domingo , 22 dezembro , 2024

‘Premonição’ faz 20 anos | Relembre a franquia!

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Em 2020, a icônica franquia Premonição completa vinte anos desde o seu lançamento original. Para aqueles que não se recordam, o capítulo inicial da saga de terror sobrenatural teve início em 2000 e estendeu-se até 2011 com cinco longas-metragens, duas HQs e nove romances. Mas você sabe exatamente como a narrativa teve início?

A história do primeiro filme, que gira em torno do jovem Alex Browning (Devon Sawa) e sua subsequente atitude histérica para salvar um grupo de alunos de uma explosão premeditada por uma terrível visão, na verdade funcionaria como um episódio da aclamada série Arquivo X (o que faz bastante sentido, considerando o teor fantasioso da produção). Arquitetada por Jeffrey Reddick, o pano de fundo revolucionário chamou atenção das produtoras e acabou sendo transferido para as telonas através do comando de James Wong e do roteiro de Wong, Reddick e Glen Morgan.



A princípio, o resultado final passou longe de agradar a crítica especializada – mas alavancou uma legião de seguidores que transformou a obra num clássico cult, principalmente por suas reviravoltas inteligentes, suas cenas bem arquitetadas e uma renovação do já batido gênero slasher que vinha perdendo força desde o lançamento de Pânico. Afinal, os personagens aqui lidam com um inimigo invisível (a Morte) em vez de lidar palpavelmente com um serial killer aos moldes de Ghostface, Freddy Krueger e Jason Voorhees. Com o passar dos anos, a recepção tornou-se mais calorosa e provocou uma sólida arrecadação nas bilheterias (ultrapassando a marca de US$665 milhões sem ajuste de inflação).

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No geral, a franquia insurge como uma inteligente alternativa para os adeptos ao terror, passando longe de funcionar como apenas um gore-porn como veríamos com Jogos Mortais (com exceção da iteração de 2004). É claro que temos as terríveis e arrepiantes cenas de morte elaboradas com cautela extrema, arcos de personagens bastante críveis e cliffhangers poderosos que mantiveram o sucesso e a adesão do público a cada nova entrada – mesmo com as claras falhas e os furos de roteiro que vão para além de uma mera falta de credibilidade; porém, estamos lidando com a Morte (cuja identidade toma proporções míticas a cada novo capítulo). Não é surpresa, também, que os personagens (ou apenas a menção a eles) sejam relembrados constantemente em um ciclo interminável de vingança do além-mundo – começando com Alex e retornando a ele mesmo com uma revitalização do conceito ocultista de Ouroboros, a serpente que engole a si mesma.

Se em Premonição a mitologia começa a ser cultivada pelos protagonistas, que se completam nos rostos de Ali Larter, Kerr Smith, Seann William Scott e outros, Premonição 2’ abre espaço para uma exploração interessante – e recheada de algumas das mortes mais chocantes de toda a saga. Aqui Kimberly (A.J. Cook) tem a visão de um acidente de carro que resulta na morte de dezenas de pessoas, postando-se para impedir a passagem de vários veículos e salvar algumas delas. À medida que a Morte vem para coletar as vidas que lhe pertencem por direito, eles descobrem que o acidente em questão viria como forma de quitar as dívidas criadas no primeiro filme com o intrometimento de Alex no curso natural das coisas – descobrindo também que apenas uma nova vida pode quebrar esse inevitável ciclo.

É claro que a New Line Cinema poderia terminar suas investidas apenas com duas iterações; mas seu sucesso irrefutável culminou no lançamento de Premonição 3’ em 2006, “rebootando” a trama e levando-a um passo para a frente. No novo longa, Wong retorna como diretor de uma história que envolve um grupo de graduandos que vai a um parque de diversões e acaba se envolvendo numa tragédia irreparável – exceto pela presença de Mary Elizabeth Winstead como Wendy Christensen. A premissa segue o passo das anteriores, mas traz um elemento diferenciado: Wendy consegue descobrir de que forma os sobreviventes serão caçados através de fotografias e de coincidências que alimentam o escopo iniciado seis anos antes.

Em 2009, a série ganharia uma fraca continuação, cujos poucos pontos positivos circulariam em torno da revitalização técnica, tornando-se o primeiro a ser filmado inteiramente em HD 3D. Felizmente, Premonição 5’ encontraria espaço de sobra para trazer todos os aspectos que nos envolveram anteriormente, fosse pelo emprego on point do CGI, das cenas de morte, do tom mais dramático da obra, representando uma surpreendente mudança de ares – e fechando definitivamente o ciclo com uma prequela inesperada e um final de tirar o fôlego.

Agora, caminhamos em direção a uma nova história, cujos detalhes começam a sair das sombras aos poucos.

E você? Está preparado para enfrentar mais uma vez o mais temível inimigo de todos?

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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A história do primeiro filme, que gira em torno do jovem Alex Browning (Devon Sawa) e sua subsequente atitude histérica para salvar um grupo de alunos de uma explosão premeditada por uma terrível visão, na verdade funcionaria como um episódio da aclamada série Arquivo X (o que faz bastante sentido, considerando o teor fantasioso da produção). Arquitetada por Jeffrey Reddick, o pano de fundo revolucionário chamou atenção das produtoras e acabou sendo transferido para as telonas através do comando de James Wong e do roteiro de Wong, Reddick e Glen Morgan.

A princípio, o resultado final passou longe de agradar a crítica especializada – mas alavancou uma legião de seguidores que transformou a obra num clássico cult, principalmente por suas reviravoltas inteligentes, suas cenas bem arquitetadas e uma renovação do já batido gênero slasher que vinha perdendo força desde o lançamento de Pânico. Afinal, os personagens aqui lidam com um inimigo invisível (a Morte) em vez de lidar palpavelmente com um serial killer aos moldes de Ghostface, Freddy Krueger e Jason Voorhees. Com o passar dos anos, a recepção tornou-se mais calorosa e provocou uma sólida arrecadação nas bilheterias (ultrapassando a marca de US$665 milhões sem ajuste de inflação).

No geral, a franquia insurge como uma inteligente alternativa para os adeptos ao terror, passando longe de funcionar como apenas um gore-porn como veríamos com Jogos Mortais (com exceção da iteração de 2004). É claro que temos as terríveis e arrepiantes cenas de morte elaboradas com cautela extrema, arcos de personagens bastante críveis e cliffhangers poderosos que mantiveram o sucesso e a adesão do público a cada nova entrada – mesmo com as claras falhas e os furos de roteiro que vão para além de uma mera falta de credibilidade; porém, estamos lidando com a Morte (cuja identidade toma proporções míticas a cada novo capítulo). Não é surpresa, também, que os personagens (ou apenas a menção a eles) sejam relembrados constantemente em um ciclo interminável de vingança do além-mundo – começando com Alex e retornando a ele mesmo com uma revitalização do conceito ocultista de Ouroboros, a serpente que engole a si mesma.

Se em Premonição a mitologia começa a ser cultivada pelos protagonistas, que se completam nos rostos de Ali Larter, Kerr Smith, Seann William Scott e outros, Premonição 2’ abre espaço para uma exploração interessante – e recheada de algumas das mortes mais chocantes de toda a saga. Aqui Kimberly (A.J. Cook) tem a visão de um acidente de carro que resulta na morte de dezenas de pessoas, postando-se para impedir a passagem de vários veículos e salvar algumas delas. À medida que a Morte vem para coletar as vidas que lhe pertencem por direito, eles descobrem que o acidente em questão viria como forma de quitar as dívidas criadas no primeiro filme com o intrometimento de Alex no curso natural das coisas – descobrindo também que apenas uma nova vida pode quebrar esse inevitável ciclo.

É claro que a New Line Cinema poderia terminar suas investidas apenas com duas iterações; mas seu sucesso irrefutável culminou no lançamento de Premonição 3’ em 2006, “rebootando” a trama e levando-a um passo para a frente. No novo longa, Wong retorna como diretor de uma história que envolve um grupo de graduandos que vai a um parque de diversões e acaba se envolvendo numa tragédia irreparável – exceto pela presença de Mary Elizabeth Winstead como Wendy Christensen. A premissa segue o passo das anteriores, mas traz um elemento diferenciado: Wendy consegue descobrir de que forma os sobreviventes serão caçados através de fotografias e de coincidências que alimentam o escopo iniciado seis anos antes.

Em 2009, a série ganharia uma fraca continuação, cujos poucos pontos positivos circulariam em torno da revitalização técnica, tornando-se o primeiro a ser filmado inteiramente em HD 3D. Felizmente, Premonição 5’ encontraria espaço de sobra para trazer todos os aspectos que nos envolveram anteriormente, fosse pelo emprego on point do CGI, das cenas de morte, do tom mais dramático da obra, representando uma surpreendente mudança de ares – e fechando definitivamente o ciclo com uma prequela inesperada e um final de tirar o fôlego.

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