domingo , 22 dezembro , 2024

Os Melhores e Piores Filmes de Super-Heróis de 2017

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Todo ano temos a promessa de centenas de filmes estreando em nossas salas de cinema e alguns em nossas telas de TV em casa. Porém, nenhum outro tipo recebe tanta atenção dos fãs quanto os blockbusters de super-heróis. Não adianta, eles são o ponto alto do ano. E temos recebido uma verdadeira enxurrada. Com 2017 não foi diferente. Mas ao contrário de 2016, que marcou a estreia de filmes polêmicos, que dividiram bastante as opiniões, vide Batman VS. Superman, outros que foram solenemente ignorados, vide X-Men: Apocalypse, e ainda um que foi um verdadeiro desastre – sim estou falando de você, Esquadrão Suicida – este ano tivemos produções mais satisfatórias, cujos resultados foram mais harmoniosos com o conjunto.

Pensando nisso, a redação do CinePOP resolveu listar todos os filmes de super-heróis de 2017 em sua ordem de preferência. Os pontos foram somados e a média foi tirada – nosso próprio Rotten Tomatoes – a democracia não é linda? Foram levados em consideração 8 filmes no total, e aqui os apresentaremos em ordem decrescente, do pior ao melhor. Queremos deixar claro também que gostamos de todos os filmes de super-heróis deste ano, diferente do ano passado, e que foi uma disputa bem acirrada. Veja ao final do texto as listas individuais de cada um de nossos votantes, e não esqueça de comentar qual a ordem de sua preferência.



Relembre nossa lista dos Melhores e Piores filmes de super-heróis de 2016

8 | Power Rangers

Assista também:
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Começamos a lista com uma bela surpresa. Esta não é uma adaptação da Marvel ou DC, e sequer uma de quadrinhos. Trata-se de um reboot para o cinema da série televisiva adorada pelos adolescentes do início da década de 1990. Eu não peguei muito esta época, então a produção realmente não me dizia nada. Provando que um bom filme pode vir de qualquer lugar, Power Rangers subverte o gênero, adicionando ares e o realismo de Poder Sem Limites (2012), e conseguindo inserir criatividade em sua confecção – o plano sequência que abre o filme, visto de dentro de um carro, mostra que os realizadores deram o passo além, se importando com estes detalhes, muito mais direcionados para quem vê cinema como arte e não apenas uma diversão passageira. Como resultado, o filme não atingiu o esperado e a tão aguardada sequência talvez fique apenas na promessa. Power Rangers está em oitava posição de nossa lista, pois só recebeu dois votos – parece que mais pessoas de nossa redação precisam correr atrás desta divertida obra do gênero.

7 | LEGO Batman: O Filme

Outra divertidíssima produção que o pessoal deste site precisa assistir correndo. Lego Batman teve apenas um voto, deste que vos fala, mas chega acima de Power Rangers, pois foi meu segundo filme de super-herói favorito no ano. Para quem gostou de Uma Aventura Lego (2014), a adaptação dos responsáveis para o grande herói da DC será um prata cheio. Um escracho hilário, a animação tira muito sarro com toda a mitologia do Homem Morcego, o que para os fãs é um deleite. O longa é tão cheio de referências que as gerações mais novas ficarão boiando. Aqui, por exemplo, existe espaço inclusive para brincar com o seriado do Batman, da década de 1960, com Adam West. Além disso, o filme passa por todas as encarnações do personagem, seja na TV ou no cinema. Lego Batman também desmonta a imagem do sombrio cavaleiro das trevas como nenhum filme jamais fez. Some na mistura seus arqui-inimigos, em especial o Coringa, um menino prodígio bem inusitado e inclusive seus companheiros de Liga da Justiça. Não quero falar nada, mas deixa esta versão em live action no chinelo.

6 | Liga da Justiça

Por falar nela, em sexta posição no ranking chega Os Vingadores Liga da Justiça. Esperava-se um grande estardalhaço da superprodução, e ela vem fazendo certo barulho, mas talvez não o esperado. Depois da reação mista de críticos, fãs e amantes casuais de cinema em relação a Batman Vs. Superman (2016), o receio com o filme da Liga era grande. Isso foi um pouco remediado com o lançamento do maravilhoso (com o perdão do trocadilho) filme solo da Mulher Maravilha. Ela volta no filme da equipe, novamente personificada por Gal Gadot. A entrada de Joss Whedon substituindo Zack Snyder na direção trouxe luz às sombras, mais humor, e a especialidade do cineasta desde os tempos de Buffy – a Caça Vampiros, boas interações e diálogos entre personagens. Este é o ponto alto de Liga da Justiça. Tirando isso, temos um vilão bem capenga e uma estrutura narrativa diretamente saída de um dos maiores sucessos da empresa rival. Alguém aí falou em grande ameaça alienígena a ser combatida? Na dúvida, recorra sempre a ela.

5 | Thor: Ragnarok

A rivalidade pode até ser saudável. E a rixa entre os nerds de carteirinha, se digladiando através de caracteres na internet para ver quem é melhor, Marvel ou DC, pode ser comparada àquela de fanáticos por futebol. O importante é não se matarem ou terminar amizades. Os estúdios já perceberam isso, em especial a Marvel, que está na crista da onda. Batman Vs Superman era para ter sido lançado em 2015, batendo diretamente de frente com Vingadores: Era de Ultron (um filme que particularmente não consigo gostar, e não saberia dizer qual é o melhor entre os citados). As datas fariam um grande embate entre os maiores heróis de tais empresas. E na época a DC erguia-se com grande esperança, já que ainda não havia apresentado as consecutivas escorregadas. Seja por qual motivo, BVS foi adiado para o ano seguinte, evitando a briga. A Marvel não se deu por vencida e colocou seu Vingadores 2.5, vulgo Capitão América: Guerra Civil no páreo, e deu no que deu, mais uma vez comendo a rival viva. O grande duelo entre as empresas este ano ocorre entre Liga da Justiça e Thor: Ragnarok, que igualmente reúne grandes heróis da Marvel. Muita gente reclamou do humor exagerado do filme, e não deixam de ter razão. Por outro lado, não há como tirar os olhos do design de produção, possivelmente o melhor do ano para o gênero. Temos também Jeff Goldblum e Tessa Thompson roubando a cena e uma trilha sonora animal.

4 | Homem-Aranha: De Volta ao Lar

A volta do maior herói da Marvel, e seu garoto propaganda, para sua casa não foi tão impactante quanto esperávamos, mas mesmo assim conseguiu emplacar em quarto lugar da nossa lista. A maior reclamação talvez seja a falta de cenas de ação memoráveis, como algumas das icônicas contidas especialmente nos filmes de Sam Raimi. Calma gente, também precisamos lembrar que o personagem ainda está começando e se não chutou a porta em sua estreia, promete fazer isso em breve. Depois de ter roubado a cena em Guerra Civil (2016), o aracnídeo da vizinhança ganha um filme solo como os fãs queriam, desta vez nos domínios da Marvel Studios, podendo assim encontrar e interagir com personagens como Homem de Ferro e Capitão América. E parece que foi ontem a grande comoção dos fãs para que este fato se tornasse realidade. O que mostra que os executivos estão sim ouvindo vocês. Então chiem mesmo quando alguma coisa não está como querem. No lado positivo, Tom Holland chega enaltecido como o melhor intérprete do escalador de paredes, e o primeiro com a idade correta. Além disso, existe aqui um dos melhores vilões já criado para um filme da casa, o Abutre personificado por Michael Keaton, um inimigo bem humano e à altura do protagonista.

3 | Guardiões da Galáxia Vol. 2

O primeiro Guardiões (2014) foi uma verdadeira febre. Você lembra? Mostrou que a Marvel não podia errar nem quando pegava personagens do time C da casa para jogar aos holofotes. E não apenas isso, Guardiões se mostrou uma experiência mais satisfatória do que filmes solo de pratas da casa, como Thor e Capitão América (ambos de 2011). O que acontece é que o diretor James Gunn teve mais liberdade para criar seu projeto, usando de criatividade para separar esta Space Opera dos demais filmes do estúdio, já que não estariam necessariamente interligados como os outros. Além disso, pelo fato de serem personagem desconhecidos do grande público, existia espaço para arriscar mais. Com bastante humor, visual incrível, personagens estranhos e únicos, e uma trilha sonora que dominou seu respectivo ano, Guardiões ficou cimentado como um dos cinco melhores filmes da Marvel. Pressão para o segundo? Digamos, expectativa. Até mesmo quem não é particularmente fã de super-heróis queria ver o que iriam aprontar com a sequência deste filme queridão. O resultado foi este, uma obra tão divertida quanto e mais emotiva, focada ainda mais em laços familiares – um dos grandes temas do ano em blockbusters. Pode não ter causado o impacto do primeiro, já que não era mais novidade. Muitos, porém, afirmam que esta continuação é superior ao original. Eu diria tão boa quanto.

2 | Logan

Até agora na lista tivemos bons filmes de heróis, mas que funcionam dentro de uma fórmula pré-estabelecida, seja na Marvel ou na DC. Liga da Justiça, por exemplo, deixou para trás a época sombria e resolveu embarcar nas piadas. Já a Fox, para não sair perdendo, resolve investir em um grande diferencial. Precisamos lembrar também que o estúdio é o responsável por esta era de ouro que temos dos filmes de super-heróis, já que lá atrás lançou o primeiro deles nesta nova fase, com X-Men (2000). Faz tempo viu. Me lembro até hoje de quando fui assistir ao lado de amigos no cinema. Bons tempos. Agora o estúdio inova outra vez, lançando os primeiros filmes do gênero (primeiros de personagens muito conhecidos) com censura para maiores de idade. O primeiro foi Deadpool, do ano passado, elogiado como o melhor filme de herói de 2016, por seu teor politicamente incorreto, violência e palavrões. Particularmente, quero mais nudez! Agora chega Logan, terceiro filme solo do mutante mais popular dos X-Men, o Wolverine, que marca entre outras coisas a despedida do ator Hugh Jackman do personagem, após nove filmes personificando-o (o máximo que um ator já viveu o mesmo papel no cinema). Temos um filme de Wolverine como os fãs sempre quiseram e nunca puderam ver. Uma pena que seja na adaptação da história Old man Logan (Velho Logan), com o personagem já velho e desgastado – pense em como seria bom vê-lo desta forma, sem censura, em seu auge. De qualquer maneira, o tom de futuro apocalíptico serve para transformar a trama num faroeste / road movie moderno, e a velhice, um ponto necessário para o indestrutível herói. Como posso terminar o texto sem falar da carismática Dafne Keen, a menininha que rouba todos os holofotes. CORAGEM define bem este longa.

1 | Mulher Maravilha

Não tem jeito. Por mais que alguns aqui em nossa redação quisessem Logan como o melhor filme de herói do ano, o resultado foi devastador. Mulher Maravilha é revolucionário, pois traz a primeira super-heroína à frente, mostrando que filmes do gênero protagonizados e dirigidos por mulheres podem dar, e muito, certo. Tudo bem que esta história de origem não é tão fora da caixinha quanto o apresentado em Logan, e que o longa de Patty Jenkins funciona dentro de uma fórmula – ação, humor e efeitos – na qual se encontram a maioria dos filmes do gênero. Por outro lado, temos uma obra que remete ao primeiro grande filme do gênero que já foi feito, Superman – O Filme (1978), não por acaso da mesma DC. Mulher Maravilha é uma grande homenagem e remete diretamente a ele, dando ênfase em “o que é ser um herói”. A grandiosidade épica que Jenkins dá às cenas, em especial as que a heroína se ergue perante os desafios e inimigos é de tirar o fôlego. Além disso, a diretora fotografa sua estrela Gal Gadot no papel como ninguém consegue. Gadot é puro carisma nas formas da guerreira amazona. Mulher Maravilha é um filme que equilibra como poucos o desenvolvimento de personagens e do mundo aonde habitam, relacionamentos entre eles (o diálogo de Gadot com Chris Pine no barco, com viés feminista inocente é fantástico) e cenas de ação nas quais os efeitos funcionam a favor do filme.  E que venha a continuação!

Listas Individuais:

Renato Marafon – Editor-chefe

Mulher Maravilha
Logan
Guardiões da Galáxia Vol. 2
Thor: Ragnarok
Liga da Justiça
Homem-Aranha: De Volta ao Lar

Pablo Bazarello – Editor e crítico

Mulher Maravilha
Lego Batman
Thor: Ragnarok
Power Rangers
Guardiões da Galáxia Vol. 2
Logan
Homem-Aranha: De Volta ao Lar
Liga da Justiça

Rafaela Gomes – Redatora e crítica 

Mulher Maravilha
Logan
Guardiões da Galáxia Vol. 2
Liga da Justiça
Homem-Aranha: De Volta ao Lar
Thor: Ragnarok

Georgenor Franco Neto – Crítico

Logan
Mulher Maravilha
Homem-Aranha: De Volta ao Lar
Guardiões da Galáxia Vol. 2
Thor: Ragnarok
Liga da Justiça

Karolen Passos – Mídias Sociais e Crítica

Mulher Maravilha
Logan
Liga da Justiça
Guardiões da Galáxia Vol.2

Thiago Muniz – Redator

Mulher Maravilha
Logan
Homem-Aranha: De Volta ao Lar
Guardiões da Galáxia Vol. 2
Thor: Ragnarok
Liga da Justiça
Power Rangers

Letícia Alassë – crítica e colaboradora de conteúdo

Logan 
Mulher Maravilha
Homem-Aranha: De Volta ao Lar
Guardiões da Galáxia Vol. 2
Thor: Ragnarok

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Os Melhores e Piores Filmes de Super-Heróis de 2017

Todo ano temos a promessa de centenas de filmes estreando em nossas salas de cinema e alguns em nossas telas de TV em casa. Porém, nenhum outro tipo recebe tanta atenção dos fãs quanto os blockbusters de super-heróis. Não adianta, eles são o ponto alto do ano. E temos recebido uma verdadeira enxurrada. Com 2017 não foi diferente. Mas ao contrário de 2016, que marcou a estreia de filmes polêmicos, que dividiram bastante as opiniões, vide Batman VS. Superman, outros que foram solenemente ignorados, vide X-Men: Apocalypse, e ainda um que foi um verdadeiro desastre – sim estou falando de você, Esquadrão Suicida – este ano tivemos produções mais satisfatórias, cujos resultados foram mais harmoniosos com o conjunto.

Pensando nisso, a redação do CinePOP resolveu listar todos os filmes de super-heróis de 2017 em sua ordem de preferência. Os pontos foram somados e a média foi tirada – nosso próprio Rotten Tomatoes – a democracia não é linda? Foram levados em consideração 8 filmes no total, e aqui os apresentaremos em ordem decrescente, do pior ao melhor. Queremos deixar claro também que gostamos de todos os filmes de super-heróis deste ano, diferente do ano passado, e que foi uma disputa bem acirrada. Veja ao final do texto as listas individuais de cada um de nossos votantes, e não esqueça de comentar qual a ordem de sua preferência.

Relembre nossa lista dos Melhores e Piores filmes de super-heróis de 2016

8 | Power Rangers

Começamos a lista com uma bela surpresa. Esta não é uma adaptação da Marvel ou DC, e sequer uma de quadrinhos. Trata-se de um reboot para o cinema da série televisiva adorada pelos adolescentes do início da década de 1990. Eu não peguei muito esta época, então a produção realmente não me dizia nada. Provando que um bom filme pode vir de qualquer lugar, Power Rangers subverte o gênero, adicionando ares e o realismo de Poder Sem Limites (2012), e conseguindo inserir criatividade em sua confecção – o plano sequência que abre o filme, visto de dentro de um carro, mostra que os realizadores deram o passo além, se importando com estes detalhes, muito mais direcionados para quem vê cinema como arte e não apenas uma diversão passageira. Como resultado, o filme não atingiu o esperado e a tão aguardada sequência talvez fique apenas na promessa. Power Rangers está em oitava posição de nossa lista, pois só recebeu dois votos – parece que mais pessoas de nossa redação precisam correr atrás desta divertida obra do gênero.

7 | LEGO Batman: O Filme

Outra divertidíssima produção que o pessoal deste site precisa assistir correndo. Lego Batman teve apenas um voto, deste que vos fala, mas chega acima de Power Rangers, pois foi meu segundo filme de super-herói favorito no ano. Para quem gostou de Uma Aventura Lego (2014), a adaptação dos responsáveis para o grande herói da DC será um prata cheio. Um escracho hilário, a animação tira muito sarro com toda a mitologia do Homem Morcego, o que para os fãs é um deleite. O longa é tão cheio de referências que as gerações mais novas ficarão boiando. Aqui, por exemplo, existe espaço inclusive para brincar com o seriado do Batman, da década de 1960, com Adam West. Além disso, o filme passa por todas as encarnações do personagem, seja na TV ou no cinema. Lego Batman também desmonta a imagem do sombrio cavaleiro das trevas como nenhum filme jamais fez. Some na mistura seus arqui-inimigos, em especial o Coringa, um menino prodígio bem inusitado e inclusive seus companheiros de Liga da Justiça. Não quero falar nada, mas deixa esta versão em live action no chinelo.

6 | Liga da Justiça

Por falar nela, em sexta posição no ranking chega Os Vingadores Liga da Justiça. Esperava-se um grande estardalhaço da superprodução, e ela vem fazendo certo barulho, mas talvez não o esperado. Depois da reação mista de críticos, fãs e amantes casuais de cinema em relação a Batman Vs. Superman (2016), o receio com o filme da Liga era grande. Isso foi um pouco remediado com o lançamento do maravilhoso (com o perdão do trocadilho) filme solo da Mulher Maravilha. Ela volta no filme da equipe, novamente personificada por Gal Gadot. A entrada de Joss Whedon substituindo Zack Snyder na direção trouxe luz às sombras, mais humor, e a especialidade do cineasta desde os tempos de Buffy – a Caça Vampiros, boas interações e diálogos entre personagens. Este é o ponto alto de Liga da Justiça. Tirando isso, temos um vilão bem capenga e uma estrutura narrativa diretamente saída de um dos maiores sucessos da empresa rival. Alguém aí falou em grande ameaça alienígena a ser combatida? Na dúvida, recorra sempre a ela.

5 | Thor: Ragnarok

A rivalidade pode até ser saudável. E a rixa entre os nerds de carteirinha, se digladiando através de caracteres na internet para ver quem é melhor, Marvel ou DC, pode ser comparada àquela de fanáticos por futebol. O importante é não se matarem ou terminar amizades. Os estúdios já perceberam isso, em especial a Marvel, que está na crista da onda. Batman Vs Superman era para ter sido lançado em 2015, batendo diretamente de frente com Vingadores: Era de Ultron (um filme que particularmente não consigo gostar, e não saberia dizer qual é o melhor entre os citados). As datas fariam um grande embate entre os maiores heróis de tais empresas. E na época a DC erguia-se com grande esperança, já que ainda não havia apresentado as consecutivas escorregadas. Seja por qual motivo, BVS foi adiado para o ano seguinte, evitando a briga. A Marvel não se deu por vencida e colocou seu Vingadores 2.5, vulgo Capitão América: Guerra Civil no páreo, e deu no que deu, mais uma vez comendo a rival viva. O grande duelo entre as empresas este ano ocorre entre Liga da Justiça e Thor: Ragnarok, que igualmente reúne grandes heróis da Marvel. Muita gente reclamou do humor exagerado do filme, e não deixam de ter razão. Por outro lado, não há como tirar os olhos do design de produção, possivelmente o melhor do ano para o gênero. Temos também Jeff Goldblum e Tessa Thompson roubando a cena e uma trilha sonora animal.

4 | Homem-Aranha: De Volta ao Lar

A volta do maior herói da Marvel, e seu garoto propaganda, para sua casa não foi tão impactante quanto esperávamos, mas mesmo assim conseguiu emplacar em quarto lugar da nossa lista. A maior reclamação talvez seja a falta de cenas de ação memoráveis, como algumas das icônicas contidas especialmente nos filmes de Sam Raimi. Calma gente, também precisamos lembrar que o personagem ainda está começando e se não chutou a porta em sua estreia, promete fazer isso em breve. Depois de ter roubado a cena em Guerra Civil (2016), o aracnídeo da vizinhança ganha um filme solo como os fãs queriam, desta vez nos domínios da Marvel Studios, podendo assim encontrar e interagir com personagens como Homem de Ferro e Capitão América. E parece que foi ontem a grande comoção dos fãs para que este fato se tornasse realidade. O que mostra que os executivos estão sim ouvindo vocês. Então chiem mesmo quando alguma coisa não está como querem. No lado positivo, Tom Holland chega enaltecido como o melhor intérprete do escalador de paredes, e o primeiro com a idade correta. Além disso, existe aqui um dos melhores vilões já criado para um filme da casa, o Abutre personificado por Michael Keaton, um inimigo bem humano e à altura do protagonista.

3 | Guardiões da Galáxia Vol. 2

O primeiro Guardiões (2014) foi uma verdadeira febre. Você lembra? Mostrou que a Marvel não podia errar nem quando pegava personagens do time C da casa para jogar aos holofotes. E não apenas isso, Guardiões se mostrou uma experiência mais satisfatória do que filmes solo de pratas da casa, como Thor e Capitão América (ambos de 2011). O que acontece é que o diretor James Gunn teve mais liberdade para criar seu projeto, usando de criatividade para separar esta Space Opera dos demais filmes do estúdio, já que não estariam necessariamente interligados como os outros. Além disso, pelo fato de serem personagem desconhecidos do grande público, existia espaço para arriscar mais. Com bastante humor, visual incrível, personagens estranhos e únicos, e uma trilha sonora que dominou seu respectivo ano, Guardiões ficou cimentado como um dos cinco melhores filmes da Marvel. Pressão para o segundo? Digamos, expectativa. Até mesmo quem não é particularmente fã de super-heróis queria ver o que iriam aprontar com a sequência deste filme queridão. O resultado foi este, uma obra tão divertida quanto e mais emotiva, focada ainda mais em laços familiares – um dos grandes temas do ano em blockbusters. Pode não ter causado o impacto do primeiro, já que não era mais novidade. Muitos, porém, afirmam que esta continuação é superior ao original. Eu diria tão boa quanto.

2 | Logan

Até agora na lista tivemos bons filmes de heróis, mas que funcionam dentro de uma fórmula pré-estabelecida, seja na Marvel ou na DC. Liga da Justiça, por exemplo, deixou para trás a época sombria e resolveu embarcar nas piadas. Já a Fox, para não sair perdendo, resolve investir em um grande diferencial. Precisamos lembrar também que o estúdio é o responsável por esta era de ouro que temos dos filmes de super-heróis, já que lá atrás lançou o primeiro deles nesta nova fase, com X-Men (2000). Faz tempo viu. Me lembro até hoje de quando fui assistir ao lado de amigos no cinema. Bons tempos. Agora o estúdio inova outra vez, lançando os primeiros filmes do gênero (primeiros de personagens muito conhecidos) com censura para maiores de idade. O primeiro foi Deadpool, do ano passado, elogiado como o melhor filme de herói de 2016, por seu teor politicamente incorreto, violência e palavrões. Particularmente, quero mais nudez! Agora chega Logan, terceiro filme solo do mutante mais popular dos X-Men, o Wolverine, que marca entre outras coisas a despedida do ator Hugh Jackman do personagem, após nove filmes personificando-o (o máximo que um ator já viveu o mesmo papel no cinema). Temos um filme de Wolverine como os fãs sempre quiseram e nunca puderam ver. Uma pena que seja na adaptação da história Old man Logan (Velho Logan), com o personagem já velho e desgastado – pense em como seria bom vê-lo desta forma, sem censura, em seu auge. De qualquer maneira, o tom de futuro apocalíptico serve para transformar a trama num faroeste / road movie moderno, e a velhice, um ponto necessário para o indestrutível herói. Como posso terminar o texto sem falar da carismática Dafne Keen, a menininha que rouba todos os holofotes. CORAGEM define bem este longa.

1 | Mulher Maravilha

Não tem jeito. Por mais que alguns aqui em nossa redação quisessem Logan como o melhor filme de herói do ano, o resultado foi devastador. Mulher Maravilha é revolucionário, pois traz a primeira super-heroína à frente, mostrando que filmes do gênero protagonizados e dirigidos por mulheres podem dar, e muito, certo. Tudo bem que esta história de origem não é tão fora da caixinha quanto o apresentado em Logan, e que o longa de Patty Jenkins funciona dentro de uma fórmula – ação, humor e efeitos – na qual se encontram a maioria dos filmes do gênero. Por outro lado, temos uma obra que remete ao primeiro grande filme do gênero que já foi feito, Superman – O Filme (1978), não por acaso da mesma DC. Mulher Maravilha é uma grande homenagem e remete diretamente a ele, dando ênfase em “o que é ser um herói”. A grandiosidade épica que Jenkins dá às cenas, em especial as que a heroína se ergue perante os desafios e inimigos é de tirar o fôlego. Além disso, a diretora fotografa sua estrela Gal Gadot no papel como ninguém consegue. Gadot é puro carisma nas formas da guerreira amazona. Mulher Maravilha é um filme que equilibra como poucos o desenvolvimento de personagens e do mundo aonde habitam, relacionamentos entre eles (o diálogo de Gadot com Chris Pine no barco, com viés feminista inocente é fantástico) e cenas de ação nas quais os efeitos funcionam a favor do filme.  E que venha a continuação!

Listas Individuais:

Renato Marafon – Editor-chefe

Mulher Maravilha
Logan
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Thor: Ragnarok
Liga da Justiça
Homem-Aranha: De Volta ao Lar

Pablo Bazarello – Editor e crítico

Mulher Maravilha
Lego Batman
Thor: Ragnarok
Power Rangers
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