terça-feira, abril 23, 2024

Os Filmes que Completam 5 anos em 2021 e Você Esqueceu (ou Nem Sabia) que Tinham Sido Lançados!

Mesmo para os que amam e vivem para o cinema, muitas vezes fica difícil acompanhar tudo que é lançado. E esse fato se torna cada vez mais verdade com a enxurrada de ofertas que recebemos agora além dos cinemas, também nas plataformas de streaming –  que começam a engarrafar e tornar a vida dos aficionados cada vez mais complicada. É preciso filtrar o que queremos de fato ver – já se tornando impossível conferir de tudo como antes. Curioso mesmo é o fenômeno que faz certos filmes simplesmente desaparecerem da face da Terra. Acontece que existem aqueles filmes que estreiam tão abaixo do radar, que muitos sequer tomam conhecimento que eles já foram lançados, o percebendo alguns anos depois – ou quem sabe por um longo tempo. O mais estranho, porém, é quando um filme gera inclusive certo burburinho antes de sua estreia, ficamos animados, o conferimos, gostamos, mas por alguma razão pouco tempo depois ele simplesmente deixa de ser relevante e desaparece do mapa, caindo no esquecimento. É o fator ressonância.

Esse mal não se acomete apenas aos fracassos de crítica, bilheteria ou às produções pequenas independentes. Podemos nota-lo inclusive com longas de boa bilheteria, sucessos de crítica e envolvimento de grandes nomes. Para mostrar como esse citado fenômeno funciona, selecionamos em nossa mais recente matéria produções que envelheceram apenas 5 anos desde seu lançamento, mas que a maioria já esqueceu, ou sequer tomou conhecimento da existência. Todos com estrelas, astros e diretores consagrados. Confira abaixo e comente.

O Nascimento de uma Nação

Começamos a lista com uma verdadeira promessa do Oscar de cinco anos atrás. De fato, quando o drama histórico fez seu debute no Festival de Sundance em 2016, todos gritavam para os quatro ventos que seria a obra arrebatadora da premiação da Academia. Baseado na história real sobre uma rebelião de escravos, o mais interessante de O Nascimento de uma Nação era que subvertia o clássico de 1915 – um marco técnico, porém, considerado um filme racista ao enaltecer a Ku Klux Klan. Apesar de muito digna, a nova versão terminou varrida para debaixo dos panos graças à polêmica envolvendo o protagonista, diretor, roteirista e produtor Nate Parker, acusado de estupro na época da faculdade. Para piorar, no elenco temos Armie Hammer, dono de seus próprios escândalos avassaladores atualmente. Ou seja, se tornou por falta de palavra melhor, um filme maldito.

Leia também: ‘O Nascimento de uma Nação’ completa 5 anos – De Promessa do Oscar à Enorme Polêmica

A Última Fronteira

O que você diria para um filme protagonizado por Charlize Theron, Javier Bardem e Adèle Exarchopoulos (então saída do sucesso Azul é a Cor Mais Quente), e dirigido por Sean Penn? Imperdível, certo? Tendo sua estreia realizada no prestigiadíssimo Festival de Cannes, este é outro longa que tinha toda a pompa de Oscar. O caso aqui foram as críticas extremamente negativas que massacraram o filme, fazendo com que sua estreia nos cinemas fosse cancelada em muitos países, como no Brasil, onde recebeu um lançamento direto em VOD. O filme era um projeto de estimação da atriz Robin Wright, que trouxe Bardem e Penn a bordo. Quando Wright e Penn se separaram na vida real, o ator assumiu a direção e trouxe sua então namorada Charlize Theron para ficar com o papel que seria da ex. A trama mostra um grupo de médicos e voluntários ajudando em lugares inóspitos e necessitados na África, porém, conta com valores absurdos como o “romantismo em se passar Aids para alguém”. WTF!

Leia também: Em Home Vídeo | A Última Fronteira – Charlize Theron paga mico com direção de Sean Penn

Regras Não se Aplicam

Não deixe de assistir:

Outro que “gritava” Oscar antes de seu lançamento. Isso porque esse filme romântico sobre o milionário excêntrico e recluso Howard Hughes marcaria o retorno triunfal do veterano Warren Beatty, ele mesmo afastado de Hollywood então por quase vinte anos desde o fiasco de sua última comédia Ricos, Bonitos e Infiéis (2001). Escrito, dirigido, produzido e protagonizado por Beatty, como ele gostava de fazer, antes do trailer do longa começar, eram apresentados às credenciais do icônico artista, e seus trabalhos em produções Oscarizadas como Reds, O Céu Pode Esperar, Shampoo, Dick Tracy, Bonnie & Clyde, Bugsy e Politicamente Incorreto. Sim, esse deveria ser o retorno triunfal do ator e cineasta às graças da Academia. Porém, a história sobre uma jovem aspirante à atriz (Lily Collins) no meio de um triângulo amoroso entre Hughes (Beatty) e seu motorista (Alden Ehrenreich) foi solenemente ignorado pelos votantes, com a maioria das pessoas sequer tomando conhecimento de sua existência.

Leia também: Crítica | O Nascimento de uma Nação

Uma Repórter em Apuros

Todos os filmes da lista possuíam um potencial enorme, que infelizmente não foi atingido. Isso porque em todos estes longas apresentados não faltam talentos envolvidos. Como sabemos, o programa humorístico Saturday Night Live é um dos maiores exportadores de astros da comédia para as telonas. Foi de lá que saíram Eddie Murphy e Bill Murray, por exemplo. Mas nem todos conseguem fazer essa transição para o cinema. É o caso com a estrela onipresente Tina Fey. Sucesso absoluto no programa, roteirista talentosa de outros programas de TV, mas no cinema simplesmente não podemos citar um grande filme seu. Aqui, ela tentava de novo dirigida pela dupla que entregou o querido Amor a Toda Prova (2011) e com a participação de ninguém menos que a musa Margot Robbie no mesmo ano em que viveria a Arlequina pela primeira vez. Apesar de todos estes atrativos, este filme sobre um grupo de repórteres de guerra cobrindo o conflito no Afeganistão passou em branco, no Brasil sendo lançado direto em vídeo. Você já tinha ouvido falar?

Destino Especial

Outro diretor muito autoral, o cineasta Jeff Nichols marcou sua carreira com obras celebradas como Amor Bandido (2012), chegando até o Oscar com o subestimado Loving: Uma História de Amor (2016). No mesmo ano de seu filme mais prestigiado, Nichols resolvia apostar em algo, digamos, mais voltado ao entretenimento escapista, com a ficção científica Destino Especial. É curioso pois este filme foi lançado no mesmo ano da primeira temporada de Stranger Things e carrega alguns de seus temas; como uma criança com dons sobrenaturais chamando atenção de oficiais do governo, fazendo seu pai e amigos se desdobrarem para protege-la. Porém, aqui tudo é levado num tom mais sério, dramático, e sem qualquer uso de humor. O menino, vivido por Jaeden Martell seguiu para estrelar It – A Coisa (2017) e Entre Facas e Segredos (2019). Fora isso, o longa conta com uma verdadeira constelação de Hollywood, vide Adam Driver, Kirsten Dunst, Michael Shannon e Joel Edgerton. Stranger Things virou sensação, enquanto Destino Especial caiu no ostracismo completo.

Refém do Medo

Por falar em Stranger Things, aqui temos um dos membros “veteranos” da série, o jovem Charlie Heaton, que interpretam Jonathan Byers, irmão do menino sumido no início da série. Quem protagoniza este drama de terror é a indicada ao Oscar Naomi Watts. No filme, ela vive uma psicóloga que trabalha em casa e vive isolada cuidando de seu filho em estado vegetativo. Até que ela decide cuidar de outro menino em busca de um lar temporário. Quando esse novo garoto desaparece de seus cuidados, em meio a uma nevasca, estranhos acontecimentos colocam a mulher duvidando de sua própria sanidade. Heaton interpreta o filho vegetativo e o menino sensação Jacob Tremblay (então recém-saído do sucesso de O Quarto de Jack) vive o menino desaparecido. Refém do Medo era planejado como o retorno triunfal de Watts para o gênero que a colocou no mapa com O Chamado em 2002. Uma curiosidade é que o roteiro do filme estava na chamada “lista negra” de 2013 dos mais interessantes que ainda não tinham sido filmados em Hollywood. Apesar de todos esses atrativos, por alguma razão o filme simplesmente não emplacou e desapareceu do mapa.

Amores Canibais

E que tal um filme que traga no elenco atores como Keanu Reeves, Jim Carrey e Jason Momoa? Uma mistura no mínimo curiosa, certo? E o que você me diria se eu te contasse que esse filme já existe, mas que quase ninguém viu ou sequer tem conhecimento dele? Amores Canibais é um drama pós-apocalítico sobre um planeta devastado, no melhor estilo Mad Max, onde veremos surgir novos conceitos de sociedade “olho por olho e dente por dente”. O longa é escrito e dirigido pela inglesa Ana Lily Amirpour, que chamou atenção com seu longa de estreia, o terror conceitual Garota Sombria Caminha Pela Noite (2014), sobre uma vampira iraniana de burca. Em Amores Canibais a protagonista é Suki Waterhouse, que termina com os membros devorados por uma seita de canibais, encabeçados por Momoa. No seu caminho ela encontra personagens exóticos, como o mafioso de Keanu Reeves e o andarilho mudo de Jim Carrey.

Pastoral Americana

Muitos atores resolveram dar o grande passo em sua carreira e pular para trás das câmeras se tornando também diretores. Foi o caso com o talentoso Ewan McGregor, que realizou esta transição há cinco anos. Uma pena que muitos não viram e tantos outros sequer saibam de seus esforços como diretor. Para sua estreia como realizador, McGregor escolheu adaptar ao cinema o livro de Philip Roth sobre o conflito geracional de uma família e suas visões políticas e sociais distintas. McGregor também protagoniza como um pai de família casado com a personagem da Oscarizada Jennifer Connelly. Religiosos conservadores, eles foram destaque no colegial – ele, um astro do esporte, e ela uma rainha da beleza. Em plena década de 1960, os dois terão uma baita dor de cabeça com sua filha, papel de Dakota Fanning, que se tornou uma ativista ferrenha, cada vez mais caminhando para um extremismo violento em seus atos de protesto e insurgência. Uma obra fervorosa, que poderia ter chegado até o Oscar, isto é, se mais gente tivesse prestado atenção nela.

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