domingo , 22 dezembro , 2024

Porcentagem NÃO é Nota! Como Funciona o Rotten Tomatoes?

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Definir se um filme é bom ou ruim é extremamente complicado, afinal, gosto é subjetivo. Cada vez tem um tipo de expectativa, preferência, pré-conceitos… então um filme que agrada em cheio uma pessoa pode desagradar muito. É como dizia o velho ditado: “Gosto é que nem…”.

No último mês, essa polarização de gostos se intensificou com o lançamento de ‘Mulher-Maravilha 1984‘, um filme que se demonstrou ame ou odeie.



A produção foi detonada por grande parte da crítica por motivos técnicos (caracterização duvidosa, efeitos especiais mal feitos…) e de enredo, considerado muito autoafirmativo e vazio. No entanto, uma parte do público, e da crítica igualmente, comprou a ideia do filme, considerando-o um dos melhores filmes no gênero de heróis.

Há uma peça que ganhou muita importância em toda essa polêmica. O infame para alguns e referência para outros, Rotten Tomatoes. Há muitas dúvidas sobre como funciona esse site, afinal ele simplesmente lança na internet uma porcentagem aleatória e taxa o filme de bom ou ruim? Ele possui um sistema de avaliação único? Ou ele serve apenas à interesses das grandes empresas de entretenimento para promover determinado filme ou detonar outro?

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Antes de mais nada é bom ressaltar que o Rotten funciona como um agregador de críticas, ou melhor dizendo, ele não escreve críticas e as publica como a maioria dos sites de entretenimento. Ao invés disso, ele reúne as avaliações de vários críticos profissionais e a porcentagem final é um apanhado de todas as avaliações. Para ter sua opinião considerada pelo agregador é necessário ser um avaliador de determinado site pelo período mínimo de dois anos e, em alguns casos, fazer parte de determinadas associações de críticos.

Uma das primeiras coisas que muitos observam no Rotten é a porcentagem que o filme recebe, simbolizando se ele é um tomate bom ou estragado. Muitas vezes essa porcentagem é tida como um resultado arbitrário e unicamente mensurado de 0% a 100%.

Nota-se que logo abaixo do “tomatomêtro” há uma série de avaliações pelas quais o filme passou, dentre elas uma chamada  ‘reviews counted’ (críticas contabilizadas), que reúne a opinião dos críticos aprovados pelo agregador e que avaliaram o filme em questão.  A porcentagem, portanto, presente ao lado do filme representa a quantidade de críticos cadastrados no site, divididos entre “top critics” (os críticos mais renomados e “de maior importância”) e os demais, que aprovaram a produção.

A questão do filme receber o selo de ‘tomate podretomate frescofresco certificado’ varia também dessa porcentagem já mencionada. De 0% a 59% a avaliação é de que o filme é um ‘tomate podre’, de 60% a 75% indica que ele é ‘tomate fresco’ e de 75% a 100% é ‘fresco certificado’.  Uma curiosidade é que a escolha de usar tomates como avaliação se dá pela imagem tradicional de um artista realizando uma apresentação ruim e sendo alvo de tomates por parte da plateia.

Uma avaliação numérica mais detalhada dos críticos envolvidos pode ser encontrada na categoria “Average Rating” (classificação média), que formula o cálculo de todos os avaliadores envolvidos na porcentagem final. Essa categoria se encontra logo abaixo do “tomatômetro”.

A opinião do público também é levada em consideração. Sabe o balde de pipoca que se encontra no lado direito da avaliação? Ele funciona de maneira similar à porcentagem do tomate, no canto esquerdo. A diferença é que ele computa a avaliação do internauta e calcula (semelhante ao que temos no IMDB, que tira por média apenas a avaliação do grande público da internet), por fim, a porcentagem final sobre aquele filme. As produções com mais de 60% de aprovação ganham um balde cheio de pipoca, já aquelas com até 59% ganham um balde derrubado.

Já em determinados casos ocorrem o “consenso da crítica”, que seria um resumo dos críticos do Rotten sobre determinado filme, aonde eles resumem suas opiniões sobre ele. Entretanto, não são todas as produções que recebem essas opiniões. É necessário que muitos críticos avaliem tal filme para ele receber esse consenso.

As polêmicas envolvendo o ‘Rotten Tomatoes’, porém, são bem mais complexas do que o sistema de avaliação usado. Há anos é dito que o site favorece determinados filmes por pressão de determinado estúdio, muitos consideram esse argumento uma falácia, mas alguns fatos dão certa força a esses boatos. Do período da sua fundação, em 1998, até 2009, o site pertencia a Senh Duong. Em 2010, o Rotten foi comprado pela rede social de cinema conhecida como Flixster, que por sua vez foi obtida pela Warner Bros. em 2011.

Em 2016, a Warner vendeu o Rotten e a Flixster para a Comcast, que nada mais é do que o maior conglomerado de mídia do mundo. Essas negociações acabaram por se tornar o argumento de muitas pessoas sobre a falsa imparcialidade do site e que no fim ele responde aos interesses de uma única grande empresa. Outra polêmica foi que recentemente o diretor Martin Scorsese afirmou que sites como o Rotten Tomatoes irão acabar futuramente. Muito por causa que filmes são feitos para serem avaliados com o tempo e não de imediato.

Na sua opinião, o Rotten Tomatoes está destruindo Hollywood?

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Definir se um filme é bom ou ruim é extremamente complicado, afinal, gosto é subjetivo. Cada vez tem um tipo de expectativa, preferência, pré-conceitos… então um filme que agrada em cheio uma pessoa pode desagradar muito. É como dizia o velho ditado: “Gosto é que nem…”.

No último mês, essa polarização de gostos se intensificou com o lançamento de ‘Mulher-Maravilha 1984‘, um filme que se demonstrou ame ou odeie.

A produção foi detonada por grande parte da crítica por motivos técnicos (caracterização duvidosa, efeitos especiais mal feitos…) e de enredo, considerado muito autoafirmativo e vazio. No entanto, uma parte do público, e da crítica igualmente, comprou a ideia do filme, considerando-o um dos melhores filmes no gênero de heróis.

Há uma peça que ganhou muita importância em toda essa polêmica. O infame para alguns e referência para outros, Rotten Tomatoes. Há muitas dúvidas sobre como funciona esse site, afinal ele simplesmente lança na internet uma porcentagem aleatória e taxa o filme de bom ou ruim? Ele possui um sistema de avaliação único? Ou ele serve apenas à interesses das grandes empresas de entretenimento para promover determinado filme ou detonar outro?

Antes de mais nada é bom ressaltar que o Rotten funciona como um agregador de críticas, ou melhor dizendo, ele não escreve críticas e as publica como a maioria dos sites de entretenimento. Ao invés disso, ele reúne as avaliações de vários críticos profissionais e a porcentagem final é um apanhado de todas as avaliações. Para ter sua opinião considerada pelo agregador é necessário ser um avaliador de determinado site pelo período mínimo de dois anos e, em alguns casos, fazer parte de determinadas associações de críticos.

Uma das primeiras coisas que muitos observam no Rotten é a porcentagem que o filme recebe, simbolizando se ele é um tomate bom ou estragado. Muitas vezes essa porcentagem é tida como um resultado arbitrário e unicamente mensurado de 0% a 100%.

Nota-se que logo abaixo do “tomatomêtro” há uma série de avaliações pelas quais o filme passou, dentre elas uma chamada  ‘reviews counted’ (críticas contabilizadas), que reúne a opinião dos críticos aprovados pelo agregador e que avaliaram o filme em questão.  A porcentagem, portanto, presente ao lado do filme representa a quantidade de críticos cadastrados no site, divididos entre “top critics” (os críticos mais renomados e “de maior importância”) e os demais, que aprovaram a produção.

A questão do filme receber o selo de ‘tomate podretomate frescofresco certificado’ varia também dessa porcentagem já mencionada. De 0% a 59% a avaliação é de que o filme é um ‘tomate podre’, de 60% a 75% indica que ele é ‘tomate fresco’ e de 75% a 100% é ‘fresco certificado’.  Uma curiosidade é que a escolha de usar tomates como avaliação se dá pela imagem tradicional de um artista realizando uma apresentação ruim e sendo alvo de tomates por parte da plateia.

Uma avaliação numérica mais detalhada dos críticos envolvidos pode ser encontrada na categoria “Average Rating” (classificação média), que formula o cálculo de todos os avaliadores envolvidos na porcentagem final. Essa categoria se encontra logo abaixo do “tomatômetro”.

A opinião do público também é levada em consideração. Sabe o balde de pipoca que se encontra no lado direito da avaliação? Ele funciona de maneira similar à porcentagem do tomate, no canto esquerdo. A diferença é que ele computa a avaliação do internauta e calcula (semelhante ao que temos no IMDB, que tira por média apenas a avaliação do grande público da internet), por fim, a porcentagem final sobre aquele filme. As produções com mais de 60% de aprovação ganham um balde cheio de pipoca, já aquelas com até 59% ganham um balde derrubado.

Já em determinados casos ocorrem o “consenso da crítica”, que seria um resumo dos críticos do Rotten sobre determinado filme, aonde eles resumem suas opiniões sobre ele. Entretanto, não são todas as produções que recebem essas opiniões. É necessário que muitos críticos avaliem tal filme para ele receber esse consenso.

As polêmicas envolvendo o ‘Rotten Tomatoes’, porém, são bem mais complexas do que o sistema de avaliação usado. Há anos é dito que o site favorece determinados filmes por pressão de determinado estúdio, muitos consideram esse argumento uma falácia, mas alguns fatos dão certa força a esses boatos. Do período da sua fundação, em 1998, até 2009, o site pertencia a Senh Duong. Em 2010, o Rotten foi comprado pela rede social de cinema conhecida como Flixster, que por sua vez foi obtida pela Warner Bros. em 2011.

Em 2016, a Warner vendeu o Rotten e a Flixster para a Comcast, que nada mais é do que o maior conglomerado de mídia do mundo. Essas negociações acabaram por se tornar o argumento de muitas pessoas sobre a falsa imparcialidade do site e que no fim ele responde aos interesses de uma única grande empresa. Outra polêmica foi que recentemente o diretor Martin Scorsese afirmou que sites como o Rotten Tomatoes irão acabar futuramente. Muito por causa que filmes são feitos para serem avaliados com o tempo e não de imediato.

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