domingo , 22 dezembro , 2024

Oscar 2018 | FILME e DIRETOR – Nossos palpites para os indicados

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Com esta nova matéria, chegamos ao fim de nosso especial sobre os palpites dos indicados ao Oscar 2018. Em edições passadas comentamos nossas previsões para os nomeados nas categorias de melhor atriz, coadjuvantes (ator e atriz) e melhor ator – que você pode conferir clicando nos links. Em nosso último lote de palpites iremos focar na categoria principal, de melhor filme, e melhor diretor, categorias que quase sempre caminham juntas. O anúncio dos indicados ao Oscar ocorrerá amanhã, terça-feira, dia 23 de janeiro, e a cerimônia com os vencedores irá ao ar no dia 4 de março. Então, pegue seu caderninho, e vamos lá.

Acompanhe o anúncio dos indicados ao Oscar 2018 pelo CinePOP



Aqui, iremos mesclar as duas categorias, falando um pouco sobre cada uma. Vamos começar pelos diretores e filmes que achamos estar garantidos. Com a possibilidade de até dez filmes, sabemos que os filmes dos diretores com mais chances de figurar estarão garantidos também – aqui não será o caso de termos um diretor indicado sem que seu filme seja. Ou vice versa, um filme com grandes chances sem que seu diretor esteja entre os cinco indicados – como ocorreu em 2013 com Argo e Ben Affleck.

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Bem, a esta altura muitos apostariam na vitória de Três Anúncios para um Crime. O filme vem levando alguns prêmios prévios, saiu vitorioso no Globo de Ouro, na categoria de melhor drama, e levou o prêmio de elenco no sindicato dos atores ontem. E como dito acima, seu comandante, o diretor Martin McDonagh, é certo de figurar entre os cinco da categoria – já vencer, o cineasta possui menos chances. O filme sobre uma mulher forte e decidida (papel de Frances McDormand) buscando justiça pelo assassinato da filha tem tudo a ver com a onda de protestos contra abuso em Hollywood – este parece ser o foco dentre todos os possíveis indicados – mas mesmo assim, não se esquivou por completo de uma divisão de opiniões, principalmente entre especialistas no Brasil.

Por outro lado, o diretor que vem levando tudo é o mexicano Guillermo del Toro, e ao que tudo indica, este é o seu ano. Do trio de colegas mexicanos, Alfonso Cuarón e Alejandro Gonzáles Inarritu já têm os seus Oscar (Inarritu com dois inclusive), agora só falta del Toro. Só se houver uma grande zebra, o cineasta de O Labirinto do Fauno (2006) fica sem a sua estatueta. O cineasta mencionado acima, McDonagh, não apresenta muito perigo, mas tudo pode acontecer. No entanto, o filme de del Toro, A Forma da Água, apresenta sim e muito perigo para a vitória de Três Anúncios para um Crime. Enaltecido como uma das melhores produções do ano, o longa levou o prêmio do sindicato dos produtores – fortíssimo termômetro para o Oscar, mas tem contra ele o fato de ser uma fantasia – afastado da pauta em questão: histórias sobre empoderamento feminino.

E já que o assunto é empoderamento feminino, nesta mistura será adicionada Greta Gerwig e seu Lady Bird – A Hora de Voar. O filme com o maior índice de aprovação na história do Rotten Tomatoes, que fala sobre o amadurecimento de uma adolescente, papel de Saoirse Ronan, é certo de estar entre os dez filmes indicados. Sua capitã, a atriz Greta Gerwig, no entanto, não era muito cogitada, até a onda de protestos, em especial no Globo de Ouro, explodirem. Quem não lembra da baita alfinetada de Natalie Portman sobre a categoria de diretor – TODOS HOMENS – segundo proferiu a mesma. A Academia não quer passar pelo mesmo constrangimento, e Gerwig é a cineasta mais cabível a ocupar a vaga, já que seu filme estará entre os indicados. Se a zebra estiver completamente solta, e a Academia quiser fazer bonito para a campanha Time´s Up, há chances da atriz e cineasta sair com a estatueta de del Toro debaixo do braço. Além disso, existe ainda uma pequena chance – mesmo que mínima – de Mulher Maravilha emplacar entre os filmes indicados (já para Patty Jenkis a chance é ainda menor, quase nula). No PGA, prêmio dos produtores, Mulher Maravilha entrou, ou foi enfiada, já que é o décimo primeiro filme postulando o prêmio.

O que muitos acreditam, no entanto, é que na cola do mexicano Guillermo del Toro para a vitória na categoria de diretor esteja o britânico Christopher Nolan, cineasta que chega forte com seu drama de guerra elogiadíssimo, Dunkirk. Blockbuster do verão norte-americano, o filme de Nolan é o único filme de entretenimento do ano (mesmo que um entretenimento sério) com chances de figurar entre os dez indicados – no início muitos apostavam em Blade Runner 2049, Logan e Mulher Maravilha. Nolan é um cineasta de mão cheia, disso ninguém duvida, mas Dunkirk deve sair mesmo é com prêmios técnicos. Além disso, o longa de Nolan é o filme lançado há mais tempo da época de prêmios que permaneceu na mente do público, críticos e possivelmente dos votantes. Bem, isso se Mulher Maravilha não entrar.

Agora, seguindo a lógica de prêmios prévios, o maior termômetro para a categoria de diretores é o DGA, o prêmio do sindicato dos diretores norte-americanos. Os quatro diretores apresentados acima, Greta Gerwig, Guillermo del Toro, Martin McDonagh e Christopher Nolan, estão entre os indicados. Seguindo esta linha, o quinto diretor a completar a categoria seria o estreante Jordan Peele. Corra! é um grande sucesso de 2017, e deve emplacar na categoria de melhor filme. Assim como Dunkirk, é um filme que funciona como entretenimento, mas possui diversas outras camadas a serem descobertas. Além disso, a entrada de Peele seria uma belíssima mostra de representatividade. Já pensou, termos indicados no mesmo ano uma mulher e um cineasta negro. Mas ao contrário de Gerwig, a vitória de Peele já estaria na indicação.

Bem, ainda temos mais cinco outros filmes para serem preenchidos. Por mais que nem todas as vagas sejam ocupadas, como em anos anteriores, aqui, por este se tratar de um texto sobre possibilidades, iremos adereçá-las. Desde que abriram para dez vagas na categoria de melhor filme em 2010, tivemos apenas nos dois primeiros anos (2010 e 2011), os tais dez filmes preenchidos. Depois, até 2014 tivemos 9 filmes; em 2015 e 2016, oito filmes; e em 2017 voltamos para 9 filmes. Esperamos que em 2018 voltemos a 10 filmes.

Por outro lado, se formos seguir as indicações do Globo de Ouro, e isso não está totalmente fora de questão, ainda mais depois de se ter conferido o filme, não podemos descartar totalmente a indicação do ícone Steven Spielberg. Que seu drama The Post- A Guerra Secreta, sobre a luta do jornalismo pelo direito de expressão em plena era Nixon (que reverbera muito nos tempos Trump de hoje), estará entre os filmes indicados não há dúvidas. Mas a entrada de Spielberg como um dos candidatos indicados ao Oscar ainda permanece incerta. Se o magnata entrar, quem sairá? Peele? McDonagh? Gerwig? Fora isso, no Globo de Ouro também tivemos a nomeação do veterano Ridley Scott por Todo o Dinheiro do Mundo. No Oscar, uma indicação para o veterano soa mais distante, assim como para seu filme. Uma categoria na qual o longa pode emplacar é na de ator coadjuvante, assim como ocorreu no Globo de Ouro, quando tivemos Christopher Plummer indicado.

Mais fortes, porém, são as candidaturas de Doentes de Amor, drama independente que vinha sendo mencionado, mas chegou meio apagadinho na temporada de prêmios; A Grande Jogada, drama criminal que pode ver sua protagonista, Jessica Chastain, entre as indicadas na categoria de melhor atriz; e principalmente Eu, Tonya, biografia incorreta que verá com certeza sua protagonista, Margot Robbie, indicada na categoria de atriz. Doentes de Amor, A Grande Jogada e Eu, Tonya foram indicados ao PGA, o prêmio de produtores. Fora esses, Projeto Flórida e Trama Fantasma, respectivamente de Sean Baker e Paul Thomas Anderson, são dois filmes que não foram incluídos para o prêmio do sindicato, mas que poderão aparecer entre os indicados a melhor filme no Oscar. Projeto Flórida, talvez com mais facilidade, segundo apontam os apostadores. Mas tanto Trama Fantasma, quanto O Destino de uma Nação (que indicará e dará a vitória para Gary Oldman) são dois longas de prestígio, de diretores renomados e queridinhos da Academia, Anderson e Joe Wright respectivamente, que não devem ser 100% descartados.

P.S. Se o Oscar fosse legal de verdade, veríamos Artista do Desastre figurando entre os indicados. =)

Bom, estas foram nossas principais apostas para os indicados a melhor filme e diretor no próximo Oscar. E aí, esquecemos alguém? Deixei seu comentário abaixo dizendo em quais vocês apostam.

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Aqui, iremos mesclar as duas categorias, falando um pouco sobre cada uma. Vamos começar pelos diretores e filmes que achamos estar garantidos. Com a possibilidade de até dez filmes, sabemos que os filmes dos diretores com mais chances de figurar estarão garantidos também – aqui não será o caso de termos um diretor indicado sem que seu filme seja. Ou vice versa, um filme com grandes chances sem que seu diretor esteja entre os cinco indicados – como ocorreu em 2013 com Argo e Ben Affleck.

Bem, a esta altura muitos apostariam na vitória de Três Anúncios para um Crime. O filme vem levando alguns prêmios prévios, saiu vitorioso no Globo de Ouro, na categoria de melhor drama, e levou o prêmio de elenco no sindicato dos atores ontem. E como dito acima, seu comandante, o diretor Martin McDonagh, é certo de figurar entre os cinco da categoria – já vencer, o cineasta possui menos chances. O filme sobre uma mulher forte e decidida (papel de Frances McDormand) buscando justiça pelo assassinato da filha tem tudo a ver com a onda de protestos contra abuso em Hollywood – este parece ser o foco dentre todos os possíveis indicados – mas mesmo assim, não se esquivou por completo de uma divisão de opiniões, principalmente entre especialistas no Brasil.

Por outro lado, o diretor que vem levando tudo é o mexicano Guillermo del Toro, e ao que tudo indica, este é o seu ano. Do trio de colegas mexicanos, Alfonso Cuarón e Alejandro Gonzáles Inarritu já têm os seus Oscar (Inarritu com dois inclusive), agora só falta del Toro. Só se houver uma grande zebra, o cineasta de O Labirinto do Fauno (2006) fica sem a sua estatueta. O cineasta mencionado acima, McDonagh, não apresenta muito perigo, mas tudo pode acontecer. No entanto, o filme de del Toro, A Forma da Água, apresenta sim e muito perigo para a vitória de Três Anúncios para um Crime. Enaltecido como uma das melhores produções do ano, o longa levou o prêmio do sindicato dos produtores – fortíssimo termômetro para o Oscar, mas tem contra ele o fato de ser uma fantasia – afastado da pauta em questão: histórias sobre empoderamento feminino.

E já que o assunto é empoderamento feminino, nesta mistura será adicionada Greta Gerwig e seu Lady Bird – A Hora de Voar. O filme com o maior índice de aprovação na história do Rotten Tomatoes, que fala sobre o amadurecimento de uma adolescente, papel de Saoirse Ronan, é certo de estar entre os dez filmes indicados. Sua capitã, a atriz Greta Gerwig, no entanto, não era muito cogitada, até a onda de protestos, em especial no Globo de Ouro, explodirem. Quem não lembra da baita alfinetada de Natalie Portman sobre a categoria de diretor – TODOS HOMENS – segundo proferiu a mesma. A Academia não quer passar pelo mesmo constrangimento, e Gerwig é a cineasta mais cabível a ocupar a vaga, já que seu filme estará entre os indicados. Se a zebra estiver completamente solta, e a Academia quiser fazer bonito para a campanha Time´s Up, há chances da atriz e cineasta sair com a estatueta de del Toro debaixo do braço. Além disso, existe ainda uma pequena chance – mesmo que mínima – de Mulher Maravilha emplacar entre os filmes indicados (já para Patty Jenkis a chance é ainda menor, quase nula). No PGA, prêmio dos produtores, Mulher Maravilha entrou, ou foi enfiada, já que é o décimo primeiro filme postulando o prêmio.

O que muitos acreditam, no entanto, é que na cola do mexicano Guillermo del Toro para a vitória na categoria de diretor esteja o britânico Christopher Nolan, cineasta que chega forte com seu drama de guerra elogiadíssimo, Dunkirk. Blockbuster do verão norte-americano, o filme de Nolan é o único filme de entretenimento do ano (mesmo que um entretenimento sério) com chances de figurar entre os dez indicados – no início muitos apostavam em Blade Runner 2049, Logan e Mulher Maravilha. Nolan é um cineasta de mão cheia, disso ninguém duvida, mas Dunkirk deve sair mesmo é com prêmios técnicos. Além disso, o longa de Nolan é o filme lançado há mais tempo da época de prêmios que permaneceu na mente do público, críticos e possivelmente dos votantes. Bem, isso se Mulher Maravilha não entrar.

Agora, seguindo a lógica de prêmios prévios, o maior termômetro para a categoria de diretores é o DGA, o prêmio do sindicato dos diretores norte-americanos. Os quatro diretores apresentados acima, Greta Gerwig, Guillermo del Toro, Martin McDonagh e Christopher Nolan, estão entre os indicados. Seguindo esta linha, o quinto diretor a completar a categoria seria o estreante Jordan Peele. Corra! é um grande sucesso de 2017, e deve emplacar na categoria de melhor filme. Assim como Dunkirk, é um filme que funciona como entretenimento, mas possui diversas outras camadas a serem descobertas. Além disso, a entrada de Peele seria uma belíssima mostra de representatividade. Já pensou, termos indicados no mesmo ano uma mulher e um cineasta negro. Mas ao contrário de Gerwig, a vitória de Peele já estaria na indicação.

Bem, ainda temos mais cinco outros filmes para serem preenchidos. Por mais que nem todas as vagas sejam ocupadas, como em anos anteriores, aqui, por este se tratar de um texto sobre possibilidades, iremos adereçá-las. Desde que abriram para dez vagas na categoria de melhor filme em 2010, tivemos apenas nos dois primeiros anos (2010 e 2011), os tais dez filmes preenchidos. Depois, até 2014 tivemos 9 filmes; em 2015 e 2016, oito filmes; e em 2017 voltamos para 9 filmes. Esperamos que em 2018 voltemos a 10 filmes.

Por outro lado, se formos seguir as indicações do Globo de Ouro, e isso não está totalmente fora de questão, ainda mais depois de se ter conferido o filme, não podemos descartar totalmente a indicação do ícone Steven Spielberg. Que seu drama The Post- A Guerra Secreta, sobre a luta do jornalismo pelo direito de expressão em plena era Nixon (que reverbera muito nos tempos Trump de hoje), estará entre os filmes indicados não há dúvidas. Mas a entrada de Spielberg como um dos candidatos indicados ao Oscar ainda permanece incerta. Se o magnata entrar, quem sairá? Peele? McDonagh? Gerwig? Fora isso, no Globo de Ouro também tivemos a nomeação do veterano Ridley Scott por Todo o Dinheiro do Mundo. No Oscar, uma indicação para o veterano soa mais distante, assim como para seu filme. Uma categoria na qual o longa pode emplacar é na de ator coadjuvante, assim como ocorreu no Globo de Ouro, quando tivemos Christopher Plummer indicado.

Mais fortes, porém, são as candidaturas de Doentes de Amor, drama independente que vinha sendo mencionado, mas chegou meio apagadinho na temporada de prêmios; A Grande Jogada, drama criminal que pode ver sua protagonista, Jessica Chastain, entre as indicadas na categoria de melhor atriz; e principalmente Eu, Tonya, biografia incorreta que verá com certeza sua protagonista, Margot Robbie, indicada na categoria de atriz. Doentes de Amor, A Grande Jogada e Eu, Tonya foram indicados ao PGA, o prêmio de produtores. Fora esses, Projeto Flórida e Trama Fantasma, respectivamente de Sean Baker e Paul Thomas Anderson, são dois filmes que não foram incluídos para o prêmio do sindicato, mas que poderão aparecer entre os indicados a melhor filme no Oscar. Projeto Flórida, talvez com mais facilidade, segundo apontam os apostadores. Mas tanto Trama Fantasma, quanto O Destino de uma Nação (que indicará e dará a vitória para Gary Oldman) são dois longas de prestígio, de diretores renomados e queridinhos da Academia, Anderson e Joe Wright respectivamente, que não devem ser 100% descartados.

P.S. Se o Oscar fosse legal de verdade, veríamos Artista do Desastre figurando entre os indicados. =)

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