo astro do momento, Chris Pratt (que mais parece uma nova versão do professor Jones), Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros dá um novo fôlego à franquia e reacende a chama dos primeiros habitantes da Terra, no imaginário popular.

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Pegando a mesma formula do original, tanto em base textual quanto em arquétipos, vemos aqui a reinauguração e já funcionamento do famoso parque de John Hammond (personagem do saudoso do Richard Attenborough), que agora pertence à Masrani (Irrfan Khan), um homem que tem ambições ainda maiores. Contando com a ajuda de alguns cientistas, a ideia é desenvolver uma nova espécie, já que as demais ficaram “obsoletas ou comuns” para a plateia, deste que agora é quase um Sea World dos monstros. Porém, como esperado, uma das novas criaturas adquire maior inteligência e consegue escapar da jaula, causando desastre no lugar.

Em meio a todo escarcéu, temos a doutora Claire (Bryce Dallas Howard), responsável pelos comandos do parque, e que está recebendo a visita dos sobrinhos Gray (Ty Simpkins) e Zach (Nick Robinson). Os garotos aproveitam para conhecer o local e de uma maneira bem estranha conseguem através de um veículo tecnológico de vidro andar por Nublar entre os bichos sem nenhum problema, isso porque os donos do local acreditam ter domesticado parte dos animais. Principalmente pela ajuda do estudioso no assunto, Owen (Pratt), que pode até se comunicar com velociraptores. Assim sendo, o casal busca uma maneira de salvar as crianças e os visitantes.

Dirigido pelo novato Colin Trevorrow, que vinha do bom Sem Segurança Nenhuma (2012), o longa segue a mesma linha do primeiro, explica toda a situação e criação e vai aos poucos mostrando a beleza do parque, terminando na revelação dos dinossauros. A narrativa que é bem amparada pelo já conhecido tema de John Williams, que ganha novos tons pelas mãos de Michael Giacchino, fazendo com que a catarse ainda exista, mas longe do que era. As referências são muitas, elas vão desde o holograma do Sr. DNA ou a camiseta do cientista com o antigo logo até andamentos em que os personagens estão acuados embaixo de um carro.

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Porém, um dos principais problemas de Trevorrow foi fazer com que o público acreditasse na veracidade dos dinos, bem como Spierlberg e Cia. Em muitos momentos são aparentes os efeitos CGI quando contrapostos ao lado de objetos reais. Nem mesmo as maiores espécies parecem críveis, o que tira muito do impacto dos planos e envolvimento do público – ainda que as cenas de ação sejam bem construídas pelo cineasta, através de bons ângulos e cortes. O desenho de som também dá maior força às tomadas de entraves.

Do mesmo modo que Chris Pratt está ótimo e carrega com energia seu importante papel. Tendo o carisma de sempre, o ator traz um dinamismo e tanto, aparecendo como o grande destaque no elenco. A Claire de Bryce Dallas Howard (A Dama na Água) também convence ao se mostrar preocupada com os sobrinhos. O ponto negativo está no romance entre os dois, onde não há química na relação, que soa um tanto forçada. Os atores mirins não comprometem, o contrário de Vincent D’Onofrio (Demolidor), que aparece bastante caricatural com seu vilão Hoskins. Fechando o casting está o francês Omar Sy (Intocáveis) e o indiano Irrfan Khan (As Aventuras de Pi), que desempenham corretamente suas funções.

Há muitos altos e baixos durante o filme, ainda que os melhores momentos se sobressaiam. Contudo, há algo fundamental para que você embarque naquele universo: comprar a ideia proposta. Como bem diz a sinopse, em dado andamento vemos homem e dinossauro formarem uma dupla na luta contra o monstro geneticamente modificado. Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros deve entrar na lista do ame ou odeie, cabe a você escolher o lado.

Crítica 5 | Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros

Jurassic World é mais do mesmo. E é isso que o torna fantástico. Ao mesmo tempo em que dá aquele sentimento de nostalgia aos fãs do primeiro filme, também recria e apresenta todo esse universo aos mais novos, servindo como um ótimo reboot para a franquia (apesar de tecnicamente se passar mais de vinte anos depois dos eventos do filme de 1993).

Todos os elementos que funcionaram em Jurassic Park estão presentes em Jurassic World: Os dinossauros super-realistas que assombraram o mundo na época (e que hoje não são mais tanta novidade, mas ainda assim parecem vivos de verdade), a Ilha Nublar, o parque de diversões (dessa vez em pleno funcionamento), o dono idealista e megalomaníaco (mas de bom coração), os dois jovens curiosos em apuros, a música tema que marcou uma geração e um protagonista carismático, mas fora dos padrões de um herói propriamente dito. As referências ao primeiro filme também estão lá, umas de forma mais explícita e outras nem tanto. E os clichês também não poderiam deixar de marcar presença (apesar destes não serem exclusividade da franquia e sim da categoria dos blockbusters em geral).

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Mas vamos falar da história de Jurassic World. Vinte e dois anos após os terríveis acontecimentos que impediram o lançamento oficial do esperado Parque dos Dinossauros, esse sonho finalmente se concretizou e se tornou um parque temático bastante popular e visitado por milhares de pessoas do mundo todo (qualquer semelhança estrutural e de atrações com Universal Studios, Sea World, Busch Gardens e outros não são mera coincidência).

E como se interagir com dinossauros extintos não fosse suficiente, a constante busca por novas atrações faz com que os cientistas responsáveis por trazer esses animais à vida comecem também a manipular espécies geneticamente, criando híbridos maiores e mais inteligentes. Mas brincar com a mãe natureza nem sempre é seguro e uma dessas criações acaba escapando do isolamento. Agora os funcionários precisam conter essa ameaça antes que ela cause uma catástrofe maior, uma vez que milhares de famílias inocentes estão curtindo o dia na ilha.

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O que não falta nesse novo filme é ação. O início tranquilo parece até um prenúncio para o que está por vir! Visualmente impressionante, Jurassic World cumpre bem o seu papel de blockbuster para o início do verão americano e promete atrair milhões de seguidores, novos e saudosos! E é justamente nesse ponto que esse quarto filme mais acerta. É perfeitamente possível assistir a esse sem ter visto aos outros (se é que isso é possível para algum cinéfilo), apesar de ser muito mais gostoso encarar essa experiência com a trilogia anterior fresca na memória (fica aqui a dica para rever antes os antigos se puderem).

Com direção do novato e desconhecido Colin Trevorrow (mas sob a batuta de Steven Spielberg nos bastidores como produtor), Jurassic World tem no seu elenco Chris Pratt (Guardiões da Galáxia), Bryce Dallas Howard (A Vila), Irrfan Khan (Quem Quer Ser um Milionário), Vincent D’Onofrio, Judy Greer, B.D. Wong, Ty Simpkins e Nick Robinson.

 

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SPOILER ALERT! E quem diria que dessa vez eles iriam precisar da ajuda dos grandes antagonistas do primeiro filme? É isso mesmo! Os Velociraptors e o T-Rex terão um papel crucial na batalha contra o novo e inteligente Indominus Rex!

Crítica 6 | Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros

Em Jurassic World, nos sentimos numa mistura entre um parque de diversões da Disney e uma selva fechada; numa epopeia fantástica e bela, mas aterrorizante também. E embora o filme tenha uma estratégia óbvia, não nos sentimos entediados durante a projeção, justamente, por trata-se de um longa que consegue ser divertido e dinâmico. Bem executado, cumpre seu trabalho como um bom filme de franquia, mas embora ative as mais profundas nostalgias de quem foi criança em 93, não passa disso.

Definitivamente, quem assistir este filme no cinema terá uma boa experiência. Como não? Uma viagem por um parque de diversões infestado de dinossauros dos mais variados tipos, em que se pode vê-los, aproximar-se e, em alguns casos, até toca-los. A situação e os personagens se repetem, o que resta são as perseguições e novos dinossauros, que são filmados de maneira eficiente e, de fato, fazem com que fiquemos na ponta da cadeira durante a maioria do filme. Exclui-se ai, é claro, o péssimo 3D, que é apenas mais um caça níquéis, como de praxe dos blockbusters hollywoodianos.

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Embora Colin Trevorrow demonstre estilo em alguns momentos do longa, com um realismo interessante que é representado por zooms rápidos e lentes sujas, o peso recai nos ombros de Spielberg. Mesmo que o diretor não tenha pisado no set, um dia sequer, sua influência visual é presente. Em mais de uma ocasião vemos o Indominus rex se aproximando lentamente, bem como o jeito de filmar os Velociraptors e Brachiosauros (pescoçudo).

É engraçado como Trevorrow passa do início a metade do filme mostrando as atrações do parque Jurassic World. Acompanhamos os dois irmãos Gray (Ty Simpskins) e Zach (Nick Robinson) enquanto desfrutam as atrações do parque, o que é belo, já que vemos aquele parque nos olhos de pessoas que estão conhecendo-o pela primeira vez. Ampliado pelas doses de nostalgia, da trilha de John Willians, nos sentimos como crianças novamente, enquanto passamos um dia no parque com aqueles garotos. E ai, o filme se torna metalinguístico, de uma maneira, já que não só o conceito do parque dos dinossauros, mas o cinema, em si, envolve a fantasia, a mágica e o deslumbramento que toda criança tem ao contemplar algo dessa magnitude.

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Perto do clímax, o longa começa a perder força, principalmente, pelo descuido no roteiro. Adotando a estratégia do “e” (x acontece e y acontece e w acontece e…) que inclui lutas homéricas entre dinossauros e uma inexplicável aliança com os humanos. Em um momento um personagem dispara: “Parece que não aprendemos nada!”. E não poderia estar mais correto. Esta frase sintetiza o filme. Não espere nada de diferente, apenas uma boa diversão repleta de dinossauros.

Deixa Rolar

(Playing it Cool)

 

Elenco:

Chris Evans, Michelle Monaghan, Aubrey Plaza, Anthony Mackie, Topher Grace, Luke Wilson

Direção: Justin Reardon

Gênero: Comédia romântica

Duração: 94 min.

Distribuidora: Imagem Filmes

Orçamento: US$ 15 milhões

Estreia: 11 de Junho de 2015

Sinopse:

Todo mundo deseja viver um grande amor… Será? Em Deixa Rolar, Chris Evans interpreta um escritor que não acredita no amor. Para provar que ele está errado, seu chefe (Anthony Mackie) o desafia a escrever uma comédia romântica. Tudo vai bem até ele conhecer uma linda mulher (Michelle Monaghan) que muda a sua forma de pensar. Agora, ele terá que usar toda a sua imaginação e talento para conquistar o coração dela.

Curiosidades:

» —

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Cartazes:

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Fotos:

 

Sob o Mesmo Céu

(Aloha)

 Aloha<br /><br /><br /> (2015) on IMDb

Elenco: Bradley Cooper, Emma Stone, Rachel McAdams, Alec Baldwin, Bill Murray, John Krasinski, Danny McBride, Jay Baruchel.

Direção: Cameron Crowe

Gênero: Romance

Duração: — min.

Distribuidora: Fox Film

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 11 de Junho de 2015

Sinopse:

Após fracassar em uma missão, o militar Brian Gilcrest (Bradley Cooper) é enviado de volta para o Havaí, sua terra natal, para supervisionar o lançamento de um satélite. Lá, ele se reaproxima de um amor do passado (Rachel McAdams), ao mesmo tempo que começa a se apaixonar por uma piloto da Força Aérea (Emma Stone).

Curiosidades:

» Nova comédia romântica dirigida por Cameron Crowe (‘Vanilla Sky’, ‘Quase Famosos’)

 

Trailer:

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Cartazes:

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Fotos:

Retorno a Ítaca

(Retour à Ithaque)

 

 Retour à Ithaque<br /><br /> (2014) on IMDb

Elenco:

Isabel Santos – Tanía
Jorge Perugorría – Eddy
Fernando Hechavarria – Rafa

Direção: Laurent Cantet

Gênero: Drama

Duração: 95 min.

Distribuidora: Imovision

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 11 de Junho de 2015

Sinopse:

Cinco amigos se reúnem para celebrar o retorno de Amadeo, após 16 anos de exílio. Do anoitecer ao amanhecer, eles recordam a turma que formavam na juventude, a fé que eles tinham no futuro e também as suas desilusões.

 

Curiosidades:

» Baseado na obra de Leonardo Padura.

» Além de dirigir, Laurent Cantet co-escreveu o roteiro com o autor do livro.

» Rodado na França e Bélgica.

 

Trailer:

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Cartazes:

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Fotos:

 

“Eu irritei o McDonald’s”, afirma Tim Burton

Enquanto promovia seu novo filme, ‘O Orfanato da Srta. Peregrine Para Crianças Peculiares‘, Tim Burton revelou tem recebido um monte de perguntas sobre seus filmes anteriores, como ‘Batman: O Filme‘ (1989) e ‘Batman: O Retorno‘ (1992). Em uma entrevista recente ao Yahoo Movies!, Burton afirmou que seu segundo filme do Homem-Morcego deixou a rede de lanches McDonald’s bastante irritada.

“Eu irritei o McDonald’s. [Eles perguntaram] ‘O que é aquela coisa preta que sai da boca do Pinguim? Nós não podemos vender McLanche Feliz com isso!’. Foi uma reação estranha que eles tiveram com Batman: O Retorno. Metade dos fãs acharam que a sequência era mais leve do que o primeiro filme, a outra metade pensaram que era mais obscura. Eu acho que o estúdio apenas pensou que era muito estranho – eles queriam ir com algo mais infantil ou favorável à família. Em outras palavras, eles não queriam que eu voltasse para fazer o terceiro Batman

Uma vez que Burton estava fora de cogitação, Joel Schumacher (‘Os Garotos Perdidos) assumiu o cargo de diretor da franquia e trocou a estética gótica de Burton por cores de néon brilhantes.

Recentemente, o intérprete de Batman nos filmes de Burton, Michael Keaton, no cinema, revelou em entrevista a Entertainment Weekly que gostaria de interpretar o herói novamente em um filme de Tim Burton.

“Se fosse com Tim Burton dirigindo? Aceitaria na hora. Foi Tim quem realmente inventou essa coisa toda de super-herói sombrio. Ele começou essa onda e alguns desses caras que vem fazendo filmes do gênero não admitem, e estão errados.”

Questionado sobre a oportunidade de retornar como Batman nos filmes seguintes, comandados por Joel Schumacher, Keaton respondeu:

“Não era estúpido, sabia que o personagem era uma grande máquina de dinheiro, com um grande estúdio por trás. Mas a verdade é que [sai do projeto] porque não era bom. Eu disse a eles, ‘Este é um personagem muito interessante, com uma dupla personalidade’. Tentei fazê-los entender, mas quando alguém diz para você, ‘Tem mesmo que ser tão sombrio?’, me fez pensar se estávamos falando sobre o mesmo personagem. Então eu acabei dizendo não”, justificou.

Keaton voltou, de certa forma, a viver um herói no cinema em ‘Birdman‘, longa de Alejandro González Iñárritu em que encarna o Homem-Pássaro.

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Crítica | Sob o Mesmo Céu

Imagine a sensação de estar dormindo em uma cama confortável enrolado em um cobertor quentinho. Pois essa é a sensação de assistir Sob o Mesmo Céu (Aloha). Trata-se de um filme, mesmo considerando todos os seus defeitos, bastante agradável de assistir. Que não tem momentos muito tristes, praticamente, mas raramente é monótono; Conseguindo nos manter minimamente atraídos sem deixar de ser aconchegante.

As relações entre os personagens e as atuações são os grandes pilares dessa sensação “ensolarada” que o filme nos dá. Embora algumas atuações pareçam esquemáticas em alguns momentos, em média tem um aspecto televisivo, no qual os personagens parecem estar de bem com a vida e todos se dão bem; algo que encaixa muito bem na narrativa. Isso é reforçado por cenas bastante cotidianas que mostram os personagens em sua casa ou trabalho, geralmente, em momentos felizes.

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Embora Brian Gilcrest (Bradley Cooper) seja descrito pelos outros personagens como um sujeito infiel e mau caráter, visualmente, nunca soa assim. Brian é retratado como um homem que se entrega a paixões (embora só tenha uma, de fato) e que, mesmo sendo capaz de ludibriar pessoas para conseguir algum objetivo, quase sempre acaba optando pelo caminho mais correto. Até o resultado do conflito maior da narrativa, a colocação de uma espécie de satélite na órbita, é um resultado positivo.

Dessa forma, alguns aspectos do longa ficam confusos para quem assiste. Nunca sabemos se os personagens estão realmente felizes da maneira como se encontram. O relacionamento de Brian com Tracy (Rachel McAdams) nunca fica claro. Os dois transitam entre um amor instintivo e inevitável, para um esquecimento duro e forçado, mas que em alguns momentos, parecem genuinamente felizes na ausência do outro; nunca ficando clara a natureza da relação desses personagens. A própria Capitã Ng (Emma Stone) muda de acordo com a vontade do roteirista. Sendo retratada, de início, como uma mulher forte e disciplinada que é completamente comprometida com o exército, para momentos depois, se portar como uma mulher extrovertida e relaxada.

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Junto a isso, há uma tentativa artificial de implantar uma dose de misticismo citando a mitologia havaiana, que se manifesta em cortinas balançando, céu nublado e portas batendo sozinhas (hã?). Algo que, apesar de não prejudicar o filme em excesso, não faz sentido e nem adiciona a história.

Se algumas das situações mais tensas são ofuscadas por uma montagem descontrolada e ineficaz, a comédia é um dos pontos altos do filme. John Krasinski e Bill Murray conseguem fazer rir sem dizer uma palavra, apenas com seus rostos.

As cenas cômicas e românticas são alternadas de modo orgânico. E por serem muito boas (salvo poucas exceções), o filme se torna gostoso de assistir.