domingo , 22 dezembro , 2024

Os Melhores Faroestes dos Últimos Anos

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Em homenagem ao bom remake (finalmente) de Sete Homens e um Destino, que acaba de ser lançado nos cinemas mundiais, o CinePOP resolveu fazer uma lista com algumas das melhores produções do gênero, para você conhecer melhor este tipo de cinema muito peculiar. Listamos o que de melhor o gênero trouxe nos últimos anos, levando em conta somente filmes que respeitam verdadeiramente o cerne dos westerns, ou seja, nada de faroestes passados em eras pós-apocalípticas, por mais que sigam por um viés estrutural semelhante. Vamos a ela.

Desaparecidas (The Missing, 2003)

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Neste filme do prestigiado Ron Howard (Uma Mente Brilhante), a musa Cate Blanchett vive uma curandeira, cuja filha (papel de uma Evan Rachel Wood bem novinha) é sequestrada por índios Apaches, no Novo México de 1885. Como ajuda, ela precisa apelar para o pai, metade índio, com quem não se dá muito, interpretado pelo grande Tommy Lee Jones (o que seria de um faroeste sem ele?). O elenco conta ainda com Aaron Eckhart e Val Kilmer.

A Salvação (The Salvation, 2014)

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Embora tenha feito sua estreia no Festival de Cannes, o mais importante festival de cinema do mundo, esta produção dinamarquesa falada em inglês chegou ao Brasil direto no mercado de home vídeo. No filme, o ótimo Mads Mikkelsen interpreta um imigrante que tem a mulher e o filho assassinados por covardes nos EUA, na década de 1870. Quando se vinga dos assassinos, desperta a ira do irmão de um deles, um poderoso bandido local, interpretado por Jeffrey Dean Morgan. Ao ser traído por sua própria comunidade (flashbacks de A Caça?), ele precisa lutar por sua vida. Completando o elenco principal, a maravilhosa Eva Green interpreta uma muda, com muito a dizer com suas expressões faciais.

Appaloosa – Uma Cidade Sem Lei (Appaloosa, 2008)

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Os temas em faroestes são quase sempre os mesmos, o que não faz as diferentes abordagens a tais assuntos menos interessantes. Este, por exemplo, tem não apenas o dedo, como a mão inteira do talentoso Ed Harris. Escrito, dirigido e estrelado pelo veterano ator, o filme conta a história de dois sujeitos durões, implacáveis, porém, justos, contratados como a lei local em uma cidadezinha. O parceiro e braço direito é vivido pelo igualmente talentoso Viggo Mortensen. Rapidamente dois problemas se apresentam para a dupla. O primeiro, os mandos e desmandos de um poderoso rancheiro local, papel de Jeremy Irons (já deu pra ver o nível de talento impresso aqui). E o segundo, a chegada da viúva, interpretada por Renée Zellweger, que rachará a união entre os homens.

Hatfield´s & McCoys (2012)

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Tudo bem, demos uma leve trapaceada com este item. Na verdade, trata-se não de um filme, mas de uma minissérie do canal History em parceria com a Sony Pictures Television, de quase cinco horas de duração, dividida em três episódios. Mas como deixar de incluir algo tão marcante na lista? Primeiro por ser a volta do astro Kevin Costner, nesta década, ao gênero que o consagrou (Dança com Lobos, alguém?). Segundo, por ser uma produção extremamente cuidadosa e bem trabalhada, seja nos quesitos técnicos, quanto em personagens e atuações – o elenco é igualmente um chamariz, com Bill Paxton, Tom Berenger, Jena Malone, Mare Winningham, entre outros. E finalmente, por marcar o retorno da parceria entre o ator e o diretor Kevin Reynolds, depois de Fandango (1985), Robin Hood – O Príncipe dos Ladrões (1991) e da enorme desavença, que entrou para a história, em Waterworld (1995). Mostrando que não guardam ressentimentos, os dois Kevin contam juntos a notória e icônica desavença de duas famílias, que entrou para os anais da história norte-americana, iniciada após a Guerra Civil, na região de West Virginia / Kentuchky. A produção foi indicada como melhor minissérie no Globo de Ouro e Costner levou o prêmio como melhor ator.

O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford (2007)

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Baseado num livro de Ron Hansen, este filme não é apenas um dos títulos mais longos da história do cinema. Protagonizada por Brad Pitt e dirigida por Andrew Dominik (que viria recobrar a parceria com o ator em O Homem da Máfia, 2012), esta produção de quase 3 horas é um faroeste poético e bem psicológico, que privilegia muito mais o desenvolvimento de seus personagens do que a ação. Este relato histórico pode ser mais bem definido como uma história de obsessão, na qual o jovem Robert Ford (Casey Affleck) vê sua enorme idolatria pelo famoso bandido Jesse James (Brad Pitt) se transformar em ressentimento. O filme foi indicado para dois Oscar, melhor fotografia para Roger Deakins e melhor coadjuvante para Affleck. No elenco, Jeremy Renner, Sam Rockwell, Mary-Louise Parker e Sam Shepard.

Dívida de Honra (The Homesman, 2014)

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Outro faroeste de 2014 que fez sua estreia no prestigiado Festival de Cannes. Este, no entanto, teve a sorte de ser exibido nas salas de cinema brasileiras. Tommy Lee Jones (sim, ele de novo) escreve, dirige e protagoniza neste faroeste diferente, que é coprodução entre França e EUA. Mulheres em uma cidadezinha enlouquecem e precisam ser levadas a uma espécie de clínica psiquiátrica da época. Como ninguém se candidata a essa jornada perigosa, cabe a uma valente solteirona, vivida pela vencedora do Oscar Hilary Swank, a incumbência. Para sua proteção, ela contrata os serviços de um duro homem, vivido por Jones. A obra é produzida por Luc Besson, e conta com a musa Meryl Streep fazendo uma ponta.

Os Oito Odiados (The Hateful Eight, 2015)

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Um dos filmes mais recentes da lista, trata-se da última produção dirigida pelo mestre Quentin Tarantino, um dos cineastas autorais mais rentáveis da história do cinema. Tarantino volta ao gênero do faroeste, mas de forma diferente. Este é um trabalho distante de Django Livre, funcionando melhor como um Cães de Aluguel (1992), onde dentro de um único cenário (uma cabana em meio a uma nevasca), homens de diversas índoles irão passar toda a projeção, atrás de um traidor. Kurt Russell é John Ruth, um carrasco levando a condenada Daisy Domergue (Jennifer Jason Leigh, indicada ao Oscar pelo trabalho) para ser enforcada. No caminho, ele se depara com uma gama de personagens que só o cineasta sabe criar. Entre eles, estão as figuras de Samuel L. Jackson, Michael Madsen, Bruce Dern e Tim Roth.

Os Indomáveis (3:10 to Yuma, 2007)

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Outro faroeste sobre um condenado que precisa ser transportado em segurança até seu cativeiro e a primeira refilmagem da lista. Trata-se da reimaginação de Galante e Sanguinário (1957). Na trama do remake dirigido por James Mangold (Wolverine Imortal), apresenta o bandidão interpretado por Russell Crowe, que preso precisa ser levado até o trem das 3:10 para a prisão de Yuma, daí o título original. Mas cadê os valentes para a missão? Um rancheiro honesto, papel de Christian Bale, aceita a ingrata tarefa que irá mudar sua vida. Os Indomáveis é muito admirado pelo público, particularmente, sempre tive dificuldade em engolir o arco do criminoso que se redime rapidamente e começa a ver além de seus interesses. O filme foi indicado para dois Oscar, trilha sonora e mixagem de som. Além disso, pode-se dizer que marcou o encontro de dois dos mais controversos e difíceis astros da Hollywood atual, Crowe e Bale, que apesar disso, incrivelmente, não houve relatos de problemas no set.

Rango (2011)

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Sim, nos atrevemos a incluir uma animação nesta lista. Mas não se trata de uma animação comum, e sim de uma das mais inusitadas dos últimos tempos, que usa sim como pano de fundo uma história de faroeste. Dublado por Johnny Depp, o camaleão Rango se aventura no deserto, numa trama western que remete a Chinatown (1974). Sim, é uma grande mistura, com direito a aparição do ícone do gênero, Clint Eastwood, infelizmente não dublado pelo próprio, recebendo a voz de Timothy Olyphant. Rango não caiu nas graças do público, não é um filme para crianças e é estranho o suficiente para alienar o grande público. Apesar disso, os críticos e especialistas devoraram a obra e a prova disso foi sua vitória no Oscar na categoria de animação.

O Atalho (Meek´s Cutoff, 2010)

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Dirigido pela cineasta Kelly Reichardt, este filme pode ser considerado um dos poucos faroestes feministas da história – recentemente tivemos também The Keeping Room (2014), que ainda não chegou ao Brasil. Michelle Williams interpreta uma das peregrinas de três famílias, procurando um lugar melhor para se estabelecer e viajando através do deserto de Oregon, em 1845. Como podemos imaginar, as viagens não eram tão simples quanto comprar um bilhete e sentar no passado. Dessa forma, mesmo com a ajuda de um desbravador contratado, essas famílias se veem perdidas, presas às condições da natureza, com recursos cada vez mais escassos, e à mercê de animais e índios. Um drama arrepiante com ótimas atuações.

Pacto de Justiça (Open Range, 2003)

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Antes da minissérie Hatfields & McCoys, o astro Kevin Costner já havia dado as caras num faroeste no início da década passada. Com filmes como Fandango (1985) e Dança com Lobos (1990) e Wyatt Earp (1994), o nome do ator ficou associado ao gênero. Com Pacto de Justiça, Costner retorna aos westerns, assinando também a direção, numa obra baseada no livro de Lauran Paine. Um favorito pessoal, o filme conta a história de um boiadeiro (papel de Robert Duvall) e seu companheiro bom de arma (Costner) precisando enfrentar a corrupção de uma pequena cidade, a qual atravessam. O filme guarda um dos melhores confrontos finais para um faroeste de todos os tempos. Annette Bening completa o elenco.

O Regresso (The Revenant, 2015)

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O filme mais recente da lista chamou muita atenção nos últimos prêmios do Oscar.  Saída da mente de outro mestre, Alejandro Inarritu, a história fala sobre perseverança, força e vingança, narrando os passos de um explorador (vivido por Leonardo DiCaprio, que pelo trabalho ganhou finalmente seu tardio Oscar), que sobrevive após ser atacado e mutilado por um feroz urso. Depois de ser deixado para morrer, o protagonista parte em busca do sujeito que o abandonou e matou seu filho mestiço, vivido por Tom Hardy. Embora não tenha a pompa de faroestes tradicionais, já que aqui o ambiente é frio e inóspito, a trama se passa na década de 1820. O Regresso contém uma das melhores cenas de abertura em tempos recentes, que conta com um ataque de índios, no qual o diretor nos inclui diretamente na ação, como poucos fariam. É de tirar o fôlego.

Django Livre (Django Unchained, 2012)

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Novo trabalho de Tarantino e DiCaprio na lista. A parceria foi mais que frutífera e mostrou que DiCaprio é um baita ator – quem não conhece a história da cena do corte na mão verídico. Nesta primeira incursão do cineasta pelo gênero faroeste, Tarantino decide abordar a escravidão, nomeando um negro livre como herói libertário. Como não poderia deixar de ser, na época houve protesto do pessoal do mimimi, no entanto, Tarantino paira sempre acima de críticas, já que seus trabalhos são belíssimas homenagens ao cinema, estudados tanto em quesitos técnicos, quanto em estrutura narrativa e de roteiro. Na trama, um caçador de recompensas (Christoph Waltz ganhando seu segundo Oscar por um trabalho ao lado do diretor) liberta um escravo (Jamie Foxx) e com ele forma uma dupla bem sucedida. Sua próxima missão será libertar sua amada (Kerry Washington) das garras de um vilanesco herdeiro (DiCaprio). Os haters podem chiar, mas as cinco indicações ao Oscar, incluindo melhor filme, e a vitória de roteiro estarão aí para sempre. Quer mais, que tal a contagem em número 58 na lista dos melhores filmes de todos os tempos na opinião do grande público do IMDB?

Bravura Indômita (True Grit, 2010)

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Saindo de um diretor cultuado para outros tão cultuados quanto. Os Coen possuem seus admiradores, mas também existem aqueles que não são simpáticos ao teor quase abstrato de suas obras. Aqui, no entanto, estamos diante de um dos filmes mais aceitos dos Coen por todos, justamente por se tratar da refilmagem de um clássico. O Bravura Indômita (1969) original foi o filme que deu o único Oscar de melhor ator da carreira do ícone do gênero, John Wayne. Jeff Bridges é quem reprisa o papel do xerife beberrão Rooster Cogburn no filme dos Coen, que conta com uma das melhores revelações dos últimos anos, a menina Hailee Steinfeld, indicada ao Oscar. Seu personagem, a jovem Mattie Ross, entraria facilmente numa lista das personagens femininas mais importantes na história do cinema. Bravura Indômita foi indicado para dez Oscar, incluindo melhor filme. Como nota de curiosidade, uma sequência do original foi realizada em 1975, intitulada Justiceiro Implacável (Rooster Cogburn), com Wayne reprisando seu papel e a musa Katherine Hepburn no elenco. Como seria bom se os Coen decidissem refilmar a continuação também. Para o filme, Cate Blanchett, que já interpretou Hepburn no cinema (em O Aviador), cairia como uma luva.

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Em homenagem ao bom remake (finalmente) de Sete Homens e um Destino, que acaba de ser lançado nos cinemas mundiais, o CinePOP resolveu fazer uma lista com algumas das melhores produções do gênero, para você conhecer melhor este tipo de cinema muito peculiar. Listamos o que de melhor o gênero trouxe nos últimos anos, levando em conta somente filmes que respeitam verdadeiramente o cerne dos westerns, ou seja, nada de faroestes passados em eras pós-apocalípticas, por mais que sigam por um viés estrutural semelhante. Vamos a ela.

Desaparecidas (The Missing, 2003)

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Neste filme do prestigiado Ron Howard (Uma Mente Brilhante), a musa Cate Blanchett vive uma curandeira, cuja filha (papel de uma Evan Rachel Wood bem novinha) é sequestrada por índios Apaches, no Novo México de 1885. Como ajuda, ela precisa apelar para o pai, metade índio, com quem não se dá muito, interpretado pelo grande Tommy Lee Jones (o que seria de um faroeste sem ele?). O elenco conta ainda com Aaron Eckhart e Val Kilmer.

A Salvação (The Salvation, 2014)

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Embora tenha feito sua estreia no Festival de Cannes, o mais importante festival de cinema do mundo, esta produção dinamarquesa falada em inglês chegou ao Brasil direto no mercado de home vídeo. No filme, o ótimo Mads Mikkelsen interpreta um imigrante que tem a mulher e o filho assassinados por covardes nos EUA, na década de 1870. Quando se vinga dos assassinos, desperta a ira do irmão de um deles, um poderoso bandido local, interpretado por Jeffrey Dean Morgan. Ao ser traído por sua própria comunidade (flashbacks de A Caça?), ele precisa lutar por sua vida. Completando o elenco principal, a maravilhosa Eva Green interpreta uma muda, com muito a dizer com suas expressões faciais.

Appaloosa – Uma Cidade Sem Lei (Appaloosa, 2008)

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Os temas em faroestes são quase sempre os mesmos, o que não faz as diferentes abordagens a tais assuntos menos interessantes. Este, por exemplo, tem não apenas o dedo, como a mão inteira do talentoso Ed Harris. Escrito, dirigido e estrelado pelo veterano ator, o filme conta a história de dois sujeitos durões, implacáveis, porém, justos, contratados como a lei local em uma cidadezinha. O parceiro e braço direito é vivido pelo igualmente talentoso Viggo Mortensen. Rapidamente dois problemas se apresentam para a dupla. O primeiro, os mandos e desmandos de um poderoso rancheiro local, papel de Jeremy Irons (já deu pra ver o nível de talento impresso aqui). E o segundo, a chegada da viúva, interpretada por Renée Zellweger, que rachará a união entre os homens.

Hatfield´s & McCoys (2012)

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Tudo bem, demos uma leve trapaceada com este item. Na verdade, trata-se não de um filme, mas de uma minissérie do canal History em parceria com a Sony Pictures Television, de quase cinco horas de duração, dividida em três episódios. Mas como deixar de incluir algo tão marcante na lista? Primeiro por ser a volta do astro Kevin Costner, nesta década, ao gênero que o consagrou (Dança com Lobos, alguém?). Segundo, por ser uma produção extremamente cuidadosa e bem trabalhada, seja nos quesitos técnicos, quanto em personagens e atuações – o elenco é igualmente um chamariz, com Bill Paxton, Tom Berenger, Jena Malone, Mare Winningham, entre outros. E finalmente, por marcar o retorno da parceria entre o ator e o diretor Kevin Reynolds, depois de Fandango (1985), Robin Hood – O Príncipe dos Ladrões (1991) e da enorme desavença, que entrou para a história, em Waterworld (1995). Mostrando que não guardam ressentimentos, os dois Kevin contam juntos a notória e icônica desavença de duas famílias, que entrou para os anais da história norte-americana, iniciada após a Guerra Civil, na região de West Virginia / Kentuchky. A produção foi indicada como melhor minissérie no Globo de Ouro e Costner levou o prêmio como melhor ator.

O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford (2007)

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Baseado num livro de Ron Hansen, este filme não é apenas um dos títulos mais longos da história do cinema. Protagonizada por Brad Pitt e dirigida por Andrew Dominik (que viria recobrar a parceria com o ator em O Homem da Máfia, 2012), esta produção de quase 3 horas é um faroeste poético e bem psicológico, que privilegia muito mais o desenvolvimento de seus personagens do que a ação. Este relato histórico pode ser mais bem definido como uma história de obsessão, na qual o jovem Robert Ford (Casey Affleck) vê sua enorme idolatria pelo famoso bandido Jesse James (Brad Pitt) se transformar em ressentimento. O filme foi indicado para dois Oscar, melhor fotografia para Roger Deakins e melhor coadjuvante para Affleck. No elenco, Jeremy Renner, Sam Rockwell, Mary-Louise Parker e Sam Shepard.

Dívida de Honra (The Homesman, 2014)

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Outro faroeste de 2014 que fez sua estreia no prestigiado Festival de Cannes. Este, no entanto, teve a sorte de ser exibido nas salas de cinema brasileiras. Tommy Lee Jones (sim, ele de novo) escreve, dirige e protagoniza neste faroeste diferente, que é coprodução entre França e EUA. Mulheres em uma cidadezinha enlouquecem e precisam ser levadas a uma espécie de clínica psiquiátrica da época. Como ninguém se candidata a essa jornada perigosa, cabe a uma valente solteirona, vivida pela vencedora do Oscar Hilary Swank, a incumbência. Para sua proteção, ela contrata os serviços de um duro homem, vivido por Jones. A obra é produzida por Luc Besson, e conta com a musa Meryl Streep fazendo uma ponta.

Os Oito Odiados (The Hateful Eight, 2015)

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Um dos filmes mais recentes da lista, trata-se da última produção dirigida pelo mestre Quentin Tarantino, um dos cineastas autorais mais rentáveis da história do cinema. Tarantino volta ao gênero do faroeste, mas de forma diferente. Este é um trabalho distante de Django Livre, funcionando melhor como um Cães de Aluguel (1992), onde dentro de um único cenário (uma cabana em meio a uma nevasca), homens de diversas índoles irão passar toda a projeção, atrás de um traidor. Kurt Russell é John Ruth, um carrasco levando a condenada Daisy Domergue (Jennifer Jason Leigh, indicada ao Oscar pelo trabalho) para ser enforcada. No caminho, ele se depara com uma gama de personagens que só o cineasta sabe criar. Entre eles, estão as figuras de Samuel L. Jackson, Michael Madsen, Bruce Dern e Tim Roth.

Os Indomáveis (3:10 to Yuma, 2007)

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Outro faroeste sobre um condenado que precisa ser transportado em segurança até seu cativeiro e a primeira refilmagem da lista. Trata-se da reimaginação de Galante e Sanguinário (1957). Na trama do remake dirigido por James Mangold (Wolverine Imortal), apresenta o bandidão interpretado por Russell Crowe, que preso precisa ser levado até o trem das 3:10 para a prisão de Yuma, daí o título original. Mas cadê os valentes para a missão? Um rancheiro honesto, papel de Christian Bale, aceita a ingrata tarefa que irá mudar sua vida. Os Indomáveis é muito admirado pelo público, particularmente, sempre tive dificuldade em engolir o arco do criminoso que se redime rapidamente e começa a ver além de seus interesses. O filme foi indicado para dois Oscar, trilha sonora e mixagem de som. Além disso, pode-se dizer que marcou o encontro de dois dos mais controversos e difíceis astros da Hollywood atual, Crowe e Bale, que apesar disso, incrivelmente, não houve relatos de problemas no set.

Rango (2011)

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Sim, nos atrevemos a incluir uma animação nesta lista. Mas não se trata de uma animação comum, e sim de uma das mais inusitadas dos últimos tempos, que usa sim como pano de fundo uma história de faroeste. Dublado por Johnny Depp, o camaleão Rango se aventura no deserto, numa trama western que remete a Chinatown (1974). Sim, é uma grande mistura, com direito a aparição do ícone do gênero, Clint Eastwood, infelizmente não dublado pelo próprio, recebendo a voz de Timothy Olyphant. Rango não caiu nas graças do público, não é um filme para crianças e é estranho o suficiente para alienar o grande público. Apesar disso, os críticos e especialistas devoraram a obra e a prova disso foi sua vitória no Oscar na categoria de animação.

O Atalho (Meek´s Cutoff, 2010)

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Dirigido pela cineasta Kelly Reichardt, este filme pode ser considerado um dos poucos faroestes feministas da história – recentemente tivemos também The Keeping Room (2014), que ainda não chegou ao Brasil. Michelle Williams interpreta uma das peregrinas de três famílias, procurando um lugar melhor para se estabelecer e viajando através do deserto de Oregon, em 1845. Como podemos imaginar, as viagens não eram tão simples quanto comprar um bilhete e sentar no passado. Dessa forma, mesmo com a ajuda de um desbravador contratado, essas famílias se veem perdidas, presas às condições da natureza, com recursos cada vez mais escassos, e à mercê de animais e índios. Um drama arrepiante com ótimas atuações.

Pacto de Justiça (Open Range, 2003)

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Antes da minissérie Hatfields & McCoys, o astro Kevin Costner já havia dado as caras num faroeste no início da década passada. Com filmes como Fandango (1985) e Dança com Lobos (1990) e Wyatt Earp (1994), o nome do ator ficou associado ao gênero. Com Pacto de Justiça, Costner retorna aos westerns, assinando também a direção, numa obra baseada no livro de Lauran Paine. Um favorito pessoal, o filme conta a história de um boiadeiro (papel de Robert Duvall) e seu companheiro bom de arma (Costner) precisando enfrentar a corrupção de uma pequena cidade, a qual atravessam. O filme guarda um dos melhores confrontos finais para um faroeste de todos os tempos. Annette Bening completa o elenco.

O Regresso (The Revenant, 2015)

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O filme mais recente da lista chamou muita atenção nos últimos prêmios do Oscar.  Saída da mente de outro mestre, Alejandro Inarritu, a história fala sobre perseverança, força e vingança, narrando os passos de um explorador (vivido por Leonardo DiCaprio, que pelo trabalho ganhou finalmente seu tardio Oscar), que sobrevive após ser atacado e mutilado por um feroz urso. Depois de ser deixado para morrer, o protagonista parte em busca do sujeito que o abandonou e matou seu filho mestiço, vivido por Tom Hardy. Embora não tenha a pompa de faroestes tradicionais, já que aqui o ambiente é frio e inóspito, a trama se passa na década de 1820. O Regresso contém uma das melhores cenas de abertura em tempos recentes, que conta com um ataque de índios, no qual o diretor nos inclui diretamente na ação, como poucos fariam. É de tirar o fôlego.

Django Livre (Django Unchained, 2012)

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Novo trabalho de Tarantino e DiCaprio na lista. A parceria foi mais que frutífera e mostrou que DiCaprio é um baita ator – quem não conhece a história da cena do corte na mão verídico. Nesta primeira incursão do cineasta pelo gênero faroeste, Tarantino decide abordar a escravidão, nomeando um negro livre como herói libertário. Como não poderia deixar de ser, na época houve protesto do pessoal do mimimi, no entanto, Tarantino paira sempre acima de críticas, já que seus trabalhos são belíssimas homenagens ao cinema, estudados tanto em quesitos técnicos, quanto em estrutura narrativa e de roteiro. Na trama, um caçador de recompensas (Christoph Waltz ganhando seu segundo Oscar por um trabalho ao lado do diretor) liberta um escravo (Jamie Foxx) e com ele forma uma dupla bem sucedida. Sua próxima missão será libertar sua amada (Kerry Washington) das garras de um vilanesco herdeiro (DiCaprio). Os haters podem chiar, mas as cinco indicações ao Oscar, incluindo melhor filme, e a vitória de roteiro estarão aí para sempre. Quer mais, que tal a contagem em número 58 na lista dos melhores filmes de todos os tempos na opinião do grande público do IMDB?

Bravura Indômita (True Grit, 2010)

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Saindo de um diretor cultuado para outros tão cultuados quanto. Os Coen possuem seus admiradores, mas também existem aqueles que não são simpáticos ao teor quase abstrato de suas obras. Aqui, no entanto, estamos diante de um dos filmes mais aceitos dos Coen por todos, justamente por se tratar da refilmagem de um clássico. O Bravura Indômita (1969) original foi o filme que deu o único Oscar de melhor ator da carreira do ícone do gênero, John Wayne. Jeff Bridges é quem reprisa o papel do xerife beberrão Rooster Cogburn no filme dos Coen, que conta com uma das melhores revelações dos últimos anos, a menina Hailee Steinfeld, indicada ao Oscar. Seu personagem, a jovem Mattie Ross, entraria facilmente numa lista das personagens femininas mais importantes na história do cinema. Bravura Indômita foi indicado para dez Oscar, incluindo melhor filme. Como nota de curiosidade, uma sequência do original foi realizada em 1975, intitulada Justiceiro Implacável (Rooster Cogburn), com Wayne reprisando seu papel e a musa Katherine Hepburn no elenco. Como seria bom se os Coen decidissem refilmar a continuação também. Para o filme, Cate Blanchett, que já interpretou Hepburn no cinema (em O Aviador), cairia como uma luva.

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