Quando pensamos no cenário musical dos anos 2010, são vários os álbuns que nos chamam a atenção – principalmente no cenário pop. E, quando fazemos menção ao termo pop, não focamos no gênero em si, mas sim na cultura popular como um todo – e que produções conseguiram manejar sair de um escopo mais independente e causar um impacto significativo no mainstream.
Dentre os nomes mais populares dessa época, podemos citar, sem sombra de dúvidas, Beyoncé, Lady Gaga, Taylor Swift, Ariana Grande, Dua Lipa e diversos outros artistas que conseguiram deixar uma marca sólida na indústria fonográfica e que ou continuaram a estender seu legado, ou começaram a construí-lo de forma imensurável.
Pensando nisso, preparamos uma breve lista elencando os dez melhores álbuns internacionais dos anos 2010 para você conferir e colocar na sua playlist.
Veja abaixo as nossas escolhas:
10. ANTI, Rihanna (2016)
O último álbum de Rihanna, ‘ANTI’, foi lançado em 2016 e recebeu inúmeros elogios da crítica e do público ao mostrar um novo lado de sua carreira. Não é surpresa que o disco seja tenha entrado para várias listas de melhores álbuns de todos os tempos. Contando com inúmeras músicas icônicas, incluindo “Work”, “Needed Me” e “Love on the Brain”, a produção é nostálgica, retumbante, narcótica e mais tantos ótimos adjetivos que consiga pensar – motivo pelo qual está presente na nossa lista.
9. GOLDEN HOUR, Kacey Musgraves (2018)
Vencedor do prêmio de Álbum do Ano do Grammy Awards em 2019, ‘Golden Hour’ é um marco no cenário da música country e a obra-prima de Kacey Musgraves. A limpa produção é cortesia do fato da cantora e compositora ter assinado e produzido as 13 faixas ao lado de Daniel Tashian e Ian Fitchuk, incrementando-as com disco, electropop e yacht rock. Além da estatueta supracitada, o álbum rendeu à artista mais três estatuetas.
8. THE ARCHANDROID, Janelle Monáe (2010)
O álbum de estreia de Janelle Monáe é, sem sombra de dúvida, um dos melhores do século e foi aclamadíssimo desde o momento em que chegou aos ouvidos dos fãs e da crítica. Misturando letras profundas e ritmos dançantes – além de fazer uma declaração de amor para o clássico filme ‘Metrópolis’ -, a fusão de neo-soul e psychedelic pop é irretocável do começo ao fim e foi apenas o pontapé inicial para uma carreira meteórica.
7. RANDOM ACCESS MEMORIES, Daft Punk (2013)
As egrégias canções de ‘Random Access Memories’ são consideradas por inúmeros especialistas como o melhor compilado da carreira da extinta dupla Daft Punk (cujo sucesso é refletido nas múltiplas estatuetas do Grammy, incluindo uma de Álbum do Ano). Ao aliarem-se com nomes como The Weeknd e Pharrell Williams, o duo provou que se encaixava do modo mais inesperado tanto às subculturas quanto ao mainstream.
6. NORMAN FUCKING ROCKWELL!, Lana Del Rey (2019)
Apesar de sua costumeira doce sonoridade, Lana Del Rey vive dentro de belíssimas e sofridas contradições que, diferente do que poderíamos pensar, é o principal aspecto que sempre nos rouba a atenção quando anuncia uma peça musical nova ou um álbum em potencial. E é claro que, dois anos depois do lançamento de ‘Lust for Life’, ela retornaria com mais uma obra conceitual e nostálgica, sem perder sua originalidade e sua incrível habilidade como compositora. Nesse escopo, a parceria entre Del Rey e Jack Antonoff intitulada ‘Norman Fucking Rockwell!’ acerta em praticamente tudo a que se propõe a fazer – incluindo desenhar uma triste jornada amorosa que se desenvolve em mais de uma hora de duração.
5. BEYONCÉ, Beyoncé (2013)
Se os álbuns iniciais de Beyoncé tinham um elo mais forte com as tendências do escopo mainstream – fossem infundidos com R&B, pop ou rap -, esta obra-prima musical se afastaria dos convencionalismos em prol de uma abordagem mais conceitual e que reiterasse, novamente, uma habilidade incrível de reinvenção e repaginação. Mesmo que estejamos analisando a versão padrão do álbum, a sólida jornada sinestésica e multimidiática promovida pela cantora é de tirar o fôlego e é redescoberta em camadas e mais camadas de profundidade toda vez que a ouvimos e canalizamos nossa atenção para um aspecto em particular.
4. BODY TALK, Robyn (2010)
Em seu sétimo álbum de estúdio, a artista sueca Robyn continuou a ser adorada internacionalmente. ‘Body Talk’ foi aclamado pela crítica internacional, apesar de ter sido esnobado nas principais premiações musicais. Através de quinze faixas originais compostas em menos de seis meses, a compositora se transformou em uma das vozes da atualidade, entregando para o mundo impecáveis tracks como “Call Your Girlfriend” e “Dancing On My Own”.
3. BORN THIS WAY, Lady Gaga (2011)
‘Born This Way’ é um marco no cenário musical e artístico por ter remado contra o que estava acontecendo no mainstream ao trazer incursões do electro-rock ao EDM. Aqui, Lady Gaga se afastou da identidade marcante de ‘The Fame Monster’ e ‘The Fame’ para um testamento de libertação e de empoderamento que foi considerado como uma das “bíblias do pop” contemporâneo e que salvou inúmeras vidas pelo teor de autoaceitação – além de contar com canções como “Hair”, “The Edge of Glory” e a faixa-título. Não é surpresa que o álbum seja relembrado até hoje e sirva de inspiração para inúmeros artistas.
2. MELODRAMA, Lorde (2017)
Lorde havia começado sua carreira como um proeminente nome do indie – até resolver migrar oficialmente para o mainstream com um dos melhores álbuns do século e de todos os tempos com ‘Melodrama’. Indicado a Álbum do Ano no Grammy Awards 2024, a produção é uma amálgama de conceitualizações certeiras e uma coesão apaixonante que se estende por quarenta minutos (na versão padrão) e aposta fichas em um experimentalismo maximizante de pop alternativo, art pop e electro-pop que rendeu inúmeros singles impecáveis e uma colaboração apaixonante com Jack Antonoff.
1. LEMONADE, Beyoncé (2016)
‘Lemonade’ é um acontecimento que ficará para sempre marcado no mundo da música e representou uma mudança considerável na estética não apenas sonora, como também identitária e imagética na carreira de Beyoncé. Considerada por muitos, inclusive por este que vos fala, como a magnum opus de uma das maiores artistas de todos os tempos, o compilado rende-se à definição de pop como pertencente à cultura popular, como explicado no começo da matéria. Aqui, temos uma mistura explosiva de inúmeros gêneros que representaram uma amálgama de reapropriação de estilos originários da comunidade afro-americana – como o country, o rock, o reggae, o rap e vários outros – que celebraram uma libertação que seria explorada em suas incursões mais recentes como ‘Renaissance’ e ‘Cowboy Carter’.