Pois é, amiguinhos. Quem diria? 2017 já está mais pra lá do que pra cá. Julho, o sétimo mês do ano, chega, mostrando que é hora de nossas listas dos melhores e piores filmes do primeiro semestre.
Porém, antes disso, daremos uma olhada no que o mês traz de melhor nas telonas. Como de costume, teremos estreias de grandes blockbusters, comédias, filmes de diretores prestigiados, animações e até um grande lançamento nacional. Vamos conhecê-los.
06/07
Homem-Aranha: De Volta ao Lar
Uma das maiores estreias de julho (eu arriscaria dizer “a” maior), traz novamente para as telonas o maior herói da editora Marvel. O Homem-Aranha não dava as caras no cinema, em um filme protagonizado por ele (não contamos a ponta em Guerra Civil ano passado) desde 2014, com o malfadado O Espetacular Homem-Aranha 2. Essa é a primeira vez também que o personagem protagoniza um filme solo com o dedo da Disney, o que inclui em seu universo outros heróis da Marvel, como o Homem de Ferro. Dessa vez, o herói aracnídeo (Tom Holland) irá enfrentar o Abutre, vilão vivido por Michael Keaton.
Soundtrack
Blockbusters, quando bons, podem ser divertidos pra caramba. Mas o cinema precisa viver de outras fontes de ideias, gêneros e narrativas. No quesito temos a produção nacional Sountrack, falada em inglês em grande parte de sua projeção e protagonizada por um astro cem por cento tupiniquim: Selton Mello. Contido e sem qualquer faceta humorística, o ator interpreta um artista que se isola numa estação de pesquisa polar para um novo trabalho. No local estão outros quatro homens, todos com seus projetos particulares, inclusive um brasileiro (Seu Jorge). O filme fala sobre amizade e autodescoberta no local mais inóspito e desafiador ao homem.
13/07
7 Desejos
As estreias nos cinemas brasileiros agora ocorrem às quintas-feiras, por isso teremos que nos contentar com um filme de terror na quinta-feira 13, ao invés da sexta. Com o mote extremo do “muito cuidado com o que você deseja”, este terror apresenta uma adolescente, papel de Joey King (clone de Chloe Moretz), que descobre uma caixa com o poder de atender seus desejos. Como sempre precisa haver uma pegadinha, ou não teríamos um filme de terror, as consequências de seus pedidos são nada menos do que aterrorizantes. Além de King, dois outros atores ligados ao gênero preenchem o elenco: Ryan Phillipe (Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado) e Sherilyn Fenn (Twin Peaks).
Carros 3
Talvez Carros seja a franquia Disney / Pixar menos querida do grande público. Isso não impede os realizadores de continuarem produzindo filmes e vender os inúmeros produtos do merchandising. Afinal, carrinhos são fáceis de fazer. O trailer para o terceiro filme prometia um tom mais dramático, com a batida do protagonista Relâmpago McQueen (Owen Wilson) e a possibilidade de sua morte. O que causou estardalhaço no mundo da geração atual, todos derramando inúmeras lágrimas de leite com pera. Estaria McQueen com os dias contados, ou pior, morto? Não! Acalmem-se, este é somente mais um desenho da Disney.
20/07
Transformers – O Último Cavaleiro
De “último” este quinto Transformers não tem nada, já que foram prometidos um derivado (com Bumblebee protagonizando) e um reboot. Michael Bay, por outro lado, afirma que não voltará mais. Realmente estava na hora de deixar a franquia tomar outros ares. Na quinta aventura, teremos futuros apocalípticos, cavaleiros da távola redonda, guerras, crianças perdidas, Mark Wahlberg, Josh Duhamel, Anthony Hopkins e, claro, uma mulher estonteante (o que seria de um filme de Transformers sem?), provida nas formas da britânica Laura Haddock.
De Canção em Canção
Mudando da água para o vinho, de Michael Bay para Terrence Malick. Aquela canção que diz que quem não gosta de samba é ruim da cabeça ou doente do pé, poderia se aplicar facilmente para os cinéfilos que não apreciam um dos maiores cineastas que já pisou nesta Terra. O que não quer dizer que todos os seus filmes sejam obras-primas. Assim como Woody Allen e tantos outros diretores autorais, Malick possui seus trabalhos menores, mas não menos mágicos, se comparados com a maioria do que é feito. Malick, ao contrário da verborragia de Allen, trabalha com poucos diálogos, mas muitas imagens e sensações. Seus filmes transcendem, se tornando verdadeiras experiências. No novo trabalho, o diretor resolve abrir as cortinas do universo da indústria fonográfica contando para isso com nomes como Michael Fassbender, Ryan Gosling, Rooney Mara e Natalie Portman.
27/07
Dunkirk
O mês de julho terá estreia de grandes diretores. Particularmente, alguns de meus preferidos. Entre eles, obviamente, se encaixa o verdadeiro Deus do cinema blockbuster. Enquanto alguns fãs perdidos e equivocados enaltecem Zack Snyder (que tem sim alguns filmes bons em seu currículo), esquecem de venerar Chris Nolan, o sujeito que transita no cinema autoral de centenas de milhões de dólares. Seu novo projeto, não poderia ser menos ambicioso, novamente bancado pela Warner, estúdio que o tem como menino de ouro. Nolan resolve agora molhar os pés no cinema de guerra, adentrando a Segunda Guerra Mundial em Dunkirk.
Em Ritmo de Fuga
Mais uma vez. Depois de Nolan e Malick, é a vez do jovem talentosíssimo Edgar Wright, um dos melhores cineastas a aparecer no mundo da sétima arte nos últimos quinze anos. De suas comédias britânicas, passando pela superprodução subestimada Scott Pilgrim (2010), Wright dá um novo passo em sua carreira, com seu filme mais Hollywoodiano, sobre assalto, e que aparentemente difere de tudo em seu currículo. Mesmo assim, Em Ritmo de Fuga soa mais como um Drive (2011) muito bem humorado, do que como um Velozes e Furiosos.
Como se Tornar um Conquistador
De todas as grandes estreias do mês, este é o filme menos conhecido, porém, dono de prévias engraçadas e interessantes o suficiente para ser incluído na lista. Como sentimos falta de uma comédia verdadeiramente engraçada, e que nos arrebate, e este filme pode ser justamente isso. Na trama, que brinca com os estereótipos do latino sedutor, Maximo (Eugenio Derbez) nunca quis ser nada além do amante sensual de ricaças. Quando envelhece, ele precisa pedir abrigo para a irmã, que o deixa cuidando do sobrinho. É Um Grande Garoto (2002) versão sangue latino.