quarta-feira , 20 novembro , 2024

Os 18 MELHORES Filmes de 2023!

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Aos poucos vemos o ano de 2023 ficar mais e mais em nossos retrovisores. Parece que foi ontem que estávamos animados para os novos grandes filmes que chegariam esse ano, como o quinto ‘Indiana Jones’ ou o sétimo ‘Missão: Impossível’. E eles chegaram e se foram como uma folha ao vento. Com a proximidade do novo ano, é hora de realizar aquele balanço do que foi o ano que deixamos para trás. No mundo do cinema, isso se traduz nas famosas listinhas dos melhores e piores do que assistimos.

Todo veículo especializado em cinema precisa levar ao seu público quais foram em sua opinião os pontos altos e também os pontos baixos do ano que passou. E aqui no CinePOP não seria diferente. Procuramos criar uma lista eclética, com os mais variados tipos e gêneros de filmes. Essas matérias funcionam também para que os leitores busquem por tais filmes ou evitem outros. Agora continuamos com a melhor das listas: os melhores filmes de 2023 em nossa opinião. Confira abaixo e liste os seus nos comentários.



18) Que Horas eu Te Pego?

Jennifer Lawrence ganhou fama mundial ao interpretar Katniss Everdeen na franquia ‘Jogos Vorazes’ e, desde então, conquistou o mundo com interpretações incríveis, como em ‘O Lado Bom da Vida’, que lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz, e em ‘mãe!’, subestimado suspense comandado por Darren Aronofsky. Agora, ela está de volta às telonas como a protagonista e a produtora da comédia adulta ‘Que Horas Eu Te Pego?’, cujo resultado é bastante positivo – entregando exatamente o que propunha em uma narrativa de superação e amadurecimento que usa os clichês ao seu favor.

É claro que, no geral, ‘Que Horas Eu Te Pego?’ é uma comédia escrachada que se finca muito nas fórmulas do gênero, o que torna toda a condução bastante previsível. Porém, se você está procurando por diversão, este é o título certo para conferir – e garanto que o elenco e o tom despojado da narrativa são fortes o suficiente para nos deixar mais que satisfeitos.

17) O Pacto

O Pacto, de Guy Ritchie, é um retrato cru e honesto dos rostos escondidos por trás de campanhas de guerra performáticas e sensacionalistas. Projetando suas lentes para a Guerra do Iraque e seus diversos efeitos colaterais, o cineasta faz de seu thriller um manifesto, uma homenagem aos heróis sem capa que foram submetidos a uma luta egoísta e injusta.

Nos atraindo inicialmente pelas poderosas cenas de impacto, O Pacto nos mantém atentos, sempre à espreita como seus personagens e satisfeitos a cada quadro. Uma história sobre princípios e valores morais, o longa é do tipo que te atrai pela ação, mas te mantém pela forma como honra os diversos sacrifícios de guerra que permanecerão marcados nas vidas de tantos combatentes que sobreviveram aos horrores da guerra ao terror.

16) Blackberry

Não são apenas as personalidades da música mundial que ganham cinebiografias badaladas em Hollywood. Um tipo de filme que tem agradado bastante e se tornou quase um subgênero próprio são as biografias de produtos ou serviços. Por exemplo, um dos mais famosos é ‘A Rede Social’, que fala sobre o Facebook.

Tivemos também dois filmes focados em Steve Jobs e sua criação da tecnologia da Apple. Esse ano, ‘Air – A História por Trás do Logo’ (que muito bem poderia estar nessa lista também) descortinou a criação do Air Jordan e tirou a Nike do buraco. Aqui, escolhemos ‘Blackberry’ que fala sobre os bastidores da criação do telefone celular que bombou na década de 2000, mas foi atropelado pelo iPhone.

15) Zona de Interesse

Exibido nos festivais de Cannes e Toronto, ‘Zona de Interesse’ é uma coprodução dos EUA, Reino Unido e Polônia, do estúdio A24, que já se tornou um ícone para obras ousadas e fora da caixinha. O longa certamente estará no Oscar de 2024, e fala sobre uma dualidade dilacerante. Um casal possui uma rotina bucólica, cuidando de sua bela casa. A vida parece perfeita, a não ser pelo fato de estarmos durante a Segunda Guerra Mundial, e o sujeito ser um oficial nazista morando ao lado de um campo de concentração. Prepare o estômago para o soco.

14) Assassinos da Lua das Flores

É claro que qualquer lista que se preze precisa ter um filme de Martin Scorsese caso o diretor lance um filme no ano em questão. E em 2023 tivemos a sorte de finalmente conferir seu épico sobre o massacre de uma população indígena na década de 1920. O tal massacre, no entanto, não era convencional, e em sua maioria foi realizado por debaixo dos panos.

O grande vilão é William Hale (Robert De Niro), um patrono da cidade que se diz amigo dos nativos, mas trama contra eles secretamente. Leonardo DiCaprio vive Ernest, o sobrinho do magnata, que se casa com uma nativa, a grande revelação do ano, Lily Gladstone – que certamente ganhará indicação ao Oscar.

13) Anatomia de uma Queda

O que ‘Anatomia de uma Queda’ tem a ver com ‘Zona de Interesse’. Bem, ambos são produções estrangeiras (essa, da França), que contam com a presença da sempre ótima alemã Sandra Hüller. Ao que tudo indica a atriz deve sair com uma indicação ao Oscar por um dos dois filmes. Aqui, ela vive uma mulher envolvida com a morte do marido, que caiu da janela de sua casa. Ela é a principal suspeita. A única possível testemunha que pode falar a seu favor ou não é o filho do casal, um menino cego. Esse é outro longa que deve chegar ao Oscar.

12) Os Rejeitados

Por falar em Oscar, todos dão como certa a entrada do mais novo trabalho de Alexander Payne (‘Sideways’, ‘Os Descendentes’ e ‘Nebraska’). Em ‘Os Rejeitados’, o diretor refaz a parceria com Paul Giamatti – no papel de um professor universitário que ninguém gosta, por não possuir a atitude mais amistosa do mundo. Nos feriados de fim de ano, o velho carrancudo será a única companhia de um estudante rebelde que não tem para onde ir. Assim, os dois terminarão precisando conviver, com a companhia de uma funcionária do local (Da’Vine Joy Randolph). Prepare-se para se emocionar.

11) Retratos Fantasmas

Cartaz do longa documental brasileiro, Retrato Fantasmas de Kleber Mendonça Filho. Wikipedia/Divulgação

John Wick: Capítulo 4‘, ou ‘John Wick: Baba Yaga‘ no Brasil, continua a fórmula de Hollywood de que cada sequência precisa ter mais e mais. E o filme entrega: é a produção mais ambiciosa e grandiosa de toda a franquia, e também do cinema atual. Depois de assistir a essa sequência, você vai sair dos cinemas achando que os últimos ‘Velozes e Furiosos‘ foram apenas uma corrida de Kart.

Keanu Reeves impressiona aos 58 anos e está no seu auge, e encanta como o personagem de poucas palavras e muita atitude. Ele está cada vez mais à vontade como o personagem, chegando a parecer uma extensão do mesmo até na vida real. Donnie Yen, que vive o Caine, também rouba a cena e é uma adição de ouro no grandioso elenco da franquia. Bill Skarsgård surge caricato e um tanto apagado em cena. Já Ian McShane e Laurence Fishburne continuam se divertindo e entregando atuações primorosas.

 

10) Vidas Passadas

Para muitos, como nossa querida colega de CinePOP Letícia Alassë, ‘Vidas Passadas’, escrito e dirigido por Celine Song, é o melhor filme de 2023. O que podemos dizer é que a diretora consegue resumir bem o sentido da vida em seu filme, contando a história de dois colegas de infância, um homem e uma mulher, que se separam após a família dela sair da Coreia do Sul. Vinte anos depois eles se reencontram em Nova York e passam uma semana juntos, lembrando o passado e conhecendo a vida atual um do outro. A vida é realmente feita de encontros e desencontros. Muitos esperam o Oscar aqui também.

09) Pobres Criaturas

Esse é um filme que facilmente poderia figurar em primeira posição, e para muitos críticos não tem outro, ‘Pobres Criaturas’ é o melhor filme de 2023. Essa é uma releitura do clássico ‘A Noiva de Frankenstein’. Mas não é uma releitura qualquer, pois quem está no comando é o grego Yorgos Lanthimos, dos perturbadores e questionadores ‘O Lagosta’, ‘O Sacrifício do Cervo Sagrado’ e ‘A Favorita’. Ou seja, nada de convencional aqui. A direção de arte é um personagem a parte no filme, que vibra a cada frame. E a performance de Emma Stone é simplesmente cativante, garantia de ao menos indicá-la ao Oscar. Fora isso, o longa é estranhamento hilário e ousado.

08) Godzilla Minus One

Escrito e dirigido por Takashi Yamazaki, o longa consegue entregar, com excelência, todos os pontos relevantes para essa franquia: bons efeitos especiais e também visuais, fan service, uma boa história (coerente, crível e com um pano de fundo histórico bastante relevante), personagens carismáticos interpretados por artistas competentes, uma pitada de humor, toques de terror, romance e drama. Tudo se encaixa em harmonia de modo a permitir, assim, que a destruição feita por Godzilla cause um impacto ainda maior nos espectadores. Desse modo, Takashi Yamazaki respeita e reverencia este que é um dos maiores símbolos da cultura japonesa e também da cultura cinematográfica mundial.

Godzilla Minus One’ é um filme irretocável. Entrega entretenimento e debate social num contexto histórico real sem ser maçante. É o grande retorno de Gojira, no auge dos seus setenta aninhos, à contemporaneidade, e pronto para conquistar novos fãs mundo afora.

07) Fale Comigo

Os primeiros minutos de Fale Comigo (Talk to Me) já começam de forma chocante e brutal. A partir desse prólogo, a sensação australiana nos festivais de Sundance e Berlim de 2023 constrói ponto a ponto a drama da jovem Mia (Sophie Wilde), traumatizada pela recente morte da mãe, em junção ao compartilhamento de experiências bizarras nas redes sociais.

Apesar de ser um filme de terror, Fale Comigo se alimenta do drama entre as amigas Mia e Jade, onde a segunda tenta suprir as carências da primeira, enquanto essa de forma discreta inveja a família e o namorado da amiga. A narrativa tem a preocupação de criar um cenário de carência, ausência e vulnerabilidade propício à entrega da jovem na incursão de outros espíritos. Afinal, a experiência da Mia é só dela, porém a loucura alheia pode afetar e machucar os outros ao redor.

A obra consegue manter o suspense sobre a origem dos espíritos — e a da mão — até o final e deixa uma brecha para interpretações e reflexões sobre as pontes entre o mundo daqui e o imaginário sombrio.

06) John Wick – Baba Yaga

John Wick: Capítulo 4‘, ou ‘John Wick: Baba Yaga‘ no Brasil, continua a fórmula de Hollywood de que cada sequência precisa ter mais e mais. E o filme entrega: é a produção mais ambiciosa e grandiosa de toda a franquia, e também do cinema atual. Depois de assistir a essa sequência, você vai sair dos cinemas achando que os últimos ‘Velozes e Furiosos‘ foram apenas uma corrida de Kart.

Keanu Reeves impressiona aos 58 anos e está no seu auge, e encanta como o personagem de poucas palavras e muita atitude. Ele está cada vez mais à vontade como o personagem, chegando a parecer uma extensão do mesmo até na vida real. Donnie Yen, que vive o Caine, também rouba a cena e é uma adição de ouro no grandioso elenco da franquia. Bill Skarsgård surge caricato e um tanto apagado em cena. Já Ian McShane e Laurence Fishburne continuam se divertindo e entregando atuações primorosas.

05) Homem-Aranha Através do Aranhaverso

Como dito, a lista precisa ser a mais democrática possível. Assim, não ligamos para o tipo de gênero, desde que o filme seja bom. E o único representante do gênero mais popular da atualidade, os filmes de super-heróis, foi também uma animação. Justiça seja feita, tivemos também ‘Guardiões da Galáxia Vol. 3’ que muito bem poderia estar na lista, em uma posição boa – o último live action do subgênero realmente bom em 2023. Mas aqui, nossa opção foi pelo fenomenal ‘Através do Aranhaverso’, sequência do vencedor do Oscar de 2018. O anterior é fantástico. Esse é ainda melhor. Ou seja, espere mais Oscar para Miles Morales.

04) Guardiões da Galáxia Vol.3

Em uma má fase, a Marvel acertou em cheio com ‘Guardiões da Galáxia Vol. 3’ – o fim da trilogia e a despedida de James Gunn do estúdio. A verdade é que todos nós já sabíamos que a conclusão da trilogia tomaria um tom mais dramático, mas sem abandonar as clássicas quebras de expectativa já característica do expansivo universo da Marvel.

‘Guardiões da Galáxia Vol. 3’ pode não chegar ao mesmo nível dos capítulos predecessores, mas, com certeza, é um sólido encerramento para essa trilogia. Nossos amados heróis irão deixar saudades – e, apesar do gostinho agridoce de sua despedida, ficamos ansiosos imaginando quando poderemos reencontrá-los.

03) Oppenheimer

Por mais que ‘Pobres Criaturas’ e ‘Vidas Passadas’ sejam fortíssimos concorrentes ao melhor filme do ano, não podemos negar que o ano pertenceu a ‘Oppenheimer’. E quem poderia enfrentar Christopher Nolan. Um dos mais fortes representantes do cinema espetáculo com conteúdo na atualidade, Nolan é dono da p*rra toda! Só ele poderia fazer um filme sobre o criador da bomba atômica se tornar um dos filmes mais populares do ano, campeão de bilheteria, mesmo tendo 3 horas de duração. É a potência do diretor. Fora isso, ‘Oppenheimer’ formou com ‘Barbie’ a dobradinha mais inusitada da história do cinema, criando uma dinâmica que por si só se tornou um fenômeno de nossos tempos, que talvez nunca volte a ser replicado.

02) Barbie

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Greta Gerwig faz de ‘Barbie’ uma ferramenta contra o patriarcado e o falocentrismo que domina o mundo real. Para isso, foi fundamental a escolha perfeita de Margot Robbie no papel principal – ela, que já se objetificou em papeis como ‘O Lobo de Wall Street’ e que ganhou o coração da meninada como a ArlequinaMargot e Greta constroem juntas o mundo feminino e divertido da Barbilândia que, certamente, ambas desejam ver no mundo real, através da mensagem direta e clara que o filme busca levar para os espectadores – mais especificamente, às espectadoras.

Mercadologicamente, ‘Barbie’ é um ótimo produto de marketing que consegue com louvor ressignificar a marca para o pensamento contemporâneo. Cinematograficamente, o longa é bem-feito, bem produzido, bem atuado e bem dirigido. Para o público, é diversão-pipocão, com muita risada, uma excelente mensagem de fundo e uma sensação de bem-estar ao final. Só não vai gostar do filme quem se identifica com o mundo que ‘Barbie’ critica… Paciência, pois o filme conquistará indicações ao Oscar esse ano.

01) Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1

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Tom Cruise é o maior astro vivo do cinema atual. E ele acerta mais uma vez com esse filme que foi injustiçado nas bilheterias devido a um péssimo timing. Cruise fez de novo, e após 2022 em que todos só falavam em ‘Top Gun – Maverick’, filme que conseguiu chegar até o Oscar, o astro mostrou que poucos se dão ao trabalho de confeccionar um produto de entretenimento com tamanha qualidade e esmero. Sim, este já é o sétimo ‘Missão: Impossível’, mas Cruise mostra que ainda tem muito o que dizer.

Mesmo com o filme se estendendo um pouco mais, as sequências de ação são tão bem construídas que se torna impossível não se envolver nelas. E lembra quando disse que saber que Tom Cruise faz suas próprias cenas era fundamental para comprar esse filme? Então, ao saber disso, seu cérebro já associa a imagem do ator a cenas práticas, então já existe uma pré-disposição mental a aguardar por essas cenas. Só que são tantas no filme que até mesmo aqueles momentos mais Velozes & Furiosos despertam a dúvida no espectador: “Ele fez mesmo isso?”. E acaba se tornando uma experiência incrível.

E o mais insano disso tudo é pensar que essa foi apenas a primeira parte. Pois é, vai ter mais. E sinceramente, não podia estar mais ansioso para ver o que Cruise e o diretor Christopher McQuarrie estão preparando para o grande final. Missão: Impossível – Acerto de Contas: Parte 1 é cinema em estado puro, promovendo aventura, adrenalina e emoção para toda a família.

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Aos poucos vemos o ano de 2023 ficar mais e mais em nossos retrovisores. Parece que foi ontem que estávamos animados para os novos grandes filmes que chegariam esse ano, como o quinto ‘Indiana Jones’ ou o sétimo ‘Missão: Impossível’. E eles chegaram e se foram como uma folha ao vento. Com a proximidade do novo ano, é hora de realizar aquele balanço do que foi o ano que deixamos para trás. No mundo do cinema, isso se traduz nas famosas listinhas dos melhores e piores do que assistimos.

Todo veículo especializado em cinema precisa levar ao seu público quais foram em sua opinião os pontos altos e também os pontos baixos do ano que passou. E aqui no CinePOP não seria diferente. Procuramos criar uma lista eclética, com os mais variados tipos e gêneros de filmes. Essas matérias funcionam também para que os leitores busquem por tais filmes ou evitem outros. Agora continuamos com a melhor das listas: os melhores filmes de 2023 em nossa opinião. Confira abaixo e liste os seus nos comentários.

18) Que Horas eu Te Pego?

Jennifer Lawrence ganhou fama mundial ao interpretar Katniss Everdeen na franquia ‘Jogos Vorazes’ e, desde então, conquistou o mundo com interpretações incríveis, como em ‘O Lado Bom da Vida’, que lhe rendeu o Oscar de Melhor Atriz, e em ‘mãe!’, subestimado suspense comandado por Darren Aronofsky. Agora, ela está de volta às telonas como a protagonista e a produtora da comédia adulta ‘Que Horas Eu Te Pego?’, cujo resultado é bastante positivo – entregando exatamente o que propunha em uma narrativa de superação e amadurecimento que usa os clichês ao seu favor.

É claro que, no geral, ‘Que Horas Eu Te Pego?’ é uma comédia escrachada que se finca muito nas fórmulas do gênero, o que torna toda a condução bastante previsível. Porém, se você está procurando por diversão, este é o título certo para conferir – e garanto que o elenco e o tom despojado da narrativa são fortes o suficiente para nos deixar mais que satisfeitos.

17) O Pacto

O Pacto, de Guy Ritchie, é um retrato cru e honesto dos rostos escondidos por trás de campanhas de guerra performáticas e sensacionalistas. Projetando suas lentes para a Guerra do Iraque e seus diversos efeitos colaterais, o cineasta faz de seu thriller um manifesto, uma homenagem aos heróis sem capa que foram submetidos a uma luta egoísta e injusta.

Nos atraindo inicialmente pelas poderosas cenas de impacto, O Pacto nos mantém atentos, sempre à espreita como seus personagens e satisfeitos a cada quadro. Uma história sobre princípios e valores morais, o longa é do tipo que te atrai pela ação, mas te mantém pela forma como honra os diversos sacrifícios de guerra que permanecerão marcados nas vidas de tantos combatentes que sobreviveram aos horrores da guerra ao terror.

16) Blackberry

Não são apenas as personalidades da música mundial que ganham cinebiografias badaladas em Hollywood. Um tipo de filme que tem agradado bastante e se tornou quase um subgênero próprio são as biografias de produtos ou serviços. Por exemplo, um dos mais famosos é ‘A Rede Social’, que fala sobre o Facebook.

Tivemos também dois filmes focados em Steve Jobs e sua criação da tecnologia da Apple. Esse ano, ‘Air – A História por Trás do Logo’ (que muito bem poderia estar nessa lista também) descortinou a criação do Air Jordan e tirou a Nike do buraco. Aqui, escolhemos ‘Blackberry’ que fala sobre os bastidores da criação do telefone celular que bombou na década de 2000, mas foi atropelado pelo iPhone.

15) Zona de Interesse

Exibido nos festivais de Cannes e Toronto, ‘Zona de Interesse’ é uma coprodução dos EUA, Reino Unido e Polônia, do estúdio A24, que já se tornou um ícone para obras ousadas e fora da caixinha. O longa certamente estará no Oscar de 2024, e fala sobre uma dualidade dilacerante. Um casal possui uma rotina bucólica, cuidando de sua bela casa. A vida parece perfeita, a não ser pelo fato de estarmos durante a Segunda Guerra Mundial, e o sujeito ser um oficial nazista morando ao lado de um campo de concentração. Prepare o estômago para o soco.

14) Assassinos da Lua das Flores

É claro que qualquer lista que se preze precisa ter um filme de Martin Scorsese caso o diretor lance um filme no ano em questão. E em 2023 tivemos a sorte de finalmente conferir seu épico sobre o massacre de uma população indígena na década de 1920. O tal massacre, no entanto, não era convencional, e em sua maioria foi realizado por debaixo dos panos.

O grande vilão é William Hale (Robert De Niro), um patrono da cidade que se diz amigo dos nativos, mas trama contra eles secretamente. Leonardo DiCaprio vive Ernest, o sobrinho do magnata, que se casa com uma nativa, a grande revelação do ano, Lily Gladstone – que certamente ganhará indicação ao Oscar.

13) Anatomia de uma Queda

O que ‘Anatomia de uma Queda’ tem a ver com ‘Zona de Interesse’. Bem, ambos são produções estrangeiras (essa, da França), que contam com a presença da sempre ótima alemã Sandra Hüller. Ao que tudo indica a atriz deve sair com uma indicação ao Oscar por um dos dois filmes. Aqui, ela vive uma mulher envolvida com a morte do marido, que caiu da janela de sua casa. Ela é a principal suspeita. A única possível testemunha que pode falar a seu favor ou não é o filho do casal, um menino cego. Esse é outro longa que deve chegar ao Oscar.

12) Os Rejeitados

Por falar em Oscar, todos dão como certa a entrada do mais novo trabalho de Alexander Payne (‘Sideways’, ‘Os Descendentes’ e ‘Nebraska’). Em ‘Os Rejeitados’, o diretor refaz a parceria com Paul Giamatti – no papel de um professor universitário que ninguém gosta, por não possuir a atitude mais amistosa do mundo. Nos feriados de fim de ano, o velho carrancudo será a única companhia de um estudante rebelde que não tem para onde ir. Assim, os dois terminarão precisando conviver, com a companhia de uma funcionária do local (Da’Vine Joy Randolph). Prepare-se para se emocionar.

11) Retratos Fantasmas

Cartaz do longa documental brasileiro, Retrato Fantasmas de Kleber Mendonça Filho. Wikipedia/Divulgação

John Wick: Capítulo 4‘, ou ‘John Wick: Baba Yaga‘ no Brasil, continua a fórmula de Hollywood de que cada sequência precisa ter mais e mais. E o filme entrega: é a produção mais ambiciosa e grandiosa de toda a franquia, e também do cinema atual. Depois de assistir a essa sequência, você vai sair dos cinemas achando que os últimos ‘Velozes e Furiosos‘ foram apenas uma corrida de Kart.

Keanu Reeves impressiona aos 58 anos e está no seu auge, e encanta como o personagem de poucas palavras e muita atitude. Ele está cada vez mais à vontade como o personagem, chegando a parecer uma extensão do mesmo até na vida real. Donnie Yen, que vive o Caine, também rouba a cena e é uma adição de ouro no grandioso elenco da franquia. Bill Skarsgård surge caricato e um tanto apagado em cena. Já Ian McShane e Laurence Fishburne continuam se divertindo e entregando atuações primorosas.

 

10) Vidas Passadas

Para muitos, como nossa querida colega de CinePOP Letícia Alassë, ‘Vidas Passadas’, escrito e dirigido por Celine Song, é o melhor filme de 2023. O que podemos dizer é que a diretora consegue resumir bem o sentido da vida em seu filme, contando a história de dois colegas de infância, um homem e uma mulher, que se separam após a família dela sair da Coreia do Sul. Vinte anos depois eles se reencontram em Nova York e passam uma semana juntos, lembrando o passado e conhecendo a vida atual um do outro. A vida é realmente feita de encontros e desencontros. Muitos esperam o Oscar aqui também.

09) Pobres Criaturas

Esse é um filme que facilmente poderia figurar em primeira posição, e para muitos críticos não tem outro, ‘Pobres Criaturas’ é o melhor filme de 2023. Essa é uma releitura do clássico ‘A Noiva de Frankenstein’. Mas não é uma releitura qualquer, pois quem está no comando é o grego Yorgos Lanthimos, dos perturbadores e questionadores ‘O Lagosta’, ‘O Sacrifício do Cervo Sagrado’ e ‘A Favorita’. Ou seja, nada de convencional aqui. A direção de arte é um personagem a parte no filme, que vibra a cada frame. E a performance de Emma Stone é simplesmente cativante, garantia de ao menos indicá-la ao Oscar. Fora isso, o longa é estranhamento hilário e ousado.

08) Godzilla Minus One

Escrito e dirigido por Takashi Yamazaki, o longa consegue entregar, com excelência, todos os pontos relevantes para essa franquia: bons efeitos especiais e também visuais, fan service, uma boa história (coerente, crível e com um pano de fundo histórico bastante relevante), personagens carismáticos interpretados por artistas competentes, uma pitada de humor, toques de terror, romance e drama. Tudo se encaixa em harmonia de modo a permitir, assim, que a destruição feita por Godzilla cause um impacto ainda maior nos espectadores. Desse modo, Takashi Yamazaki respeita e reverencia este que é um dos maiores símbolos da cultura japonesa e também da cultura cinematográfica mundial.

Godzilla Minus One’ é um filme irretocável. Entrega entretenimento e debate social num contexto histórico real sem ser maçante. É o grande retorno de Gojira, no auge dos seus setenta aninhos, à contemporaneidade, e pronto para conquistar novos fãs mundo afora.

07) Fale Comigo

Os primeiros minutos de Fale Comigo (Talk to Me) já começam de forma chocante e brutal. A partir desse prólogo, a sensação australiana nos festivais de Sundance e Berlim de 2023 constrói ponto a ponto a drama da jovem Mia (Sophie Wilde), traumatizada pela recente morte da mãe, em junção ao compartilhamento de experiências bizarras nas redes sociais.

Apesar de ser um filme de terror, Fale Comigo se alimenta do drama entre as amigas Mia e Jade, onde a segunda tenta suprir as carências da primeira, enquanto essa de forma discreta inveja a família e o namorado da amiga. A narrativa tem a preocupação de criar um cenário de carência, ausência e vulnerabilidade propício à entrega da jovem na incursão de outros espíritos. Afinal, a experiência da Mia é só dela, porém a loucura alheia pode afetar e machucar os outros ao redor.

A obra consegue manter o suspense sobre a origem dos espíritos — e a da mão — até o final e deixa uma brecha para interpretações e reflexões sobre as pontes entre o mundo daqui e o imaginário sombrio.

06) John Wick – Baba Yaga

John Wick: Capítulo 4‘, ou ‘John Wick: Baba Yaga‘ no Brasil, continua a fórmula de Hollywood de que cada sequência precisa ter mais e mais. E o filme entrega: é a produção mais ambiciosa e grandiosa de toda a franquia, e também do cinema atual. Depois de assistir a essa sequência, você vai sair dos cinemas achando que os últimos ‘Velozes e Furiosos‘ foram apenas uma corrida de Kart.

Keanu Reeves impressiona aos 58 anos e está no seu auge, e encanta como o personagem de poucas palavras e muita atitude. Ele está cada vez mais à vontade como o personagem, chegando a parecer uma extensão do mesmo até na vida real. Donnie Yen, que vive o Caine, também rouba a cena e é uma adição de ouro no grandioso elenco da franquia. Bill Skarsgård surge caricato e um tanto apagado em cena. Já Ian McShane e Laurence Fishburne continuam se divertindo e entregando atuações primorosas.

05) Homem-Aranha Através do Aranhaverso

Como dito, a lista precisa ser a mais democrática possível. Assim, não ligamos para o tipo de gênero, desde que o filme seja bom. E o único representante do gênero mais popular da atualidade, os filmes de super-heróis, foi também uma animação. Justiça seja feita, tivemos também ‘Guardiões da Galáxia Vol. 3’ que muito bem poderia estar na lista, em uma posição boa – o último live action do subgênero realmente bom em 2023. Mas aqui, nossa opção foi pelo fenomenal ‘Através do Aranhaverso’, sequência do vencedor do Oscar de 2018. O anterior é fantástico. Esse é ainda melhor. Ou seja, espere mais Oscar para Miles Morales.

04) Guardiões da Galáxia Vol.3

Em uma má fase, a Marvel acertou em cheio com ‘Guardiões da Galáxia Vol. 3’ – o fim da trilogia e a despedida de James Gunn do estúdio. A verdade é que todos nós já sabíamos que a conclusão da trilogia tomaria um tom mais dramático, mas sem abandonar as clássicas quebras de expectativa já característica do expansivo universo da Marvel.

‘Guardiões da Galáxia Vol. 3’ pode não chegar ao mesmo nível dos capítulos predecessores, mas, com certeza, é um sólido encerramento para essa trilogia. Nossos amados heróis irão deixar saudades – e, apesar do gostinho agridoce de sua despedida, ficamos ansiosos imaginando quando poderemos reencontrá-los.

03) Oppenheimer

Por mais que ‘Pobres Criaturas’ e ‘Vidas Passadas’ sejam fortíssimos concorrentes ao melhor filme do ano, não podemos negar que o ano pertenceu a ‘Oppenheimer’. E quem poderia enfrentar Christopher Nolan. Um dos mais fortes representantes do cinema espetáculo com conteúdo na atualidade, Nolan é dono da p*rra toda! Só ele poderia fazer um filme sobre o criador da bomba atômica se tornar um dos filmes mais populares do ano, campeão de bilheteria, mesmo tendo 3 horas de duração. É a potência do diretor. Fora isso, ‘Oppenheimer’ formou com ‘Barbie’ a dobradinha mais inusitada da história do cinema, criando uma dinâmica que por si só se tornou um fenômeno de nossos tempos, que talvez nunca volte a ser replicado.

02) Barbie

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Greta Gerwig faz de ‘Barbie’ uma ferramenta contra o patriarcado e o falocentrismo que domina o mundo real. Para isso, foi fundamental a escolha perfeita de Margot Robbie no papel principal – ela, que já se objetificou em papeis como ‘O Lobo de Wall Street’ e que ganhou o coração da meninada como a ArlequinaMargot e Greta constroem juntas o mundo feminino e divertido da Barbilândia que, certamente, ambas desejam ver no mundo real, através da mensagem direta e clara que o filme busca levar para os espectadores – mais especificamente, às espectadoras.

Mercadologicamente, ‘Barbie’ é um ótimo produto de marketing que consegue com louvor ressignificar a marca para o pensamento contemporâneo. Cinematograficamente, o longa é bem-feito, bem produzido, bem atuado e bem dirigido. Para o público, é diversão-pipocão, com muita risada, uma excelente mensagem de fundo e uma sensação de bem-estar ao final. Só não vai gostar do filme quem se identifica com o mundo que ‘Barbie’ critica… Paciência, pois o filme conquistará indicações ao Oscar esse ano.

01) Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1

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Tom Cruise é o maior astro vivo do cinema atual. E ele acerta mais uma vez com esse filme que foi injustiçado nas bilheterias devido a um péssimo timing. Cruise fez de novo, e após 2022 em que todos só falavam em ‘Top Gun – Maverick’, filme que conseguiu chegar até o Oscar, o astro mostrou que poucos se dão ao trabalho de confeccionar um produto de entretenimento com tamanha qualidade e esmero. Sim, este já é o sétimo ‘Missão: Impossível’, mas Cruise mostra que ainda tem muito o que dizer.

Mesmo com o filme se estendendo um pouco mais, as sequências de ação são tão bem construídas que se torna impossível não se envolver nelas. E lembra quando disse que saber que Tom Cruise faz suas próprias cenas era fundamental para comprar esse filme? Então, ao saber disso, seu cérebro já associa a imagem do ator a cenas práticas, então já existe uma pré-disposição mental a aguardar por essas cenas. Só que são tantas no filme que até mesmo aqueles momentos mais Velozes & Furiosos despertam a dúvida no espectador: “Ele fez mesmo isso?”. E acaba se tornando uma experiência incrível.

E o mais insano disso tudo é pensar que essa foi apenas a primeira parte. Pois é, vai ter mais. E sinceramente, não podia estar mais ansioso para ver o que Cruise e o diretor Christopher McQuarrie estão preparando para o grande final. Missão: Impossível – Acerto de Contas: Parte 1 é cinema em estado puro, promovendo aventura, adrenalina e emoção para toda a família.

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