A Comic-Con 2014começa nesse dia 24 de Julho, em San Diego, e faremos a cobertura completa da maior convenção de Cinema, Quadrinhos e Games do mundo. Vários banners inéditos estão sendo divulgados nos prédios próximos ao San Diego Convention Center…
Trata-se da maior convenção mundial sobre filmes e quadrinhos, e você poderá conferir aqui materiais, cartazes, trailers…
Originalmente, a Comic-Con abordava revistas em quadrinhos, mas com o passar dos anos a convenção expandiu seu escopo e começou a incluir alguns elementos da cultura pop como mangá, video games, séries de televisão… e filmes.
O evento ficou famoso ao longo dos anos, atraindo sempre cada vez mais pessoas chegando a atingir cerca de 140.000 pessoas na edição de 2009.
A Comic-Con acontece do dia 24 a 27 de Julho. Fiquem ligados!
Assista nossa cobertura EXCLUSIVA da Comic-Con 2013, realizada pelo editor Renato Marafon:
Aviões 2: Heróis do Fogo ao Resgate (Planes: Fire & Rescue) é uma nova comédia de aventura na qual Dusty se une a uma dinâmica equipe de elite de combate a incêndios e aprende o que é preciso para ser um verdadeiro herói.
Curiosidades:
» ‘Aviões 2 – Heróis do Fogo ao Resgate‘ (Planes: Fire & Rescue) é sequência de ‘Aviões‘, spin-off de ‘Carros‘.
Quando o francês Pierre Boulle lançou em 1963 o romance La planète des singes, não imaginou ter criado uma das obras distópicas mais ambiciosas e profundas no que se refere à crítica social. Tal conto ganhou ainda mais força e chegou ao conhecimento popular depois que Franklin J. Schaffner o adaptou para as telas de cinema. O Planeta dos Macacos(1963), estrelado pelo sempre marcante Charlton Heston, foi de pronto aclamado por crítica e público. Em pouco tempo já era considerado um clássico absoluto do gênero, além de ser visto como base referencial. Rendeu ainda algumas continuações que, apesar de seguirem bem com a trama, não tiveram a mesma força do original. O mesmo ocorreu, anos depois, quando Tim Burton fez sua versão e foi duramente questionado por uma história rasa e visual equivocado.
Mas eis que surge o inglês Rupert Wyatt (O Escapista) com o ótimo Planeta dos Macacos – A Origem (2011), e pega a todos de surpresa por conceber, ao lado da dupla de roteiristas, Rick Jaffa e Amanda Silver, uma história humana, crível e extremamente atual. Dando folego à franquia primata que agora ganha um novo capítulo chamado de Planeta dos Macacos – O Confronto, e conta com o mesmo par que escreveu o título anterior. Sendo ainda dirigido pelo cineasta Matt Reeves (Cloverfield – Monstro), que não faz feio, mantem o bom nível e até surpreende por entregar um trabalho de maiores proporções artísticas e temáticas.
Passado dez anos depois da batalha na Golden Gate Bridge, em São Francisco, quando a população está praticamente devastada por um vírus e as plantas já tomaram todo mundo, a fita inicia com uma fabulosa sequência que traz o grupo de macacos comandados por Cesar (Serkis) numa cruel caçada a cervos da floresta. Nessa investida, um terrível incidente leva Koba (Kebbell), braço direito de Cesar, a pôr sua pele em risco para salvar a vida do líder. Denotando não só a lealdade da criatura, como o que é capaz de fazer pela raça.
Essa obsessão de Koba o induz a bater de frente com os ideais evoluídos estabelecidos pelo próprio Cesar. A rivalidade aumenta quando este autoriza Malcoml (Clarke) e alguns outros humanos a entrarem na aldeia para examinar uma hidrelétrica que, segundo estudos, iria gerar energia para toda a cidade, fazendo com que as pessoas possam se comunicar com outras áreas. Koba não suporta o conceito de se envolver, novamente, com aqueles que lhe fizeram, por anos, experiências desprezíveis, e resolve seguir caminhos diferentes, nem que pra isso tenha que trair a figura que lhe deu a liberdade.
Apesar dos extraordinários efeitos visuais empreendidos nos cenários e, principalmente, pela captura de movimentos dos atores, o que mais chama atenção aqui é a atuação de Andy Serkis que, com olhares profundos e movimentos sutis, confere um ar altivo e misterioso ao seu Cesar. Onde se pode notar orgulho e alegria pelos feitos atingidos, ou mesmo preocupação e receio em relação aos casos recentes. O Koba de Toby Kebbell mostra-se um tanto caricato, até pelo seu visual grotesco – perceba que cada macaco tem fortes características visuais para que o espectador possa definir cada um deles -, mas ainda assim constrói um vilão à altura. Jason Clarke, Gary Oldman e Keri Russell não comprometem e surgem como bons coadjuvantes de luxo (com exceção de Clarke, um regular co-protagonista), encenando com naturalidade mesmo dentro do excessivo uso digital.
A trilha sonora assinada por Michael Giacchino é pesada, poderosa e flerta bastante com algumas gradações dos longas mais antigos da série. Auxilia também nas várias cenas de batalha e consegue tonar os eventos ainda mais apoteóticos. Isso por Matt Reeves engendrar inúmeros entraves eficientíssimos durante todo filme (se atentando em situar a geografia do cenário), principalmente no terceiro ato onde a fita possui uma pequena barriga por muito explorar esse ponto. O que mal pode ser notado já que a competente montagem de William Hoy e Stan Salfas mantem um ritmo eletrizante. E, como havia dito, em aspectos visuais este O Confronto é um deleite. A frigida fotografia de Michael Seresin, com tons escuros e azulados, confere um clima denso à atmosfera fílmica e faz com que os efeitos especiais tornem-se ainda mais palpáveis. A direção de arte, sempre alerta a pequenos detalhes, impressiona.
O roteiro também se revela interessante por possuir várias camadas e mesclar entretenimento e reflexão social, muitas vezes invertendo os papéis dos humanos com os animais. Indicando que quanto mais construímos civilizações ditas sociavelmente evoluídas, novas intrigas e divisões ideológicas podem surgir entre os seres. Múltiplas causas são implantadas ao longo tempo, mas nunca sabemos ao certo quem iniciou essa guerra futura. Ora pelas falas de Cesar, ora pelas ações humanas. No final, o que temos é um filme que caminha por várias linhas e consegue ser eficiente em todas elas, podendo agradar aos mais variados gostos.
‘Alemão‘ conta a história da ocupação do morro do Alemão, vista com os olhos de quem participou de dentro. Cinco policiais estão infiltrados na favela, e elaboram o plano de invasão. Mas os traficantes recebem suas fotos e agora a caçada é da polícia em cima dos traficantes e dos traficantes em cima dos infiltrados. Sem contato com a rede de comando, para estes resta apenas um porão de uma pizzaria no morro e poucos mantimentos, que são a ampulheta que corre contra eles. A história de heróis desconhecidos, que contaram um dos maiores episódios da luta contra o tráfico e da violência no Brasil.
‘Tudo por um Furo‘ continua a jornada do jornalista Ron Burgundy, que era considerado um dos melhores âncoras de telejornais de San Diego na década de 70. O charmosão Burgundy e seus amigos Brick Tamland (Steve Carell), Brian (Paul Rudd) e Champ (David Koechner) regressam aos noticiários em “Tudo por um Furo”. Com todos juntos não será fácil manter a classe, enquanto eles tentam gerir o primeiro canal nacional de notícias com transmissão 24 horas por dia. Sequência da comédia ‘O Âncora: A Lenda de Ron Burgundy’, de 2004.
Curiosidades:
» “O Âncora é um filme que marca um fenômeno que estamos vivendo, e a cada ano torna-se mais e mais relevante. Parte do que inspirou o filme era o quão ridículo a notícia tinha se tornado. As pessoas foram ficando cada vez melhor e com melhor aparência. As mulheres do tempo foram ficando absurdamente bonitas. Era tudo sobre a voz e os cabelos. Então, sim, infelizmente, o personagem ficou mais e mais relevante”, revelou o diretor Adam McKayrecentemente.
Liam Neeson estrela o filme como Bill Marks, oficial da aeronáutica. Em um voo internacional de Nova York a Londres, a 40 mil pés de altitude, Marks recebe uma série de mensagens de texto em código, exigindo que a companhia aérea deposite US$ 150 milhões em uma conta corrente. Até que a transferência esteja garantida, um passageiro do voo morrerá a cada 20 minutos.
Curiosidades:
» A direção fica por conta do espanholJaume Collet-Serra (‘A Órfã’), que já colaborou com Liam Neeson em ‘Desconhecido‘.
» Julianne Moore (‘Minha mães e Meu Pai”), Michelle Dockery (‘Downton Abbey’), Scoot McNairy (‘Argo’) e Nate Parker completam o elenco.
Oscar Grant tem 22 anos, vive na Bay Area de San Francisco, ama seus amigos e é generoso com estranhos. Na manhã do dia 31 de dezembro de 2008, ele sente uma estranha tensão no ar ao acordar. Ele resolve passar o dia adiantando suas resoluções de ano novo: tornar-se um filho melhor, um namorado melhor e também um pai melhor para sua linda filha de 4 anos — mas uma tragédia vai interromper seus planos.
Curiosidades:
» Baseado em uma história real que chocou os Estados Unidos. Produzido pelo ator Forest Whitaker (O Último Rei da Escócia).
Russel (Christian Bale) e Rodney (Casey Affleck) são dois irmãos muito unidos. Russel vive com Lena (Zoe Saldanha) até se envolver em um crime e acabar atrás das grades. Após ser libertado ele recebe a noticia do assassinato do seu irmão. Agora ele deverá escolher entre sua liberdade ou seu desejo de justiça.
Curiosidades:
» Suspense dramático do cineasta Scott Cooper (‘Coração Louco’).
Mari, uma promissora chefe de cozinha, trabalha duro e sonha em abrir seu próprio restaurante. Até que acaba se envolvendo com Caio, um carismático rapaz, que dará as condições para ela realizar o seu sonho. Porém, as coisas nem sempre são o que parecem ser.
O primeiro impulso da maioria dos especialistas em relação a um filme de terror é sempre desvalorizá-lo, na melhor das hipóteses, ou ignorá-lo, na pior. O gênero é o mais marginalizado da sétima arte e o que rende menos elogios aos seus produtos. A não ser que o especialista avaliando seja um aficionado e meça o valor da produção comparando-a somente com outras do gênero. Ou que exista um grande chamariz em tal produção, como um diretor renomado (Drácula de Francis Ford Coppola, A Lenda do Cavaleiro SemCabeça de Tim Burton, Ilha do Medo de Martin Scorsese) ou estrelas divulgando-as.
No geral, os filmes de terror continuam como obras voltadas ao público jovem, que precisam sempre se reinventar com as tendências que os agrada. Na década de 1980 foram os slasher, na de 1990 foi o slasher irônico, na década passada os torture porn, e agora os filmes de fantasmas (que tinham força na década de 1950) são o que há. Dentro deste estilo podemos encaixar A Marca do Medo como pertencente e adicionar outros dois subgêneros: os filmes de found footage, no qual um dos personagens registra tudo com sua própria câmera, e os filmes de pesquisa do sobrenatural, que atingiu seu ápice no ano passado com o ótimo Invocação do Mal.
Aqui, temos a junção dos dois. O filme apresenta os experimentos do Professor Joseph Coupland, papel de Jared Harris, um erudito de Oxford. O ano é 1974, bancado pela universidade, o educador realiza testes com uma paciente chamada Jane Harper (Olivia Cooke). A jovem acredita que uma espécie de entidade a domina e a faça cúmplice de seus sinistros atos. O estudioso, obviamente, crê numa explicação mais lógica e científica, repelindo qualquer sinal de eventos sobrenaturais. Ao seu lado, o Professor conta com dois estagiários, Erin Richards e Rory Fleck-Byrne, além de um câmera que serve como documentarista.
Após reclamações, que viam os experimentos do Professor como tortura, a universidade decide cortar ligações com o funcionário, fazendo com que o sujeito continue os estudos por conta própria. Para isso, o protagonista aluga uma casa e leva seus comparsas, além, é claro, do objeto de estudo. Se invertêssemos a perspectiva ou a narrativa, e eliminássemos algumas cenas, A Marca do Medo daria um bom drama. Os personagens são interessantes e as atuações acompanham. Mas esse é um filme de terror, então temos as obrigatórias cenas supostamente assustadoras, que fazem em sua maioria o uso do velho truque do som alto.
O ponto positivo é que quase nada acontece e os realizadores decidem utilizar mais o psicológico, do que não vemos, do que o explícito.A Marca do Medo é uma produção da Hammer, clássico estúdio inglês especialista em obras de terror, como os filmes de Drácula da década de 1970, com Christopher Lee. Quem também está envolvido com a produção é Oren Moverman, que aqui assina o roteiro. Moverman é o roteirista de Não Estou Lá (2007) e diretor de filmes como O Mensageiro (2009) e Um Tira Acima da Lei (2011). Além de personagens mais críveis do que normalmente teríamos em filmes assim, Moverman cria momentos de descontração, fazendo uso da cartilha do subgênero e dando o que o público-alvo quer.
Em determinado momento, a sofredora paciente profere para seu interesse amoroso (Sam Caflin): “O que esperava? Que minha cabeça girasse no corpo”, fazendo referência ao sucesso do ano anterior nos cinemas, O Exorcista (1973). O fato mostra que ao menos os realizadores souberam respeitar a cronologia em que o filme se encaixa. Outro detalhe é que podemos ter muitos sustos, certa violência (com membros destroçados e paredes ensanguentadas), mas nenhuma nudez (a câmera vira quando a personagem se exibe ao sair da banheira), já que este é um terror “comportado” e de censura baixa. No geral, A Marca do Medo é mais um filme esquecível que tentam nos empurrar como história real. Eu sempre me pergunto o quão real são essas histórias.