quinta-feira , 21 novembro , 2024

Pompeia

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Fogo, destruição, maremotos… Ou apenas mais um filme de Paul W. S. Anderson

Estreando sem exibições para a imprensa carioca, Pompeia chega de forma simultânea aos Estados Unidos e Brasil. Este é o novo trabalho do cineasta Paul W. S. Anderson, que tem no currículo produções como Mortal Kombat (1995), Resident Evil (2002) e Alien VS. Predador (2004). Pela sua filmografia dá para perceber que o cinema de Anderson é voltado para o entretenimento. O valor de tal pode ser discutido em variados círculos de forma diferente.

Pompeia é seu filme mais ambicioso até hoje e também o mais sério. O épico medieval retrata a destruição da cidade título perante o Monte Vesúvio, um vulcão aparentemente inativo, que entra em erupção. A trama histórica é preenchida igualmente com elementos familiares do cinema blockbuster, como vilões caricatos, heróis musculosos, intermináveis cenas de luta e, é claro, um romance proibido e meloso. Afinal trata-se de um filme para os jovens que lotam os multiplex.



2

Por outro lado, tudo é disfarçado com uma estrutura que apela também aos adultos, já que o filme mistura os subgêneros “sandália e espada” com cinema catástrofe. Tais gêneros sem dúvidas são mais atraentes para o grande público geral do que os filmes anteriores de Anderson, em sua maioria filmes baseados em videogames. Até quando adaptou sua versão de Alexandre Dumas com Os Três Mosqueteiros (2011), o cineasta fez uso de suas acrobacias que desafiam a gravidade, muita câmera lenta estilosa e conceitos tão non sense (como barcos voadores e metralhadoras) que nos ganhavam por seu valor de prazer culposo.

No filme, Kit Harington (o Jon Snow de Game of Thrones) é Milo, um jovem que no melhor estilo de Conan – O Bárbaro tem sua vila dizimada e os pais mortos por um líder tirano. Apenas o menino sobrevive e anos mais tarde se torna um exímio guerreiro gladiador. Tudo o que podemos esperar de clichês de filmes assim se fazem presente. O protagonista é um sujeito misterioso, mas muito bom de briga, que ganhará o respeito de seu maior adversário inicial (vivido por Adewale Akinnuoye-Agbaje).

3

Existe também o romance instantâneo com uma jovem princesa insatisfeita. Ela é vivida pela gracinha Emily Browning. A promissora atriz mirim de Desventuras em Série (2004) tinha um futuro brilhante pela frente, mas depois de suas apostas mais ambiciosas darem errado, vide Sucker Punch e Beleza Adormecida (ambos de 2011), Browning tem se metido em um projeto malfadado atrás do outro, vide A Hospedeira e Plush (este ainda inédito no Brasil). Como Cassia, ela realmente não tem muito o que fazer, apenas viver um romance de A Dama e o Vagabundo.

Diversos bons atores são desperdiçados em personagens pífios, diálogos risíveis e atuações mais canastronas impossível. Entre eles, Kieffer Sutherland na pele de um vilão que só faltou “enrolar o bigode”, a sumida Carrie-Anne Moss (segundo nome nos créditos do filme) no papel da mãe de Browning, Jared Harris como seu pai e a beldade Jessica Lucas (A Morte do Demônio) como a mucama de destino tragicômico. Além de tudo isso, Anderson nos pede grandes saltos de fé em cenas duvidosas mesmo dentro de seu próprio universo, como quando Harington quebra o pescoço de um cavalo!? com as próprias mãos para sacrificá-lo. Está aí uma coisa que não se vê todos os dias.

Em outro momento, Harington corre em um cavalo acorrentado pelo pé, ao que a corrente esticada derruba diversos soldados inimigos com a colisão. A mesma o faria voar longe já que é apenas um contra vários corpos mais pesados. Em algum momento o protagonista vai para o chão, mas não sem antes “fazer a limpa”. A sensação é a de que esperamos 1 hora e 20 minutos com apenas encheção de linguiça, de uma história enfadonha sobre gladiadores e lutas cansativas, para somente nos dez minutos finais ganharmos o que realmente queríamos desde o início, cenas legais de destruição. Que enganação.

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Pompeia é seu filme mais ambicioso até hoje e também o mais sério. O épico medieval retrata a destruição da cidade título perante o Monte Vesúvio, um vulcão aparentemente inativo, que entra em erupção. A trama histórica é preenchida igualmente com elementos familiares do cinema blockbuster, como vilões caricatos, heróis musculosos, intermináveis cenas de luta e, é claro, um romance proibido e meloso. Afinal trata-se de um filme para os jovens que lotam os multiplex.

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Por outro lado, tudo é disfarçado com uma estrutura que apela também aos adultos, já que o filme mistura os subgêneros “sandália e espada” com cinema catástrofe. Tais gêneros sem dúvidas são mais atraentes para o grande público geral do que os filmes anteriores de Anderson, em sua maioria filmes baseados em videogames. Até quando adaptou sua versão de Alexandre Dumas com Os Três Mosqueteiros (2011), o cineasta fez uso de suas acrobacias que desafiam a gravidade, muita câmera lenta estilosa e conceitos tão non sense (como barcos voadores e metralhadoras) que nos ganhavam por seu valor de prazer culposo.

No filme, Kit Harington (o Jon Snow de Game of Thrones) é Milo, um jovem que no melhor estilo de Conan – O Bárbaro tem sua vila dizimada e os pais mortos por um líder tirano. Apenas o menino sobrevive e anos mais tarde se torna um exímio guerreiro gladiador. Tudo o que podemos esperar de clichês de filmes assim se fazem presente. O protagonista é um sujeito misterioso, mas muito bom de briga, que ganhará o respeito de seu maior adversário inicial (vivido por Adewale Akinnuoye-Agbaje).

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Existe também o romance instantâneo com uma jovem princesa insatisfeita. Ela é vivida pela gracinha Emily Browning. A promissora atriz mirim de Desventuras em Série (2004) tinha um futuro brilhante pela frente, mas depois de suas apostas mais ambiciosas darem errado, vide Sucker Punch e Beleza Adormecida (ambos de 2011), Browning tem se metido em um projeto malfadado atrás do outro, vide A Hospedeira e Plush (este ainda inédito no Brasil). Como Cassia, ela realmente não tem muito o que fazer, apenas viver um romance de A Dama e o Vagabundo.

Diversos bons atores são desperdiçados em personagens pífios, diálogos risíveis e atuações mais canastronas impossível. Entre eles, Kieffer Sutherland na pele de um vilão que só faltou “enrolar o bigode”, a sumida Carrie-Anne Moss (segundo nome nos créditos do filme) no papel da mãe de Browning, Jared Harris como seu pai e a beldade Jessica Lucas (A Morte do Demônio) como a mucama de destino tragicômico. Além de tudo isso, Anderson nos pede grandes saltos de fé em cenas duvidosas mesmo dentro de seu próprio universo, como quando Harington quebra o pescoço de um cavalo!? com as próprias mãos para sacrificá-lo. Está aí uma coisa que não se vê todos os dias.

Em outro momento, Harington corre em um cavalo acorrentado pelo pé, ao que a corrente esticada derruba diversos soldados inimigos com a colisão. A mesma o faria voar longe já que é apenas um contra vários corpos mais pesados. Em algum momento o protagonista vai para o chão, mas não sem antes “fazer a limpa”. A sensação é a de que esperamos 1 hora e 20 minutos com apenas encheção de linguiça, de uma história enfadonha sobre gladiadores e lutas cansativas, para somente nos dez minutos finais ganharmos o que realmente queríamos desde o início, cenas legais de destruição. Que enganação.

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