quinta-feira , 21 novembro , 2024

Os Melhores Álbuns de 2021 (Até Agora)

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E enfim chegamos ao fim do primeiro semestre – e, assim como o ano passado, 2021 vem se provando um ótimo ano para a música, seja pelo resgate de elementos do disco e do punk-rock, seja pela contínua busca de originalidade.

Em apenas seis meses, Olivia Rodrigo fez sua aguardada estreia oficial com o impactante SOUR, pouco depois de dominar o mundo em ‘High School Musical: A Série: O Musical’Lana Del Rey lançou mais um álbum incrível com Chemtrails Over the Country Club; e The Pretty Reckless retornou anos depois de seu último lançamento com uma profunda e envolvente narrativa.



Para celebrar mais um momento importante da música, o CinePOP preparou uma lista com os dez melhores álbuns do ano até agora.

Confira abaixo as nossas escolhas e conte para nós qual o seu favorito:

10. SOUR, Olivia Rodrigo

“Quando pensamos no ineditismo artístico, não falamos exatamente de histórias revolucionárias ou qualquer coisa do tipo – muito pelo contrário: sabemos que os enredos serão bastante similares e que o modo de contá-los é o que deve prevalecer. Aliando-se à Geffen Records, Olivia decide gerar uma íntima jornada adolescente, apelando para um simples e profundo diálogo com as angústias pelas quais jovens passam e que são, normalmente, descreditadas por adultos. Logo, é óbvio que iremos encontrar diversas reflexões amorosas sobre traição, namoros, decepções e um senso de sempre querer seguir em frente e almejar pela felicidade. O interessante é de que forma Rodrigo arquiteta cada uma das onze breves faixas, emulando diversas influências que variam desde o pop-punk de Avril Lavigne à rebeldia do rock de Joan Jett – as quais já marcam presença na track de abertura.” – Thiago Nolla

9. COR, ANAVITÓRIA

“Os melhores momentos de Cor insurgem quando a dupla não se limita a construir algo simplista – como acontece com “Te amar é massa demais”. A obviedade do título é logo varrida para debaixo do tapete quando é-nos apresentada uma conflitante e apaixonante explosão de samba e bossa-nova que nos arremessa de volta para os anos 1920 do subúrbio carioca, enquanto abre espaço para inflexões à la Tom Jobim e Maria Gadú, com reflexos distantes à fase mais pé-no-chão de Elis Regina (e tais caracterizações explicam o motivo de ser um dos pontos altos da iteração). Já “Tenta acreditar” é um antro em que vulnerabilidade e teatralidade encontram um espectro em comum num circense e pessoal desabafo.” – Thiago Nolla

8. CHEMTRAILS OVER THE COUNTRY CLUB, Lana Del Rey

“‘Chemtrails over the Country Club é apenas mais uma apaixonante e reverenciável adição à discografia de uma artista que ainda tem muito a nos contar – seja por seu estilo único, contemporâneo e saudosista ao mesmo tempo, impulsionado pela necessidade de despontar como algo diferente em meio à mesmice. Lana Del Rey encontrou-se em meio ao folk e ao americana para proferir seu estilo e uma identidade que, ano após ano, torna-se mais complexa.” – Thiago Nolla

7. ANCIENT DREAMS IN A MODERN LAND, MARINA

“De fato, quando pensamos que a performer sempre fez o que bem entendeu com a carreira, o compilado de originais se transforma em uma declamação antêmica de liberdade, em que ela se sente na obrigação de apoiar os marginalizados (“me queimou na fogueira, achou que eu era uma bruxa” talvez seja uma das constatações mais bem-vindas da iteração). Mas, quando o frenesi cansativo dessa austeridade é posto de lado, somos arrastados para pequenas joias musicais que tomam forma na balada “Highly Emotional People”, talvez uma ode à melancolia da amiga Lana Del Rey, talvez apenas um jeito elegante de dizer o que precisa.”

6. A TOUCH OF THE BEAT, Aly & AJ

“Em diversas entrevistas para promover o álbum, as performers comentaram sobre qual linha desejavam seguir – algo um tanto quanto evasivo, considerando que trariam o cenário do rock experimental de volta à tona. Essencialmente, é notável que as escolhas para as faixas não foram aleatórias, e sim calcadas em uma minúcia detalhista e simples que transforma cada track em uma ode a um gênero cujas raízes datam de um tempo considerável: “Lucky to Get Him”, assim como outras iterações, resgatam de modo mimético a estética optada por Edgar Froese e sua banda, Tangerine Dream“Symptom of Your Touch”, uma das melhores faixas de 2021, pode até ter um panorama mais comercial, é claro, reiterado pelo uso impactante dos sintetizadores – mas é tão bem produzida que nos faz encará-la como uma personificação jovial da explosão de “Dancing on My Own”, incluindo a trama sobre um relacionamento complicado.” – Thiago Nolla

5. HEAUX TALES, Jazmine Sullivan

O primeiro álbum completo de Jazmine Sullivan serviu como uma ótima sequência de suas iterações predecessoras. Descrito pela própria artista como a entrada mais obscura de sua carreira, Heaux Tales traz o melhor do R&B sem perder a mão do que ela realmente pretende: investir esforços em uma espécie de construção conceitual que parte do significado do hip hop. Como se não bastasse, o EP conta com inúmeras colaborações que incluem Ari LennoxH.E.R..

4. JUBILEE, Japanese Breakfast

Se você sentiu falta, por enquanto, de um álbum que resgatasse a revolução arquitetada por Fiona Apple no ano passado, não tema: a banda independente Japanese Breakfast veio para saciar nossa sede. Comandado pelos vocais inesperados da lead singer Michelle Zauner, que inclusive mergulhou de cabeça no próprio livro de memórias ‘Crying in H Mart’, a mistura explosiva de art poplo-fi é o que transforma Jubilee em uma obra como nenhuma outra – motivo pelo qual ocupa o quarto lugar da nossa lista.

3. DEATH BY ROCK AND ROLL, The Pretty Reckless

“Os momentos de extravagância explodem proposital e profusamente ao longo de doze belíssimas faixas – e o primeiro vislumbre dessa caprichosa inflexão dá-se em “Broomsticks”, uma espécie de interlúdio que se fecha em si mesmo, mas que, ao mesmo tempo, nos prepara para a narcótica viagem oitentista de “Witches Burn”, um dos ápices da produção que se guia pelos vocais de Taylor e que restringe a guitarra e o baixo ao atmosférico segundo plano. Na trama, a cantora vive uma mulher sem escrúpulos e que não será diminuída pelas outras pessoas e que tem um poder destrutivo cataclísmico – refletido por um abrangente e bem estruturado alcance vocal. “Turning Gold” abarca certos elementos do arabic pop para uma familiar e exultante arquitetura country-rock – que também revela um dos melhores pré-refrões já entregues pela banda através de versos que falam da inexorabilidade do tempo.”

2. BLUE WEEKEND, Wolf Alice

Quatro anos depois de terem lançado seu último álbum, a banda inglesa Wolf Alice retornou sem muito alvoroço com a impecável produção Blue Weekend. Sem sombra de dúvida uma das obras mais subestimadas de 2021 e uma que merece entrar para a lista dos apaixonados por rock alternativo e indie pop, a construção das onze breves faixas representa o amadurecimento e a completa compreensão do que significa ser um artista na atualidade, contando com singles como “The Last Man on Earth”“No Hard Feelings”.

1. DADDY’S HOME, St. Vincent

St. Vincent demonstra que o passado tem lugar marcante em sua vida – sutilmente aludindo aos estilos que o próprio pai lhe apresentou quando criança, como revelou em diversas entrevistas promovendo a obra. “Down And Out Downtown” é uma elegia de empoderamento, um hino de independência e uma viagem tétrica, em que ela “estava voando pelo Empire State, então você me beijou e eu caí de novo”. Em “Laughing Man”, ela mostra uma versatilidade apaixonante e aplaudível que se alastra tanto para o ritmo frasal do blues quanto para um enredo à la John Cassavetes (que é inclusive reconhecido em um dos versos). “Somebody Like Me”, como a própria performer já explicou, é um cândido e íntimo retrato sobre a mútua ilusão do amor, perpassando pelos vários estágios de um relacionamento e pela construção de uma compreensão recíproca e profunda.” – Thiago Nolla

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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Em apenas seis meses, Olivia Rodrigo fez sua aguardada estreia oficial com o impactante SOUR, pouco depois de dominar o mundo em ‘High School Musical: A Série: O Musical’Lana Del Rey lançou mais um álbum incrível com Chemtrails Over the Country Club; e The Pretty Reckless retornou anos depois de seu último lançamento com uma profunda e envolvente narrativa.

Para celebrar mais um momento importante da música, o CinePOP preparou uma lista com os dez melhores álbuns do ano até agora.

Confira abaixo as nossas escolhas e conte para nós qual o seu favorito:

10. SOUR, Olivia Rodrigo

“Quando pensamos no ineditismo artístico, não falamos exatamente de histórias revolucionárias ou qualquer coisa do tipo – muito pelo contrário: sabemos que os enredos serão bastante similares e que o modo de contá-los é o que deve prevalecer. Aliando-se à Geffen Records, Olivia decide gerar uma íntima jornada adolescente, apelando para um simples e profundo diálogo com as angústias pelas quais jovens passam e que são, normalmente, descreditadas por adultos. Logo, é óbvio que iremos encontrar diversas reflexões amorosas sobre traição, namoros, decepções e um senso de sempre querer seguir em frente e almejar pela felicidade. O interessante é de que forma Rodrigo arquiteta cada uma das onze breves faixas, emulando diversas influências que variam desde o pop-punk de Avril Lavigne à rebeldia do rock de Joan Jett – as quais já marcam presença na track de abertura.” – Thiago Nolla

9. COR, ANAVITÓRIA

“Os melhores momentos de Cor insurgem quando a dupla não se limita a construir algo simplista – como acontece com “Te amar é massa demais”. A obviedade do título é logo varrida para debaixo do tapete quando é-nos apresentada uma conflitante e apaixonante explosão de samba e bossa-nova que nos arremessa de volta para os anos 1920 do subúrbio carioca, enquanto abre espaço para inflexões à la Tom Jobim e Maria Gadú, com reflexos distantes à fase mais pé-no-chão de Elis Regina (e tais caracterizações explicam o motivo de ser um dos pontos altos da iteração). Já “Tenta acreditar” é um antro em que vulnerabilidade e teatralidade encontram um espectro em comum num circense e pessoal desabafo.” – Thiago Nolla

8. CHEMTRAILS OVER THE COUNTRY CLUB, Lana Del Rey

“‘Chemtrails over the Country Club é apenas mais uma apaixonante e reverenciável adição à discografia de uma artista que ainda tem muito a nos contar – seja por seu estilo único, contemporâneo e saudosista ao mesmo tempo, impulsionado pela necessidade de despontar como algo diferente em meio à mesmice. Lana Del Rey encontrou-se em meio ao folk e ao americana para proferir seu estilo e uma identidade que, ano após ano, torna-se mais complexa.” – Thiago Nolla

7. ANCIENT DREAMS IN A MODERN LAND, MARINA

“De fato, quando pensamos que a performer sempre fez o que bem entendeu com a carreira, o compilado de originais se transforma em uma declamação antêmica de liberdade, em que ela se sente na obrigação de apoiar os marginalizados (“me queimou na fogueira, achou que eu era uma bruxa” talvez seja uma das constatações mais bem-vindas da iteração). Mas, quando o frenesi cansativo dessa austeridade é posto de lado, somos arrastados para pequenas joias musicais que tomam forma na balada “Highly Emotional People”, talvez uma ode à melancolia da amiga Lana Del Rey, talvez apenas um jeito elegante de dizer o que precisa.”

6. A TOUCH OF THE BEAT, Aly & AJ

“Em diversas entrevistas para promover o álbum, as performers comentaram sobre qual linha desejavam seguir – algo um tanto quanto evasivo, considerando que trariam o cenário do rock experimental de volta à tona. Essencialmente, é notável que as escolhas para as faixas não foram aleatórias, e sim calcadas em uma minúcia detalhista e simples que transforma cada track em uma ode a um gênero cujas raízes datam de um tempo considerável: “Lucky to Get Him”, assim como outras iterações, resgatam de modo mimético a estética optada por Edgar Froese e sua banda, Tangerine Dream“Symptom of Your Touch”, uma das melhores faixas de 2021, pode até ter um panorama mais comercial, é claro, reiterado pelo uso impactante dos sintetizadores – mas é tão bem produzida que nos faz encará-la como uma personificação jovial da explosão de “Dancing on My Own”, incluindo a trama sobre um relacionamento complicado.” – Thiago Nolla

5. HEAUX TALES, Jazmine Sullivan

O primeiro álbum completo de Jazmine Sullivan serviu como uma ótima sequência de suas iterações predecessoras. Descrito pela própria artista como a entrada mais obscura de sua carreira, Heaux Tales traz o melhor do R&B sem perder a mão do que ela realmente pretende: investir esforços em uma espécie de construção conceitual que parte do significado do hip hop. Como se não bastasse, o EP conta com inúmeras colaborações que incluem Ari LennoxH.E.R..

4. JUBILEE, Japanese Breakfast

Se você sentiu falta, por enquanto, de um álbum que resgatasse a revolução arquitetada por Fiona Apple no ano passado, não tema: a banda independente Japanese Breakfast veio para saciar nossa sede. Comandado pelos vocais inesperados da lead singer Michelle Zauner, que inclusive mergulhou de cabeça no próprio livro de memórias ‘Crying in H Mart’, a mistura explosiva de art poplo-fi é o que transforma Jubilee em uma obra como nenhuma outra – motivo pelo qual ocupa o quarto lugar da nossa lista.

3. DEATH BY ROCK AND ROLL, The Pretty Reckless

“Os momentos de extravagância explodem proposital e profusamente ao longo de doze belíssimas faixas – e o primeiro vislumbre dessa caprichosa inflexão dá-se em “Broomsticks”, uma espécie de interlúdio que se fecha em si mesmo, mas que, ao mesmo tempo, nos prepara para a narcótica viagem oitentista de “Witches Burn”, um dos ápices da produção que se guia pelos vocais de Taylor e que restringe a guitarra e o baixo ao atmosférico segundo plano. Na trama, a cantora vive uma mulher sem escrúpulos e que não será diminuída pelas outras pessoas e que tem um poder destrutivo cataclísmico – refletido por um abrangente e bem estruturado alcance vocal. “Turning Gold” abarca certos elementos do arabic pop para uma familiar e exultante arquitetura country-rock – que também revela um dos melhores pré-refrões já entregues pela banda através de versos que falam da inexorabilidade do tempo.”

2. BLUE WEEKEND, Wolf Alice

Quatro anos depois de terem lançado seu último álbum, a banda inglesa Wolf Alice retornou sem muito alvoroço com a impecável produção Blue Weekend. Sem sombra de dúvida uma das obras mais subestimadas de 2021 e uma que merece entrar para a lista dos apaixonados por rock alternativo e indie pop, a construção das onze breves faixas representa o amadurecimento e a completa compreensão do que significa ser um artista na atualidade, contando com singles como “The Last Man on Earth”“No Hard Feelings”.

1. DADDY’S HOME, St. Vincent

St. Vincent demonstra que o passado tem lugar marcante em sua vida – sutilmente aludindo aos estilos que o próprio pai lhe apresentou quando criança, como revelou em diversas entrevistas promovendo a obra. “Down And Out Downtown” é uma elegia de empoderamento, um hino de independência e uma viagem tétrica, em que ela “estava voando pelo Empire State, então você me beijou e eu caí de novo”. Em “Laughing Man”, ela mostra uma versatilidade apaixonante e aplaudível que se alastra tanto para o ritmo frasal do blues quanto para um enredo à la John Cassavetes (que é inclusive reconhecido em um dos versos). “Somebody Like Me”, como a própria performer já explicou, é um cândido e íntimo retrato sobre a mútua ilusão do amor, perpassando pelos vários estágios de um relacionamento e pela construção de uma compreensão recíproca e profunda.” – Thiago Nolla

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