quarta-feira , 20 novembro , 2024

Os 10 Filmes que Inspiraram ‘Nós’, de Jordan Peele

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Nós, novo suspense/terror de Jordan Peele (diretor de Corra!), arrecadou surpreendentes US$ 70.2 milhões em sua estreia nos EUA. O resultado representa a MAIOR abertura de um filme original live-action desde ‘Avatar‘ (que estreou com US$ 77 milhões há 10 anos).

O diretor se tornou um nome requisitado e proeminente no gênero, mas é óbvio que teve suas influências. Peele passou como dever de casa para o seu elenco, em especial os protagonistas Lupita Nyong´o e Winston Duke, dez filmes para que assistissem e se inspirassem em suas criações.



Crítica | Nós – Novo capítulo da saga de ‘Além da Imaginação’ de Jordan Peele

Pensando nisso, o CinePOP resolveu comentar com vocês estes dez filmes e em que ponto estão as conexões com Nós. Vem conhecer.

Os Pássaros (1963)

Começamos a lista com o clássico absoluto do mestre Alfred Hitchcock. Considerado o mestre do suspense, o diretor possui muitos longas em sua carreira considerados memoráveis, mas poucos que se assumem totalmente como terror. Os Pássaros é um deles. Aqui, assim como em Nós, uma situação fantástica se desenrola e vai ganhando proporções cada vez maiores, deixando pessoas comuns presas no meio deste evento.

O Iluminado (1980)

Outra produção icônica do gênero, dirigida por Stanley Kubrick. O único filme de terror na carreira do cineasta que é considerado por muitos o melhor diretor de todos os tempos, o filme conta sobre um hotel isolado, uma família e acontecimentos sobrenaturais que tomam o local. Bem, por esta definição do filme dá para perceber o elo com Nós. No filme de Peele, uma família é a protagonista e sofre com uma situação que não pode controlar. Fora isso, assim como o personagem de Jack Nicholson, a talentosa Lupita Nyong´o pôde exercitar toda a sua insanidade, criando novas facetas em sua atuação.

Voltar a Morrer (1991)

Recentemente, comentei sobre este filme na matéria dos trabalhos mais marcantes de Emma Thompson. Protagonizado pela estrela vencedora do Oscar, o filme de seu então marido Kenneth Branagah se diverte com as possibilidades de vidas alternativas. Presente e passado, o real e o imaginário se entrecruzam e a dupla tem inclusive a oportunidade de interpretar cada um dois papéis. Em Nós, a vida da família Wilson é virada do avesso com a chegada de… digamos, versões ruins deles mesmos. Assim, Lupita Nyong´o e o resto do elenco tem a oportunidade de dar asas a sua imaginação e interpretar no mesmo filme, dois personagens bem diferentes.

Os Trabalhos Mais Marcantes da Carreira de Emma Thompson

Violência Gratuita (1997)

Cult austríaco, este filme dirigido por Michael Haneke foi refilmado pelo próprio cineasta nos EUA, dez anos depois. O que todos lembram e comentam, no entanto, é o original. Na trama, dois jovens, que são a personificação do mal encarnado, invadem a casa de uma família de férias e a fazem viver um verdadeiro inferno. Outra vez, podemos notar a influência aqui, já que no filme de Peele, os Wilson, a família principal, está curtindo as férias até que no local chegam cópias quase perfeitas dos mesmos com intenções, digamos, não muito amigáveis.

O Sexto Sentido (1999)

Obra-prima de M. Night Shyamalan indicada ao Oscar, você com certeza está careca de conhecer este filme. De fato, existe muito de Shyamalan no cinema de Jordan Peele, em especial no novo filme Nós. O ritmo deliberadamente lento, onde Peele alonga o suspense de suas cenas, remete aos filmes iniciais do diretor indiano. Fora isso, em Nós também temos a famosa reviravolta (o que os jovens gostam de chamar de plot twist hoje), que virou marca registrada e exigida de Shyamalan. Os fãs do diretor de Fragmentado com certeza irão reparar e adorar tais influências em Nós.

Medo (2003)

Embora a versão norte-americana, intitulada O Mistério das Duas Irmãs (2009), seja subestimada, é certo que os amantes do cinema sempre dão preferência às produções originais. Assim, a influência de Peele aqui é esta obra sul coreana de Kim Jee-woon. No filme, nada é o que parece ser, misturando realidade, com ilusão e delírios. Este jogo de espelhos também pode ser encontrado em Nós, no qual a cada nova resposta que ganhamos, percebemos que o filme havia nos ludibriado.

Mártires (2008)

Produção franco-canadense, aqui temos outra obra de terror cult que ganhou uma refilmagem americana recente (de 2015). Obviamente, oldschool como é, Jordan Peele usou como base para a construção de seu filme, a obra original. Na trama, duas vítimas de abuso físico e psicológico decidem se vingar de seus torturadores. Para tanto, elas terminam afundando numa verdadeira viagem ao inferno. Em Nós, é exatamente isto que ocorre com a personagem da protagonista Lupita Nyong´o, mãe de família, que precisa lutar e fazer de tudo para defender seus entes queridos, mesmo que pare isso precise tirar de dentro seu lado negro.

Deixa Ela Entrar (2008)

Produção sueca de Tomas Alfredson, aqui temos mais um filme que ganhou remake americano. A refilmagem, porém, não é ruim e se mantém a altura do original. Na obra sueca, um menino solitário cria um forte laço de amizade com uma nova vizinha, e aos poucos vai descobrindo que a pequena guarda seus próprios segredos sombrios e mortais. Em Nós, Jordan Peele também brinca com elementos sobrenaturais na construção de seu suspense. E como nas melhores produções do gênero, consegue fincar tudo em nosso mundo, com grande grau de realismo. Outra semelhança é o forte laço afetivo e dramático no qual ambas as obras funcionam, dando o toque especial para qualquer filme de terror.

O Babadook (2014)

Filme australiano da diretora Jennifer Kent, aqui o foco é o relacionamento problemático entre mãe e filho. Existe um forte paralelo entre o terror e o drama, entre o real e o fantástico aqui, e como esses dois elementos se influenciam e interagem, modificando o outro. Após a morte do pai, mãe e filho terminam por sair dos trilhos em suas vidas, ao mesmo tempo em que uma figura assombrada, conhecida como o Sr. Babadook, resolve dar as caras. Em Nós, um trauma do passado influencia o presente e liga duas histórias em paralelo. Na primeira, uma menina se perde da sua família num parque. Anos depois, uma família é visitada por figuras estranhas, suas cópias quase exatas.

Corrente do Mal (2014)

Golaço do jovem cineasta David Robert Mitchell, It Follows (no título original) é um digno descendente e grande homenagem ao clássico Halloween (1978), de John Carpenter. Assim como no filme do maníaco Michael Myers, a trilha sonora é incisiva e comanda grande parte do suspense causando arrepios. Na direção, é o que você não vê que te causa nervoso – quando sabemos que algo está a espreita apenas esperando para sair. É aquele momento que antecede o ataque. Este é o melhor resumo de Halloween e Corrente do Mal. Bem, já matamos a charada aqui também, pois Nós utiliza dos mesmos elementos. Aqui, a trilha também é “de matar”, e estamos sempre a um passo daquele bom e velho ataque do coração – em especial na cena que abre o filme de Jordan Peele.

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Nós, novo suspense/terror de Jordan Peele (diretor de Corra!), arrecadou surpreendentes US$ 70.2 milhões em sua estreia nos EUA. O resultado representa a MAIOR abertura de um filme original live-action desde ‘Avatar‘ (que estreou com US$ 77 milhões há 10 anos).

O diretor se tornou um nome requisitado e proeminente no gênero, mas é óbvio que teve suas influências. Peele passou como dever de casa para o seu elenco, em especial os protagonistas Lupita Nyong´o e Winston Duke, dez filmes para que assistissem e se inspirassem em suas criações.

Crítica | Nós – Novo capítulo da saga de ‘Além da Imaginação’ de Jordan Peele

Pensando nisso, o CinePOP resolveu comentar com vocês estes dez filmes e em que ponto estão as conexões com Nós. Vem conhecer.

Os Pássaros (1963)

Começamos a lista com o clássico absoluto do mestre Alfred Hitchcock. Considerado o mestre do suspense, o diretor possui muitos longas em sua carreira considerados memoráveis, mas poucos que se assumem totalmente como terror. Os Pássaros é um deles. Aqui, assim como em Nós, uma situação fantástica se desenrola e vai ganhando proporções cada vez maiores, deixando pessoas comuns presas no meio deste evento.

O Iluminado (1980)

Outra produção icônica do gênero, dirigida por Stanley Kubrick. O único filme de terror na carreira do cineasta que é considerado por muitos o melhor diretor de todos os tempos, o filme conta sobre um hotel isolado, uma família e acontecimentos sobrenaturais que tomam o local. Bem, por esta definição do filme dá para perceber o elo com Nós. No filme de Peele, uma família é a protagonista e sofre com uma situação que não pode controlar. Fora isso, assim como o personagem de Jack Nicholson, a talentosa Lupita Nyong´o pôde exercitar toda a sua insanidade, criando novas facetas em sua atuação.

Voltar a Morrer (1991)

Recentemente, comentei sobre este filme na matéria dos trabalhos mais marcantes de Emma Thompson. Protagonizado pela estrela vencedora do Oscar, o filme de seu então marido Kenneth Branagah se diverte com as possibilidades de vidas alternativas. Presente e passado, o real e o imaginário se entrecruzam e a dupla tem inclusive a oportunidade de interpretar cada um dois papéis. Em Nós, a vida da família Wilson é virada do avesso com a chegada de… digamos, versões ruins deles mesmos. Assim, Lupita Nyong´o e o resto do elenco tem a oportunidade de dar asas a sua imaginação e interpretar no mesmo filme, dois personagens bem diferentes.

Os Trabalhos Mais Marcantes da Carreira de Emma Thompson

Violência Gratuita (1997)

Cult austríaco, este filme dirigido por Michael Haneke foi refilmado pelo próprio cineasta nos EUA, dez anos depois. O que todos lembram e comentam, no entanto, é o original. Na trama, dois jovens, que são a personificação do mal encarnado, invadem a casa de uma família de férias e a fazem viver um verdadeiro inferno. Outra vez, podemos notar a influência aqui, já que no filme de Peele, os Wilson, a família principal, está curtindo as férias até que no local chegam cópias quase perfeitas dos mesmos com intenções, digamos, não muito amigáveis.

O Sexto Sentido (1999)

Obra-prima de M. Night Shyamalan indicada ao Oscar, você com certeza está careca de conhecer este filme. De fato, existe muito de Shyamalan no cinema de Jordan Peele, em especial no novo filme Nós. O ritmo deliberadamente lento, onde Peele alonga o suspense de suas cenas, remete aos filmes iniciais do diretor indiano. Fora isso, em Nós também temos a famosa reviravolta (o que os jovens gostam de chamar de plot twist hoje), que virou marca registrada e exigida de Shyamalan. Os fãs do diretor de Fragmentado com certeza irão reparar e adorar tais influências em Nós.

Medo (2003)

Embora a versão norte-americana, intitulada O Mistério das Duas Irmãs (2009), seja subestimada, é certo que os amantes do cinema sempre dão preferência às produções originais. Assim, a influência de Peele aqui é esta obra sul coreana de Kim Jee-woon. No filme, nada é o que parece ser, misturando realidade, com ilusão e delírios. Este jogo de espelhos também pode ser encontrado em Nós, no qual a cada nova resposta que ganhamos, percebemos que o filme havia nos ludibriado.

Mártires (2008)

Produção franco-canadense, aqui temos outra obra de terror cult que ganhou uma refilmagem americana recente (de 2015). Obviamente, oldschool como é, Jordan Peele usou como base para a construção de seu filme, a obra original. Na trama, duas vítimas de abuso físico e psicológico decidem se vingar de seus torturadores. Para tanto, elas terminam afundando numa verdadeira viagem ao inferno. Em Nós, é exatamente isto que ocorre com a personagem da protagonista Lupita Nyong´o, mãe de família, que precisa lutar e fazer de tudo para defender seus entes queridos, mesmo que pare isso precise tirar de dentro seu lado negro.

Deixa Ela Entrar (2008)

Produção sueca de Tomas Alfredson, aqui temos mais um filme que ganhou remake americano. A refilmagem, porém, não é ruim e se mantém a altura do original. Na obra sueca, um menino solitário cria um forte laço de amizade com uma nova vizinha, e aos poucos vai descobrindo que a pequena guarda seus próprios segredos sombrios e mortais. Em Nós, Jordan Peele também brinca com elementos sobrenaturais na construção de seu suspense. E como nas melhores produções do gênero, consegue fincar tudo em nosso mundo, com grande grau de realismo. Outra semelhança é o forte laço afetivo e dramático no qual ambas as obras funcionam, dando o toque especial para qualquer filme de terror.

O Babadook (2014)

Filme australiano da diretora Jennifer Kent, aqui o foco é o relacionamento problemático entre mãe e filho. Existe um forte paralelo entre o terror e o drama, entre o real e o fantástico aqui, e como esses dois elementos se influenciam e interagem, modificando o outro. Após a morte do pai, mãe e filho terminam por sair dos trilhos em suas vidas, ao mesmo tempo em que uma figura assombrada, conhecida como o Sr. Babadook, resolve dar as caras. Em Nós, um trauma do passado influencia o presente e liga duas histórias em paralelo. Na primeira, uma menina se perde da sua família num parque. Anos depois, uma família é visitada por figuras estranhas, suas cópias quase exatas.

Corrente do Mal (2014)

Golaço do jovem cineasta David Robert Mitchell, It Follows (no título original) é um digno descendente e grande homenagem ao clássico Halloween (1978), de John Carpenter. Assim como no filme do maníaco Michael Myers, a trilha sonora é incisiva e comanda grande parte do suspense causando arrepios. Na direção, é o que você não vê que te causa nervoso – quando sabemos que algo está a espreita apenas esperando para sair. É aquele momento que antecede o ataque. Este é o melhor resumo de Halloween e Corrente do Mal. Bem, já matamos a charada aqui também, pois Nós utiliza dos mesmos elementos. Aqui, a trilha também é “de matar”, e estamos sempre a um passo daquele bom e velho ataque do coração – em especial na cena que abre o filme de Jordan Peele.

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