sábado, abril 27, 2024

Os 10 Melhores Filmes de Terror de 2022

Com dezembro já chegando ao fim, está na hora de continuar nossas listas de final de ano relembrando os ótimos longas-metragens e séries que nos encantaram em 2022.

Neste mais novo ranking, trouxemos a vocês os melhores filmes de terror do ano, desde o surpreendente ‘Sorria’ até o aclamado ‘Pearl’, pré-sequência de ‘X – A Marca da Morte’ que trouxe Mia Goth em um dos papéis definidores de sua carreira.

Confira abaixo as nossas escolhas e conte para nós qual foi o seu título favorito:

10. SORRIA

“O maior mérito da produção é, sem sombra de dúvida, a assombrosa atmosfera arquitetada pelo diretor Parker Finn. Responsável pelo curta original, Finn toma as rédeas criativas ao também ficar a encargo do roteiro, tendo liberdade o suficiente para trabalhar como quer e destrinchar uma breve narrativa em uma espécie de análise antropológica que nos deixa à beira de um ataque de nervos quase o tempo inteiro. Os elementos estéticos são arquitetados com maestria invejável que prestam homenagem a mestres do horror: temos a brincadeira entre supressão e dilatação de tempo com planos-sequência à la James Wan; o jogo de luz e sombra que nos remete, em certa instância, aos clássicos de Alfred Hitchcock; e uma exaltação hiperbólica da angústia e da total falta de prospecto que pega elementos emprestados de Dario Argento e Mike Flanagan” – Thiago Nolla

9. MORTE, MORTE, MORTE

O terror adolescente ‘Morte, Morte, Morte’, da A24, é uma celebração da estupidez humana e, apesar de não apresentar nada de novo para o gênero em questão, ganha pontos por nos guiar em um caminho totalmente diferente do que esperávamos. Aclamado pelos críticos internacionais, o longa acompanha um grupo de jovens que planeja fazer uma festa durante um furacão em uma mansão numa ilha remota. Entretanto, a celebração se torna mortal quando um assassino começa a eliminá-los, um por um.

8. PIGGY

“Numa espécie de releitura torcida do conto de fadas ‘A Bela e a Fera’, ‘Piggy’ é um filmão que fala com precisão do maior terror da vida de qualquer adolescente: o de sofrer agressões verbais e morais por outros colegas. Escrito e dirigido por Carlota Pereda, o enredo parte dessa jovem obesa para mostrar a malícia intrínseca nas ações (ou melhor, na falta delas) dos moradores de um povoado, inclusive seus próprios pais, que decidem ignorar o sofrimento da moça, pois, fazendo-o, a convivência entre todos flui mais naturalmente. Porém, o filme também mostra que ignorar esse problema só faz com que ele ferva ainda mais dentro da vítima, e que as consequências dessas agressões podem ser múltiplas, inclusive, irreversíveis” – Janda Montenegro 

Não deixe de assistir:

7. FRESH

“A atmosfera conceitual nascida da direção de Mimi [Cave] traz corpo à trama, promovendo uma mistura deliciosa entre o terror e o cult. Devorando nossa atenção e entusiasmo em quase duas horas de filme, Fresh’ nos deixa sempre à beira de uma catástrofe, nos instigando a cada novo absurdo descoberto a respeito do nosso lindo e temível vilão Steve (Sebastian Stan). Diferente do que muitas vezes o gênero nos reserva, o longa brinca com a nossa percepção, desafia os nossos sentidos e pavores, dando aquela sagaz piscadela para a nova era de relacionamentos – em que tudo é digital e cada vez mais desconfiável” – Rafaela Gomes

6. NÃO! NÃO OLHE!

“Conhecendo o estilo de Peele, nada é o que parece ser – e o terceiro longa-metragem do cineasta não seria diferente. Revestido por uma roupagem sci-fi que traz lembranças da rebeldia kitsch de ‘Marte Ataca!’ e do crescente suspense de ‘Guerra dos Mundos’‘Não! Não Olhe!’ mascara as verdadeiras intenções sob convencionalismos que, de certa maneira, já nos vem cansando há alguns anos. Afinal, temos a iminente e beligerante presença de um ser extraterrestre cujas intenções não são benévolas; a dinâmica de uma família marcada pelo luto e que precisa reatar os laços para conseguirem superar um problema gigantesco; e personagens coadjuvantes que servem como guias para a resolução da narrativa. Ora, não é surpresa que Kaluuya faz um ótimo trabalho, mas é Palmer quem rouba nossa atenção e que faz um glorioso retorno para os cinemas” – T.N.

5. X – A MARCA DA MORTE

“A iteração é comandada pelo conhecido cineasta Ti West, cuja filmografia inclui ‘A Casa do Demônio’‘Hotel da Morte’ ‘V/H/S’ – o que significa que o realizador não é nenhum estranho à história que traz à vida. E, considerando que ele também fica a encargo da produção e do roteiro, a narrativa é pincelada com uma identidade bastante clara e com um propósito objetivo e prático, que faz ótimo uso dos convencionalismos em uma atmosfera original e que se afasta do mero sobrenatural. Afinal, não estamos lidando com uma criatura demoníaca que caça adolescentes aleatoriamente em um monte de vingança; enfrentamos um casal de idosos que, em uma crise de ódio e de inveja que cresce exponencialmente ao descobrir o que seus hóspedes estão fazendo, resolvem se vingar pelo simples fato de serem rejeitados pela idade. Em outras palavras, há uma belíssima e impactante análise sobre etarismo que paira sobre o enredo principal e que serve como mote dos antagonistas para coletarem suas vítimas” – T.N.

4. O TELEFONE PRETO

“[…] grande parte da veracidade e urgência do filme vem do talento de seu elenco. Mason Thames entrega uma atuação angustiante como o jovem Finney, e consegue passar todo o desespero do personagem através de suas expressões bastante emotivas. Uma grande atuação de um jovem em ascensão. Ethan Hawke como sempre entrega uma atuação poderosa e aterrorizante como o vilão, e consegue aterrorizar a audiência mesmo usando uma máscara sinistra boa parte do filme” – Renato Marafon

3. PÂNICO

“A concepção mais inteligente da obra é não se aventurar no caminho sem volta de deixar os personagens clássicos roubarem os holofotes. Pelo contrário, não é até o começo do segundo ato que Sidney Prescott (Neve Campbell), Dewey Riley (David Arquette) e Gale Weathers (Courteney Cox) dão as caras. Os diretores, que se aliam ao roteiro espetacular de James Vanderbilt e Guy Busick, levam o tempo necessário para que o grupo de novas vítimas ganhe a nossa atenção e demonstre que veio para ficar. Nesse quesito, Ortega e Barrera fazem um trabalho espetacular, mas não posam como artistas egoístas que não deixam os outros brilhar – e talvez o aspecto mais interessante é o confronto geracional que emerge com essas vibrantes introduções” – T.N.

2. NOITES BRUTAIS

Claustrofóbico, instigante e angustiante são apenas algumas das palavras que podem descrever o surpreendente terror ‘Noites Brutais’. O filme, dirigido por Zach Cregger, se tornou uma das grandes sensações do ano ao subverter nossas expectativas e apostar fichas em uma palpável narrativa do gênero. Na trama, uma jovem descobre que a casa que alugou já está ocupada por um estranho. Contra seu melhor julgamento, ela decide passar a noite, mas logo percebe que há muito mais a temer do que apenas um hóspede inesperado.

1. PEARL

“[…] sob uma estética bem technicolor, que remonta o formato dos filmes dos anos 50 e 60, Ti West entrega outro brilhante terror que vai muito mais além do combo de sustos que normalmente nos aguarda em um terror slasher. Pearl’ é de fato uma espiral caótica de uma jovem à deriva de sua própria existência, que perece em uma vida medíocre onde sua identidade e personalidade são abafadas e sucumbidas pelas pressões de uma matriarca agressiva, insensível e indiferente. Mas independente do contexto familiar que nos trouxe Pearl, é inegável que a vilania já habitava nela, como West faz questão de mostrar em sua tortuosa forma de sacrificar animais indefesos. E essa construção é fundamental para tornar a idosa Pearl de ‘X‘ em uma criatura cruel e monstruosa aos olhos dos personagens e, obviamente, da audiência” – R.G.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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