quinta-feira , 26 dezembro , 2024

Os Filmes de Terror que Completam 30 anos em 2021

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O terror é um dos gêneros mais rentáveis do cinema, mas isso não é garantia de lançamentos de qualidade ou sequer de uma boa quantidade de produções. E quando voltamos trinta anos no passado para 1991, nos deparamos com um dos anos mais minguados para a criatividade dentro deste estilo de filme tão querido pelos fãs.

Alguns fatores corroboraram para o fato. O primeiro é que chegava ao fim da primeira onda dos filmes slasher no cinema, produções juvenis com massacres, assassinos e armas cortantes. O auge de tais longas ocorria há 40 anos, em 1981, e dez anos depois a fórmula já esmaecia de tal forma que já não dava qualquer resultado financeiro e os produtores a largavam por completo (até ser resgatada em 1996 com Pânico).



O segundo é que enquanto o terror era “reinventado” para os anos 90, num período em que primeiro apostou-se na volta dos monstros clássicos do cinema (Drácula de Bram Stoker, Entrevista com o Vampiro, Frankenstein de Mary Shelley e Lobo) e no fim da década na volta dos slasher (Pânico, Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado, Lenda Urbana e Halloween H20), o período encontrava força nos chamados thrillers, obras mais adultas voltadas para o suspense: de onde há trinta anos saíram pérolas como O Silêncio dos Inocentes e Cabo do Medo, por exemplo – os quais muitos igualmente veem como terror. Mas isso é assunto para uma próxima matéria.

Mesmo em um dos piores anos para exemplares declaradamente de terror e horror, tivemos alguns filmes que conseguiram sobressair e aderir, de uma forma ou de outra, à cultura pop. Aqui, voltaremos trinta anos no passado para um dos períodos mais fraquinhos para estreias de terror no cinema, revisitando alguns de seus mais famosos filmes. Confira abaixo.

As Criaturas Atrás das Paredes

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O saudoso diretor Wes Craven adicionou muito tempero na mistura dos slasher ao revolucionar com seu produto único A Hora do Pesadelo (1984) e depois reinventar o jogo com Pânico (1996). Há trinta anos no passado até tivemos um exemplar da franquia de Freddy Krueger, mas Craven já não tinha o menor interesse de envolvimento. Na época, o cineasta preferiu criar este estranho terror que dá ênfase no abuso infantil, traz como protagonista uma criança e ainda arruma tempo para falar sobre questões sociais como luta de classes e racismo. O resultado pode não ter sido dos melhores, se mostrando um dos trabalhos irregulares de Craven, mas As Criaturas Atrás das Paredes é um daqueles filmes que tem tudo para ressurgirem como cult a qualquer momento em algum revisionismo.

O pequeno Brandon Adams até teve certa fama no fim dos anos 80 e início dos 90, e aqui protagoniza no papel de Fool, um pequeno delinquente. Vindo de uma origem humilde, ele acaba sendo levado no papo por Leroy (Ving Rhames) e juntos invadem uma residência, a qual julgavam vazia, para roubá-la. E assim podemos ver certa influência para O Homem nas Trevas (2016). Ao invés de um homem cego, no local a dupla encontra um casal de maníacos sádicos, totalmente desequilibrados mentalmente. A dupla, nomeada no filme somente como Man e Woman, ou “Homem” e “Mulher”, cria seus filhos gerados através do incesto os confinando no porão da casa. Eles, as tais “criaturas” do título, nasceram deformados, mas não são os verdadeiros monstros aqui.

Uma curiosidade é que para a dupla de psicopatas foi escalado o casal que fazia sucesso na série cult Twin Peaks: Everett McGill e Wendy Robie, que no programa de David Lynch interpretavam o boa praça Big Ed e a amalucada Nadine. Foi sua química em tela que levou Craven a coloca-los juntos mais uma vez. Fora isso, está em desenvolvimento um remake da obra produzido por Jordan Peele na Universal Pictures, ou seja, esperem esse teor racial latente do original colocado muito mais à tona.

A Hora do Pesadelo 6 – A Morte de Freddy

Anunciado como “O Pesadelo Final”, essa foi uma franquia que realmente cumpriu o prometido de certa forma. Embora mais três exemplares com a marca tenham sido lançados, a cronologia oficial da “saga” chegava ao fim neste sexto longa. Depois disso vieram apenas uma brincadeira com a mitologia de forma metalinguística, um crossover com Sexta-Feira 13 e uma refilmagem do original. A decisão pelo encerramento, é claro, vinha dos números de bilheteria cada vez mais insatisfatórios a cada novo exemplar, assim como a rechaçada da crítica cada vez maior.

Para celebrar “O Pesadelo Final” foi convocado inclusive para uma participação especial o astro Johnny Depp, que iniciou sua carreira com o primeiro filme em 1984 e a esta altura já tinha um nome a zelar. Depp mostrou que era um bom esportista e topou sua pontinha brincando com uma propaganda antidrogas. Embora não seja o filme preferido de ninguém, A Morte de Freddy traz sim seus atrativos e curiosidades. O maior deles é o primeiro e único (até o momento) capítulo da franquia dirigido por uma mulher. Rachel Talalay, que já vinha trabalhando em episódios anteriores dos filmes de Freddy como produtora, assumia o comando do encerramento, se tornando responsável pela árdua tarefa de dar cabo de vez do assassino dos sonhos, que sempre arranjava um jeito de retornar.

Como já era figurinha carimbada da cultura pop, tendo a esta altura tido inclusive seu próprio programa de televisão, o nível de ameaça do “bicho papão” Freddy Krueger era exponencialmente reduzido para algo mais amigável às crianças, algo como um terror de mentirinha, com o personagem vivido pelo eterno Robert Englund soltando frases de efeito e piadinhas a torto e a direito. Sua primeira aparição no filme é inclusive vestido de Bruxa Má do Oeste do clássico O Mágico de Oz (1939). Validando ainda mais o argumento, este amigo que vos fala foi passar medo ainda bem pequenininho no cinema com este filme, e ainda ter um pouquinho de dor de cabeça com os óculos 3D de papel celofane.

Brinquedo Assassino 3

Outra franquia de terror querida dos fãs lançava um novo exemplar há trinta anos no cinema. Veremos algumas continuações famosas na lista, já que o terror de 1991 se segurou muito em sequências de séries estabelecidas e adoradas. Apesar disso, tais exemplares lançados foram alguns dos menos apreciados de suas respectivas franquias. Depois de A Morte de Freddy, temos agora Brinquedo Assassino 3, a terceira desventura do boneco com alma de serial killer Chucky. O enorme sucesso do longa original (1988) se mostrou tão influente que dois anos depois gerava sua primeira continuação – bem inferior, diga-se.

Para uma terceira parte a espera foi nula, já que logo no ano seguinte, Chucky voltava a atacar. O resultado, porém, foi ainda mais decepcionante. Para começar, o protagonista dos anteriores tinha sua forma trocada. No papel de Andy Barclay saía o menino Alex Vincent para a entrada do adolescente Justin Whalin. O motivo pode até ter sido pelo roteiro centrar a trama desta vez numa escola militar para rapazes, tendo passado certo tempo entre o segundo capítulo e este. Seja como for, “Chucky na Academia” resultou numa ideia morna para tema de um filme da franquia, a colocando na geladeira por sete anos até sua reformulação em A Noiva de Chucky (1998).

Criaturas 3

Sim, este é o filme com Leonardo DiCaprio! Um dos maiores astros de Hollywood na atualidade, dono de uma estatueta do Oscar e outras cinco indicações como ator, DiCaprio estreou nas telonas com esta segunda continuação de um terror, digamos, B do cinema, que conquistou status de cult. Criaturas (1986) era, pela falta de uma definição melhor, uma cópia descarada do sucesso de Spielberg, Gremlins (1984). E são exatamente o que você espera desta definição: um bando de monstrinhos peludos, pequenos e de aparência inofensiva, mas com dentes afiadíssimos e uma atitude extremamente hostil. Para não dizer mortal.

As criaturas aqui são seres especiais que chegam para aterrorizar uma pequena cidade rural no interior dos EUA. O sucesso trouxe ainda nos anos 80 a primeira continuação. A altura desta segunda sequência a ideia foi por seguir os moldes do roteiro de outra continuação de uma famosa franquia: Poltergeist. O terceiro filme desta citada franquia, centrava a ação num arranha-céu moderno e altamente tecnológico, aderindo a um “terror vertical”. O mesmo foi tentado aqui com este terceiro Criaturas, trazendo os bichinhos peludos para devorarem tudo e todos numa torre de apartamentos em Los Angeles, inclusive um certo menino loirinho então com seus 17 aninhos e aparência de 11.

Popcorn – O Pesadelo Está de Volta

Uma das poucas produções originais do gênero em 1991, este filme talvez seja mais conhecido devido a seu cartaz criativo, que com certeza todos que cresceram na época das locadoras nos anos 90 bateram os olhos. A “capa da fita” traz uma caveira usando o rosto de uma jovem como máscara envolto em um brilho verde. Por outro lado, o roteiro do longa já exibia certos elementos que viriam a ser abraçados por outros filmes de terror auto referentes, como a citada franquia Pânico.

Tudo porque a história se passa dentro de um cinema onde um grupo de estudantes universitários estão organizando uma maratona de filmes de terror. Um dos convidados do evento, ou quem sabe um penetra indesejado, é um serial killer mestre em disfarces que irá aterrorizar a todos no local. No elenco, o nome mais conhecido é o da musa 80’s Dee Wallace, de E.T. – O Extraterrestre, Cujo, Grito de Horror e Criaturas. Um dos produtores do longa é Bob Clark, diretor de Noite do Terror (Black Christmas, 1974) e Porky’s (1981).

O Poço e o Pêndulo

Aqui temos dois grandes ícones do terror de estilos e épocas distintos se unindo para uma produção. O Poço e o Pêndulo, é claro, surgiu em forma do clássico literário do escritor Edgar Allan Poe, sumidade no gênero no século XIX. A história pode ser considerada o marco zero para todo torture porn, e passada na Espanha de 1492 traz os horrores da tortura medieval promovidos pelo monge Torquemada, papel do grande Lance Henriksen, um Grande Inquisidor da Inquisição Espanhola – uma época real de trevas da humanidade.

Para desenhar esta trama arrepiante nas telonas em 1991, o diretor Stuart Gordon foi escalado. Muito conhecido dos fãs do cinema de horror dos anos 80, Gordon foi o responsável pelo comando de obras queridas, grotescas e viscerais como Re-Animator (A Hora dos Mortos-Vivos, 1985) e Do Além (1986).

Scanners II e Scanners III

Lançados no mesmo ano, há trinta anos, duas continuações visavam dar sequência à história originada pelo renomado David Cronenberg em seu início de carreira, em um de suas primeiras produções verdadeiramente cult, lançada há quarenta anos. Scanners – Sua Mente Pode Destruir (1981) marcou uma geração em especial devido a uma única cena, em que a cabeça de um infeliz é desmantelada após explodir num confronto mental demonstrando toda a periculosidade da telecinese – tópico de fascínio na época. De certa forma, era o passo além de Carrie – A Estranha, obra de Stephen King e Brian De Palma que apresentava uma adolescente descobrindo a força de sua mente.

Aqui, os chamados Scanners são justamente pessoas que possuem o dom de ler pensamentos, influenciar decisões e inclusive destruir qualquer coisa e qualquer um, como diz o subtítulo em português. Michael Ironside já marcava a cultura pop mostrando que viria a se tornar um dos atores-personagens preferidos na hora de elencar o vilão de seu filme. Aqui ele vive Darryl Revok, o scanner “do mal”, que possui prazer sádico de ver a mente alheia explodir. Em seu encalço é escalado Cameron Vale (Stephen Lack), o scanner “bonzinho”, um andarilho recrutado para dar cabo dos rebeldes.

Sem qualquer envolvimento do criador Cronenberg, dez anos depois eram lançadas duas continuações. De qualidade bem mais duvidosa e estreando em vídeo em muitos lugares do mundo, o segundo Scanners apresenta uma conspiração governamental para utilizar scanners renegados a seu favor, enquanto o terceiro traz uma trama mais intimista com uma jovem scanner se tornando uma serial killer após o uso de uma nova droga experimental. Seu irmão, igualmente um scanner, parte em seu encalço para faze-la parar.

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Os Filmes de Terror que Completam 30 anos em 2021

O terror é um dos gêneros mais rentáveis do cinema, mas isso não é garantia de lançamentos de qualidade ou sequer de uma boa quantidade de produções. E quando voltamos trinta anos no passado para 1991, nos deparamos com um dos anos mais minguados para a criatividade dentro deste estilo de filme tão querido pelos fãs.

Alguns fatores corroboraram para o fato. O primeiro é que chegava ao fim da primeira onda dos filmes slasher no cinema, produções juvenis com massacres, assassinos e armas cortantes. O auge de tais longas ocorria há 40 anos, em 1981, e dez anos depois a fórmula já esmaecia de tal forma que já não dava qualquer resultado financeiro e os produtores a largavam por completo (até ser resgatada em 1996 com Pânico).

O segundo é que enquanto o terror era “reinventado” para os anos 90, num período em que primeiro apostou-se na volta dos monstros clássicos do cinema (Drácula de Bram Stoker, Entrevista com o Vampiro, Frankenstein de Mary Shelley e Lobo) e no fim da década na volta dos slasher (Pânico, Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado, Lenda Urbana e Halloween H20), o período encontrava força nos chamados thrillers, obras mais adultas voltadas para o suspense: de onde há trinta anos saíram pérolas como O Silêncio dos Inocentes e Cabo do Medo, por exemplo – os quais muitos igualmente veem como terror. Mas isso é assunto para uma próxima matéria.

Mesmo em um dos piores anos para exemplares declaradamente de terror e horror, tivemos alguns filmes que conseguiram sobressair e aderir, de uma forma ou de outra, à cultura pop. Aqui, voltaremos trinta anos no passado para um dos períodos mais fraquinhos para estreias de terror no cinema, revisitando alguns de seus mais famosos filmes. Confira abaixo.

As Criaturas Atrás das Paredes

O saudoso diretor Wes Craven adicionou muito tempero na mistura dos slasher ao revolucionar com seu produto único A Hora do Pesadelo (1984) e depois reinventar o jogo com Pânico (1996). Há trinta anos no passado até tivemos um exemplar da franquia de Freddy Krueger, mas Craven já não tinha o menor interesse de envolvimento. Na época, o cineasta preferiu criar este estranho terror que dá ênfase no abuso infantil, traz como protagonista uma criança e ainda arruma tempo para falar sobre questões sociais como luta de classes e racismo. O resultado pode não ter sido dos melhores, se mostrando um dos trabalhos irregulares de Craven, mas As Criaturas Atrás das Paredes é um daqueles filmes que tem tudo para ressurgirem como cult a qualquer momento em algum revisionismo.

O pequeno Brandon Adams até teve certa fama no fim dos anos 80 e início dos 90, e aqui protagoniza no papel de Fool, um pequeno delinquente. Vindo de uma origem humilde, ele acaba sendo levado no papo por Leroy (Ving Rhames) e juntos invadem uma residência, a qual julgavam vazia, para roubá-la. E assim podemos ver certa influência para O Homem nas Trevas (2016). Ao invés de um homem cego, no local a dupla encontra um casal de maníacos sádicos, totalmente desequilibrados mentalmente. A dupla, nomeada no filme somente como Man e Woman, ou “Homem” e “Mulher”, cria seus filhos gerados através do incesto os confinando no porão da casa. Eles, as tais “criaturas” do título, nasceram deformados, mas não são os verdadeiros monstros aqui.

Uma curiosidade é que para a dupla de psicopatas foi escalado o casal que fazia sucesso na série cult Twin Peaks: Everett McGill e Wendy Robie, que no programa de David Lynch interpretavam o boa praça Big Ed e a amalucada Nadine. Foi sua química em tela que levou Craven a coloca-los juntos mais uma vez. Fora isso, está em desenvolvimento um remake da obra produzido por Jordan Peele na Universal Pictures, ou seja, esperem esse teor racial latente do original colocado muito mais à tona.

A Hora do Pesadelo 6 – A Morte de Freddy

Anunciado como “O Pesadelo Final”, essa foi uma franquia que realmente cumpriu o prometido de certa forma. Embora mais três exemplares com a marca tenham sido lançados, a cronologia oficial da “saga” chegava ao fim neste sexto longa. Depois disso vieram apenas uma brincadeira com a mitologia de forma metalinguística, um crossover com Sexta-Feira 13 e uma refilmagem do original. A decisão pelo encerramento, é claro, vinha dos números de bilheteria cada vez mais insatisfatórios a cada novo exemplar, assim como a rechaçada da crítica cada vez maior.

Para celebrar “O Pesadelo Final” foi convocado inclusive para uma participação especial o astro Johnny Depp, que iniciou sua carreira com o primeiro filme em 1984 e a esta altura já tinha um nome a zelar. Depp mostrou que era um bom esportista e topou sua pontinha brincando com uma propaganda antidrogas. Embora não seja o filme preferido de ninguém, A Morte de Freddy traz sim seus atrativos e curiosidades. O maior deles é o primeiro e único (até o momento) capítulo da franquia dirigido por uma mulher. Rachel Talalay, que já vinha trabalhando em episódios anteriores dos filmes de Freddy como produtora, assumia o comando do encerramento, se tornando responsável pela árdua tarefa de dar cabo de vez do assassino dos sonhos, que sempre arranjava um jeito de retornar.

Como já era figurinha carimbada da cultura pop, tendo a esta altura tido inclusive seu próprio programa de televisão, o nível de ameaça do “bicho papão” Freddy Krueger era exponencialmente reduzido para algo mais amigável às crianças, algo como um terror de mentirinha, com o personagem vivido pelo eterno Robert Englund soltando frases de efeito e piadinhas a torto e a direito. Sua primeira aparição no filme é inclusive vestido de Bruxa Má do Oeste do clássico O Mágico de Oz (1939). Validando ainda mais o argumento, este amigo que vos fala foi passar medo ainda bem pequenininho no cinema com este filme, e ainda ter um pouquinho de dor de cabeça com os óculos 3D de papel celofane.

Brinquedo Assassino 3

Outra franquia de terror querida dos fãs lançava um novo exemplar há trinta anos no cinema. Veremos algumas continuações famosas na lista, já que o terror de 1991 se segurou muito em sequências de séries estabelecidas e adoradas. Apesar disso, tais exemplares lançados foram alguns dos menos apreciados de suas respectivas franquias. Depois de A Morte de Freddy, temos agora Brinquedo Assassino 3, a terceira desventura do boneco com alma de serial killer Chucky. O enorme sucesso do longa original (1988) se mostrou tão influente que dois anos depois gerava sua primeira continuação – bem inferior, diga-se.

Para uma terceira parte a espera foi nula, já que logo no ano seguinte, Chucky voltava a atacar. O resultado, porém, foi ainda mais decepcionante. Para começar, o protagonista dos anteriores tinha sua forma trocada. No papel de Andy Barclay saía o menino Alex Vincent para a entrada do adolescente Justin Whalin. O motivo pode até ter sido pelo roteiro centrar a trama desta vez numa escola militar para rapazes, tendo passado certo tempo entre o segundo capítulo e este. Seja como for, “Chucky na Academia” resultou numa ideia morna para tema de um filme da franquia, a colocando na geladeira por sete anos até sua reformulação em A Noiva de Chucky (1998).

Criaturas 3

Sim, este é o filme com Leonardo DiCaprio! Um dos maiores astros de Hollywood na atualidade, dono de uma estatueta do Oscar e outras cinco indicações como ator, DiCaprio estreou nas telonas com esta segunda continuação de um terror, digamos, B do cinema, que conquistou status de cult. Criaturas (1986) era, pela falta de uma definição melhor, uma cópia descarada do sucesso de Spielberg, Gremlins (1984). E são exatamente o que você espera desta definição: um bando de monstrinhos peludos, pequenos e de aparência inofensiva, mas com dentes afiadíssimos e uma atitude extremamente hostil. Para não dizer mortal.

As criaturas aqui são seres especiais que chegam para aterrorizar uma pequena cidade rural no interior dos EUA. O sucesso trouxe ainda nos anos 80 a primeira continuação. A altura desta segunda sequência a ideia foi por seguir os moldes do roteiro de outra continuação de uma famosa franquia: Poltergeist. O terceiro filme desta citada franquia, centrava a ação num arranha-céu moderno e altamente tecnológico, aderindo a um “terror vertical”. O mesmo foi tentado aqui com este terceiro Criaturas, trazendo os bichinhos peludos para devorarem tudo e todos numa torre de apartamentos em Los Angeles, inclusive um certo menino loirinho então com seus 17 aninhos e aparência de 11.

Popcorn – O Pesadelo Está de Volta

Uma das poucas produções originais do gênero em 1991, este filme talvez seja mais conhecido devido a seu cartaz criativo, que com certeza todos que cresceram na época das locadoras nos anos 90 bateram os olhos. A “capa da fita” traz uma caveira usando o rosto de uma jovem como máscara envolto em um brilho verde. Por outro lado, o roteiro do longa já exibia certos elementos que viriam a ser abraçados por outros filmes de terror auto referentes, como a citada franquia Pânico.

Tudo porque a história se passa dentro de um cinema onde um grupo de estudantes universitários estão organizando uma maratona de filmes de terror. Um dos convidados do evento, ou quem sabe um penetra indesejado, é um serial killer mestre em disfarces que irá aterrorizar a todos no local. No elenco, o nome mais conhecido é o da musa 80’s Dee Wallace, de E.T. – O Extraterrestre, Cujo, Grito de Horror e Criaturas. Um dos produtores do longa é Bob Clark, diretor de Noite do Terror (Black Christmas, 1974) e Porky’s (1981).

O Poço e o Pêndulo

Aqui temos dois grandes ícones do terror de estilos e épocas distintos se unindo para uma produção. O Poço e o Pêndulo, é claro, surgiu em forma do clássico literário do escritor Edgar Allan Poe, sumidade no gênero no século XIX. A história pode ser considerada o marco zero para todo torture porn, e passada na Espanha de 1492 traz os horrores da tortura medieval promovidos pelo monge Torquemada, papel do grande Lance Henriksen, um Grande Inquisidor da Inquisição Espanhola – uma época real de trevas da humanidade.

Para desenhar esta trama arrepiante nas telonas em 1991, o diretor Stuart Gordon foi escalado. Muito conhecido dos fãs do cinema de horror dos anos 80, Gordon foi o responsável pelo comando de obras queridas, grotescas e viscerais como Re-Animator (A Hora dos Mortos-Vivos, 1985) e Do Além (1986).

Scanners II e Scanners III

Lançados no mesmo ano, há trinta anos, duas continuações visavam dar sequência à história originada pelo renomado David Cronenberg em seu início de carreira, em um de suas primeiras produções verdadeiramente cult, lançada há quarenta anos. Scanners – Sua Mente Pode Destruir (1981) marcou uma geração em especial devido a uma única cena, em que a cabeça de um infeliz é desmantelada após explodir num confronto mental demonstrando toda a periculosidade da telecinese – tópico de fascínio na época. De certa forma, era o passo além de Carrie – A Estranha, obra de Stephen King e Brian De Palma que apresentava uma adolescente descobrindo a força de sua mente.

Aqui, os chamados Scanners são justamente pessoas que possuem o dom de ler pensamentos, influenciar decisões e inclusive destruir qualquer coisa e qualquer um, como diz o subtítulo em português. Michael Ironside já marcava a cultura pop mostrando que viria a se tornar um dos atores-personagens preferidos na hora de elencar o vilão de seu filme. Aqui ele vive Darryl Revok, o scanner “do mal”, que possui prazer sádico de ver a mente alheia explodir. Em seu encalço é escalado Cameron Vale (Stephen Lack), o scanner “bonzinho”, um andarilho recrutado para dar cabo dos rebeldes.

Sem qualquer envolvimento do criador Cronenberg, dez anos depois eram lançadas duas continuações. De qualidade bem mais duvidosa e estreando em vídeo em muitos lugares do mundo, o segundo Scanners apresenta uma conspiração governamental para utilizar scanners renegados a seu favor, enquanto o terceiro traz uma trama mais intimista com uma jovem scanner se tornando uma serial killer após o uso de uma nova droga experimental. Seu irmão, igualmente um scanner, parte em seu encalço para faze-la parar.

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