sábado , 2 novembro , 2024

Ranking | Do pior ao MELHOR filme com super-heróis lançados em 2023

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O ano de 2023 trouxe uma série de filmes com super-heróis para os cinemas do Brasil e do mundo. No entanto, após mais de uma década dominando as críticas e bilheterias, pouquíssimos foram os longas desse subgênero que se salvaram. Em meio a debates se os heróis saturaram ou se o problema está na qualidade desses projetos, essa temporada acabou marcando o fim do Universo Estendido DC e saída de James Gunn do Universo Cinematográfico Marvel.

James Gunn foi o personagem central do mundo das adaptações de quadrinhos em 2023.

Em um ano tão agitado como esse, é claro que o CinePOP não deixaria passar a oportunidade de fazer um ranking do pior para o melhor ‘filme com super-heróis’ de 2023, não é mesmo? Confira!

9. The Flash

Lançado em meio às polêmicas envolvendo o ator Ezra Miller, que de uma hora para outra começou a percorrer o mundo numa ‘World Tour’ de bizarrices e supostos crimes, o longa despertava a curiosidade por adaptar vagamente a saga Flashpoint Paradox e por trazer de volta o Batman de Michael Keaton para as telonas. Infelizmente, o filme é tenebroso. Em momento algum ele consegue empolgar ou divertir, o CGI dessa produção é digno de O Escorpião Rei (2002) e a trama sai de nada para lugar nenhum. E o maior pecado de todos: os caras encerraram a passagem do Batman mais icônico das telonas com uma despedida insossa e zero emocionante. Um pecado! No fim da sessão, a sensação que ficou foi de ter perdido mais de duas preciosas horas de vida que jamais irei recuperar.

 

8. Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania

A decisão mais difícil dessa lista foi a de pior filme, porque o baixíssimo nível de The Flash e Quantumania é muito próximo. Entretanto, dei um pontinho a mais para o herói diminuto pelo simples fato de seu filme ter um visual decente e não parecer que foi abandonado na sala de pós-produção, que nem o do Velocista Escarlate. Mas não pense que esse pontinho é capaz de salvar essa bomba que começou a afundar a passagem do Kang de Jonathan Majors antes mesmo de surgirem as denúncias de agressão. É inexplicável como a Marvel achou que seria uma boa ideia colocar o principal vilão da sua fase atual, o cara que iria reunir os novos Vingadores para enfrentá-lo, para fazer sua estreia nos cinemas em uma aventura sem emoção, cujo ápice seria ele sendo derrotado pelo Paul Rudd. Como que vai levar um cara desses a sério? Sinceramente, se fosse só esse o problema, até que passava. Só que a direção se perdeu completamente e trabalhou num filme que abriu mão de sua personalidade para se apoiar em um projeto de épico completamente genérico. Os momentos em que o Scott Lang é mostrado tentando conciliar a vida de herói quase famoso com as responsabilidades de pai são muito divertidos e bons. Mas os caras decidiram largar mão disso para jogar a família formiga inteira num reino insuportavelmente chato, só para resolver a situação com formigas gigantes e um M.O.D.O.K. vira-casaca. A sensação que ficou é que podiam morrer os personagens todos do filme que ainda assim ninguém se importaria com tudo que aconteceu. Por mais irônico que parece, essa ideia megalomaníaca de transformar tudo em ‘evento’ jogou pelo ralo o que poderia ser um bom filme, contanto que fizessem uma história de menor escala.

7. Shazam! Fúria dos Deuses

Confesso que esse aqui chegou a me divertir um pouco na cabine, mas quando voltei para ver pela segunda vez, fiquei extremamente entediado. Essa história de fim do universo claramente impactou na produção do longa, que tentou criar um clima de despedida, mas não foi totalmente nessa. O diretor quis inserir o máximo de criaturas possíveis, porque já sabia que não teria outra oportunidade, e socaram umas piadocas bem abaixo do primeiro filme, que tinha uma certa inocência infantil representada no fascínio das crianças descobrindo um novo mundo por meio do poder de virar adulto. Na sequência, houve uma diferença gritante entre os dois atores que interpretam o protagonista, criando uma incompatibilidade que me impediu de comprar a história. Enquanto Asher Angel interpretou um Billy Batson mais triste e focado em seus dramas pessoais, quando o garoto virava o Shazam, Zachary Levi, perdidinho no pagode, virava um palhaço de rodeio, fazendo as piores piadas possíveis, ignorando completamente o arco dramático do Billy. Para piorar as coisas, o arco das vilãs é insuportavelmente besta, trazendo uma virada imbecil e esperada no final. Triste mesmo que essa franquia tenha terminado assim. O primeiro filme é fantástico.

6. As Marvels

Sei que vocês estavam sentindo falta desse aqui na lista. O filme que já era odiado antes mesmo de seu lançamento chegou aos cinemas e conseguiu o que parecia impossível: teve um resultado pior que o de O Incrível Hulk (2008). Sério, é necessário muito esforço para isso. Particularmente, esse filme reúne tudo que tem de problemático no atual momento do MCU. Duas de suas protagonistas foram apresentadas em séries do Disney+. Ao mesmo tempo, o filme ignora completamente o que aconteceu nas séries em questão. Ou seja, se você não assistiu essas produções, talvez não surja o interesse de ver o filme. Ao mesmo tempo, se você viu as séries, os filmes fazem questão de esfregar na sua cara que seu tempo só serviu para você entender uma ou duas piadas na trama. É uma covardia que faz de otário tanto quem assiste as séries quanto quem não assiste elas. Mas o grande problema daqui é a história. Ela não chega a ser tão confusa, mas é tão interessante quanto uma corrida de submarinos. E depois que surgiram as notícias de que a própria Iman Vellani, que faz a Ms. Marvel, começou a questionar o roteiro do filme durante as filmagens, qualquer tipo de defesa foi por água abaixo. Mesmo com isso tudo, o filme ainda tem seus momentos, consegue uma ou outra sequência mais diferentona e não chega a ser uma completa bomba. É uma aventurinha bobinha que talvez agrade a quem não curte muito esse mundo dos super-heróis, principalmente as crianças bem pequenininhas.  Infelizmente, no geral, não foi um bom filme.

5. Aquaman 2: O Reino Perdido

A partir daqui a lista deixa de falar dos filmes que achamos ruins. A segunda aventura do Rei dos Mares, único longa do falecido DCEU que fez mais de US$ 1 bilhão em bilheteria, passou por diversos atrasos e muitos sequer acharam que ele seria lançado, já que esse universo estava chegando ao fim. Porém, ele estreou e… Bem, não dá para dizer que ele se distanciou do que foi apresentado no projeto anterior. A diferença é que, dessa vez, James Wan parecia estar completamente de saco cheio do trabalho e fez qualquer coisa mais genérica só para entregar para o estúdio e dizer que terminou o trabalho. Quem nunca, não é mesmo? No fim das contas, Aquaman 2 parece um remake mais grandioso do primeiro filme, mas com apenas 1% da inspiração do original. Tudo aqui quer ser maior, mas esbarra na falta de novidades. É um grande “eu já vi isso antes”. E teve também toda a polêmica envolvendo a Amber Heard, que foi contornada de uma forma bastante incômoda, que foi mantendo a personagem bastante presente no filme, só que dando umas três falas, no máximo, para ela. De qualquer maneira, mesmo com essas polêmicas, o longa é uma aventura divertida comandada pelo carisma fora de série de Jason Momoa. O típico filme que vai estar passando na TV aberta numa tarde de domingo, daqui a uns dois ou três anos, que você vai assistir, dar umas risadas e se empolgar muito mais com o Santos x Avaí que vai passar em seguida, na hora do futebol.

4. Besouro Azul

O melhor filme da DC nos cinemas de 2023 também dividiu opiniões. Teve quem amou e teve quem odiou. A estreia de Bruna Marquezine em Hollywood, inclusive, causou um debate mais intenso nas redes sociais do que o próprio filme em si. No entanto, estou no grupo dos que amou o projeto. Não tem jeito, o núcleo do Besouro Azul não é o mais popular dos fãs de quadrinhos, mas para quem conhece, o filme foi um prato cheio de referências e promessas para uma possível franquia no futuro Universo DC. Xolo Maridueña é carisma purinho e seu núcleo familiar, fortemente inspirado pelo cotidiano latino é divertido demais. E o mais interessante desse filme é que o pessoal que detestou, apontou que o longa estereotipa demais o povo latino. Enquanto o pessoal que amou, se identificou absurdamente com os costumes e situações mostrados pela família Reyes. Por aqui, a identificação foi imediata. Houve momentos em que parecia ouvir a voz de meu avô dizendo frases do filme. Além do mais, o visual e a forma como Jayme usa os poderes de sua armadura simbiôntica alienígena foram incríveis.

3. Homem-Aranha: Através do Aranhaverso

Ok, sei que essa aqui é polêmica, principalmente por conta do segundo colocado da lista. Provável vencedora do Oscar de Melhor Longa Animado da temporada, a aventura de Miles Morales pelo multiverso aracnídeo foi sucesso total e deve estar na lista de ‘melhores do ano’ de muitos leitores. Com uma trama mais madura, o longa mostrou o garoto tendo de lidar com preconceito e com os dilemas da vida adulta e das escolhas complexas do caminho de um super-herói. Ainda assim, o garoto se mantém firme a suas convicções e se mostra pronto para enfrentar todas as versões existentes do Homem-Aranha, se necessário for, para salvar quem ama. É realmente espetacular o que foi feito, tendo aprimorado ainda mais a técnica de animação característica da franquia. Entretanto, há momentos em que o filme se estende por demais, dando uma quebrada pesada no ritmo, deixando parte da história um pouco cansativa. Além do mais, o gancho para a continuação sem efetivamente resolver a trama desse filme foi frustrante. Nada contra longas divididos em duas partes, contanto que eles se sustentem como filmes solo, e aqui ficou devendo um pouquinho.

2. As Tartarugas Ninja: Caos Mutante

Esse talvez seja o maior ponto de discordância de vocês da lista, mas é muito raro ver um filme que comete tantas mudanças em pontos ‘canônicos’ de heróis consagrados ser tão fascinante e interessante quanto esse. Conforme contei na crítica, o universo das Tartarugas Ninja é uma paixão que nutro desde a infância, o que me deixou tão ansioso quanto preocupado para esse projeto. Porém, o que Seth Rogen, Evan Goldberg e Jeff Rowe fizeram com esse filme foi um espetáculo. Não há outra palavra para definir essa animação que não “espetacular”. A trama é redondinha, a direção conseguiu evitar a armadilha de eventualmente transformar o Michelângelo no protagonista, todos os irmãos têm suas questões internas e personalidades bem trabalhadas e a escalação do elenco é simplesmente perfeita. A escolha por colocar atores crianças, tanto no original quanto na versão brasileira, foi fantástica e a técnica de animação utilizada foi deslumbrante. Havia momentos em que sentia estar assistindo a um stop motion, para logo em seguida ver um monte de rabiscos abstratos representando emoções e golpes. É o tipo de filme que você termina já querendo assisti-lo novamente. E não vejo a hora da sequência e da série animada, ambas já confirmadas pelo estúdio, serem lançadas.

1. Guardiões da Galáxia Vol.3

No alto do pódio, não poderia haver outro filme. Independentemente se você é mais fã da Marvel ou da DC, a aventura final dos anti-heróis espaciais do MCU foi a despedida perfeita para os excluídos que aprendemos a amar na última década, além do próprio James Gunn, que cravou seu nome nas entranhas da indústria ao transformar esse bando de perdedores em ícones da Cultura Pop. A ideia de transformar Rocket Raccoon (Bradley Cooper) no protagonista de uma história na qual ele passa 80% do tempo numa maca, à beira da morte, foi sensacional. Gunn deu mais peso a uma possível morte de um guaxinim de computação gráfica do que outros diretores deram a possível morte do Batman mais icônico dos cinemas, por exemplo. Nessa história sobre família e amigos, James Gunn fez o que quis, e executou suas ideias com maestria, resolvendo as pontas soltas de cada um de seus amados personagens, dando a eles destinos dignos e de acordo com suas jornadas nos cinemas. Mais do que isso, sua concepção de Multiverso, por mais simples que seja, deu um banho em qualquer outra abordagem confusa e mirabolante do MCU. Foi uma experiência fantástica poder ter visto e sentido esse filme no cinema.

Qual seu filme com super-heróis favorito de 2023? Diga nos comentários!

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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O ano de 2023 trouxe uma série de filmes com super-heróis para os cinemas do Brasil e do mundo. No entanto, após mais de uma década dominando as críticas e bilheterias, pouquíssimos foram os longas desse subgênero que se salvaram. Em meio a debates se os heróis saturaram ou se o problema está na qualidade desses projetos, essa temporada acabou marcando o fim do Universo Estendido DC e saída de James Gunn do Universo Cinematográfico Marvel.

James Gunn foi o personagem central do mundo das adaptações de quadrinhos em 2023.

Em um ano tão agitado como esse, é claro que o CinePOP não deixaria passar a oportunidade de fazer um ranking do pior para o melhor ‘filme com super-heróis’ de 2023, não é mesmo? Confira!

9. The Flash

Lançado em meio às polêmicas envolvendo o ator Ezra Miller, que de uma hora para outra começou a percorrer o mundo numa ‘World Tour’ de bizarrices e supostos crimes, o longa despertava a curiosidade por adaptar vagamente a saga Flashpoint Paradox e por trazer de volta o Batman de Michael Keaton para as telonas. Infelizmente, o filme é tenebroso. Em momento algum ele consegue empolgar ou divertir, o CGI dessa produção é digno de O Escorpião Rei (2002) e a trama sai de nada para lugar nenhum. E o maior pecado de todos: os caras encerraram a passagem do Batman mais icônico das telonas com uma despedida insossa e zero emocionante. Um pecado! No fim da sessão, a sensação que ficou foi de ter perdido mais de duas preciosas horas de vida que jamais irei recuperar.

 

8. Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania

A decisão mais difícil dessa lista foi a de pior filme, porque o baixíssimo nível de The Flash e Quantumania é muito próximo. Entretanto, dei um pontinho a mais para o herói diminuto pelo simples fato de seu filme ter um visual decente e não parecer que foi abandonado na sala de pós-produção, que nem o do Velocista Escarlate. Mas não pense que esse pontinho é capaz de salvar essa bomba que começou a afundar a passagem do Kang de Jonathan Majors antes mesmo de surgirem as denúncias de agressão. É inexplicável como a Marvel achou que seria uma boa ideia colocar o principal vilão da sua fase atual, o cara que iria reunir os novos Vingadores para enfrentá-lo, para fazer sua estreia nos cinemas em uma aventura sem emoção, cujo ápice seria ele sendo derrotado pelo Paul Rudd. Como que vai levar um cara desses a sério? Sinceramente, se fosse só esse o problema, até que passava. Só que a direção se perdeu completamente e trabalhou num filme que abriu mão de sua personalidade para se apoiar em um projeto de épico completamente genérico. Os momentos em que o Scott Lang é mostrado tentando conciliar a vida de herói quase famoso com as responsabilidades de pai são muito divertidos e bons. Mas os caras decidiram largar mão disso para jogar a família formiga inteira num reino insuportavelmente chato, só para resolver a situação com formigas gigantes e um M.O.D.O.K. vira-casaca. A sensação que ficou é que podiam morrer os personagens todos do filme que ainda assim ninguém se importaria com tudo que aconteceu. Por mais irônico que parece, essa ideia megalomaníaca de transformar tudo em ‘evento’ jogou pelo ralo o que poderia ser um bom filme, contanto que fizessem uma história de menor escala.

7. Shazam! Fúria dos Deuses

Confesso que esse aqui chegou a me divertir um pouco na cabine, mas quando voltei para ver pela segunda vez, fiquei extremamente entediado. Essa história de fim do universo claramente impactou na produção do longa, que tentou criar um clima de despedida, mas não foi totalmente nessa. O diretor quis inserir o máximo de criaturas possíveis, porque já sabia que não teria outra oportunidade, e socaram umas piadocas bem abaixo do primeiro filme, que tinha uma certa inocência infantil representada no fascínio das crianças descobrindo um novo mundo por meio do poder de virar adulto. Na sequência, houve uma diferença gritante entre os dois atores que interpretam o protagonista, criando uma incompatibilidade que me impediu de comprar a história. Enquanto Asher Angel interpretou um Billy Batson mais triste e focado em seus dramas pessoais, quando o garoto virava o Shazam, Zachary Levi, perdidinho no pagode, virava um palhaço de rodeio, fazendo as piores piadas possíveis, ignorando completamente o arco dramático do Billy. Para piorar as coisas, o arco das vilãs é insuportavelmente besta, trazendo uma virada imbecil e esperada no final. Triste mesmo que essa franquia tenha terminado assim. O primeiro filme é fantástico.

6. As Marvels

Sei que vocês estavam sentindo falta desse aqui na lista. O filme que já era odiado antes mesmo de seu lançamento chegou aos cinemas e conseguiu o que parecia impossível: teve um resultado pior que o de O Incrível Hulk (2008). Sério, é necessário muito esforço para isso. Particularmente, esse filme reúne tudo que tem de problemático no atual momento do MCU. Duas de suas protagonistas foram apresentadas em séries do Disney+. Ao mesmo tempo, o filme ignora completamente o que aconteceu nas séries em questão. Ou seja, se você não assistiu essas produções, talvez não surja o interesse de ver o filme. Ao mesmo tempo, se você viu as séries, os filmes fazem questão de esfregar na sua cara que seu tempo só serviu para você entender uma ou duas piadas na trama. É uma covardia que faz de otário tanto quem assiste as séries quanto quem não assiste elas. Mas o grande problema daqui é a história. Ela não chega a ser tão confusa, mas é tão interessante quanto uma corrida de submarinos. E depois que surgiram as notícias de que a própria Iman Vellani, que faz a Ms. Marvel, começou a questionar o roteiro do filme durante as filmagens, qualquer tipo de defesa foi por água abaixo. Mesmo com isso tudo, o filme ainda tem seus momentos, consegue uma ou outra sequência mais diferentona e não chega a ser uma completa bomba. É uma aventurinha bobinha que talvez agrade a quem não curte muito esse mundo dos super-heróis, principalmente as crianças bem pequenininhas.  Infelizmente, no geral, não foi um bom filme.

5. Aquaman 2: O Reino Perdido

A partir daqui a lista deixa de falar dos filmes que achamos ruins. A segunda aventura do Rei dos Mares, único longa do falecido DCEU que fez mais de US$ 1 bilhão em bilheteria, passou por diversos atrasos e muitos sequer acharam que ele seria lançado, já que esse universo estava chegando ao fim. Porém, ele estreou e… Bem, não dá para dizer que ele se distanciou do que foi apresentado no projeto anterior. A diferença é que, dessa vez, James Wan parecia estar completamente de saco cheio do trabalho e fez qualquer coisa mais genérica só para entregar para o estúdio e dizer que terminou o trabalho. Quem nunca, não é mesmo? No fim das contas, Aquaman 2 parece um remake mais grandioso do primeiro filme, mas com apenas 1% da inspiração do original. Tudo aqui quer ser maior, mas esbarra na falta de novidades. É um grande “eu já vi isso antes”. E teve também toda a polêmica envolvendo a Amber Heard, que foi contornada de uma forma bastante incômoda, que foi mantendo a personagem bastante presente no filme, só que dando umas três falas, no máximo, para ela. De qualquer maneira, mesmo com essas polêmicas, o longa é uma aventura divertida comandada pelo carisma fora de série de Jason Momoa. O típico filme que vai estar passando na TV aberta numa tarde de domingo, daqui a uns dois ou três anos, que você vai assistir, dar umas risadas e se empolgar muito mais com o Santos x Avaí que vai passar em seguida, na hora do futebol.

4. Besouro Azul

O melhor filme da DC nos cinemas de 2023 também dividiu opiniões. Teve quem amou e teve quem odiou. A estreia de Bruna Marquezine em Hollywood, inclusive, causou um debate mais intenso nas redes sociais do que o próprio filme em si. No entanto, estou no grupo dos que amou o projeto. Não tem jeito, o núcleo do Besouro Azul não é o mais popular dos fãs de quadrinhos, mas para quem conhece, o filme foi um prato cheio de referências e promessas para uma possível franquia no futuro Universo DC. Xolo Maridueña é carisma purinho e seu núcleo familiar, fortemente inspirado pelo cotidiano latino é divertido demais. E o mais interessante desse filme é que o pessoal que detestou, apontou que o longa estereotipa demais o povo latino. Enquanto o pessoal que amou, se identificou absurdamente com os costumes e situações mostrados pela família Reyes. Por aqui, a identificação foi imediata. Houve momentos em que parecia ouvir a voz de meu avô dizendo frases do filme. Além do mais, o visual e a forma como Jayme usa os poderes de sua armadura simbiôntica alienígena foram incríveis.

3. Homem-Aranha: Através do Aranhaverso

Ok, sei que essa aqui é polêmica, principalmente por conta do segundo colocado da lista. Provável vencedora do Oscar de Melhor Longa Animado da temporada, a aventura de Miles Morales pelo multiverso aracnídeo foi sucesso total e deve estar na lista de ‘melhores do ano’ de muitos leitores. Com uma trama mais madura, o longa mostrou o garoto tendo de lidar com preconceito e com os dilemas da vida adulta e das escolhas complexas do caminho de um super-herói. Ainda assim, o garoto se mantém firme a suas convicções e se mostra pronto para enfrentar todas as versões existentes do Homem-Aranha, se necessário for, para salvar quem ama. É realmente espetacular o que foi feito, tendo aprimorado ainda mais a técnica de animação característica da franquia. Entretanto, há momentos em que o filme se estende por demais, dando uma quebrada pesada no ritmo, deixando parte da história um pouco cansativa. Além do mais, o gancho para a continuação sem efetivamente resolver a trama desse filme foi frustrante. Nada contra longas divididos em duas partes, contanto que eles se sustentem como filmes solo, e aqui ficou devendo um pouquinho.

2. As Tartarugas Ninja: Caos Mutante

Esse talvez seja o maior ponto de discordância de vocês da lista, mas é muito raro ver um filme que comete tantas mudanças em pontos ‘canônicos’ de heróis consagrados ser tão fascinante e interessante quanto esse. Conforme contei na crítica, o universo das Tartarugas Ninja é uma paixão que nutro desde a infância, o que me deixou tão ansioso quanto preocupado para esse projeto. Porém, o que Seth Rogen, Evan Goldberg e Jeff Rowe fizeram com esse filme foi um espetáculo. Não há outra palavra para definir essa animação que não “espetacular”. A trama é redondinha, a direção conseguiu evitar a armadilha de eventualmente transformar o Michelângelo no protagonista, todos os irmãos têm suas questões internas e personalidades bem trabalhadas e a escalação do elenco é simplesmente perfeita. A escolha por colocar atores crianças, tanto no original quanto na versão brasileira, foi fantástica e a técnica de animação utilizada foi deslumbrante. Havia momentos em que sentia estar assistindo a um stop motion, para logo em seguida ver um monte de rabiscos abstratos representando emoções e golpes. É o tipo de filme que você termina já querendo assisti-lo novamente. E não vejo a hora da sequência e da série animada, ambas já confirmadas pelo estúdio, serem lançadas.

1. Guardiões da Galáxia Vol.3

No alto do pódio, não poderia haver outro filme. Independentemente se você é mais fã da Marvel ou da DC, a aventura final dos anti-heróis espaciais do MCU foi a despedida perfeita para os excluídos que aprendemos a amar na última década, além do próprio James Gunn, que cravou seu nome nas entranhas da indústria ao transformar esse bando de perdedores em ícones da Cultura Pop. A ideia de transformar Rocket Raccoon (Bradley Cooper) no protagonista de uma história na qual ele passa 80% do tempo numa maca, à beira da morte, foi sensacional. Gunn deu mais peso a uma possível morte de um guaxinim de computação gráfica do que outros diretores deram a possível morte do Batman mais icônico dos cinemas, por exemplo. Nessa história sobre família e amigos, James Gunn fez o que quis, e executou suas ideias com maestria, resolvendo as pontas soltas de cada um de seus amados personagens, dando a eles destinos dignos e de acordo com suas jornadas nos cinemas. Mais do que isso, sua concepção de Multiverso, por mais simples que seja, deu um banho em qualquer outra abordagem confusa e mirabolante do MCU. Foi uma experiência fantástica poder ter visto e sentido esse filme no cinema.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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