domingo , 22 dezembro , 2024

Primeiras Impressões | Citadel: Série de espionagem dos Irmãos Russo não promete originalidade, mas se garante com altíssimo valor de produção

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A trama você conhece. Uma sigilosa e tecnológica agência de espionagem é alvo de forças inimigas, que operam para destruir sua supremacia e seu trabalho investigativo ao redor do mundo. O subgênero de thriller de espionagem já estampou essa mesma premissa em inúmeros longas e séries de TV. De Missão Impossível à Alias, o arquétipo da mais alta segurança sob ataque tem sido o alicerce que sustenta tramas ambiciosas e franquias caríssimas. E em se tratando de Citadel, mais uma vez Jeff Bezos e seu cofre de recursos infinitos colocam sua arte à prova com o mesmo viés narrativo, em um dos projetos mais caros da história da televisão. Ao lado da fraca O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder, essa é a ostensiva tentativa da Amazon Prime Video de conquistar as audiências do streaming.



E com os irmãos Joe e Anthony Russo (Vingadores: Ultimato) assumindo a produção, Citadel chega à grade de programação da plataforma com uma proposta cinematográfica. Cruzando o Oceano Atlântico com uma trama expansiva e repleta de culturalidade, a série apresenta uma jornada multifacetada, sem território fixo e com muito dinamismo. Aqui, a mitológica agência de espionagem Citadel é dizimada em sua totalidade, com seu exército de agentes sendo assassinados ao redor do globo. Com a destruição em massa do que antes era a organização mais sigilosa, poderosa e influente do mundo, dois de seus principais espiões têm suas memórias apagadas, com seus históricos profissionais sendo completamente enterrados. Agora, diante de uma nova ameaça, ambos serão forçados a redescobrir suas verdadeiras identidades, oito anos depois da dizimação da instituição.

Com ares que remetem a outros projetos consagrados de Hollywood, a série roteirizada por David Weil – que também assume o papel de showrrunner, não é original em essência, mas nem por isso se torna menos atraente. Se garantindo com um altíssimo valor de produção, a original da Prime Video não poupa recursos e ousa dentro de uma indústria acostumada a orçamentos televisivos mais restritos. Com belíssimas locações que orbitam entre os Estados Unidos e a Europa, Citadel é uma aposta universal, que mexe com um tema amplamente popular entre o público, à medida em que o convida para uma experiência transcultural. De ritmo acelerado e episódios relativamente mais curtos para um título dramático, ela é uma aposta certeira para os fãs de adrenalina.

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Com cenas incansáveis de luta corporal e muita ação, a produção é como assistir a uma sucessão de horas de filmes de suspense investigativo. Flertando com a política interna e externa e se apropriando da liberdade criativa de brincar com a ficção científica, Citadel é uma mistura de gêneros que é o mais puro suco do entretenimento blockbuster. Com efeitos visuais bons (embora estejam bem distantes de serem cinematográficos), a série se garante diante da audiência e entrega aquilo que promete.

Nesse cenário frenético e às vezes simplista, Priyanka Chopra Jonas e Richard Madden se completam, com performances excelentes e uma ótima química em tela. Ao lado do talentoso e icônico Stanley Tucci, eles se entregam aos seus personagens com um sentimento de urgência e ajudam a nos prender a cada episódio. E mesmo quando tudo em tela aparenta ser megalomaníaco demais, os Irmãos Russo encontram um novo fôlego de humanidade em seus personagens, os aproximando da audiência. E ainda que seja muito cedo para sacramentar, é inegável que a 1ª temporada de Citadel já é eletrizante, envolvente e convidativa. Ainda que não saia de sua zona de conforto na maior parte do tempo, o novo thriller de espionagem da Prime Video é a dose certeira de escapismo que tanto buscamos em uma chuvosa sexta-feira à noite.

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A trama você conhece. Uma sigilosa e tecnológica agência de espionagem é alvo de forças inimigas, que operam para destruir sua supremacia e seu trabalho investigativo ao redor do mundo. O subgênero de thriller de espionagem já estampou essa mesma premissa em inúmeros longas e séries de TV. De Missão Impossível à Alias, o arquétipo da mais alta segurança sob ataque tem sido o alicerce que sustenta tramas ambiciosas e franquias caríssimas. E em se tratando de Citadel, mais uma vez Jeff Bezos e seu cofre de recursos infinitos colocam sua arte à prova com o mesmo viés narrativo, em um dos projetos mais caros da história da televisão. Ao lado da fraca O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder, essa é a ostensiva tentativa da Amazon Prime Video de conquistar as audiências do streaming.

E com os irmãos Joe e Anthony Russo (Vingadores: Ultimato) assumindo a produção, Citadel chega à grade de programação da plataforma com uma proposta cinematográfica. Cruzando o Oceano Atlântico com uma trama expansiva e repleta de culturalidade, a série apresenta uma jornada multifacetada, sem território fixo e com muito dinamismo. Aqui, a mitológica agência de espionagem Citadel é dizimada em sua totalidade, com seu exército de agentes sendo assassinados ao redor do globo. Com a destruição em massa do que antes era a organização mais sigilosa, poderosa e influente do mundo, dois de seus principais espiões têm suas memórias apagadas, com seus históricos profissionais sendo completamente enterrados. Agora, diante de uma nova ameaça, ambos serão forçados a redescobrir suas verdadeiras identidades, oito anos depois da dizimação da instituição.

Com ares que remetem a outros projetos consagrados de Hollywood, a série roteirizada por David Weil – que também assume o papel de showrrunner, não é original em essência, mas nem por isso se torna menos atraente. Se garantindo com um altíssimo valor de produção, a original da Prime Video não poupa recursos e ousa dentro de uma indústria acostumada a orçamentos televisivos mais restritos. Com belíssimas locações que orbitam entre os Estados Unidos e a Europa, Citadel é uma aposta universal, que mexe com um tema amplamente popular entre o público, à medida em que o convida para uma experiência transcultural. De ritmo acelerado e episódios relativamente mais curtos para um título dramático, ela é uma aposta certeira para os fãs de adrenalina.

Com cenas incansáveis de luta corporal e muita ação, a produção é como assistir a uma sucessão de horas de filmes de suspense investigativo. Flertando com a política interna e externa e se apropriando da liberdade criativa de brincar com a ficção científica, Citadel é uma mistura de gêneros que é o mais puro suco do entretenimento blockbuster. Com efeitos visuais bons (embora estejam bem distantes de serem cinematográficos), a série se garante diante da audiência e entrega aquilo que promete.

Nesse cenário frenético e às vezes simplista, Priyanka Chopra Jonas e Richard Madden se completam, com performances excelentes e uma ótima química em tela. Ao lado do talentoso e icônico Stanley Tucci, eles se entregam aos seus personagens com um sentimento de urgência e ajudam a nos prender a cada episódio. E mesmo quando tudo em tela aparenta ser megalomaníaco demais, os Irmãos Russo encontram um novo fôlego de humanidade em seus personagens, os aproximando da audiência. E ainda que seja muito cedo para sacramentar, é inegável que a 1ª temporada de Citadel já é eletrizante, envolvente e convidativa. Ainda que não saia de sua zona de conforto na maior parte do tempo, o novo thriller de espionagem da Prime Video é a dose certeira de escapismo que tanto buscamos em uma chuvosa sexta-feira à noite.

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