quarta-feira , 20 novembro , 2024

O que seria dos Vilões sem eles? Elegemos os 10 Melhores Capangas da franquia 007

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007 – Sem Tempo para Morrer está em cartaz nos cinemas brasileiros e pelo mundo. O filme já se tornou um sucesso de crítica e de bilheteria, fechando com chave de ouro a era de Daniel Craig e pronto para ingressar em uma nova fase. O que será que vai vir por aí? Independente do que seja, sabemos que parte essencial das aventuras do espião James Bond são os seus vilões megalomaníacos e psicóticos, assim como também as belíssimas Bondgirls. Tudo, é claro, como não poderia estar ausente, fez parte da trajetória de Daniel Craig no papel também. Porém, tirando SPECTRE (2015), o capítulo mais fraco desta fase, um item que os filmes de Craig como 007 deixaram a desejar foi na criação de capangas icônicos.

Sim, quase tão importantes quanto os vilões principais em si, são seus seguranças, assassinos ou capatazes. Muitas vezes eles conseguem inclusive roubar a cena do vilão principal, se tornando mais reconhecíveis do que os milionários excêntricos e loucos que costumam povoar a galeria de inimigos do espião. Fechando nossa série de matérias sobre os filmes da franquia (já elegemos os melhores filmes, os melhores James Bond, os melhores vilões, as Bondgirls e inclusive as aberturas musicais), agora trazemos os melhores vilões secundários, também conhecidos como os capangas – muitas vezes mais interessantes e com atrativos maiores que os antagonistas principais. Confira abaixo.



Leia também: Todas as Matérias Dossiê 007 – até o momento

10 – Zao (Rick Yune)

Abrimos a lista com o braço direito do Coronel Moon, militar do exército norte coreano, visto em Um Novo Dia para Morrer (2002). Existe inclusive nas entrelinhas uma relação homossexual a ser lida entre o Moon e Zao, ou seja, uma decisão bem corajosa dos produtores. Após Moon ser dado como morto em combate com James Bond, Zao é gravemente ferido quando uma explosão deixa seu rosto cravado de diamantes – as pedras preciosas são uma temática do filme. Anos mais tarde, Zao reaparece com uma aparência medonha, digna de filmes de terror, desta vez colado com Gustav Graves, um playboy milionário. Seria esta uma nova paixão? Ou quem sabe uma antiga mesmo.

09 – Barão Samedi e Tee Hee (Geoffrey Holder e Julius Harris)

Difícil decidir entre os chamativos capangas do Dr. Kananga (Yaphet Kotto) em Viva e Deixe Morrer (1973), o primeiro filme estrelado por Roger Moore na franquia. Uma das coisas mais legais deste episódio é sua ligação com a cultura negra africana, o que inclui o uso da crença do vodu. É como se desta vez James Bond enfrentasse forças sobrenaturais de forma inédita em sua carreira, como se fosse algo saído diretamente de um filme de terror. O Barão Samedi, papel de Geoffrey Holder, é o mais marcante, um feiticeiro com direito à cartola e pintura de caveira no rosto. O sujeito inclusive parece ser imortal e aparece no desfecho do filme mostrando que está pronto para uma próxima (infelizmente nunca dando as caras de novo na franquia). Já Tee Hee (Julius Harris) possui um braço biônico e mão de garra, capaz de esmagar qualquer objeto com facilidade.

08 – Nick Nack (Hervé Villechaize)

O anão Hervé Villechaize foi para os anos 1970, o que Peter Dinklage é para os dias atuais. Ou seja, um ator de baixa estatura extremamente popular. E se caso houvesse interesse de introduzir Nick Nack novamente em algum momento na franquia, Dinklage seria uma escolha ideal – é claro que o papel precisaria ser recalibrado para acomodar o talento do astro de Game of Thrones. Isso porque Nick Nack é nada mais do que uma espécie de mordomo para Francisco Scaramanga, o maior assassino do mundo, interpretado por Christopher Lee. No entanto, o baixinho não deixa de ter seu próprio repertório de artimanhas. É curioso pensar que Villechaize fez carreira interpretando o braço direito de homens grisalhos de meia idade, muito elegantes, e que vivem numa ilha. Além de O Homem com a Pistola de Ouro (1974), outro trabalho marcante do ator foi em A Ilha da Fantasia (1977-1983), em que viveu Tattoo, o servente do Sr. Roarke (Ricardo Montalban).

07 – Hinx (Dave Bautista)

O vigésimo quarto filme da franquia intitulado SPECTRE não é dos mais bem vistos pelos fãs. Grande parte do público e também os críticos tiveram muitas reservas quanto ao filme. Mas se tem algo que todos parecem concordar é a eficiência do capanga vivido pelo grandalhão Dave Bautista. Embora entre mudo e saia calado, o Sr. Hinx foi a melhor adição do filme no que diz respeito aos seus personagens. SPECTRE marcou por não possuir novos personagens carismáticos. Temos a Bondgirl Madeleine (Léa Seydoux), uma verdadeira parede em branco – vindo a mostrar seu potencial somente em Sem Tempo para Morrer; e o Blofeld de Christoph Waltz, uma escolha tão óbvia que termina com sabor amargo. Uma teoria curiosa de um fã afirma que teria sido muito melhor se Bautista fosse o escolhido para uma nova versão de Blofeld, como uma ameaça física igualmente como uma ameaça intelectual. Bem, isso não aconteceu e ficamos apenas com o tsunami que é Hinx e suas unhas metálicas que esmagam olhos.

06 – Sr. Wint e Sr. Kidd (Bruce Glover e Putter Smith)

Ao contrário do item nove da lista, em que dois capangas distintos receberam a mesma posição, aqui no sexto lugar temos uma dupla que só funciona junta. Em Os Diamantes São Eternos (1971), o filme mais “farofa” de Sean Connery, pouca coisa se salva verdadeiramente (apesar de ser um episódio divertidamente ruim). Um dos destaques, no entanto, é a presença de dupla de assassinos Sr. Wint e Sr. Kidd, contratados para matar James Bond. A graça dos matadores está em serem extremamente cordiais e educados em suas trocas de diálogos, soando como eruditos universitários, totalmente contraditório com sua verdadeira arte: matar. Mas a sacada por trás dos sádicos não para por aí, já que Wint e Kidd são um casal gay, retratados de forma “discreta” para a sociedade da época, mas que basta uma segunda olhada hoje para notar algo que estava óbvio desde o início.

05 – Xenia Onatopp (Famke Janssen)

Uma das graças da franquia 007 é a capacidade que os realizadores possuem de criar nomes icônicos para seus personagens. E aqui temos uma que marcou a era de Pierce Brosnan. Embora oficialmente só tenhamos notícia de uma vilã propriamente dita na franquia (a Elektra King de Sophie Marceau), quando falamos em capangas, a série nos apresenta um verdadeiro leque de possibilidades. No entanto, o que acontece na maioria dos casos é que algumas destas capangas ou vilãs terminam por virarem a casaca no terceiro ato do filme, se mostrando donas de bons corações. Neste sentido, Xenia Onatopp (que nome!) talvez tenha sido a única capanga que se manteve má até o final, e pagou por isso com a morte. É claro que personificando a sadomasoquista para lá de sexy, que tinha orgasmos quando matava suas vítimas, a holandesa Famke Janssen entrou com o pé direito em Hollywood no filme GoldenEye (1995).

04 – May Day (Grace Jones)

O argumento usado acima pode descrever facilmente May Day, a segurança barra-pesada do magnata da indústria da computação Max Zorin. O sujeito foi interpretado por um platinado Christopher Walken, como uma espécie de Mark Zuckerberg diabólico; embora muitos fãs apresentem similaridades com a trama de Goldfinger. Neste sentido, não poderia faltar sua própria versão de Oddjob. E ela veio nas formas de May Day, papel da exótica Grace Jones. Figuraça marcante da década de 1980, Jones é puro vigor e energia. Sua disposição no filme demonstra que ela facilmente poderia dar um couro em ambos James Bond e no patrão Zorin juntos. Na Mira dos Assassinos (1985), a despedida de Moore, consegue destaque pelo papel da mulher, que como citado troca de lados no desfecho se tornando uma aliada de 007.

03 – Oddjob (Harold Sakata)

Ninguém destrói uma bola de golfe com as mãos melhor que o capanga de Auric Goldfinger, Oddjob. De fato, em 007 Contra Goldfinger (1964) somos presenteados com o melhor capanga da fase de Sean Connery. O intérprete do sujeito, Harold Sakata era um levantador de peso olímpico e embora baixo em estatura, era duro como um toco de árvore. Silencioso como todo bom assassino no cinema, Oddjob é simplesmente letal e usa como arma de escolha seu chapéu. Isso mesmo! O chapéu mais mortífero da história do cinema tem abas com lâminas super afiadas, o qual o asiático dispara de forma certeira, sem dó, nem piedade, para cima de suas vítimas. Uma delas é a pobre Tilly Masterson (Tania Mallet), jovem em busca de vingança pela morte da irmã Jill (Shirley Eaton), a modelo pintada de ouro pelo psicótico vilão que dá título ao filme, e patrão de Oddjob. Alguns elementos são simplesmente icônicos na mitologia de 007, e Oddjob sem dúvidas é um deles.

02 – Red Grant (Robert Shaw)

O veterano Robert Shaw, falecido em 1978, sempre será lembrado por seu papel do turrão marujo Quint, do clássico Tubarão (1975), de Steven Spielberg. No entanto, se formos procurar seu segundo filme mais famoso, acharemos o ótimo Moscou Contra 007 (1963), o segundo filme na cronologia oficial da franquia 007 no cinema. E em partes graças ao desempenho de Shaw, esta continuação consegue superar o original. No filme, após James Bond ter derrotado os planos do Dr. No, a organização da qual ele faz parte, a SPECTRE, inicia a temporada de caça ao espião. Para o feito de dar cabo de 007, é contratado Donald ‘Red’ Grant, um talentoso assassino, de treinamento afiado, que se mostra um rival à altura em todos os sentidos para James Bond. Ele é inteligente, ágil, forte e possui todas as técnicas do maior espião do mundo. Sendo assim, o protagonista precisará enfrentar quase a si mesmo. O interessante é o clima de suspense criado no longa, ao termos o agente secreto agora no papel da vítima, precisando superar um de seus maiores adversários.

01 – Jaws (Richard Kiel)

Talvez mais icônico do que Oddjob como capanga da franquia 007 só exista um personagem, e ele atende pela alcunha de Jaws. Interpretado pelo grandalhão Richard Kiel, o capanga é um gigante de dentes metálicos inspirado na temática submarina que O Espião que me Amava (1977) possui. O vilão Stromberg (Curd Jürgens) possui nadadeiras nas mãos e deseja destruir a raça humana, criando uma nova população submarina. Assim, nada mais natural que um de seus assassinos seja Jaws (Tubarão, de Spielberg, havia sido lançado dois anos antes). O curioso é que Jaws não foi o único capanga esquisito do filme, com Sandor (Milton Reid), um careca parrudo de aparência bizarra, fazendo uma dobradinha como segundo capataz. Sandor morre, e Jaws permanece vivo. O sucesso do gigante de dentes de aço foi tanto, que os produtores ouviram os fãs e o trouxeram de volta para O Foguete da Morte (1979), onde o assassino persegue James Bond no carnaval do Rio de Janeiro e nos bondinhos do Pão de Açúcar parte os cabos com os dentes. Como ele havia agradado também as crianças, no desfecho Jaws se torna bonzinho, começa a falar e até arruma uma namorada.

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Sim, quase tão importantes quanto os vilões principais em si, são seus seguranças, assassinos ou capatazes. Muitas vezes eles conseguem inclusive roubar a cena do vilão principal, se tornando mais reconhecíveis do que os milionários excêntricos e loucos que costumam povoar a galeria de inimigos do espião. Fechando nossa série de matérias sobre os filmes da franquia (já elegemos os melhores filmes, os melhores James Bond, os melhores vilões, as Bondgirls e inclusive as aberturas musicais), agora trazemos os melhores vilões secundários, também conhecidos como os capangas – muitas vezes mais interessantes e com atrativos maiores que os antagonistas principais. Confira abaixo.

Leia também: Todas as Matérias Dossiê 007 – até o momento

10 – Zao (Rick Yune)

Abrimos a lista com o braço direito do Coronel Moon, militar do exército norte coreano, visto em Um Novo Dia para Morrer (2002). Existe inclusive nas entrelinhas uma relação homossexual a ser lida entre o Moon e Zao, ou seja, uma decisão bem corajosa dos produtores. Após Moon ser dado como morto em combate com James Bond, Zao é gravemente ferido quando uma explosão deixa seu rosto cravado de diamantes – as pedras preciosas são uma temática do filme. Anos mais tarde, Zao reaparece com uma aparência medonha, digna de filmes de terror, desta vez colado com Gustav Graves, um playboy milionário. Seria esta uma nova paixão? Ou quem sabe uma antiga mesmo.

09 – Barão Samedi e Tee Hee (Geoffrey Holder e Julius Harris)

Difícil decidir entre os chamativos capangas do Dr. Kananga (Yaphet Kotto) em Viva e Deixe Morrer (1973), o primeiro filme estrelado por Roger Moore na franquia. Uma das coisas mais legais deste episódio é sua ligação com a cultura negra africana, o que inclui o uso da crença do vodu. É como se desta vez James Bond enfrentasse forças sobrenaturais de forma inédita em sua carreira, como se fosse algo saído diretamente de um filme de terror. O Barão Samedi, papel de Geoffrey Holder, é o mais marcante, um feiticeiro com direito à cartola e pintura de caveira no rosto. O sujeito inclusive parece ser imortal e aparece no desfecho do filme mostrando que está pronto para uma próxima (infelizmente nunca dando as caras de novo na franquia). Já Tee Hee (Julius Harris) possui um braço biônico e mão de garra, capaz de esmagar qualquer objeto com facilidade.

08 – Nick Nack (Hervé Villechaize)

O anão Hervé Villechaize foi para os anos 1970, o que Peter Dinklage é para os dias atuais. Ou seja, um ator de baixa estatura extremamente popular. E se caso houvesse interesse de introduzir Nick Nack novamente em algum momento na franquia, Dinklage seria uma escolha ideal – é claro que o papel precisaria ser recalibrado para acomodar o talento do astro de Game of Thrones. Isso porque Nick Nack é nada mais do que uma espécie de mordomo para Francisco Scaramanga, o maior assassino do mundo, interpretado por Christopher Lee. No entanto, o baixinho não deixa de ter seu próprio repertório de artimanhas. É curioso pensar que Villechaize fez carreira interpretando o braço direito de homens grisalhos de meia idade, muito elegantes, e que vivem numa ilha. Além de O Homem com a Pistola de Ouro (1974), outro trabalho marcante do ator foi em A Ilha da Fantasia (1977-1983), em que viveu Tattoo, o servente do Sr. Roarke (Ricardo Montalban).

07 – Hinx (Dave Bautista)

O vigésimo quarto filme da franquia intitulado SPECTRE não é dos mais bem vistos pelos fãs. Grande parte do público e também os críticos tiveram muitas reservas quanto ao filme. Mas se tem algo que todos parecem concordar é a eficiência do capanga vivido pelo grandalhão Dave Bautista. Embora entre mudo e saia calado, o Sr. Hinx foi a melhor adição do filme no que diz respeito aos seus personagens. SPECTRE marcou por não possuir novos personagens carismáticos. Temos a Bondgirl Madeleine (Léa Seydoux), uma verdadeira parede em branco – vindo a mostrar seu potencial somente em Sem Tempo para Morrer; e o Blofeld de Christoph Waltz, uma escolha tão óbvia que termina com sabor amargo. Uma teoria curiosa de um fã afirma que teria sido muito melhor se Bautista fosse o escolhido para uma nova versão de Blofeld, como uma ameaça física igualmente como uma ameaça intelectual. Bem, isso não aconteceu e ficamos apenas com o tsunami que é Hinx e suas unhas metálicas que esmagam olhos.

06 – Sr. Wint e Sr. Kidd (Bruce Glover e Putter Smith)

Ao contrário do item nove da lista, em que dois capangas distintos receberam a mesma posição, aqui no sexto lugar temos uma dupla que só funciona junta. Em Os Diamantes São Eternos (1971), o filme mais “farofa” de Sean Connery, pouca coisa se salva verdadeiramente (apesar de ser um episódio divertidamente ruim). Um dos destaques, no entanto, é a presença de dupla de assassinos Sr. Wint e Sr. Kidd, contratados para matar James Bond. A graça dos matadores está em serem extremamente cordiais e educados em suas trocas de diálogos, soando como eruditos universitários, totalmente contraditório com sua verdadeira arte: matar. Mas a sacada por trás dos sádicos não para por aí, já que Wint e Kidd são um casal gay, retratados de forma “discreta” para a sociedade da época, mas que basta uma segunda olhada hoje para notar algo que estava óbvio desde o início.

05 – Xenia Onatopp (Famke Janssen)

Uma das graças da franquia 007 é a capacidade que os realizadores possuem de criar nomes icônicos para seus personagens. E aqui temos uma que marcou a era de Pierce Brosnan. Embora oficialmente só tenhamos notícia de uma vilã propriamente dita na franquia (a Elektra King de Sophie Marceau), quando falamos em capangas, a série nos apresenta um verdadeiro leque de possibilidades. No entanto, o que acontece na maioria dos casos é que algumas destas capangas ou vilãs terminam por virarem a casaca no terceiro ato do filme, se mostrando donas de bons corações. Neste sentido, Xenia Onatopp (que nome!) talvez tenha sido a única capanga que se manteve má até o final, e pagou por isso com a morte. É claro que personificando a sadomasoquista para lá de sexy, que tinha orgasmos quando matava suas vítimas, a holandesa Famke Janssen entrou com o pé direito em Hollywood no filme GoldenEye (1995).

04 – May Day (Grace Jones)

O argumento usado acima pode descrever facilmente May Day, a segurança barra-pesada do magnata da indústria da computação Max Zorin. O sujeito foi interpretado por um platinado Christopher Walken, como uma espécie de Mark Zuckerberg diabólico; embora muitos fãs apresentem similaridades com a trama de Goldfinger. Neste sentido, não poderia faltar sua própria versão de Oddjob. E ela veio nas formas de May Day, papel da exótica Grace Jones. Figuraça marcante da década de 1980, Jones é puro vigor e energia. Sua disposição no filme demonstra que ela facilmente poderia dar um couro em ambos James Bond e no patrão Zorin juntos. Na Mira dos Assassinos (1985), a despedida de Moore, consegue destaque pelo papel da mulher, que como citado troca de lados no desfecho se tornando uma aliada de 007.

03 – Oddjob (Harold Sakata)

Ninguém destrói uma bola de golfe com as mãos melhor que o capanga de Auric Goldfinger, Oddjob. De fato, em 007 Contra Goldfinger (1964) somos presenteados com o melhor capanga da fase de Sean Connery. O intérprete do sujeito, Harold Sakata era um levantador de peso olímpico e embora baixo em estatura, era duro como um toco de árvore. Silencioso como todo bom assassino no cinema, Oddjob é simplesmente letal e usa como arma de escolha seu chapéu. Isso mesmo! O chapéu mais mortífero da história do cinema tem abas com lâminas super afiadas, o qual o asiático dispara de forma certeira, sem dó, nem piedade, para cima de suas vítimas. Uma delas é a pobre Tilly Masterson (Tania Mallet), jovem em busca de vingança pela morte da irmã Jill (Shirley Eaton), a modelo pintada de ouro pelo psicótico vilão que dá título ao filme, e patrão de Oddjob. Alguns elementos são simplesmente icônicos na mitologia de 007, e Oddjob sem dúvidas é um deles.

02 – Red Grant (Robert Shaw)

O veterano Robert Shaw, falecido em 1978, sempre será lembrado por seu papel do turrão marujo Quint, do clássico Tubarão (1975), de Steven Spielberg. No entanto, se formos procurar seu segundo filme mais famoso, acharemos o ótimo Moscou Contra 007 (1963), o segundo filme na cronologia oficial da franquia 007 no cinema. E em partes graças ao desempenho de Shaw, esta continuação consegue superar o original. No filme, após James Bond ter derrotado os planos do Dr. No, a organização da qual ele faz parte, a SPECTRE, inicia a temporada de caça ao espião. Para o feito de dar cabo de 007, é contratado Donald ‘Red’ Grant, um talentoso assassino, de treinamento afiado, que se mostra um rival à altura em todos os sentidos para James Bond. Ele é inteligente, ágil, forte e possui todas as técnicas do maior espião do mundo. Sendo assim, o protagonista precisará enfrentar quase a si mesmo. O interessante é o clima de suspense criado no longa, ao termos o agente secreto agora no papel da vítima, precisando superar um de seus maiores adversários.

01 – Jaws (Richard Kiel)

Talvez mais icônico do que Oddjob como capanga da franquia 007 só exista um personagem, e ele atende pela alcunha de Jaws. Interpretado pelo grandalhão Richard Kiel, o capanga é um gigante de dentes metálicos inspirado na temática submarina que O Espião que me Amava (1977) possui. O vilão Stromberg (Curd Jürgens) possui nadadeiras nas mãos e deseja destruir a raça humana, criando uma nova população submarina. Assim, nada mais natural que um de seus assassinos seja Jaws (Tubarão, de Spielberg, havia sido lançado dois anos antes). O curioso é que Jaws não foi o único capanga esquisito do filme, com Sandor (Milton Reid), um careca parrudo de aparência bizarra, fazendo uma dobradinha como segundo capataz. Sandor morre, e Jaws permanece vivo. O sucesso do gigante de dentes de aço foi tanto, que os produtores ouviram os fãs e o trouxeram de volta para O Foguete da Morte (1979), onde o assassino persegue James Bond no carnaval do Rio de Janeiro e nos bondinhos do Pão de Açúcar parte os cabos com os dentes. Como ele havia agradado também as crianças, no desfecho Jaws se torna bonzinho, começa a falar e até arruma uma namorada.

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