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15 Anos e Meio

 

Sinopse: Philippe é um cientista renomado, que fez sua carreira nos EUA. De volta para a França por três meses, ele terá a oportunidade de se reaproximar com sua filha adolescente.

Uma comédia francesa para o público jovem, tendo como tema as descobertas da adolescência, com sinceridade quando o assunto é sexo e drogas. Essa descrição cabe tanto para Rindo à Toa quanto para 15 Anos e Meio (15 ans et demi). Se formos comparar os dois, a produção mais antiga sai na frente.

Sendo assim, quais motivos existem para que se assista ao novo filme? O principal deles são as paranoias que Philippe, sempre imaginando que sua filha está na pior situação possível. Nessas viagens, há boas referências a outros gêneros cinematográficos e risadas podem ser esperadas. Outro elemento nesse sentido são as conversas que o protagonista tem com seu amigo imaginário, nada menos do que Albert Einstein (apesar de falar francês).

Voltando á comparação, o conflito de geração é mais forte em 15 Anos e Meio, sendo que aqui esse é o tema central do roteiro. Além de serem de sexos diferentes, Églantine e Philippe ficaram afastados por dez anos e são forçados a viverem juntos novamente. Apesar das tentativas do pai de se aproximar da filha, ela está naquela idade difícil em que qualquer discordância pode acabar virando uma briga feia.

Muitas das piadas dessa comédia estão nas cenas em que se mostra que pais são criaturas programadas para criar situações vergonhosas para seus filhos, de forma que os amigos sempre tenham munição para zoar.

Junte essa história simpática com personagens secundários bem carismáticos e tem-se mais um exemplo de que a cinematografia francesa consegue criar obras leves, sem perder a oportunidade de passar uma mensagem positiva.

 


Crítica por:
Edu Fernandes (CineDude)

 

 

13 Fantasmas

 

 


Mas um filme de terror chega as telas, pelas propagandas parecia ser um excelente filme de terror, diga-se. Logo de inicio somos apresentados a um dos fantasmas em uma boa cena que nos deixa com ótimas impressões do que nos espera… um grande fantasma foi capturado!

Como isso é possível ou melhor ainda, para quê? Bem, um “cientista” Cyrus, criou uma casa espetacular e com sua morte, seus parentes ganham o tal lugar, e junto com o advogado somos levados para conhecer sua nova moradia. Assim, junto com Arthur e sua familia, cada um de nós também é inocentemente levado para dentro da casa, e assim como eles também ficamos encantados com o lugar.


A casa, que aos poucos vai mostrando todo o seu mistério e nos deixando cada vez mais intrigados como o seu verdadeiro objetivo, já que de tempos em tempos ela muda suas paredes de lugar, abrindo e fechando aposentos, fora o fato de ser toda de vidro e com escrituras estranhas… chega a quase a ser um personagem coadjuvante.

Mas, tudo bem, vamos falar dos fantasmas, eles lógico são assustadores, tem bons efeitos, mas nem todos são tão interessantes… alguns estão lá apenas para “o objetivo final” mas não chegam nem perto dos moradores (vivos) da casa, outros apenas com um olhar já sabemos que bem, é melhor sair correndo… O filme faz o estilo do antigo terror, com uma boa dose de sustos, é fácil dá alguns gritos, mostrando claramente seus “monstros”. Se você está apenas querendo uma boa diversão sem muito compromisso e dar alguns gritos, então corra para o cinema..


Crítica por:
Márcia Pantoja

 

 

 

12 Horas

 

O que fazer para provar um fato que ocorreu com você e que ninguém acredita? Dirigido pelo pernambucano Heitor Dhalia, “12 Horas”, é um suspense que narra a saga de Jill (papel de Amanda Seyfried), personagem assustada (com um pé na paranoia) que luta Jiu-Jitsu e anda armada por conta de um passado traumático que envolve um serial killer que nunca foi descoberto.
O roteiro é bastante desarmônico e os diálogos muito esquisitos, em alguns momentos tensos você chega até a rir do que é dito por alguns personagens, é uma sensação estranha.

Na trama, conhecemos duas irmãs (Molly e Jill) que vivem em uma casa repleta de trancas. Uma delas é viciada em estudo (Molly), a outra é garçonete em um bar na cidade e no passado fora presa por um sequestrador num buraco (literalmente falando), sendo alimentada com comida de gato. Quando Molly desaparece, Jill está convencida de que o serial killer que a raptou há alguns anos voltou à cidade e assim ela se prepara para capturar seu sequestrador, contando mentiras e mais mentiras para conseguir informações que a coloquem na trilha do criminoso.

O início é caracterizado por um belo climão tenso, imposto pelas imagens, ações dos personagens e música características de um filme do gênero thriller, méritos para Dhalia. Mas, conforme a fita anda, somos levados para um jogo (que parece a princípio ser psicológico) de gato e rato onde as peças demoram para se encaixar. O papel dos coadjuvantes poderia ser um bom fio condutor dessa história, porém, são muito mal aproveitados. Peter Hood (Wes Bentley) e Sharon Ames (Jennifer Carpenter), por exemplo, pouco adicionam ao longa e poderiam facilmente contribuir muito mais. Amanda Seyfried tem atuação esforçada, tenta passar para a personagem toda a aflição de uma mente perturbada, não é um mal trabalho da artista de 26 anos que ficou conhecida no Brasil por seu trabalho em “Mamma Mia!”.

O que incomoda muito na fita é o fato de todo mundo que aparece na frente da personagem principal possuir memória de elefante, enchendo a jovem de informações certeiras. Se ela fosse malandra perguntava logo os números sorteados do próximo sorteio da mega sena.

Mesmo com alguns pontos sem nó, muita gente pode gostar desse suspense que tem uma mão brasileira no comando.

 


Crítica por:
Raphael Camacho (Blog)

 

 

11-11-11

 

Filmes datados geralmente se destinam somente à sua semana de estreia, sendo esquecidos rapidamente após a “profecia” não se cumprir.

Exemplo disso foi o remake de ‘A Profecia‘, clássico de horror de 1976, que aproveitou a cabalística data 6/06/06 para ganhar uma refilmagem mediana.

A estreia foi há seis anos, e o terror caiu no esquecimento semanas após seu lançamento.

Mesmo destino terá este ‘11-11-11‘, cuja interessante premissa não faz jus ao material final.

Depois da trágica morte de sua esposa e filho, o famoso autor norte-americano Joseph Crone viaja dos Estados Unidos para Barcelona, para se reunir com seu irmão e seu pai no leito de morte, Richard. No entanto, o destino tem um plano diferente para Joseph. Ele começa a perceber acontecimentos estranhos e aparições constantes do número 11, o que rapidamente se transforma em obsessão. Isolado em um país estrangeiro, Sadie, Joseph logo percebe que 11/11/11 é mais do que apenas uma data, é um aviso!

Apesar da interessante trama, o terror se perde em sua própria história, acumulando sustos bobos e fáceis até o seu desfecho, que estraga por completo a ideia inicial.

A direção de Darren Lynn Bousman, o mesmo de ‘Jogos Mortais 2, 3 e 4‘, não decepciona, mas não é ajudada pelo roteiro bobo e cheio de furos.

11-11-11‘ é para ser assistindo em comemoração à esquisita data, vai render alguns sustos, mas terá caído no esquecimento até o fim do ano vigente.

 


Crítica por:
Renato Marafon

 

 

9 – A Salvação

 

Sinopse: 9 é um boneco de retalho que acorda em um mundo arrasado. Ele conhece outros semelhantes e descobre que eles são caçados por uma máquina.

Antes de qualquer ponderação acerca de 9 – A Salvação (9), eu convido o leitor a olhar o cartaz do filme. Você realmente acredita que essa produção é voltada para o público infantil? Por ser uma pessoa inteligente, a resposta foi negativa. Pois bem, sua missão é impedir que qualquer pessoa sem-noção leve crianças para o cinema, evitando traumas ao assisir o teor um tanto pessimista desse enredo. Feito isso, a segunda parte da tarefa é convencer todos seus amigos que gostam de boas histórias para ver essa maravilhosa animação.

Para que esse mundo distópico chegasse ao cinema, o diretor Shane Acker produziu um curta-metragem com esse personagem. Quem quiser assistir no Youtube (cuidado, pois há spoilers gravíssimos) poderá perceber que o básico já estava pronto: o visual sombrio e o conflito central. Assistindo aos 10 minutos dessa produção, Tim Burton (Sweeney Todd) ficou empolgado e resolveu ajudar na realização do longa-metragem.

O roteiro então foi muito mais desenvolvido por Pamela Pettler (Casa Monstro) e algumas questões interessantíssimas desse universo foram inseridas no enredo, a começar pelo misticismo covarde de 1, passando pelos instigantes gêmeos mudos 3 e 4, e outros detalhes que não revelarei para manter a surpresa.

O elenco de vozes é grandioso, mas merece destaque o normalmente cômico John C. Reilly (Quase Irmãos) em um papel mais dramático. Não é de hoje que atores prontamente associados à comédia não conseguem fugir do gênero e são condenados a apenas trabalhar nesse tipo de filmes. Quando se aventuram em outras vertentes, o resultado é esquisito – vide o exemplo de John Cleese em O Dia em que a Terra Parou. Como seu rosto não é mostrado e sua voz não é exatamente marcante, Reilly encontrou uma saída inteligente para mostrar outras habilidades dramáticas.

Se ainda não estiver convencido a assistir a 9, veja o trailer.

 


Crítica por:
Edu Fernandes (HomemNerd)

 

 

8 Mile – Rua das Ilusões

 

Existem poucas pessoas que conseguem dominar todas as faces do entretenimento.

Jennifer Lopez canta, dança e seus filmes são sucesso de bilheteria. Mariah Carey, no entanto, deveria só continuar cantando.

Eminem, um dos rappers mais bem sucedidos dos EUA, resolveu entrar na mesma onda, iniciando sua carreira cinematográfica com um filme, digamos, autobiográfico.

E não é que o sujeito acertou em cheio? Além de um ótimo roteiro e elenco, o ator principal, o próprio Eminem, dá um show de interpretação no papel de Rabbit, um rapper excepcional que, para a surpresa de muitos, tem medo de multidões e vive uma vida muito perturbada.

Para piorar, ele namora uma garota que não sabe o que quer da vida (Brittany Murphy), e sua mãe (Kim Basinger) está tendo um caso com um antigo amigo da escola (e muito mais novo que ela).

Todos sabem como o Rapper fala mal de sua mãe nas suas músicas. Assistindo o filme eu percebi claramente o porquê. Mas a história se concentra nas chamadas “batalhas”, onde um rapper disputa frente a frente com um outro pra ver quem e o melhor – e essas, sem duvida, são as melhores cenas do filme.

O diretor Curtis Hanson soube dosar o drama e a música na medida certa, com uma pitada de humor. Mesmo que você não tenha a menor idéia de quem seja Eminem, 8 Mile é um drama urbano excepcional.

Nos EUA, as salas de cinema foram divididas entre os jovens – e fãs do rapper – e um público mais maduro, a fim de curtir uma história bem contada com atores que sabiam o que estavam fazendo.

Afinal, como Madonna – uma outra cantora que se aventurou em filmes – já cantou : “Music makes the people come together” ( “A musica traz as pessoas mais juntas”).

Vá sem medo.


Crítica por:
Ranny de OliveiraSite Oficial : —

 

 

007 – Quantum of Solace

 

Notícias sobre o vigésimo segundo filme da franquia James Bond diziam que este é o filme mais curto de toda a série. Pensei que não ia me contentar com apenas 106 minutos de James Bond, ainda mais depois do superior Cassino Royale e seus 144 minutos.

Os rápidos 106 minutos de pura correria vertiginosa, perseguições nas mais variadas formas possíveis chegam a ser entediante. Martin Campbell está de fora da direção e quem assume dessa vez é o alemão Marc Forster (Caçador de Pipas).

O filme começa exatamente onde 007 – Cassino Royale parou, na Itália, e percorre quase o mundo inteiro, passando pela Bolívia, Haiti, Rússia, Áustria e Inglaterra. Em busca da verdade a qualquer custo, Bond acaba caindo no meio de uma intriga da organização Quantum, na qual seus vilões são eco-especuladores em busca do controle de recursos naturais do planeta.

Na tentativa de seguir a mesma linha realista de Royale, o filme simplesmente não funciona como deveria. Somos apresentados ao mesmo Bond em começo de carreira, despreparado e agindo por impulso atrás de sua vingança pessoal pela morte de Vésper. Por onde Bond passa é deixado um enorme rastro de sangue, fazendo o uso inescrupuloso de sua licença para matar.

No meio do caminho Bond se depara com Camille (Olga Kurylenko), nossa bond girl em perigo, que também está numa cruzada em busca da vingança pelas marcas deixadas por um ditador boliviano.

Bond está mais agressivo e impetuoso, seja atirando em alguém, dirigindo seu Aston Martin (que é logo destruído em minutos na seqüência inicial), pilotando um avião e derrubando helicópteros, ou navegando um barco e destruindo tudo à sua volta. O filme não funciona talvez por isso! James está sempre envolvido em alguma perseguição, seja em terra, água ou ar, o que acaba tornando o filme repetitivo e enfadonho.

Alguns elementos da franquia Bond são trazidos de volta para o filme, como a vinheta inicial do filme com as silhuetas femininas, e as deliciosas agentes que sempre morrem. Strawberry Fields interpretada por Gemma Artenton, é a vítima da vez de James nesse filme. O charme galanteador do agente que acaba levando a “inocente” mulher para cama e por fim, sua trágica morte.

Mas em meio a tudo que acontece de errado no filme, uma seqüência chamou minha atenção: a muito bem editada cena no teatro austríaco é surpreendente, mesclando as cenas do espetáculo teatral e o tiroteio de Bond. Essa cena, no meu ponto de vista, foi a melhor do filme.

Talvez Bond precise sempre repetir a clássica frase “Bond, James Bond” a fim de reafirmar sua identidade no filme, porque se não fosse “M” (Judi Dench) repetindo o nome do agente, eu poderia jurar que estava assistindo mais um filme da franquia Jason Bourne.


Crítica por:
Caio Cavalcanti

 

 

007 – Quantum of Solace

 

Famoso por seus papéis no teatro londrino e em filmes como Munique e Nem Tudo é o que Parece, o ator inglês Daniel Craig conseguiu injetar novas características a um dos mais conhecidos personagens do cinema. Craig é um dos melhores atores a interpretar James Bond. Moderno, ele corre, luta, sangra, executa suas tarefas como um verdadeiro agente secreto e atua. Ele prova estar a altura do personagem, principalmente, em suas cenas de ação.

 

Em 007 Cassino Royale, Bond é um agente recém-promovido ao nível de 00. Arrogante, jovem, em plena forma física e disposto a não seguir as regras.

 

Em 007 Quantum of Solace (Quantum of Solace – EUA/2008 – Aventura/Ação – 108 min.), Daniel Craig reprisa o papel, agora como um agente com sede de vingança. Os primeiros minutos, desta segunda aventura, já começam com uma perseguição de carros em uma tortuosa estrada com curvas e túneis estreitos, a margem do Lago Garda, no norte da Itália. Na verdade, ‘Quantum of Solace’ é a continuação dos acontecimentos das últimas cenas de ‘Cassino Royale’.

 

Por isso, na cena seguinte, encontramos o Sr. White (Jesper Christensen), ainda ferido após Bond o ter alvejado no joelho. Interrogado por Bond e ‘M’ (Judi Dench), ele revela que a organização que chantageou Vesper é mais complexa e perigosa do que eles pensam.

 

Após a MI6 detectar um traidor na corporação, Bond viaja para o Haiti onde conhece Camille (Olga Kurylenko), uma mulher que está disposta a realizar sua própria vingança. Camille leva Bond diretamente a Dominic Greene (Mathieu Amalric), um empresário corrupto que usa sua empresa como fachada para comprar terras pelo planeta e explorar sua riqueza. A nova missão o leva para a Áustria, Itália e à América do Sul. Mas com o governo britânico e a CIA trabalhando contra ele, Bond precisa descobrir logo a verdade, e assim, destruir a Quantum.

 

Dirigido por Marc Forster, o novo filme do agente traz grandes cenas de ação – Bond luta, pilota barco, moto, avião e salta de pára-quedas – que se passam por muitas e belas locação. O deserto de Atacama, no norte do Chile, é um cenário grandioso. Digno dos filmes do agente.

 

A superprodução da Sony Pictures/MGM tem estreia marcada para dia 7 de novembro.

 


Crítica por:
Viviane França

 

 

007 – Operação Skyfall

 

Desde que entrou na franquia, Daniel Craig representou a face da modernidade para James Bond. A face do realismo e da seriedade. Isso significou histórias com um tom crível, e uma trama que poderia de fato estar ocorrendo em algum lugar do mundo, e não algo saído de uma história em quadrinhos.
Com “Cassino Royale” (2006) o que foi orquestrado pelos produtores foi uma espécie de reinício para a franquia nos moldes de “Batman Begins” (que será sempre citado como exemplo eficiente de um reboot), cuja estreia aconteceu no ano anterior. Esses eram os primeiros passos de James Bond com o status de agente 00, tudo com base no primeiro livro escrito por Ian Fleming sobre o personagem. “Cassino Royale”, que tinha o dedo do ótimo Paul Haggis (“Menina de Ouro” e “Crash – No Limite”) no roteiro, e a direção do eficiente Martin Campbell, viria a se tornar um dos melhores e mais prestigiados filmes de 007 de toda a série, subvertendo tudo o que conhecíamos sobre o universo de Bond, e engajando num novo caminho para a franquia.

Após uma grande decepção dois anos depois com “Quantum of Solace” (apenas um exercício técnico de efeitos e cenas de ação), e um hiato de quatro anos, Daniel Craig volta aos cinemas na pele do agente secreto mais famoso do mundo em “007 – Operação Skyfall”. E o que todo mundo quer saber é: Onde se encaixaria num ranking esse terceiro filme com Craig no papel? Bom, é seguro dizer que embora “Skyfall” consiga superar “Quantum of Solace” no gosto dos fãs, dificilmente irá tirar o posto de “Cassino Royale” não só como o melhor filme da era Craig mas também como um dos melhores toda a série. A história aqui começa com a típica cena de ação pré-créditos, numa perseguição que em parte lembra a caçada frenética por um homem em “Cassino Royale”, realizada com menos adrenalina. Essa, aliás, é uma das cenas pré-créditos mais longas de toda a franquia. Logo após um erro realizado pela agência MI6, Bond sai de cena e é dado como morto. Daí temos a costumeira abertura de créditos com a bela música da cantora Adele (que substituiu Amy Winehouse, planejada originalmente), e um design criativo que incluiu a cena do filme que acabou de ocorrer em suas imagens.

Bond retorna devido a um atentado, onde uma bomba explode parte do prédio do MI6, mesmo sem ser requisitado. O que acontece a seguir é uma caça ao terrorista responsável, o que leva o espião a Xangai e logo após para uma ilha particular ao encontro da melhor coisa em “Operação Skyfall”, o vilão Silva – interpretado com empenho pelo ótimo vencedor do Oscar, Javier Bardem. Único em toda a série devido a suas características peculiares, o vilão de Bardem sem dúvidas marca não só a era Craig como o melhor antagonista, mas também a franquia, e consegue arrancar risadas histéricas da plateia em sua primeira interação com o rival protagonista, numa cena com forte teor homoerótico (a melhor cena do filme). Por vezes se deixando levar pelo exagero em seu chamativo personagem, Bardem consegue o equilíbrio entre o humor e a seriedade ameaçadora na pele de um renegado em busca de vingança. E esse é um dos elementos diferenciais (e para alguns, decepcionante) no novo filme do 007.

A trama é basicamente uma busca por vingança da parte de seu vilão, sem os grandes temas que fazem parte da maioria dos filmes (megalomania dos inimigos em planos como financiamentos criminosos ou busca por petróleo, que marcaram os dois últimos filmes). Outro fator determinante aqui é que “Operação Skyfall” é um filme de James Bond sem ação. Algo inconcebível para a franquia até então. Muito se reclamou que “Quantum of Solace” foi apenas uma amontoado de cenas frenéticas de ação, onde não tínhamos tempo para respirar ou para o desenvolvimento de seus personagens. Com “Skyfall” acontece o extremo contrário, e com 143 minutos de projeção ganhamos somente uma cena de ação memorável (ou nem isso sequer), logo na cena pré-créditos. O diretor Sam Mendes sem dúvidas aceitou participar do projeto para deixar sua marca na série, e não apenas para realizar mais um filme padronizado. Justamente por isso “Skyfall” peca em suas cenas de adrenalina, já que essa não é a especialidade do diretor.

O clímax, por exemplo, consegue ser totalmente anticlimático em seu confronto com o vilão. Seja como for, o novo filme consegue manter James Bond fincado em nosso mundo, como foi planejado desde a entrada de Craig na série, mesmo com a adição de Q (Ben Winshaw), o armeiro do agente e criador das diversas bugigangas tecnológicas, e de elementos familiares dos filmes anteriores. Aqui, ganhamos diversas referências a toda franquia, sejam aos filmes clássicos de Sean Connery, ou até mesmo aos da era fanfarrona de Roger Moore. Naomie Harris como a bondgirl boa, de identidade misteriosa, tem pouco tempo em cena, e a estonteante modelo francesa Bérénice Marlohe interpreta a típica bondgirl aliada do vilão, que sabemos que terá um destino cruel. Um toque interessante para os fãs da franquia é que “Skyfall” parece interligar de forma criativa e original essa espécie de trilogia da era Craig aos primeiros filmes lá de 1962, da era Connery, se é que tal paradoxo temporal é possível.

 


Crítica por:
Pablo Bazarello (Blog)

 

 

007 – Operação Skyfall

 

Somos o que somos. Com uma abertura magnífica cheia de imagens psicodélicas que parecem respirar metáforas existenciais do famoso personagem título, “007 – Operação Skyfall” gera altas expectativas antes mesmo do filme começar.

É adrenalina do começo ao fim, perseguições automobilísticas, cenas espetaculares, resumindo: um prato cheio para quem gosta de filmes de espionagem! Com a missão de tornar esse novo filme um dos melhores da franquia, Sam Mendes foi escalado para comandar a festa, fato que acontece, com louvor!

Na trama, acompanhamos logo no início uma missão que não dá certo e onde ‘M’ precisa tomar uma decisão que influencia sua lealdade perante à Bond. Mas quando um passado escondido da chefe da agência vem à tona, o agente 007 precisa se entender com ‘M’ e combater um vilão excêntrico, especialista em computação. Com várias cenas marcantes, tobogãs em escada rolante e uma trilha muito boa assinada pelo craque Thomas Newman, “007 – Operação Skyfall” tem um dos desfechos mais marcantes da história do agente secreto inglês.

Panela velha é quem faz comida boa? A reciclagem na sua profissão dá um olá ao admirável novo mundo. James Bond é um homem que gosta de fazer as coisas pelo modo antigo, mas será que seu tempo não passou? O Highlander britânico, quando forçado a resgatar suas memórias, percebe que precisa se atualizar – mas sempre com charme e elegância, seduzindo lindas mulheres, portando as mais específicas armas e com seu velho rádio de transmissão. Bond volta mais forte, pronto para enfrentar um sarcástico vilão que também esconde um passado.

Não há muitas novidades nas bases que sustentam a trama. A maneira eletrizante e marcante que se apresentam os fatos é que faz a diferença. O filme empolga, é uma volta às origens com muita elegância e inteligência. O clima de suspense insiste em não fugir da telona, o Dom Juan do mundo da espionagem usa e abusa dos seus truques, agora ajudado por um novo e inteligente ‘Q’. Voltar ao passado faz bem, até mesmo para um certo Highlander da terra da rainha.

Em uma Londres chuvosa, com desfiles nostálgicos de modelos de carros clássicos, esse novo filme 007, como sempre (ao longo da franquia que completa 50 anos), conta com um elenco repleto de atores britânicos. Mais uma vez na pele do protagonista, criado por Ian Fleming, Daniel Craig a cada filme que passa fica mais confortável na pele de James Bond, mais uma boa atuação do bom ator. O peixe grande Albert Finney se encaixa muito bem na história, sendo um elo com o passado escondido de Bond. Ralph Fiennes, não entrando em muitos detalhes que podem gerar spoilers, é uma grande aquisição para a franquia. Judi Dench, sempre fantástica, faz a famosa ‘M.’ e tem papel importante nesse novo filme do agente secreto mais famoso do cinema. Mas quem rouba a cena não é um inglês. Sempre com uma entrada dramática, às vezes sarcástico, às vezes misterioso, Javier Bardem faz mais um vilão de maneira espetacular. Bravo! Um dos grandes atores de sua geração, sem dúvidas!

007 – Operação Skyfall” estreia dia 26 de outubro em muitas salas por todo o Brasil. Você merece conferir esse filmaço! Bem perto da nota 10!

 

 


Crítica por:
Raphael Camacho (Blog)

 

 

007 – Cassino Royale

 

 

A canção de abertura da nova aventura de 007 Cassino Royale, interpretada pelo líder da banda Audioslave, Chris Cornell, é apenas um detalhe neste filme repleto de ação, agora repaginado por um novo ator britânico, que durante meses foi implacavelmente perseguido pelos fãs e pela imprensa.

Adaptado do primeiro livro de Ian Fleming com o espião inglês, 007 Cassino Royale, James Bond (Daniel Craig) é um agente recém-promovido ao nível de 00. Arrogante, jovem, em plena forma e disposto a não seguir as regras, ele é convocado pelo MI6 para participar de um milionário jogo de pôquer em Montenegro, onde Le Chiffre (Mads Mikkelsen), um investidor que trabalha com o dinheiro de terroristas internacionais, estará jogando. Para entrar na jogada, Bond conta com a ajuda do Tesouro Inglês que designa sua bela e inteligente agente Vesper Lynd (Eva Green). A ela caberá avaliar e aprovar a liberação da verba para a execução da missão.

Mas porquê tanta revolta com a escolha do novo James Bond? Desde que foi escalado para viver o agente mais famoso do mundo do cinema, muitas mentiras e fofocas sobre o ator foram ditas. Sem o charme de seus antecessores – Sean Connery, George Lazenby, Roger Moore, Timonthy Dalton e Pierce Brosnan – Craig precisou dedicar-se mais ao papel e provar que era capaz de interpretá-lo. Com o lançamento de Cassino Royale, muitas vozes irão se silenciar. Craig pode não ter algumas das qualidades que foram exigidas por muitas décadas, para vivenciar o agente, mas conseguiu uma grande proeza: dar novo fôlego a uma série que começava, nas palavras do diretor Martin Campbell, a ficar ridícula.

Famoso por seus papéis no teatro londrino e em filmes como Munique e Nem Tudo é o que Parece, este ator inglês conseguiu injetar novas características ao personagem. É um dos melhores atores a interpretar James Bond. Moderno, ele corre, luta, sangra e executa suas tarefas como um verdadeiro agente secreto. E Craig prova estar a altura do personagem, principalmente, em suas cenas de ação. Os primeiros minutos, uma perseguição a pé atrás do terrorista Mollaka (Sebastien Foucan) é arrepiante, digna de um filme de James Bond.

Nota:

Crítica por: Viviane França

 

 

007 – Um Novo dia Para Morrer

 

“Uma relíquia da Guerra Fria”. Num dos últimos filmes do agente James Bond para os cinemas, é desta maneira que a personagem M (interpretada por Judi Dench) define o célebre personagem criado por Ian Fleming e levado às telas pela primeira vez na década de 60. Nascido na época em que o mundo se dividia entre capitalistas (mocinhos) e comunistas (bandidos), os filmes de Bond ainda se situam nesta época, mesmo depois da queda de vários símbolos do comunismo e da hegemonia quase total do capitalismo via globalização.

Tal fato, obviamente, não pode ser considerado um erro ou um defeito da cinessérie. James Bond basicamente é e sempre foi calcado nisso: na defesa do ocidente contra as idéias mirabolantes de algum vilão vermelho e/ou oriental. Mudar essa característica agora descaraterizaria completamente o personagem.

Apesar disso, incomoda (mais pela atual situação política mundial do que pela inserção no filme) o fato de “Um Novo Dia Para Morrer” ter um vilão de origem norte-coerana. Casualidade do destino ou não, em meio à uma perigosa e delicada crise diplomática como essa, a Coréia do Norte certamente seria o país menos indicado a se tornar lar de algum vilão “bondiano”. Mas, dos males deste novo filme, este (acreditem) é o menor.

“Um Novo Dia Para Morrer” é extremamente irritante, chato e confuso. Exagerado, barulhento, mal dirigido, repleto de diálogos terríveis e humor falho, a nova aventura de James Bond decepciona (bastante) aqueles que esperavam por um retorno às divertidas e interessantes tramas das décadas de 60 e 70, simplesmente porque a trama aqui inexiste. O roteiro, como nos filmes de ação mais capengas de Hollywood, é pretexto para se explodir carros e prédios.

A história do filme (que se adequa perfeitamente ao molde dos outros filmes, ou seja: não tem nada de original) é um verdadeiro emaranhado de clichês, personagens inúteis, locações imbecis e nada necessárias e muita bobagem saída das bocas de Pierce Brosnan (Bond) e Halle Berry (Jinx, a principal bondgirl dessa nova produção).

Bond começa aprisionado e torturado na Coréia do Norte, após uma fracassada missão. Depois de vários meses preso, ele é trocado por um terrorista coreano chamado Zao (Rick Yune). Voltando à Inglaterra, 007 tem sua licença para matar revogada e precisa se virar para se vingar e resolver a intriga que deixou em aberto ao ser trancafiado.

Na trilha para resolver o mistério, Bond se depara com um novo-milionário de nome Gustav Graves (vivido por Toby Stephens) que fez fortuna ao descobrir diamantes em algumas minas do globo. Depois de uma investigação em Cuba (onde as pessoas vivem dançando pelas ruas, como num episódio de Os Simpsons), Bond começa a colocar o nome de Graves em jogo, suspeitando que o milionário possa estar envolvido num plano mirabolante que jogará o mundo em guerra (e que ainda envolve troca de identidades, raios solares, satélites ultra-poderosos, palácios de gelo que derretem e uma guerra entre as Coréias). Ele ainda conta com a ajuda de Jinx (Halle Berry), uma agente americana que também está no rastro de Graves, e com o auxílio de Miranda Frost (Rosamund Pike), instrutora de esgrima do excêntrico milionário.

Quase nada fica claro nessa imensa confusão criada pelos roteiristas. O filme simplesmente atropela fatos, como se corresse para que a ação entrasse logo em cena a fim de não fazer a platéia (entorpecida com uma história tão frouxa) dormir.

O personagem Zao poderia perfeitamente não existir. Capanga do vilão, o sujeito não tem a mínima relevância para a trama. Parece existir somente para justificar os gastos com um maquiador (ele tem estranhos fios de metal presos à seu rosto pálido). O mesmo pode ser dito da patética professora de esgrima vivida por Madonna, que aparece numa ponta tão ridícula quanto a participação de Michael Jackson em “Homens de Preto II”.

Além disso, a passagem de Bond por Cuba é justificada da maneira mais imbecil possível: é lá que um dos principais personagens faz a sua troca de identidades numa clínica de terapia genética ultra-moderna (!!!). A mesma coisa cabe às locações na Islândia. Pra que filmar algo lá se a trama não tem nenhuma passagem realmente importante situada no local ?

Tudo vira pretexto para delírios megalômanos do diretor Lee Tamahori, confuso na hora de estruturar seu filme, e imbecil na hora de filmar as cenas de ação. O surfe de Bond num maremoto na Islândia é digno de figurar entre as cenas mais fakes do ano – e 2003 nem bem começou !

A conclusão, passada num avião em chamas, também é irritante, principalmente porque as caixas de som do cinema quase estouram com tantos CABUM! e BANG!. A cena inicial (que envolve hovercrafts e um campo minado) por outro lado, é sonolenta de tão desinteressante.

O filme ao menos parece não se levar muito a sério, e tenta construir piadinhas à todo instante. Mas como rir de cenas tão constrangedoras e trocadilhos tão infames ? Os roteiristas certamente não estavam muito inspirados ao escreverem tamanho engodo (diálogos idiotas e absurdos são bastante comuns por aqui).

A única coisa que vale a pena em “Um Novo Dia Para Morrer” é Halle Berry, que apesar de ter sua participação superestimada por alguns , está mais divertida e charmosa que o restante do elenco (o sujeito que interpreta o vilão não tem um pingo de carisma; Pierce Brosnan parece entediado).

Como M disse, James Bond é mesmo uma relíquia da Guerra Fria. A julgar por este último filme, como tal, o personagem deveria ser mantido num museu e bem longe dos cinemas. Ao menos seríamos poupados de outro filme idiota e irritante.


Crítica por:
Diego Sapia  

 

3 Macacos

 

 

Sinopse: Um pai de família trabalha como motorista de um candidato político. Quando o tal político comete um crime de trânsito, convence seu empregado a assumir a culpa e ir para a cadeia em troca de uma boa quantia em dinheiro.

O título 3 Macacos (Üç maymun) faz referência à universal imagem dos três primatas, cada um tampando os olhos, os ouvidos ou a boca. A mensagem do filme é exatamente essa: mostrar aquilo que todos fingem não ver e não ouvir e que, portanto, não é comentado.

Além da prisão arranjada do pai da família, os outros membros acabam assumindo o papel dos outros dois símios. A mãe começa um caso de adultério e não disfarça muito bem, e o filho também não se esforça em parecer um trabalhador. Os momentos de maior enganação são as visitas que o filho faz ao pai na cadeia.

O filme agradará aos cinéfilos que acompanham o chamado “circuito de arte” e ganhou o prêmio de Melhor Direção em Cannes. Realmente, belos quadros podem ser apreciados no decorrer da sessão, com a ajuda de uma direção de fotografia encantadora. Normalmente elogios são desferidos a essa área pelo bom uso da luz, mas nesse caso ocorre o oposto e o uso da sombra é o maior mérito.

A escolha de uma câmera fixa em diálogos que deveriam ter grande carga emotiva é estranha. Comumente, closes são explorados para intensificar a emoção em tais seqüências. Remando contra a maré, a câmera fica totalmente parada e distante.

Outra característica marcante é o andamento arrastado de 3 Macacos. Se, por um lado, é possível apreciar melhor os belos quadros já comentados, o ritmo lento pode provocar uma angústia incontrolável em quem estiver interessado em mais ação.


Crítica por:
Edu Fernandes

Site: www.homemnerd.com

 

 

2 Coelhos

 

Quando um filme brasileiro se arrisca em um gênero no qual nosso cinema não tem muita intimidade, sou a favor da antropofagia.

2 Coelhos é um exemplo atual dessa postura entre os filmes de ação, da mesma maneira que Besouro fez entre os filmes de super-herói.

Para contextualizar o leitor, a antropofagia vem da crença indígena de que, quando se come a carne de um guerreiro valoroso, se obtém as qualidades positivas desse guerreiro. No mundo das artes, a antropofagia defende que se use a influência estrangeira sem necessariamente perder as características únicas da nossa cultura.

O filme conta a história de Edgard (Fernando Alves Pinto, de Nosso Lar), um homem com um plano complexo para resolver dois problemas ao mesmo tempo. Na concretização do plano, muitos tiroteios, perseguições e explosões serão necessárias. É nesse ponto que 2 Coelhos usa a influência de Hollywood, especialmente de filmes de Quentin Tarantino (Bastardos Inglórios) e Guy Ritchie (Sherlock Holmes 2).

Por outro lado, a produção não deixa de lado sua brasilidade. Os obstáculos enfrentados pelo protagonista, as piadas nos diálogos e as paisagens paulistanas não nos deixam esquecer que se está vendo um filme nacional.

Depois de fracassos como Federal e Segurança Nacional, é importante que 2 Coelhos consiga achar seu público. A qualidade finalmente está na tela em um filme de ação genuinamente brasileiro.

Crítica por: Edu Fernandes (CineDude)

 

 

10.000 a.C.

 

Assim como Michael Bay (‘A Rocha’, ‘Transformers’, ‘Armageddon’), Roland Emmerich (‘O Dia Depois de Amanhã’, ‘Independence Day’) é a personificação do cinema “Blockbuster Hollywoodiano”. Existem pessoas que odeiam aqueles filmes cheios de ação exorbitantes e roteiro totalmente sem aprofundamento, e também tem seus seguidores, que se deliciam com as centenas de balas, granadas, explosões e ataques (alienígenas, terroristas ou da própria natureza).

Se você é um dos fãs do gênero, ‘10.000 a.C.’ é uma jornada incrível por um mundo perfeito (criado de maneira espetácular por efeitos especiais), cheio de animais perigosamente gigantescos, paisagens exóticas e heróis bastante modernos. Mas quanto ao roteiro… não precisa comentar muito: um filme que se passa há mais de 12.000 anos atrás, mas com personagens bastante modernos (parece que eles fizeram dreadlocks e saíram do mundo atual neste momento) e história de amor aparentemente tirada de qualquer romance meloso hollywoodiano.

Em uma tribo remota, o jovem caçador de mamutes D’Leh encontrou o seu amor: a linda Evolet. Mas um bando de misteriosos guerreiros seqüestra Evolet, e D’Leh então se vê forçado a liderar um pequeno grupo de caçadores, iniciando uma perseguição aos guerreiros até o fim do mundo para salvá-la.

Movidos pelo destino, o improvável grupo de guerreiros irá combater predadores pré-históricos e enfrentar terríveis adversidades. Ao final de sua heróica jornada, eles acabarão por descobrir uma civilização perdida. Seu destino final estará nas mãos de um império inimaginável, onde grandes pirâmides alcançam o céu. Ali eles irão desafiar um deus tirânico que escravizou brutalmente seu povo. E será aí que D’Leh finalmente compreenderá que foi escolhido para salvar não apenas Evolet, e sim toda a civilização.

Animais gigantescos, ação de cair o queixo e tomadas heróicas em slow-motion: está tudo lá, para você se deliciar! Como dissemos no início desta crítica: se você é fã do gênero, vai sair do cinema deslumbrado.

 

 


Crítica por:
Renato Marafon 

 

 

2012

 

O mundo vai acabar em 2012. A piada, que vem fazendo parte do cotidiano dos cinéfilos brasileiros, ganhou força depois do apagão que tomou conta do País na última terça, 10 de novembro. 2012, o filme-catástrofe da vez, estreia desta sexta-feira 13 não poderia chegar em hora melhor no Brasil. O longa do diretor Roland Emmerich é mais uma produção que destrói o mundo – ou parte dele.

Emmerich foi esperto ao aproveitar o bom momento internacional do Rio de Janeiro e colocar a cidade na rota do fim do mundo. O primeiro grande erro de 2012 vem daí: o poster que mostra o Cirsto Redentor, um dos maiores símbolos do turismo nacional, sendo destruido, está na pespectiva errada. Para piorar, no filme o Cristo é destruido de forma ridícula, em uma cena rápida que aparece como ‘transmisssão da Globo News’. Tanto alarde para nada.

Se para nós esta era a parte mais interessante, o que dizer do resto? Muito pouco. 2012 é aquilo que se espera dele: efeitos especiais de primeira em um roteiro chinfrim. Todos os clichês que fizeram o sucesso dos filmes catástrofes nos anos 1970 estão lá: um bom ator como protagonista – aqui é John Cusack, no passado foram Paul Newman e Steve McQueen em Inferno na Torre e Gene Hackman em O destino do Poseidon – família que tenta superar seus problemas, casais separados que ainda se amam, o presidente americano do bem (e ele é negro e simplesmente é o Danny Glover!), outro político qualquer do mal, e por aí vai.

O herói que tenta salvar a família é John Cusack, mas antes que ele aparece efetivamente em cena, temos mais de uma hora de explicações sobre o porquê do mundo acabar. 2012 começa, na verdade, em 2009, quando um cientista indiano percebe que a Terra está com seus dias contados e neste trecho tem uma explicação detalhada sobre profecias maias.

E quando chegamos, finalmente, a dezembro de 2012, as coisas começam a explodir. Com o alinhamento da Terra com os outros planetas o mundo começa a sofrer uma série de catástrofes e se torna quase inabitável, resultando em uma morte massiva de seres vivos por todo planeta. O governo dos Estados Unidos – sempre eles! – decide construir arcas insubmergiveis para salvar uma parte da população, para depois reconstruir novamente a civilização.

Sentiram o clima de Arca de Noé? Mas agora é uma arca moderna, ou melhor, são quatro arcas construídas pelos chineses – porque os americanos mesmo não põem a mão na massa. Sim, arcas Made in China.

Os americanos podiam sacanear e mostrar as arcas partindo ao meio antes do fim da travessia, mas não, o objetivo do filme não é questionar a qualidade dos produtos chineses, mas fazer uma produção globalizada – e as espécies que vão sobreviver são escolhidas de acordo com a quantidade de grana que possuem em seus bolsos.

Mas tem sempre um pé rapado tentado furar a fila, no caso John Cusack & família. E nesta odisseia, enquanto o mundo vai pelos ares e os ricos tentam um lugar nas arcas, lá se vão 158 minutos da sua vida.

Roland Emmerich é fissurado mesmo por catástrofes – Independence Day e O dia depois de amanhã são outras pérolas dele – e dessa vez não poupa esforços para explicar sua história. Não me convenceu. Mas ainda tem gente que curte esse tipo de filme – conheço meia dúzia de pessoas que não vê a hora de conferir de perto o mundo indo para a ponte que partiu.

Se você é desses que gostam de filmes sem cérebro, faça bom proveito. Mas, admito, em uma coisa Emmerich acertou: não é Denzel Washington, o héroi americano deste século, quem salva o mundo.

Menos mal.

 


Crítica por:
Janaina Pereira (Cinemmarte)

 

 

1408

 

Adaptar uma obra literária para as telas do cinema é sempre um grande risco não apenas para os estúdios, mas também para o público. Este pode se surpreender ao ver seu personagem predileto fora da trama ou encontrar passagens essenciais da história reescritas. E o risco se torna ainda maior quando o autor do livro possui uma legião de fãs.

 

Em 1408 (1408 – EUA/2007, 104min. Imagem Filmes), história adaptada da Coleção de Contos “Tudo é Eventual” de Stephen King, o diretor sueco Mikael Hafstrom (Fora de Rumo) e o roteirista Matt Greenberg (Halloween 20 Anos Depois & Reino de Fogo) tiveram a sensibilidade de captar cada detalhe das vinte e cinco páginas do conto e filmar uma ótima e arrepiante história de terror.

 

1408 conta à história de Mike Enslin (John Cusack – O Júri), um famoso autor de livros que dedica suas solitárias noites hospedando-se em casas e castelos mal-assombrados e dormindo em sombrios cemitérios. Certo dia, Mike decide hospedar-se no Hotel Dolphin. Vestindo sua camisa havaiana da sorte ele entra no pequeno e charmoso saguão do hotel, com sua antiga porta giratória e suas superestofadas poltronas. Recebido a contra-gosto pelo inteligente e perspicaz gerente Olin (Samuel L. Jackson – Pulp Fiction – Tempo de Violência), Mike é persuadido a desistir da idéia de passar uma noite em um quarto localizado no 13º andar, cuja soma dos números é 13 e onde 30 mortes naturais e 12 suicídios ocorreram desde 1910. Mesmo avisado de que “algo ruim” habita o quarto, de que os relógios de pulso, celulares, cartões magnéticos, calculadoras, bipes…não funcionam no local, Mike insiste em passar a noite num lugar onde ninguém conseguiu permanecer vivo por mais de 60 minutos.

 

A janela onde vários hóspedes pularam para a morte, os três quadros tortos na parede, o cinzeiro de vidro, a caixa de fósforos de 1955, o grande e preto telefone a disco, o silêncio do quarto mesmo com as janelas abertas e as cortinas se balançando, as rachaduras nas paredes, os suicidas…tudo está no filme de Hafstrom, assim como o incrédulo escritor que John Cusack incorporou com “alma”. As sensações de clausuramento, impotência e terror se devem, sem dúvida, a Cusack, que atua praticamente só durante quase toda a trama. Dentro de um quarto, munido de apenas um gravador e um telefone, ele conversa com si próprio enquanto é atormentado pela visão de fantasma caminhando pelo quarto e pela pergunta: ele está sonhando ou está acordado?

 

A Samuel L. Jackson, que na versão para a grande tela ganhou mais destaque, coube preparar uma aterrorizante atmosfera e deixar a platéia e o personagem de Cusack de “cabelos em pé”, antes mesmo de todos “pisarem” no sombrio quarto.

 

Apesar do desfecho diferente do livro (que o diretor promete inserir, ao lado de outros finais alternativos, no DVD) e de algumas passagens e personagens criados para a trama do filme, mas que em nada interferem ou modificam a essência da história, 1408 é diversão certa para os fãs do gênero. Alguns minutos de ótimos sustos!

 


Crítica por:
Viviane França
Site Oficial : —

 

 

500 Dias com Ela

 

“O filme a seguir é uma história de ficção. Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas é mera coincidência. Especialmente você Jenny Beckman. Vaca”.

É assim que começa (500) Dias com Ela, em cartaz a partir de hoje. Este é o primeiro longa de Marc Webb, conhecido diretor de videoclips, que conquistou público e crítica nos Festivais de Sundance e do Rio (onde Webb esteve presente para a pré-estreia do filme) e, mais recentemente, na Mostra de São Paulo.

A trama parece ser mais uma comédia romântica, mas só parece. Bem, comédia até que é. Romântica, não necessariamente.

Summer, a mocinha (Zooey Deschanel, sósia da cantora Kate Perry), é descolada e apaixonante. Tom, o mocinho (Joseph Gordon-Levitt, extremamente semelhante ao saudoso Heath Ledger), é um típico nerd que acredita que vai encontrar sua alma gêmea. Ele, claro, se apaixonada por ela, mas a moça não quer compromisso sério porque simplesmente não acredita no amor. Ainda assim, Tom se envolve com Summer e o que vemos na tela são, justamente, os 500 dias em que vive em função da garota que julga ser a mulher dos seus sonhos.

Por muitas vezes, Summer é doce e adorável. Até o expectador se encanta por ela. Mas, como vemos o filme sempre da perspectiva de Tom, percebemos que a moça também consegue ser indiferente e cruel. Algumas das frases mais dolorosas que os apaixonados nunca podem ouvir saem dos lábios carnudos de Summer. A menina não tem dó nem piedade de seu amado.

Claro que, com um diretor que veio do mundo da música, a trilha sonora tinha que ser destaque do longa. O momento em que Tom canta Here comes your man, do Pixies, é hilário. E as intervenções com She´s like the wind, idem. A trilha, aliás, é um personagem tão importante do filme quanto Summer e Tom. A linguagem da produção, de um modo geral, é bastante particular, imprimindo um estilo marcante para o jovem cineasta Webb, que conseguiu aproveitar na telona toda sua experiência visual com os clipes.

O que diferencia (500) Dias com Ela das outras comédias românticas é que, neste caso, não há romance, mas também não vemos o amor não correspondido. Porque Summer gosta de Tom, mas não o suficiente. E isso é o que nos torna cúmplices dele, e faz com que o filme seja criativo e inteligente, apesar de sua visão dolorosa, mas bastante verdadeira, do amor.

Após assistir ao longa, só um pensamento me vem a cabeça: que Tom – e todos aqueles que um dia já foram rejeitados – viva muito bem 500 dias sem ela.

 


Crítica por:
Janaina Pereira (Cinemmarte)

 

 

10 Filmes de Pedro Almodóvar

Aproveitando o lançamento do novo filme de Pedro Almodóvar, ‘A Pele que Habito’, listemos 10 bons filmes de sua safra. Devo confessar ao leitor que, até hoje, assisti exatamente 10 filmes do diretor espanhol.

Então, esta lista não pode ser dos 10 melhores, mas de 10 filmes de Almodóvar – até porque só nove são bons!

10. Carne Trêmula

O único filme que vi e digo: não gostei! Falta profundidade nas personagens, as cenas com drogas parecem estar lá para chocar, mas são tediosas e pueris. Os vários gêneros que aqui se misturam (romance, policial, drama) parecem entrar em conflito. Caso raro na obra de Almodóvar.


9. Abraços Partidos

Recém-lançado, este trabalho não é ruim como o anterior. Tem muitas qualidades, mas sofre de uma espécie de anemia. Há uma ótima história, excelentes atuações, belos enquadramentos. Mas, a fórmula que o diretor vem desenvolvendo nesta fase apresenta esgotamento. Mais precisamente: parece que está entrando em uma entressafra. A história do diretor cego apaixonado por sua musa carece de paixão! A película tenta ser uma ode de amor ao cinema, mas não passa de uma serenata. Muito bem cuidada, realmente, porém, em seu conjunto, o filme aparenta um diretor cansado, ou, o mais provável, em fase de transição.

8. A Lei do Desejo

Filme de sua fase mais colorida, neste trabalho o drama começa a roubar espaço do humor. A história de Pablo, diretor de teatro homossexual, sua irmão transexual e de Antônio, rapaz por que Pablo se apaixona, reúne temas caros ao diretor. A paixão e o desejo e suas consequências são o centro deste trabalho – como da maior parte da obra de Almodóvar. O desfecho é a demonstração da sua capacidade de misturar gêneros, causar catarse e expor os lados escuro e doce das pessoas em uma explosão visual.

7. Mulheres a Beira de Um Ataque de Nervos

Aqui o negócio começa a ficar injusto! Os filmes a seguir são, no mínimo, brilhantes! “Mulheres a Beira de Um Ataque de Nervos” é sintetizador das qualidades cômicas de Almodóvar. As cores derramadas em flerte com o brega, a falta de verossimilhança dos acontecimentos e o exagero das atuações somadas alcançam uma profundidade psicológica, revelando muito sobre essas mulheres nervosas, sem perder a leveza do humor escrachado. Um filme justamente aclamado!

6. Matador

Pouco lembrado, este trabalho de início de carreira impressiona. A sequência de abertura impacta, mostrando as intenções do diretor: desenhar as contradições humanas, enquanto mostra o pior e melhor de seus personagens. A história do toureiro que sentia prazer em matar as mulheres e da advogada que revive a tauromaquia quando assassina seus parceiros é intensa, chocante, arrebatadora. Almodóvar consegue unir muito bem drama, romance e policial em uma única estrutura. A belíssima sequência final expõe as ambiguidades dos protagonistas e de nossos sentimentos em relação a eles.

5. Ata-me!

Esta é a comédia da obsessão de Ricky por Marina, ex-atriz pornô. Ele acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Apaixonado por Marina, ele a sequestra para convencê-la do amor que sente. Colorido, o filme não dispensa toques de suspense quando expõe as peripécias de Ricky para prender Marina. Após um turbilhão de acontecimentos inusitados, o fim deixa uma sensação de leveza no espectador.

4. Má Educação

Aqui, Almodóvar atinge o ápice da descontinuidade temporal. São idas e vindas através de diversos planos narrativos. Mesmo com roteiro em camadas, o espectador não se perde. Acompanhamos o drama de Enrique Goded, diretor de cinema que se reencontra com Ignácio Rodriguez, antigo amigo e primeiro amor. O filme fala de culpa, perdão, desejo e toca, sem meios tons, na pedofilia na igreja católica. Os minutos finais reúnem os diversos planos narrativos de maneira inventiva enquanto um grande segredo é revelado.

3. Volver

Os três primeiros colocados considero as obras-primas do diretor. “Volver” é a história de Raimunda tentando encobertar o assassinato do marido, a de sua irmã Sole tentando proteger o fantasma da mãe e de sua prima Agustina tentando descobrir o paradeiro da mãe. O enredo mescla suspense, drama familiar e comédia. Sequências como as que Raimunda busca esconder o corpo do marido são primores do suspense, com trilha sonora Hitchcockiana. O tratamento natural dado ao aparecimento do fantasma de Irene causa uma cômica estranheza. E desse espelho de vida e morte afloram ressentimentos represados. Almodóvar constrói uma atmosfera agridoce, entre a tristeza e a alegria. E sentimos imensa vontade de dividir a mesa do jantar com aquelas senhoras.

2. Fale com Ela

O conselho de Benigno para Marco ecoa na cabeça do espectador: “hable con ella”. Não é apenas a voz dele. É principalmente por nos lembrar que por amor, desejo ou fé podemos superar impedimentos físicos. No caso, as mulheres que esses homens amam estão em coma. Tratando-se de um filme de Almodóvar, não podemos reduzir os sentimentos das personagens a uma questão de superar os problemas. O cuidado de Benigno por uma mulher que não conhece pode ser um sinal de amor ou de uma obsessão.

Apesar dos protagonistas serem homens, a alma feminina é o tema. São os problemas de saúde das mulheres que movem a trama. Se em outras fitas o diretor mostrava as mulheres por elas mesmas, nesta a mulher é vista pela ângulo masculina e o que elas causam na nossa psique!

1. Tudo Sobre Minha Mãe

Se fosse o fim do mundo e tivesse que escolher um filme de Almodóvar para ser salvo, de olhos fechado escolheria “Tudo Sobre Minha Mãe”.

Em seu aniversário, Estebán recebe de presente assistir uma peça estrela da por Huma Rojo. Sua mãe, Manuela, promete contar-lhe tudo sobre seu pai, que não conheceu. Porém, em uma tentativa de conseguir um autógrafo da atriz da peça, o rapaz morre atropelado. Manuela parte para Barcelona para reencontrar o pai de seu filho. Lá, fica amiga de Huma e de outras mulheres e travestis.

A narrativa faz com que nos identifiquemos com essas “atrizes”. Mesmo os mais preconceituosos podem se identificar com os sentimentos da travesti Agrado. Isso porque Almodóvar filma criaturas extremamente humanas, talvez as mais verossímeis de sua carreira, conseguidas em boa parte pelas atuações pungentes.

Quando me lembro do filme não me vem primeiro os aspectos “chocantes”. Antes, lembro-me dos sentimentos de amizade e do amor materno. O mérito desta obra é identificarmo-nos com pessoas que, na vida real, pensaríamos não ter nada haver conosco.

A dedicatória do filme revela muito ao espectador:

“Para Bette Davis, Gena Rowlands, Romy Schneider… a todas as atrizes que interpretaram atrizes, a todas as mulheres que atuam, aos homens que atuam e se convertem em mulheres, e a todas as pessoas que querem ser mães. À Minha mãe”.

Os 10 Melhores Filmes Com Famílias Insanas

Confira abaixo: “Quem puxa aos seus, não degenera”.  “Os amigos, são a família que você escolhe”. Montar esta lista não foi tarefa fácil, visto que em alguns filmes o laço sanguíneo não está bem definido ou simplesmente não existe. Leve em conta as duas máximas que iniciam este parágrafo e fique a vontade para criticar e/ou acrescentar novos títulos.

10. Os Estranhos (The Strangers, EUA 2008)

Jovem casal decide passar veraneio num casa isolada e durante a madrugada são ameaçados por uma família de psicopatas mascarados. O filme abusa dos cliches, tem pouquíssimos diálogos e não está interessado em oferecer explicações ao expectador. E é exatamente por isso que garante bons sustos. Ainda em tempo: Liv Tyler é a protagonista!

9. Massacre em Hollywood (Helter Skelter, EUA 1976)

Na madrugada de 9 de agosto de 1969, membros da “Família Manson” invadiram a mansão de Roman Polanski, amarraram e esfaquearam brutalmente cinco pessoas, entre elas a atriz Sharon Tate, esposa do diretor. Este terrível episódio e um pouco da história do psicopata Charles Manson, fundador e mentor intelectual do macabro grupo de assassinos, é contado neste longa feito para TV. O título original faz menção a uma das mais famosas canções do álbum homônimo dos Beatles lançado em 1968. O termo “helter skelter” foi pichado com sangue na casa de Polanski onde ocorreram os crimes há 40 anos.

8. A Mão do Diabo (Frailty, EUA 2001)

O papai Meiks (Bill Paxton) acredita ter uma missão divina aqui na Terra: destruir os demônios que habitam corpos humanos. Imbuído deste sentimento aparentemente insano, ele treina seus dois filhos pequenos Adam e Fenton, para esta jornada, depois que um “anjo” entrega uma lista apontando quais são as falsas pessoas que devem ser destruídas. A história é contada em flashback por um dos garotos já adulto (Matthew McConaughey) à um xerife que está a caça de um serial killer que se autoproclama como “Mão de Deus”. Surpreende mistura de thriller com policial dirigido com competência pelo astro Paxton.

7. Rejeitados pelo Diabo (Devil’s Rejects, EUA 2005)

O Tarantino dos pobres, o roqueiro e diretor Rob Zombie já havia nos apresentado sua familia de assassinos – Otis, Baby e o Capitão Spalding – no seu longa de estreia, A Casa dos 1000 Corpos (2003). Mas este aqui é muito melhor e merece lugar na lista. O filme, que já começa com uma cena de tiroteiro entre a policia e os criminosos, transforma-se numa roadtrip delirante e nostálgica, onde acompanhamos os passos deste violento grupo perseguido por um xerife casca-grossa.

6. Otis (EUA, 2008)

Indignada com a habilidade quase tragicômica do FBI em encontrar sua filha sequestrada, a família Lawson decide tomar a investigação e a justiça em suas mãos. Quando descobrem o endereço do possível criminoso, não pensam duas vezes antes de encher o cara de porrada, queimá-lo, extirpá-lo e torturá-lo até a morte. O que eles não sabem é que pegaram o cara errado… Filme independente de humor negríssimo estrelado por Daniel Stern (da série Esqueceram de Mim) que aqui dá o troco pelos maus tratos sofridos nas mãos de Macaulay Culkin.

5. Animal Kingdom (Australia, 2010)

Cansado de uma vida repelta de crimes, adolescente arrependido resolve se entregar a policia. Revoltada com a crise de consciência de seu rebento caçula, mamãe e seus outros quatros filhinhos sociopatas decidem eliminar de uma vez por todas a ovelha branca da familia, nem que para isso seja preciso exterminar todo o contingente policial de Sidney. Guy Pearce (o detetive que protege o garoto) é o nome mais conhecido deste thriller australiano de baixíssimo orçamento que recebeu merecidamente o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro na edição 2010 do Festival de Sundance nos EUA. Baseado em fatos reais.

 

4. Mum and Dad (Inglaterra, 2008)

Família de classe operária degenerada até ao tutano dedica o seu tempo a raptar jovens e a torturá-los. Os que têm a “sorte” de se tornarem “parte da família” são obrigados a passar por todo tipo de humilhação física e mental. Filme de terror britânico de baixíssimo orçamento que se sobressai pelo seu clima cruel, opressivo e perturbador.

3. Quadrilha de Sádicos (The Hills Have Eyes, EUA 1977)

Durante uma viagem de carro pela Califórnia, família dasavisada resolve pegar um atalho pelo deserto. Foi a sua desgraça. Eles são supreendidos por um grupo de canibais, mutantes de testes nucleares, que estão loucos para mudar o cardápio. Ensaio frenético de violência e ódio dirigido por Wes Craven, o “pai” do Freddy Krueger. Assim como tantas outras fitas de horror dos anos 70 e 80, gerou um remake nos anos 2000. Destaque para o cachorro que persegue implacavelmente os canibais no decorrer do filme, gerando cenas bem divertidas e sádicas.

2. 5150, Rue des Ormes (França, 2009)

Os Beaulieu aparentam ser uma família normal, mas passam longe disso: a mãe submissa sofre com a doença da caçulinha que nasceu com problemas mentais depois que ela levou um soco na barriga durante sua gravidez; a filha mais velha está sendo treinada para ser uma “justiceira” enquanto o pai é um serial killer que montou um xadrez com pessoas mortas no porão da casa. Coitado do estudante de cinema que quebra sua bike bem na frente da residência dos Beaulieu neste surpreendente e hipnotizante filme francês.

1. O Massacre da Serra Elétrica (Texas Chain Saw Massacre, EUA 1974)

Icones do cinema de horror moderno, a família de dementes canibais – que tem Leatherface como o seu representante-mor – idealizada por Tobe Hooper chocou o público dos anos 70 gerando inúmeras continuações para o longa e influenciando incontáveis outros filmes. A história aterrorizante, baseada em fatos reais, acompanha o desespero de cinco adolescentes ingênuos nas mãos de loucos texanos que se alimentam de carne humana. Foi o primeiro e mais importante horror de uma nova tendência de violência explícita e psicológica. O diretor Michael Bay patrocinou uma ótima refilmagem em 2003.

Por: Getro Guimarães (BLOG)