quarta-feira , 20 novembro , 2024

‘O Protetor: Capítulo Final’ | Relembre a Franquia e saiba o que Esperar do Terceiro filme

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Deus abençoe os fãs! É por causa deles que todo e qualquer artista existe. E no terreno do cinema não é diferente. Hoje, com as redes sociais, qualquer pessoa pode se tornar famosa e ter milhões de fãs, mesmo sem ter previamente qualquer ligação com o mundo das artes. Esse conceito foi levado até a meca do cinema: Hollywood. É claro que a maior indústria de cinema do mundo já estava completamente estruturada em sua fábrica de fazer astros e estrelas antes do surgimento da internet. Mas é inegável também que o que temos hoje como ferramenta de divulgação e marketing de filmes e celebridades ajuda muito a carreira de produções e artistas.

Se um determinado ator ou atriz é querido pelo público, devido à imagem que passa, obviamente terá maior capacidade de arrastar uma grande legião de fãs para assistirem o produto que está vendendo. Porém, existe um fator que precisa ser muito levado em conta, e ele é o fator da imprevisibilidade. Existem analistas especializados em prever se um filme fará sucesso ou não, ou ainda o quanto determinada produção irá arrecadar em sua estreia. Mas quando a imprevisibilidade entra em jogo, ela pode fazer as análises se surpreenderem positivamente ou negativamente. Veja o caso recente com ‘Barbie’.



Denzel Washington estrela em ‘O Protetor’, filme que guarda semelhanças com ‘John Wick’, lançado no mesmo ano.

Alimentado pelas redes sociais, o fenômeno “Barbenheimer” se mostrou um marketing muito mais eficiente do que qualquer empresa poderia bolar. E ele foi alimentado pelo próprio público. O resultado foi mais que satisfatório para ambos ‘Oppenheimer’ e ‘Barbie’ – com o segundo superando todas as expectativas em relação ao filme, se mostrando a verdadeira febre dos novos tempos pós-pandemia.

O mesmo ocorreu, em escala muito menor, com o blockbuster ‘Godzilla vs. Kong’ em 2021. E com a franquia ‘John Wick’, de Keanu Reeves. Falando neste último, foi preciso os dois primeiros filmes, para o grande público começar a notar a história sobre o matador voltando ao jogo para se vingar. O terceiro já gozava de grande popularidade, mas nada prepararia os realizadores para o sucesso que foi o quarto filme – o mais rentável financeiramente e o mais elogiado pela crítica. É o que nos traz ao tema de nossa nova matéria, a franquia ‘O Protetor’, com Denzel Washington. Nascido no mesmo ano do primeiro ‘John Wick – De Volta ao Jogo’ (2014), o primeiro ‘O Protetor’ também fala sobre um matador aposentado, precisando voltar à ativa – no caso do segundo para ajudar uma jovem prostituta.

Antes de virar filme com Denzel Washington, ‘The Equalizer’ era uma série dos anos 80, intitulada ‘O Justiceiro’ por aqui.

De fato, ‘O Protetor’ guarda muitas semelhanças com ‘De Volta ao Jogo’. Mas se formos olhar mais a fundo, notaremos que a produção estrelada por Denzel Washington e dirigida por Antoine Fuqua (o mesmo de ‘Dia de Treinamento’) não é um produto original como o colega estrelado por Keanu Reeves. Antes de virar uma superprodução nos cinemas, ‘O Protetor’, ou ‘The Equalizer’ no título original, foi uma série de TV dos anos 80 (de 1985 para ser mais preciso) que, embora tivesse seu público fiel, nunca se tornou tão popular quanto algumas das mais celebradas do período, vide ‘A Supermáquina’, ‘Esquadrão Classe A’, ou ‘Miami Vice’.

A série de ‘O Protetor’ dos anos 80 – que se chamava ‘O Justiceiro’ – trazia o ator Edward Woodward como o protagonista Robert McCall – e se tornou algo mais para o cult, vivendo quatro temporadas até 1989 na rede CBS. Na trama, um ex-agente da CIA, agora aposentado da agência, trabalha de forma particular para clientes que desejam “equilibrar” suas chances contra rivais mais fortes, daí o título original do programa.

Quatro anos depois do filme original, Denzel Washington faria algo inédito em sua carreira: a continuação de uma de suas obras.

A adaptação do programa de TV para as telonas de cinema viu seu roteiro entrar na chamada “lista negra” do ano de 2012. Essa tal lista circula todo ano em Hollywood e diz respeito aos roteiros que os produtores mais gostam, mas que por alguma razão terminam não sendo produzidos. Bem, até que o de ‘O Protetor’ não demorou muito a sair do papel após o texto ter sido eleito para fazer parte da blacklist de 2012, já que dois anos depois o longa chegava aos cinemas. E com ninguém menos que Denzel Washington estrelando. Com orçamento de US$55 milhões, o filme arrecadou US$192.3 milhões mundiais

O filme se tornou um sucesso relativo para a Columbia (Sony), mas foi o suficiente para quatro anos depois gerar uma continuação. Embora não tenha feito tanto barulho quanto o original, o segundo ‘O Protetor’ marca um recorde para a carreira do astro duas vezes vencedor do Oscar Denzel Washington. Acontece que o filme é a primeira sequência da carreira de mais de quatro décadas do ator. Ou seja, Washington resolveu apostar na ideia, e seguiu interpretando o agente Robert McCall.

O Protetor’ agora se tornava ‘A Protetora’, numa nova série estrelada por Queen Lafifah, mas sem envolvimento de Washington.

Depois do segundo filme, ‘O Protetor’ viraria série de TV novamente. Mas ao invés de continuar a história das telonas, a opção foi pela primeira “protetora” mulher deste universo, interpretada pela indicada ao Oscar Queen Latifah. O curioso é que o programa continua no ar, tendo estreado em 2021, chegando à sua quarta temporada pela mesma rede CBS de quase 40 anos atrás. Desta vez é Robyn McCall (Latifah) quem comanda o show, equalizando as coisas como ‘A Protetora’. Ou seja, temos dois protetores no “ar”, nas telinhas e telonas.

A estreia de um novo seriado seria indício que Washington havia se despedido de vez do papel. Mas não, eis que surge a notícia de um terceiro filme para os cinemas – novamente com o ator protagonizado. Seria muito legal se os produtores resolvessem cruzar o universo da telona com o da telinha, dando espaço para Latifah e sua personagem também nos cinemas, se unindo a Denzel.

Depois de uma série, dois filmes e uma nova série, ‘O Protetor’ está de volta aos cinemas na pele de Denzel Washington.

Na trama de ‘O Protetor 3’, que no Brasil chega com o subtítulo ‘Capítulo Final’ (prenunciando o encerramento da franquia no cinema), desta vez Robert está na Itália, pronto para dar cabo de mafiosos do país. Voltando para a abertura do texto, quando eu falava sobre a imprevisibilidade do que o público irá abraçar ou não, começamos a notar um grande interesse por ‘O Protetor 3’ de uma forma que os dois anteriores não haviam ganhado. O hype por este encerramento da trilogia começa a crescer online – talvez seja o fator ‘John Wick 4’ ainda trabalhando na mente dos fãs. E nisso o filme de Keanu Reeves pode ajudar na trajetória do de Washington.

Uma das coisas mais legais desta terceira incursão é a participação de Dakota Fanning como uma personagem ainda não muito divulgada. Como sua personagem não aparece muito nos trailers e não é um dos nomes principais do longa, podemos deduzir que seja apenas uma participação breve da jovem em tela. No entanto, o simples fato de sua aparição remete imediatamente ao eletrizante ‘Chamas da Vingança’ (2004), do saudoso Tony Scott – onde Washington vivia um guarda-costas indo até as últimas consequências para livrar a menina que deveria proteger de seu sequestro. A menina, então bem pequenina, era Dakota, e a química entre os atores era o chamariz do longa.

Juntos de novo! Denzel Washington se reúne a Dakota Fanning – 19 anos depois de ‘Chamas da Vingança’.

Ver Fanning e Washington novamente em cena juntos é simplesmente muito nostálgico. E se os realizadores quisessem realmente presentear os fãs com um agrado, bem que Dakota poderia ter um papel grande no filme, como a vítima que precisa ser ajudada desta vez. Os laços com o adorado filme de ação de 2004 seriam fortes, e deixariam o público muito mais conectados à produção. Mas ao que percebemos, o papel de Dakota será de uma agente que é o contato de Washington para sua missão, ou até mesmo de uma inimiga disfarçada. Isso porque em um breve momento, o único em que aparece no trailer, Fanning pergunta sobre um massacre de criminosos, com corpos espalhados, querendo saber se McCall (Washington) teve algo a ver com aquilo. Ao que o protagonista responde: “eu tenho cara de assassino?”.

A pergunta da personagem de Dakota deixa claro que ela está ligada na situação das mortes, mas ao mesmo tempo pode não conhecer o protagonista tão a fundo, já que apenas suspeita de sua participação, e não demonstra certeza. Seja como for, a máfia italiana não perde por esperar, ao encarar seu pior pesadelo. Para os entusiastas do país europeu, ficam as belas paisagens e cidades de pedra saídas de contos de fadas. Já os aficionados pela ação, terão os costumeiros tiros, porradas e bombas – o que também nunca é demais.

O Protetor – Capítulo Final’ tem estreia programada para o dia 1º de setembro deste ano nos EUA, e no Brasil chega no mês seguinte, no dia 5 de outubro.

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Deus abençoe os fãs! É por causa deles que todo e qualquer artista existe. E no terreno do cinema não é diferente. Hoje, com as redes sociais, qualquer pessoa pode se tornar famosa e ter milhões de fãs, mesmo sem ter previamente qualquer ligação com o mundo das artes. Esse conceito foi levado até a meca do cinema: Hollywood. É claro que a maior indústria de cinema do mundo já estava completamente estruturada em sua fábrica de fazer astros e estrelas antes do surgimento da internet. Mas é inegável também que o que temos hoje como ferramenta de divulgação e marketing de filmes e celebridades ajuda muito a carreira de produções e artistas.

Se um determinado ator ou atriz é querido pelo público, devido à imagem que passa, obviamente terá maior capacidade de arrastar uma grande legião de fãs para assistirem o produto que está vendendo. Porém, existe um fator que precisa ser muito levado em conta, e ele é o fator da imprevisibilidade. Existem analistas especializados em prever se um filme fará sucesso ou não, ou ainda o quanto determinada produção irá arrecadar em sua estreia. Mas quando a imprevisibilidade entra em jogo, ela pode fazer as análises se surpreenderem positivamente ou negativamente. Veja o caso recente com ‘Barbie’.

Denzel Washington estrela em ‘O Protetor’, filme que guarda semelhanças com ‘John Wick’, lançado no mesmo ano.

Alimentado pelas redes sociais, o fenômeno “Barbenheimer” se mostrou um marketing muito mais eficiente do que qualquer empresa poderia bolar. E ele foi alimentado pelo próprio público. O resultado foi mais que satisfatório para ambos ‘Oppenheimer’ e ‘Barbie’ – com o segundo superando todas as expectativas em relação ao filme, se mostrando a verdadeira febre dos novos tempos pós-pandemia.

O mesmo ocorreu, em escala muito menor, com o blockbuster ‘Godzilla vs. Kong’ em 2021. E com a franquia ‘John Wick’, de Keanu Reeves. Falando neste último, foi preciso os dois primeiros filmes, para o grande público começar a notar a história sobre o matador voltando ao jogo para se vingar. O terceiro já gozava de grande popularidade, mas nada prepararia os realizadores para o sucesso que foi o quarto filme – o mais rentável financeiramente e o mais elogiado pela crítica. É o que nos traz ao tema de nossa nova matéria, a franquia ‘O Protetor’, com Denzel Washington. Nascido no mesmo ano do primeiro ‘John Wick – De Volta ao Jogo’ (2014), o primeiro ‘O Protetor’ também fala sobre um matador aposentado, precisando voltar à ativa – no caso do segundo para ajudar uma jovem prostituta.

Antes de virar filme com Denzel Washington, ‘The Equalizer’ era uma série dos anos 80, intitulada ‘O Justiceiro’ por aqui.

De fato, ‘O Protetor’ guarda muitas semelhanças com ‘De Volta ao Jogo’. Mas se formos olhar mais a fundo, notaremos que a produção estrelada por Denzel Washington e dirigida por Antoine Fuqua (o mesmo de ‘Dia de Treinamento’) não é um produto original como o colega estrelado por Keanu Reeves. Antes de virar uma superprodução nos cinemas, ‘O Protetor’, ou ‘The Equalizer’ no título original, foi uma série de TV dos anos 80 (de 1985 para ser mais preciso) que, embora tivesse seu público fiel, nunca se tornou tão popular quanto algumas das mais celebradas do período, vide ‘A Supermáquina’, ‘Esquadrão Classe A’, ou ‘Miami Vice’.

A série de ‘O Protetor’ dos anos 80 – que se chamava ‘O Justiceiro’ – trazia o ator Edward Woodward como o protagonista Robert McCall – e se tornou algo mais para o cult, vivendo quatro temporadas até 1989 na rede CBS. Na trama, um ex-agente da CIA, agora aposentado da agência, trabalha de forma particular para clientes que desejam “equilibrar” suas chances contra rivais mais fortes, daí o título original do programa.

Quatro anos depois do filme original, Denzel Washington faria algo inédito em sua carreira: a continuação de uma de suas obras.

A adaptação do programa de TV para as telonas de cinema viu seu roteiro entrar na chamada “lista negra” do ano de 2012. Essa tal lista circula todo ano em Hollywood e diz respeito aos roteiros que os produtores mais gostam, mas que por alguma razão terminam não sendo produzidos. Bem, até que o de ‘O Protetor’ não demorou muito a sair do papel após o texto ter sido eleito para fazer parte da blacklist de 2012, já que dois anos depois o longa chegava aos cinemas. E com ninguém menos que Denzel Washington estrelando. Com orçamento de US$55 milhões, o filme arrecadou US$192.3 milhões mundiais

O filme se tornou um sucesso relativo para a Columbia (Sony), mas foi o suficiente para quatro anos depois gerar uma continuação. Embora não tenha feito tanto barulho quanto o original, o segundo ‘O Protetor’ marca um recorde para a carreira do astro duas vezes vencedor do Oscar Denzel Washington. Acontece que o filme é a primeira sequência da carreira de mais de quatro décadas do ator. Ou seja, Washington resolveu apostar na ideia, e seguiu interpretando o agente Robert McCall.

O Protetor’ agora se tornava ‘A Protetora’, numa nova série estrelada por Queen Lafifah, mas sem envolvimento de Washington.

Depois do segundo filme, ‘O Protetor’ viraria série de TV novamente. Mas ao invés de continuar a história das telonas, a opção foi pela primeira “protetora” mulher deste universo, interpretada pela indicada ao Oscar Queen Latifah. O curioso é que o programa continua no ar, tendo estreado em 2021, chegando à sua quarta temporada pela mesma rede CBS de quase 40 anos atrás. Desta vez é Robyn McCall (Latifah) quem comanda o show, equalizando as coisas como ‘A Protetora’. Ou seja, temos dois protetores no “ar”, nas telinhas e telonas.

A estreia de um novo seriado seria indício que Washington havia se despedido de vez do papel. Mas não, eis que surge a notícia de um terceiro filme para os cinemas – novamente com o ator protagonizado. Seria muito legal se os produtores resolvessem cruzar o universo da telona com o da telinha, dando espaço para Latifah e sua personagem também nos cinemas, se unindo a Denzel.

Depois de uma série, dois filmes e uma nova série, ‘O Protetor’ está de volta aos cinemas na pele de Denzel Washington.

Na trama de ‘O Protetor 3’, que no Brasil chega com o subtítulo ‘Capítulo Final’ (prenunciando o encerramento da franquia no cinema), desta vez Robert está na Itália, pronto para dar cabo de mafiosos do país. Voltando para a abertura do texto, quando eu falava sobre a imprevisibilidade do que o público irá abraçar ou não, começamos a notar um grande interesse por ‘O Protetor 3’ de uma forma que os dois anteriores não haviam ganhado. O hype por este encerramento da trilogia começa a crescer online – talvez seja o fator ‘John Wick 4’ ainda trabalhando na mente dos fãs. E nisso o filme de Keanu Reeves pode ajudar na trajetória do de Washington.

Uma das coisas mais legais desta terceira incursão é a participação de Dakota Fanning como uma personagem ainda não muito divulgada. Como sua personagem não aparece muito nos trailers e não é um dos nomes principais do longa, podemos deduzir que seja apenas uma participação breve da jovem em tela. No entanto, o simples fato de sua aparição remete imediatamente ao eletrizante ‘Chamas da Vingança’ (2004), do saudoso Tony Scott – onde Washington vivia um guarda-costas indo até as últimas consequências para livrar a menina que deveria proteger de seu sequestro. A menina, então bem pequenina, era Dakota, e a química entre os atores era o chamariz do longa.

Juntos de novo! Denzel Washington se reúne a Dakota Fanning – 19 anos depois de ‘Chamas da Vingança’.

Ver Fanning e Washington novamente em cena juntos é simplesmente muito nostálgico. E se os realizadores quisessem realmente presentear os fãs com um agrado, bem que Dakota poderia ter um papel grande no filme, como a vítima que precisa ser ajudada desta vez. Os laços com o adorado filme de ação de 2004 seriam fortes, e deixariam o público muito mais conectados à produção. Mas ao que percebemos, o papel de Dakota será de uma agente que é o contato de Washington para sua missão, ou até mesmo de uma inimiga disfarçada. Isso porque em um breve momento, o único em que aparece no trailer, Fanning pergunta sobre um massacre de criminosos, com corpos espalhados, querendo saber se McCall (Washington) teve algo a ver com aquilo. Ao que o protagonista responde: “eu tenho cara de assassino?”.

A pergunta da personagem de Dakota deixa claro que ela está ligada na situação das mortes, mas ao mesmo tempo pode não conhecer o protagonista tão a fundo, já que apenas suspeita de sua participação, e não demonstra certeza. Seja como for, a máfia italiana não perde por esperar, ao encarar seu pior pesadelo. Para os entusiastas do país europeu, ficam as belas paisagens e cidades de pedra saídas de contos de fadas. Já os aficionados pela ação, terão os costumeiros tiros, porradas e bombas – o que também nunca é demais.

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