domingo , 22 dezembro , 2024

‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’ | Conheça Namor, príncipe submarino e rival de Wakanda na sequência

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Um dos grandes destaques de Pantera Negra: Wakanda Para Sempre, que está em exibição nos cinemas, é o anti-herói Namor, o primeiro personagem da história da Marvel. Nesta matéria, vamos falar um pouco mais sobre sua origem nos quadrinhos e também sobre sua versão cinematográfica, mas fique em paz, haverá um aviso de spoiler antes de haver alguma revelação sobre a trama, ok?



Criado pelo lendário cartunista Bill Everett, Namor foi criado para ser personagem da Motion Picture Funnies Weekly, uma história em quadrinhos proposta por uma empresa de empacotadoras que seria distribuída como brinde para as crianças nas saídas dos cinemas, em 1939. Infelizmente, a revista nunca foi publicada, mas a história de oito páginas de ‘O Submarino’ chamou a atenção da Timely Comics – a futura Marvel -, que acabou trazendo a história para integrar sua primeira revistinha, a Marvel Comics #1, lançada em abril de 1939, fazendo do Namor o “super-herói original” desse império que domina os cinemas hoje em dia.

Namor tem suas origens ligadas à lendária terra perdida de Atlântida. Nos quadrinhos, ele surge como o filho de Fen, a herdeira do trono de Atlântida, que se apaixonou pelo Capitão Leonard McKenzie, um marinheiro que estava despejando explosivos no mar da Antártida enquanto procurava por Vibranium, sem saber que estava, na verdade, explodindo parte de Atlântida. Então, a Princesa Fen foi enviada para entender o que estava acontecendo e cessar a destruição. O problema é que ela se apaixonou pelo chefe da expedição, se casou com ele no próprio navio e eles acabaram fazendo um bebê. Durante uma missão, Leonard acabou sendo gravemente ferido pelo pai de Fen, o Rei Thakorr, que levou a princesa de volta para casa, onde ela descobriu estar grávida.

Assista também:
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De volta ao mar, Fen deu à luz a um bebezinho que conseguia respirar embaixo d’água, tinha orelhinhas pontudas e extremidades muito similares a asas em seus tornozelos. No entanto, ele chamava atenção mesmo por conta da cor de sua pele.

Ao contrário dos outros atlantes, a criança não tinha a característica pele azul, era um bebê branco, tal qual o próprio pai. Assim, ele foi nomeado Namor, que significa “Filho Vingador” na língua atlante, e foi criado como um legítimo príncipe submarino, ganhando todos os treinamentos e educação especial. Além disso, ele conseguia respirar fora d’água sem precisar do auxílio de máscaras aquáticas, o que deu a ele a possibilidade de agir como um agente diplomático, funcionando como a união perfeita entre a terra e o mar.

Então, com o início da Segunda Guerra Mundial, Namor é enviado para a terra firme, onde pretendia vingar a destruição causada em Atlântida pelas constantes batalhas navais que tomavam os oceanos na década de 1940. Dessa forma, ele para em Nova York, onde trava o icônico duelo contra o Tocha Humana Original. Porém, como praticamente todo embate entre figuras heroicas da Marvel, o Príncipe Submarino acaba sendo convencido eventualmente que os verdadeiros vilões são os nazistas.

Ciente das ameaças da guerra, Namor assume novamente um papel mais diplomático que militar e recebe um convite para integrar Os Invasores, o grupo de super-heróis liderado pelo Capitão América, que infernizou a vida de Adolf Hitler e os agentes do Eixo durante a Segunda Grande Guerra. Com o fim da guerra, ele passa a fazer parte do segundo time do Capitão, o Esquadrão Vitorioso.

E como vida de herói não é fácil, Namor até consegue uma vida pacífica na superfície, mas acaba sendo banido por sua terra (ou seria água?) natal. E para piorar, quando ele consegue retornar à Atlântida, seu reino é destruído em uma batalha que o transforma em um andarilho, tomada pela perda de memória. Isso, claro, foi a justificativa dada pela queda generalizada nas vendas dos quadrinhos no pós-guerra.

Assim, na década de 1960, Stan Lee começa o resgate dos personagens icônicos da Era de Ouro, e coloca o novo Tocha Humana, o adolescente Johnny Storm, do Quarteto Fantástico, para reconhecê-lo andando pelas ruas. Ciente da figura que havia encontrado, Johnny o ajuda a se lembrar quem realmente era, o que leva Namor a voltar desesperado para Atlântida, onde não encontra nada além das ruínas do que seu império já havia sido. Revoltado com o que viu, Namor assume que seu reino foi destruído pela superfície e volta para a terra atrás de vingança. Ele é impedido pelo Quarteto Fantástico, dando início a uma das maiores rivalidades e relações mais polêmicas do mundo das HQs. Isso porque, em sua invasão, ele se apaixonou por Sue Storm, a Mulher Invisível, esposa de Reed Richards. Derrotado pelo Quarteto, ele tenta se unir ao Hulk, mas acaba sendo impedido pelos Vingadores.

Enquanto vagava pelos oceanos e procurava pelos atlantes sobreviventes, Namor se deparou com um grupo de esquimós adorando a um totem de gelo. Irritado com a adoração, enquanto seus súditos o questionavam por sua preferência pela terra, Namor toma o bloco em suas mãos e o arremessa por água abaixo. O que ele não sabia é que aquele pedregulho de gelo abrigava o corpo congelado de seu antigo amigo, o Capitão América, que ficou em animação suspensa após cair no oceano em uma batalha aérea.

No momento em que ele foi arremessado, os Vingadores estavam em uma missão submarina e encontraram o corpo descongelando. Surpresos com aquela figura embaixo d’água, o time o trouxe para dentro do submarino e acabou revivendo o Capitão América em plena Era de Prata.

Mutante

Ao longo dos anos, o caminho de Namor cruzou com o dos X-Men também. Por seu comportamento arrogante e intempestivo, ele nunca se firmou 100% ao lado de nenhum deles, mas já foi membro tanto dos X-Men quanto da Irmandade Mutante, lutando contra os alunos de Charles Xavier. Porém, vendo a forma como Magneto tratava sua equipe, principalmente a Feiticeira Escarlate, Namor abandona o grupo. Porém, durante os anos 80, Namor teve sua origem parcialmente alterada, reconhecendo o príncipe submarino como portador do gene X mutante, rendendo a ele o apelido de “O Primeiro Mutante”, por mais que ele se reconheça como atlante e faça de tudo para proteger seu império.

O terror das casadas

Por mais que não seja exatamente um personagem favorito dos fãs, o Namor certamente é conhecido por sua obsessão por Sue Storm, o que rendeu a ele um apelido similar a “pegador de casadas”, mas de uma forma menos educada de se dizer.

Isso vem desde sua aparição número 1 nos quadrinhos do Quarteto Fantástico, em que ele se apaixonou à primeira vista por Sue, e jamais desistiu de tê-la como sua rainha. E isso é muito significativo, porque o Quarteto surge como “A Família Marvel”. É um grupo exemplar que manteve essa aura por um tempo. No entanto, como Reed tem uma das maiores mentes desse universo, muitas vezes ele deu mais atenção aos seus projetos e ideias do que para sua família. E isso fez com que alguns quadrinistas sugerissem uma possível traição. Em universos alternativos, então, as equipes criativas já cansaram de encher a cabeça do Senhor Fantástico de chifres.

Recentemente, por exemplo, foi feita uma minissérie chamada Quarteto Fantástico: História de Vida, que reimagina a trajetória do grupo nos quadrinhos e, influenciada pelo movimento feminista dos anos 70, a Sue Storm percebe que Reed a tinha colocado no papel de esposa-empregada e acaba buscando no Namor, que a respeitava, a atenção requerida.

E mesmo nutrindo desejos eternos pela esposa de Reed Richards, Namor integra os Illuminati junto ao Senhor Fantástico. Eles tomam decisões que influenciam diretamente no multiverso, mas mesmo sendo conhecido por seu temperamento intempestivo, Namor se mostrou um líder bastante razoável enquanto integrou a equipe.

Nos cinemas

Divulgação: Marvel Studios. © 2022 MARVEL.

Apesar de ser o primeiro personagem da Marvel, Namor só fará suas estreias nas telonas nesta quinta-feira (10), em Pantera Negra: Wakanda Para Sempre. Vivido por Tenoch Huerta Mejía, o Príncipe Submarino sofreu algumas modificações em sua origem.

Segundo o diretor e roteirista do filme, Ryan Coogler, em entrevista ao Inverse, disse que essas alterações se deram porque já houve muitas representações diferentes de Atlântida, baseadas sempre no mito grego de Platão, e por respeito ao público, ele queria dar uma interpretação nova”. E foi assim que surgiu Talocan, um reino submarino inspirado pela cultura Mesoamericana.

Além do reino, o Namor dos cinemas é chamado por seus seguidores de Kukulcán. Na cultura Maia, o Kukulcán é uma divindade poderosíssima representada por uma serpente com plumas, o que explica a coroa que Namor usa. Ele representa, de certa forma, o “Deus da Atmosfera”, pois reúne atributos de um deus sol, um deus do trovão e um deus do ar.

Apesar da justificativa oficial, parece mais coerente supor que o diretor quisesse se distanciar do Aquaman. Apesar do rival da DC ter sido inspirado no próprio Namor, sendo lançado dois anos depois nas HQs, a versão de Jason Momoa, que traz uma origem muito próxima daquela do Namor, chegou antes ao cinema. Então, para não gerar críticas de fãs desavisados, a liberdade criativa rolou solta para que o Namor chegasse ao MCU inspirado pelos Maias.

ALERTA DE SPOILERS

Daqui para baixo, haverá uma breve revelação sobre a trama do filme. Então, sugerimos que só leia após assisti-lo.

Nâmor ou Namôr?

Foto: Eli Adé. Divulgação: Marvel Studios © 2022 MARVEL.

Por anos, essa dúvida da pronúncia do nome do personagem permeou os fãs. Para alguns, lia-se “Nâmor”, para outros “Namôr”. Agora, com a chegada do filme, o nome do Príncipe Submarino foi ressignificado e ganhou uma pronúncia correta: Namôr.

O longa mostra suas origens ligadas ao Vibranium na sua tribo maia. Então, após se mudarem para o fundo do mar, a mãe do príncipe conta a ele o desejo de ser enterrada na superfície, quando falecesse. Isso acontece na época das colonizações da América. Assim, quando chega voando diante dos espanhóis, o garoto é tido como um demônio pelos espanhóis, que o atacam sem efeito.

Revoltado com a situação, o garoto revida e chacina os colonizadores. Quando ele vai matar um jesuíta, o padre o amaldiçoa chamado de “demonio sin amor”. O garoto então retira seu nome dessa sonoridade, “Namôr”, o “Demônio Sem Amor”. É um significado bem mais forte do que “O Filho Vingador”, significado atlante de seu nome nos quadrinhos.

Divulgação: Marvel Studios. © 2022 MARVEL.

FIM DO SPOILER

Agora que você já sabe um pouco mais sobre o Namor, poderá conferir a versão do MCU do personagem em Pantera Negra: Wakanda Para Sempre.

Assista a entrevista e siga o CinePOP no YouTube:

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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‘Pantera Negra: Wakanda Para Sempre’ | Conheça Namor, príncipe submarino e rival de Wakanda na sequência

Um dos grandes destaques de Pantera Negra: Wakanda Para Sempre, que está em exibição nos cinemas, é o anti-herói Namor, o primeiro personagem da história da Marvel. Nesta matéria, vamos falar um pouco mais sobre sua origem nos quadrinhos e também sobre sua versão cinematográfica, mas fique em paz, haverá um aviso de spoiler antes de haver alguma revelação sobre a trama, ok?

Criado pelo lendário cartunista Bill Everett, Namor foi criado para ser personagem da Motion Picture Funnies Weekly, uma história em quadrinhos proposta por uma empresa de empacotadoras que seria distribuída como brinde para as crianças nas saídas dos cinemas, em 1939. Infelizmente, a revista nunca foi publicada, mas a história de oito páginas de ‘O Submarino’ chamou a atenção da Timely Comics – a futura Marvel -, que acabou trazendo a história para integrar sua primeira revistinha, a Marvel Comics #1, lançada em abril de 1939, fazendo do Namor o “super-herói original” desse império que domina os cinemas hoje em dia.

Namor tem suas origens ligadas à lendária terra perdida de Atlântida. Nos quadrinhos, ele surge como o filho de Fen, a herdeira do trono de Atlântida, que se apaixonou pelo Capitão Leonard McKenzie, um marinheiro que estava despejando explosivos no mar da Antártida enquanto procurava por Vibranium, sem saber que estava, na verdade, explodindo parte de Atlântida. Então, a Princesa Fen foi enviada para entender o que estava acontecendo e cessar a destruição. O problema é que ela se apaixonou pelo chefe da expedição, se casou com ele no próprio navio e eles acabaram fazendo um bebê. Durante uma missão, Leonard acabou sendo gravemente ferido pelo pai de Fen, o Rei Thakorr, que levou a princesa de volta para casa, onde ela descobriu estar grávida.

De volta ao mar, Fen deu à luz a um bebezinho que conseguia respirar embaixo d’água, tinha orelhinhas pontudas e extremidades muito similares a asas em seus tornozelos. No entanto, ele chamava atenção mesmo por conta da cor de sua pele.

Ao contrário dos outros atlantes, a criança não tinha a característica pele azul, era um bebê branco, tal qual o próprio pai. Assim, ele foi nomeado Namor, que significa “Filho Vingador” na língua atlante, e foi criado como um legítimo príncipe submarino, ganhando todos os treinamentos e educação especial. Além disso, ele conseguia respirar fora d’água sem precisar do auxílio de máscaras aquáticas, o que deu a ele a possibilidade de agir como um agente diplomático, funcionando como a união perfeita entre a terra e o mar.

Então, com o início da Segunda Guerra Mundial, Namor é enviado para a terra firme, onde pretendia vingar a destruição causada em Atlântida pelas constantes batalhas navais que tomavam os oceanos na década de 1940. Dessa forma, ele para em Nova York, onde trava o icônico duelo contra o Tocha Humana Original. Porém, como praticamente todo embate entre figuras heroicas da Marvel, o Príncipe Submarino acaba sendo convencido eventualmente que os verdadeiros vilões são os nazistas.

Ciente das ameaças da guerra, Namor assume novamente um papel mais diplomático que militar e recebe um convite para integrar Os Invasores, o grupo de super-heróis liderado pelo Capitão América, que infernizou a vida de Adolf Hitler e os agentes do Eixo durante a Segunda Grande Guerra. Com o fim da guerra, ele passa a fazer parte do segundo time do Capitão, o Esquadrão Vitorioso.

E como vida de herói não é fácil, Namor até consegue uma vida pacífica na superfície, mas acaba sendo banido por sua terra (ou seria água?) natal. E para piorar, quando ele consegue retornar à Atlântida, seu reino é destruído em uma batalha que o transforma em um andarilho, tomada pela perda de memória. Isso, claro, foi a justificativa dada pela queda generalizada nas vendas dos quadrinhos no pós-guerra.

Assim, na década de 1960, Stan Lee começa o resgate dos personagens icônicos da Era de Ouro, e coloca o novo Tocha Humana, o adolescente Johnny Storm, do Quarteto Fantástico, para reconhecê-lo andando pelas ruas. Ciente da figura que havia encontrado, Johnny o ajuda a se lembrar quem realmente era, o que leva Namor a voltar desesperado para Atlântida, onde não encontra nada além das ruínas do que seu império já havia sido. Revoltado com o que viu, Namor assume que seu reino foi destruído pela superfície e volta para a terra atrás de vingança. Ele é impedido pelo Quarteto Fantástico, dando início a uma das maiores rivalidades e relações mais polêmicas do mundo das HQs. Isso porque, em sua invasão, ele se apaixonou por Sue Storm, a Mulher Invisível, esposa de Reed Richards. Derrotado pelo Quarteto, ele tenta se unir ao Hulk, mas acaba sendo impedido pelos Vingadores.

Enquanto vagava pelos oceanos e procurava pelos atlantes sobreviventes, Namor se deparou com um grupo de esquimós adorando a um totem de gelo. Irritado com a adoração, enquanto seus súditos o questionavam por sua preferência pela terra, Namor toma o bloco em suas mãos e o arremessa por água abaixo. O que ele não sabia é que aquele pedregulho de gelo abrigava o corpo congelado de seu antigo amigo, o Capitão América, que ficou em animação suspensa após cair no oceano em uma batalha aérea.

No momento em que ele foi arremessado, os Vingadores estavam em uma missão submarina e encontraram o corpo descongelando. Surpresos com aquela figura embaixo d’água, o time o trouxe para dentro do submarino e acabou revivendo o Capitão América em plena Era de Prata.

Mutante

Ao longo dos anos, o caminho de Namor cruzou com o dos X-Men também. Por seu comportamento arrogante e intempestivo, ele nunca se firmou 100% ao lado de nenhum deles, mas já foi membro tanto dos X-Men quanto da Irmandade Mutante, lutando contra os alunos de Charles Xavier. Porém, vendo a forma como Magneto tratava sua equipe, principalmente a Feiticeira Escarlate, Namor abandona o grupo. Porém, durante os anos 80, Namor teve sua origem parcialmente alterada, reconhecendo o príncipe submarino como portador do gene X mutante, rendendo a ele o apelido de “O Primeiro Mutante”, por mais que ele se reconheça como atlante e faça de tudo para proteger seu império.

O terror das casadas

Por mais que não seja exatamente um personagem favorito dos fãs, o Namor certamente é conhecido por sua obsessão por Sue Storm, o que rendeu a ele um apelido similar a “pegador de casadas”, mas de uma forma menos educada de se dizer.

Isso vem desde sua aparição número 1 nos quadrinhos do Quarteto Fantástico, em que ele se apaixonou à primeira vista por Sue, e jamais desistiu de tê-la como sua rainha. E isso é muito significativo, porque o Quarteto surge como “A Família Marvel”. É um grupo exemplar que manteve essa aura por um tempo. No entanto, como Reed tem uma das maiores mentes desse universo, muitas vezes ele deu mais atenção aos seus projetos e ideias do que para sua família. E isso fez com que alguns quadrinistas sugerissem uma possível traição. Em universos alternativos, então, as equipes criativas já cansaram de encher a cabeça do Senhor Fantástico de chifres.

Recentemente, por exemplo, foi feita uma minissérie chamada Quarteto Fantástico: História de Vida, que reimagina a trajetória do grupo nos quadrinhos e, influenciada pelo movimento feminista dos anos 70, a Sue Storm percebe que Reed a tinha colocado no papel de esposa-empregada e acaba buscando no Namor, que a respeitava, a atenção requerida.

E mesmo nutrindo desejos eternos pela esposa de Reed Richards, Namor integra os Illuminati junto ao Senhor Fantástico. Eles tomam decisões que influenciam diretamente no multiverso, mas mesmo sendo conhecido por seu temperamento intempestivo, Namor se mostrou um líder bastante razoável enquanto integrou a equipe.

Nos cinemas

Divulgação: Marvel Studios. © 2022 MARVEL.

Apesar de ser o primeiro personagem da Marvel, Namor só fará suas estreias nas telonas nesta quinta-feira (10), em Pantera Negra: Wakanda Para Sempre. Vivido por Tenoch Huerta Mejía, o Príncipe Submarino sofreu algumas modificações em sua origem.

Segundo o diretor e roteirista do filme, Ryan Coogler, em entrevista ao Inverse, disse que essas alterações se deram porque já houve muitas representações diferentes de Atlântida, baseadas sempre no mito grego de Platão, e por respeito ao público, ele queria dar uma interpretação nova”. E foi assim que surgiu Talocan, um reino submarino inspirado pela cultura Mesoamericana.

Além do reino, o Namor dos cinemas é chamado por seus seguidores de Kukulcán. Na cultura Maia, o Kukulcán é uma divindade poderosíssima representada por uma serpente com plumas, o que explica a coroa que Namor usa. Ele representa, de certa forma, o “Deus da Atmosfera”, pois reúne atributos de um deus sol, um deus do trovão e um deus do ar.

Apesar da justificativa oficial, parece mais coerente supor que o diretor quisesse se distanciar do Aquaman. Apesar do rival da DC ter sido inspirado no próprio Namor, sendo lançado dois anos depois nas HQs, a versão de Jason Momoa, que traz uma origem muito próxima daquela do Namor, chegou antes ao cinema. Então, para não gerar críticas de fãs desavisados, a liberdade criativa rolou solta para que o Namor chegasse ao MCU inspirado pelos Maias.

ALERTA DE SPOILERS

Daqui para baixo, haverá uma breve revelação sobre a trama do filme. Então, sugerimos que só leia após assisti-lo.

Nâmor ou Namôr?

Foto: Eli Adé. Divulgação: Marvel Studios © 2022 MARVEL.

Por anos, essa dúvida da pronúncia do nome do personagem permeou os fãs. Para alguns, lia-se “Nâmor”, para outros “Namôr”. Agora, com a chegada do filme, o nome do Príncipe Submarino foi ressignificado e ganhou uma pronúncia correta: Namôr.

O longa mostra suas origens ligadas ao Vibranium na sua tribo maia. Então, após se mudarem para o fundo do mar, a mãe do príncipe conta a ele o desejo de ser enterrada na superfície, quando falecesse. Isso acontece na época das colonizações da América. Assim, quando chega voando diante dos espanhóis, o garoto é tido como um demônio pelos espanhóis, que o atacam sem efeito.

Revoltado com a situação, o garoto revida e chacina os colonizadores. Quando ele vai matar um jesuíta, o padre o amaldiçoa chamado de “demonio sin amor”. O garoto então retira seu nome dessa sonoridade, “Namôr”, o “Demônio Sem Amor”. É um significado bem mais forte do que “O Filho Vingador”, significado atlante de seu nome nos quadrinhos.

Divulgação: Marvel Studios. © 2022 MARVEL.

FIM DO SPOILER

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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