Três anos depois de dominar o mundo com o memorável ‘Teenage Dream’, Katy Perry voltou ao mundo da música com o incrível e elogiado álbum ‘Prism’.
Considerada por muitos como a melhor entrada de sua carreira – incluindo por este que vos fala -, o compilado de treze faixas originais é carregada com um número considerável de sucessos de paradas mundiais, incluindo o lead single “Roar”, que alcançou o primeiro lugar da Billboard 200, e faixas como “Dark Horse” e “Unconditionally”, que ficaram marcadas como músicas essenciais da carreira da cantora.
Além de conquistar quatro indicações ao Grammy Awards, ‘Prism’ auxiliou a manter o status de fenômeno artístico da performer e veio acompanhado de belíssimas mensagens de empoderamento, relacionamentos e uma inclinação bem-vinda ao carpe diem (ou seja, ao “viver o presente).
Pensando nisso e celebrando seu aniversário de dez anos, o CinePOP preparou uma lista ranqueando as treze faixas da versão padrão do álbum – o que significa que não levamos em consideração as faixas “Spiritual”, “It Takes Two” e “Choose Your Battles”.
Confira abaixo com ficou nosso ranking e conte para nós qual a sua faixa favorita:
13. DOUBLE RAINBOW
‘Prism’ parte de um conceito bastante sólido que funciona na maior parte do tempo – tornando o trabalho de encontrar erros muito drásticos bastante difícil. Enquanto cada uma das faixas conversa em diferentes níveis com os ouvintes, há algumas delas que desaparece em meio a um vibrante microcosmos. É o caso, por exemplo, de “Double Rainbow”: a semi-balada encontra terreno fértil com o escopo do electro-pop e, mesmo com versos belíssimos, acaba sendo esquecida perto de músicas mais memoráveis.
12. LOVE ME
Em ‘Prism’, Katy parece mais inspirada do que nunca – e pronta para conversar francamente com qualquer um que queira mergulhar em sua incrível carreira. Não é surpresa que “Love Me” arranque alguns dos versos mais simbólicos e belos de 2013, mas essa boa intenção e essa preocupação lírica não são suficientes para impedir a faixa de cair em algumas fórmulas e, assim como “Double Rainbow”, ficar apagada em meio a titãs com os quais digladeia.
11. BIRTHDAY
Voltando a fazer o que sabe de melhor – isso é, colocar seduzentes mensagens subliminares em músicas aparentemente inocentes -, “Birthday” é o resumo perfeito de todas as fases de Perry (ao menos até o lançamento de ‘Prism’). Mesmo nos deixando felizes e muito animados com uma produção alto-astral, a música deixa um gostinho de quero mais e, para o bem ou para o mal, se mostra apaixonada demais pelo passado.
10. DARK HORSE
Apostando em uma amálgama bastante irreverente e explosiva de referências, “Dark Horse” é um lugar muito propício para que Perry explore o seu lado mais despreocupado. A rebeldia da faixa é tão alta, que somos praticamente engolfados no sintético ritmo – e a condenável zona de conforto é jogada no lixo para algo novo e inesperado. Talvez a música não tenha envelhecido tão bem quanto as outras, mas ainda permanece como uma das mais conhecidas da artista.
9. GHOST
A segunda metade de ‘Prism’ é recheado de semi-baladas que revelam um lado mais íntimo da artista – e “Ghost”, ainda que não tenha a mesma originalidade de faixas similares, faz um bom trabalho em recuperar os desejos e os pensamentos que precisam ser colocados para fora. A envolvente e propositalmente repetitiva progressão é acompanhada de acordes que variam desde o electro até o soft-rock – algo que não é nem um pouco surpreendente, considerando as obras anteriores de Katy.
8. INTERNATIONAL SMILE
“International Smile” carrega um fardo do qual é difícil se desvencilhar – e esse fardo é dividir os holofotes com sucessos gigantescos como “Unconditionally” e “Dark Horse”. De certa forma, a leveza desenrolada em múltiplas camadas vocais parece mais uma reminiscência de ‘Teenage Dream’ do que uma investida diferente; mas, como bem se fala na canção, ela tem um je ne sais quoi que nos faz dançar do começo ao fim (e isso é o que importa).
7. THIS IS HOW WE DO
Quando ouvi o álbum pela primeira vez, “This Is How We Do” pareceu longe de ser tão inovadora ou memorável quanto produções conterrâneas – até mesmo em comparação com a obra anterior, ‘Teenage Dream’, quanto a subestimada posterior, ‘Witness’. Entretanto, ao retornar oito anos mais tarde, a track se mantém fiel ao estilo irreverente apresentado em outros momentos do disco e vem acompanhado de uma quebra da quarta parede muito interessante e divertida.
6. ROAR
A sacada mais eficaz e sagaz de ‘Prism’ foi dar o pontapé inicial com uma ótima e prática música, intitulada “Roar”, na qual ela conversa com sua independência como mulher dentro de uma indústria comandada majoritariamente por homens – e que, em meio aos instrumentos convencionais, funciona em sua completude, com um espirituoso refrão.
5. THIS MOMENT
O final dos anos 2000 e o começo da década de 2010 representou um grande renascimento para as ramificações eletrônicas da pop music – como o electro-pop e o synth-pop. Nesse contexto, “This Moment” é uma faixa que merecia estar em todas as playlists daqueles que amam se divertir, principalmente pela impactante produção de Stargate e Benny Blanco (que poderiam muito bem ter emprestado suas habilidades para outras entradas do álbum). A música inclusive traz referências a Lady Gaga e Robyn, além de ajudar na reiteração da versatilidade de Perry.
4. BY THE GRACE OF GOD
Em “By The Grace of God”, a cantora retorna às suas raízes e opta por um arranjo mais contido através do piano clássico, explodindo de forma comedida, mas nunca a ofuscar sua irretocável rendição e dizer finalmente a si mesma para erguer a cabeça e acreditar em seu potencial. A belíssima mensagem só ganha mais força pelos poderosos sintetizadores e pelos naturalistas tambores antes do último respiro.
3.LEGENDARY LOVERS
Em retrospecto, a segunda música do álbum mistura inúmeros estilos que, apesar de formulaicos, são vibrantes em sua completude e alcançam uma descontruída coesão que merece atenção. “Legendary Lovers” também ganha pontos por seu pré-coro, com a entrada de uma proposital unidimensionalidade tanto da voz quanto do escopo instrumental.
2. UNCONDITIONALLY
Feliz e contraditoriamente, “Unconditionally” consegue usar a fórmula a seu favor e insurge como uma das melhores músicas do álbum. A poderosa construção inicia-se em um minimalismo esperado que explode inúmeras vezes com a chegada do refrão tríplice. O power pop faz uso de instrumentos novos, incluindo os tambores tribais que carregam consigo uma catártica potência. Porém, o que mais chama a atenção é a simplicidade da letra que contrasta com aquilo que Perry faz de melhor: nos levar em uma épica e epifânica jornada musical que apenas reafirma o peso de seu nome na indústria fonográfica.
1. WALKING ON AIR
“Walking on Air” alcança um patamar extremamente alto que, mesmo com as entradas contemporâneas, nos arremessa de volta para o final dos anos 1980 e começo da década de 1990, com uma demarcação rítmica sedutora e que remete ao melhor do dance-pop – além de lançar referências para Whitney Houston e, de modo mais claro, à Madonna (principalmente quando cita “Erotica”)