sábado , 22 fevereiro , 2025
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Amizade Colorida

 

Você acredita que amigos podem ser parceiros sexuais sem afetar sua amizade?

Essa é a base de Amizade Colorida (Friends with Benefits), onde Dylan (Justin Timberlake) e Jamie (Mila Kunis) apostam que isso pode dar certo.

Ele é um blogueiro de Los Angeles que foi sondado por uma caça-talentos para trabalhar em uma empresa em Nova York. Por insistência de Jamie, acaba aceitando a proposta e se muda para a Big Apple. Juntos, farão uma grande amizade, sendo que ambos acabam de levar um fora de seus namorados.

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Por estarem sozinhos e sentindo falta de sexo, propõe uma noitada onde só o que vale é o prazer. Nada de namoro, de cobranças, somente amizade e prazer no final do dia. E assim começa um envolvimento que a gente sabe muito bem onde vai dar…

Se você puxar pela memória, lembrará que em abril deste mesmo ano vimos algo parecido. “Sexo sem Compromisso” (No Strings Attached), com Ashton Kutcher e Natalie Portman, também teve o mesmo enredo, mas a história é um pouco diferente.

Aqui em Amizade Colorida, parece que o casal convence mais, e a história é bem mais realista. Tanto que o filme faz uma comparação com outra película que eles assistem sobre comédia romântica, que aborda beijos inusitados num shopping e final feliz a bordo de uma carruagem. Com eles, a coisa é mais verdadeira.

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Lógico que algumas cenas saem do contexto normal, mas ainda assim são válidas. O casal conseguiu uma boa química e deixou o filme bem agradável, sem ser piegas demais.

Se você é chegado numa comédia romântica, acho que vai gostar de Amizade Colorida. Para mim, surpreendeu.

 


Crítica por:
Silvia Freitas (Blog)

 

Amigos Inseparáveis

 

Um dos maiores representantes do cinema subversivo que tomou Hollywood nos anos 1970, o ator Al Pacino é ainda considerado por muita gente o maior ator de todos os tempos. Pacino vem de uma época onde cinema ainda não era espetáculo, era arte. Ele data previamente aos blockbusters iniciados em meados para o fim da mesma década em que o ator se consolidou. Era o cinema autoral em sua melhor forma, fossem diretores ou até mesmo atores.


Pacino criou grandes personagens que o mundo adorou, e adora, estudar, em filmes como “Um Dia de Cão”, “Serpico”, “Espantalho”, “Justiça para Todos”, e é claro, “O Poderoso Chefão”. Imagine o que Ryan Gosling significa para os fãs de cinema atualmente, e teremos um pequeno vislumbre do que foi a fama do jovem Al Pacino nos anos 1970, a diferença é que o intérprete de Michael Corleone participou de filmes que entraram para a história como os melhores de todos os tempos.

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Assim como o talentoso Gosling, e também Leonardo DiCaprio, Pacino foi um grande esnobado pela Academia durante toda a sua carreira. Ele até recebia indicações, mas para um ator que era unanimemente considerado como um dos mais, ou o mais, proeminente de sua geração, Pacino só recebeu seu tão almejado Oscar de melhor ator em 1993, mais de duas décadas depois de já ter demarcado muito o seu território, pelo filme “Perfume de Mulher”, fato que Pacino brinca em “Cada um Tem a Gêmea que Merece”.

O cinema atual não trata bem nossos ídolos, geralmente renegados a papéis secundários em filmes de baixa qualidade. Com o grande Al Pacino não foi diferente, ainda muito relevante na década de 1990, foi esquecido pelo cinema na última década. Agora, com “Amigos Inseparáveis” tem a chance ao menos de se divertir um pouco. Pacino interpreta Val, um ex-criminoso que sai da cadeia após quase 30 anos encarcerado. Na porta da prisão para buscá-lo está Doc (Christopher Walken, outro veterano oriundo da mesma década), ex-parceiro no crime, enfrentando os mesmos problemas com a terceira idade.

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Como o filme não faz a mínima questão de esconder ou criar suspense, logo que chegam ao apartamento de Doc, fica claro que o personagem de Walken tem como missão eliminar o velho companheiro. Sem coragem imediata, Doc resolve passar um último dia ao lado do amigo, antes de cumprir o prometido para mafiosos que o pressionam durante toda a exibição.

Para completar a gangue entra em cena Hirsch, o ex-piloto de fuga interpretado pelo indicado ao Oscar desse ano, Alan Arkin, que é resgatado de um asilo para se divertir mais uma vez ao lado de sua velha turma. Embora todo levado num tom cômico, o filme escrito por Noah Haidle, e dirigido pelo também ator Fisher Stevens, entrega momentos emotivos quando os protagonistas reconhecem que seu tempo chegou ao fim, e desenvolve bem a amizade, principalmente de Walken e Pacino.

Ele bota os velhos cães de guerra para se divertir em variados momentos, seja num prostíbulo, num bar tirando garotas para dançar ou jogando sinuca. O filme brinca com o aspecto “amadurecido” dos veteranos atores, embora em variados momentos não o reconheça (Pacino tira meninas, com a idade de serem suas netas, para dançar, e devemos acreditar que o septuagenário ainda as consiga levar no papo sem abrir sua carteira).

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Deixando as liberdades poéticas de lado, o filme consegue entreter sem nos ofender muito. Temos plena consciência de que esses sujeitos em seus dias de glória fizeram coisas que a maioria de nós nem sonharíamos, e “Amigos Inseparáveis” os homenageia dando mais uma chance, mesmo que por apenas mais uma noite, para que eles deem sua última volta triunfal pela cidade. Paralelamente o diretor Fisher Stevens entrega uma homenagem singela a esses reis do cinema, que como seus personagens, estão bem longe de sua época de ouro.

 

 

Crítica por: Pablo Bazarello (Blog)

 

 

O Amigo Oculto

 

Após todas aquelas críticas negativas, você deve estar pensando que ‘O Amigo Oculto’ é uma das maiores bombas do ano. Nada disso: é um filme que pode não agradar os críticos, mas com certeza irá agradar os cinéfilos.

Com a junção do veterano Robert DeNiro e a brilhante Dakota Fanning, o filme consegue manter um clima sombrio, uma trama inteligente e ótimas atuações. Dakota já se transformou na melhor atriz mirim da década, e demonstrou que consegue segurar qualquer genêro (afinal, a atriz já fez a comédia ‘Grande Menina, Pequena Mulher’, o drama ‘Uma Lição de Vida’ e a ação ‘Chamas da Vingança’), e se saiu bem em todos eles. Neste filma, a atriz consegue expressar uma tenebridade em seu olhar, fazendo com que a cada minuto o filme dessa um nível no angustiante suspense em torno da garotinha.

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“8…9…10… lá vou eu!” Essa frase é familiar para qualquer pessoa que tenha brincado de esconde-esconde na infância. As palavras e o jogo nos levam de volta a um momento inocente e despreocupado de nossas vidas, quando o objetivo era simplesmente encontrar nossos colegas escondidos. Muitas crianças até conseguiam se divertir bastante com seus amigos imaginários. Mas, às vezes, amigos imaginários podem parecer muito reais… Para a jovem Emily Callaway, suas brincadeiras de esconde-esconde com um amigo imaginário chamado Charlie tornaram-se algo que é tudo, menos simples e inocente. Ao contrário, ela se descobre em meio a uma de série de acontecimentos tão parecidos com um pesadelo que nem mesmo seu pai David consegue impedir. Quem – ou o quê – é Charlie? David imagina. Como uma entidade imaginária pode ter tal controle sobre a menina? Talvez Charlie não seja nem um pouco imaginário, mas quem sabe uma presença malévola, de carne e osso? O vencedor do Oscar® Robert De Niro estrela como David Callaway, um pai viúvo com um grande problema no filme de suspense sobrenatural O AMIGO OCULTO, e Dakota Fanning interpreta sua jovem filha Emily, que esconde um terrível segredo. Quando a história começa, a esposa de Callaway, Alison (Amy Irving) morre repentinamente, traumatizando Emily. Pai e filha se mudam para a região ao norte de New York para separar Emily das memórias de sua vida em Manhattan com sua mãe. Logo depois, Emily desenvolve uma amizade com Charlie. A princípio, David vê Charlie como um modo positivo de Emily se expressar, mas uma série de acontecimentos horríveis o leva a pensar em algo inimaginável: Charlie pode mesmo ser real… e, se for, tem de ser impedido.

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O roteiro bem escrito e estruturado entrega a este filme um suspense diferente, sutil, inteligente, que leva a platéia a um dos finais mais inovadores desde ‘O Sexto Sentido’. É claro que, para entender ou gostar do filme, você tem que deixar se envolver.

O Amigo Oculto’ pode ser definido com apenas uma frase: “Um ótimo suspense com dois dos maiores atores do cinema atual e um final surpreendente”. Precisa dizer mais?


Crítica por:
Renato Marafon

 

 

American Pie – O Reencontro

 

A franquia adolescente American Pie teve seu inicío em 1999, seguida de American Pie – A segunda vez é ainda melhor (2001) e American Pie – O Casamento (2003) – sem contar em quatro filmes lançados em DVD , sem o elenco original. Quase 10 anos depois, os produtores lançam mais um longa mostrando as aventuras de Jim e seus amigos. American Pie – O Reencontro conta com o elenco original e o humor que fez sucesso no final dos anos 90.
Na trama, os amigos de Jim decidem se reunir no reencontro dos formandos da turma de 1999. Mas o presente dos amigos não parece tão interessante como eles imaginavam que seria quando jovens. Jim, está casado com Michelle e com filho, sua vida sexual não é tão ativa quando era jovem; já o casal Heather e Oz estão separados; Kevin também está casado e com uma vida um tanto domesticada; Finch é o grande aventureiro e Stifler continua o mesmo.

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O retorno à pequena cidade de East Great Falls, mostra o choque entre duas gerações e o quanto os 13 anos depois da formatura transformaram os jovens amigos em adultos responsáveis. O conflito entre duas gerações é mostrado através de festas e encontros. Daí surge o humor que tornou a franquia tão poderosa e que não é facilmente encontrado em comédias adolescentes ultimamente.

De humor fácil, ágil e típico da juventude noventista o longa não se perde por ser uma continuação. Seu roteiro possui a mesma agilidade cômica dos demais, tendo o sexo ainda como a problemática dos amigos de Jim. O timming dos atores continua afinado. Destaque para Sean William Scott e seu famoso Stifler – continua o mesmo e mais engraçado. A comicidade de suas piadas continuam vivas, podendo atingir os jovens dos anos 2000 que não vivenciaram as aventuras de Jim e seus amigos.

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O contrataste entre a geração dos anos 90 e dos anos 2000 são o alvo não apenas das piadas, mas também a justificativa da trama. Além disto, seu final promete mais continuações. American Pie – O Reencontro resgata um humor que fez sucesso no final da década de 90 , aposta na nostalgia e no choque cultural entre os adolescentes. Que as continuações mantenham o frescor desta quarta sequência.

 


Crítica por:
Thais Nepomuceno (Blog)

 

 

American Pie – O Reencontro

 

Com um ar de nostalgia, as boas e velhas piadas do grupo comandado por Jim Levenstein estão de volta.

Dirigido pela dupla Jon Hurwitz e Hayden Schlossberg, ‘American Pie – O Reencontro‘ é talvez, o grande reencontro de um elenco em uma sequência que deu certo.

Amores do passado, confusões envolvendo sexo, sentimentos antigos (assim como canções antigas) ressurgem nesse retorno da turma original. Muitas outras produções tentaram imitar os personagens de Jason Biggs e companhia, porém, raramente surgirá algo melhor que o original.

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É um bom presente ao fãs da ‘série’, que estavam totalmente decepcionados com os últimos quatro filmes inexpressivos (após “American Pie: O Casamento”) lançados direto em DVD e sem os astros principais.

Na trama, o famoso grupo de amigos se reúne para uma festa de comemoração, um reencontro entre os formandos do “High School” de anos atrás.

Um está com problemas sexuais no casamento (Jim), o outro virou celebridade de um programa esportivo (Oz), o arranjador de confusões Stifler virou um temporário em uma empresa, um viajou pelo mundo (Finch) e o outro é praticamente um ‘dono de casa’ (Kevin).

Entre uma confusão e outra, muitas menções ao Facebook (provando que eles estão em um novo século), reflexões sobre a vida e reencontros que marcarão para sempre esses jovens que estavam sumidos da telona.

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O pai de Jim, sempre interpretado pelo hilário Eugene Levy, ganha bastante evidência nesse reencontro e tem cenas ótimas com o restante do elenco. O bom roteiro, com diálogos competentes para o gênero, é um dos pontos altos da produção. A piada com Ricky Martin, além de genial, leva o espectador às gargalhadas de maneira contagiante. O impagável Stifler é o grande personagem destaque, novamente. Seann William Scott nasceu para interpretar esse cômico papel.

A cena da panela transparente onde aparece o dito cujo de um dos atores é totalmente desnecessária e realmente não acrescenta nada à sequência, os exageros nesse tipo de comédia são compreensíveis, mas nessa cena específica houve um exagero tremendo.

O contraponto do longa fica por conta da dúvida sobre o que fizeram com suas vidas adultas até aquele momento.

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Relacionamentos, profissões e muitas outras questões são levantadas e até certo ponto dão um ar de drama em meio à comédia propriamente dita.

 


Crítica por:
Raphael Camacho (Blog)

 

 

American Pie – O Casamento

 

 
americanpie3 2 American Pie’ pode não ser um filme amado por todos, mas o sucesso do filme deu início a safra de comédias sacanas, que teve filhotes como ‘Tudo Para Ficar com Ele’ e ‘Recém-Casados’, filmes no mesmo estilo, e que agradaram a muitos jovens à procura de diversão.

O segundo filme pode não ter inovado em nada mostrando a mesma turma de amigos após a festa de formatura em que eles deveriam perder a virgindade, mas conseguiu ser ainda mais engraçado que o primeiro, mesmo tendo os mesmos elementos e quase as mesmas piadinhas.

Se o segundo filme não teve muitas inovações, o terceiro está repleto delas. Pelo menos metade da turma dos dois primeiros filmes ficaram de fora da terceira sequência, mas o melhor de tudo é que eles não fizeram diferença alguma.

O ator responsável por quase todas as piadinhas desta vez é Seann William Scott, que interpreta com gosto o desmiolado Stifler, uma das razões para o filme ser tão engraçado.

Com o elenco mais adulto e o fim da faculdade, desta vez o filme centra no casamento de Michelle e Jim. A história já se inicia com uma cena memorável.

Jim leva Michelle para um restaurante chique tentando pedi-la em casamento. É claro que ela não entende seu pedido e acha que ele está querendo um sexo oral em meio ao restaurante. Mas isto só piora quando o pai de Jim chega com as alianças e o faz pagar o primeiro mico do filme.

Após esta cena somos bombardeados com cenas e mais cenas constrangedoras: algo como pelos pubianos no bolo de casamento, sexo com cachorros e até comer cocô achando que é trufa de chocolate, mas contar mais que isto é estragar as piadas do filme.

American Pie – O Casamento’ pode não ser o melhor filme da trilogia, mas com certeza é divertimento garantido!

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Crítica por:
Renato Marafon

 

 

Americano

 

Como superar a perda de uma pessoa que marcou a sua vida? Dirigido e escritor por Mathieu Demy (que também interpreta o papel principal na trama), “O Americano” fala sobre a dor de uma perda e as conturbações que ocorrem com a mente de um homem viajando atrás de respostas. O argumento era muito interessante mas a história é arrastada e se distancia do espectador a todo segundo.
O filme foi exibido no último Festival de Cinema do Rio, o diretor é filho dos grandes diretores franceses, Jacques Demy e Agnès Varda.

O filme tende ao depressivo. Na trama, um homem fica abalado ao saber da morte da mãe que mora nos EUA, quando voltas à sua antiga casa para resolver toda a burocracia dos bens de sua mãe, descobre que ela deixou um apartamento para uma outra mulher muito ligada a ela. Nesse retorno à América, flashbacks envolvem a mente do personagem, quando o mesmo chega na casa da mãe se depara com momentos de sua infância americana: roupas, desenhos, fotos… é um momento tenso na trama, o personagem tem um espécie de surto que leva dali pra frente até o desfecho da história.

É um longa que demora a envolver o público, muito por conta de não sabermos o porquê daquele grande sofrimento que o protagonista despeja na tela. A relação que Martin (protagonista) teve com sua mãe é contada apenas com lembranças. É tudo muito superficial, o que caracteriza uma tristeza que não dá para entender sua origem. O personagem, assim como o filme, andam sem rumo, viajando por Tijuana (México) sem dinheiro, sem carro e sem história. Quando a personagem Lola (Salma Hayek) entra na trama, o longa parece que pegará no tranco mas não é isso que acontece.

Alguns personagens coadjuvantes não são bem aproveitados e conseguiriam, talvez, dar o ritmo que a trama precisava para se tornar interessante. Linda (Geraldine Chaplin) e Claire (Chiara Mastroianni) deveriam ter papéis mais preponderantes na história, isso poderia enriquecer o espectador com informações necessárias para entendermos melhor o porquê daquela dor.

É difícil ficar acordado vendo esse filme, o olho parece querer sair correndo do cinema a todo instante. É quase um alívio quando a fita acaba. Mathieu Demy tenta, mas não consegue dirigir, roteirizar e atuar bem.

Crítica por: Raphael Camacho (Blog)

 

 

Amelia

 

Sinopse: A vida da aviadora Amelia Earhart desde seu primeiro voo sobre o Atlântico, como passageira. Ela teve sua chance no ramo graças a George Putman, com quem depois se casou.

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Quando o assunto não é a Grande Depressão, o período entre-guerras normalmente é retratado no cinema com muita elegância. Em Amelia, a situação não é diferente tanto no figurino quanto na fotografia. Especial atenção deve ser reservada para as cenas em que se mostra como a imagem dela era usada para vender produtos. Nessas passagens, há um belo colorido preenchendo a tela.

Assim como em Coco antes de Chanel, o filme gira em torno de uma importante figura feminina do século XX. Diferente da produção francesa, a cinebiografia da piloto foca-se no que interessa: os aviões e longos voos da protagonista.

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Se não há amarras para mostrar tudo que há de bonito e tudo que há de condenável nos primórdios da aviação, há um certo melindre nas cenas em que a viada privada de Earhart é colocada na berlinda.

Um exemplo disso está na relação íntima de Amelia e George. Há um primeiro beijo, mas algumas sequências anteriores sugerem que eles já tinham encontros amorosos antes. Amelia tinha ideias bem liberais no campo dos relacionamentos amorosos e um pouco mais de precisão poderia ser aplicada nessa questão.

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Quando um filme traz personagens reais, o maior desafio é tornar uma história pública e conhecida em um roteiro animador. Quebrando a linha do tempo, Amelia ganha unidade e ainda consegue criar um bom clímax no desfecho.

 


Crítica por:
Edu Fernandes (CineDude)

 

 

Amarelo Manga

 

 

Amarelo Manga vem fazendo barulho por onde passa,e não é para menos, é uma obra chocante que não deixa ninguém indiferente. Até agora arrebatou todos os prêmios de longa-metragem do Cine Ceará realizado na semana passada, foi o vencedor do Festival de Brasília em 2002 e foi premiado como melhor filme na mostra paralela Forúm de Cinema em Berlim deste ano.

Independentemente das premiações, merece ser visto com cuidado, pode chocar e repugnar os mais sensíveis, não é um filme para ser visto com a familia. Ele é forte sim temos que nos munir de coragem para acompanhá-lo até o fim. Amarelo Manga fala sobre personagens marginalizados da periferia do Recife. A exemplo de outros recentes filmes brasileiros, não há protagonistas e nem uma história muita definada, apenas a vida destes seres que de vez em quando se entrecruzam.

Canibal (Chico Diaz) trabalha num abatedouro de bois, tudo é mostrado muito detalhadamente, sente-se o cheiro de sangue que transpira através de tela. Ele é casado com uma crente que não suportaria a idéia de ser traída. Dunga é uma bichinha (Matheus Nachtergaele) apaixonado por Canibal e que trabalha como cozinheiro numa espelunca fedorenta onde vários outros personagens se encontram como o fanático religioso que tem como fiéis cachorros vagabundos e o personagem de Jonas Bloch, um pervertido que sente
prazer em atirar em pessoas já mortas. Tudo é muito forte e visceral, mostrado com todas as cores, todos os ângulos.O diretor, Cláudio Assis não quer facilitar nada para a gente, e assume isso sem pudores. Tanto é que numa parte, a cor é citada como exemplo de tudo o que há de ruim, feridas purulentas, hepatite, dentes podres, etc..


Este é o típico filme que se odeia ou se adora, não há meio termo, mas uma coisa te garanto, você não vai sair da sala do cinema da mesma maneira que entrou.


Crítica por:
Andrea Don

 

 

Amantes

 

 


Sinopse: Leonard ficou muito devastado depois do fim de seu noivado. Dois anos depois, morando novamente com seus pais, ele se vê dividido entre duas mulheres. Sandra, filha de amigos da família, é a certeza de um futuro. Michelle, sua nova vizinha, é muito volátil e fascinante.

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Sempre que uma distribuidora nacional altera muito o título de um filme e o resultado é desastroso, faço questão de ressaltar esses tristes acontecimentos em meus textos. Nada mais justo do que parabenizar quando o oposto acontece. Esse é o caso de Amantes (Two Lovers), que poderia ser traduzido como “Dois Amantes”, mas que recebeu por aqui um nome mais apropriado já que vários de seus personagens entregam-se totalmente ao amor.

A forma intensa como eles se atiram a esse sentimento acaba fazendo com que atitudes estúpidas sejam tomadas. O que poderia ser uma falha que afastaria os espectadores acaba sendo um aspecto positivo do filme, uma vez que dessa forma seus personagens parecem-se mais com pessoas reais, que cometem erros e tomam decisões equivocadas.

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Tratando de sentimentos e relacionamentos entre pessoas, o papel dos atores é essencial. Joaquin Phoenix – reprisando a parceria com o diretor James Gray de Os Donos da Noite – consegue transmitir os problemas e conflitos que acontecem na mente do protagonista. O elenco feminino também merece elogios, mas o fato de Amantes ser (a princípio) a última atuação de Joaquin acaba fazendo com que prestemos mais atenção nele.

Mesmo com tantos aspectos positivos, uma pequena falha recorrente no cinema estadunidense pode ser apontada no roteiro dessa produção: tentar explicar demais e fechar todas as questões. Infelizmente o deslize está bem no final do filme, quando há uma cena a mais, passando do que seria o ponto ótimo para acabar essa história cheia de coração.

 


Crítica por:
Edu Fernandes (HomemNerd)