quarta-feira , 20 novembro , 2024

Ranking | Do Pior ao Melhor Live-Action da Disney

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O império Disney chegou em uma nova e conturbada era: a dos remakes em live-action.

Por incrível que pareça, essas investidas cinematográficas não começaram há pouco tempo, tendo aparecido desde os últimos anos do século passado e ganhando uma dimensão assustadora na década de 2010. Entretanto, poucas dessas produções conseguiram cativar o público ou mostrarem-se competentes o bastante para acrescentar alguma coisa nova a uma esfera que já dá ares de saturação.



Com raríssimas exceções – e com projetos que se estendem para a década inteira, praticamente -, é um fato dizer que a companhia em questão precisa voltar a suas histórias originais ou ao menos entender o que de errado se repete em tantos longas-metragens péssimos ou medíocres.

Nessa mais nova matéria, fizemos um ranking com todos os live-actions da Disney – excluindo ‘Peter Pan (2003), visto que ele pertence à Universal Pictures, e Pan(2015), que é, na verdade, uma história de origem. Mantivemos o restante, incluindo Malévola (2014), que se intrinca com A Bela Adormecida, e sequências como Alice Através do Espelho e ‘102 Dálmatas’.

Confira abaixo nossa lista e não se esqueça de comentar quais são seus remakes favoritos

12. ALICE ATRAVÉS DO ESPELHO (2016)

Se Tim Burton não conseguiu nos encantar com sua releitura da clássica obra de Lewis Carroll em 2010, era pouco provável que James Bobin alcançasse tal feito – e o resultado da sequência Alice Através do Espelho é tão insossa quanto o longa-metragem anterior.

Apesar dos competentes efeitos visuais, que já são conhecidos dentre as obras supervisionadas por Burton, a narrativa que traz a personagem-título de volta ao mundo das Maravilhas peca irreparavelmente ao tentar explicar um panteão que não tem explicação. Como se não bastasse, a bizarra narrativa é acompanhada por péssimas atuações de Mia Wasikowska, Johnny Depp e Sacha Baron Cohen.

11. 102 DÁLMATAS (2000)

101 Dálmatas se tornou um clássico do panteão Disney principalmente por sua estética impressionista bastante inovadora e que ainda não havia sido utilizada nas animações predecessoras. Qual foi nossa surpresa quando a companhia anunciara um live-action com os fofos cachorrinhos liderados por Glenn Close – e mais ainda quando o fracassado filme gerou uma sequência.

Close retorna para o papel de Cruella de Vil, agora reabilitada devido a um tratamento de hipnose, e carrega consigo um gatilho que a coloca de volta numa jornada para fazer casacos com peles de dálmata. O conto é tão impalpável que consegue transformar alguns dos maiores performers da geração – incluindo Close e Gérard Depardieu – em caricaturas ridículas de algo que não tinha a menor chance de ficar bom.

10. ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS (2010)

A viagem non-sense de Alice começou em 1951 e, desde então, foi relida das mais diversas formas para mídias completamente diferentes. E, considerando que Burton já havia nos entregado algumas pérolas do cinema – como ‘Sweeney Todd’ e ‘Edward Mãos-de-Tesoura’ -, poderíamos nos convencer erroneamente de que o remake da animação seria bom.

O resultado catastrófico é mascarado pelo incrível uso dos efeitos especiais, que também não chegam a ser suficientes para nos desviar da podre trama arquitetada. Em um filme tão vibrante quanto este, é irônico pensar que ele insurge numa miscelânea incompreensível sem vida e sem qualquer envolvência.

9. 101 DÁLMATAS (1996)

‘102 Dálmatas’ foi uma produção desnecessária, mas seu predecessor 101 Dálmatas ainda tentou recuperar as glórias do longa-metragem da década de 1960. Entretanto, como boas intenções não querem dizer muita coisa, não é surpresa que o filme se tornou mais uma investida desnecessária (e isso perto da virada do século).

Com exceção da competente e memorável atuação de Close como uma das maiores e melhores vilãs do panteão Disney, o live-action não cumpre sua promessa de nos emocionar, criando um tour-de-force sem sentido e sem qualquer prospecto para conquistar o público. Ao menos os cachorrinhos estão fofos.

8. DUMBO (2019)

Convém-se dizer que Dumbo não necessariamente é um dos filmes mais adorados de todos os tempos, visto que a obra de 1941 passa por muito pouco a duração de uma hora e arquiteta uma narrativa que vale mais a pena por seu nonsense e por suas sutis críticas. Entretanto, Burton voltava mais uma vez aos holofotes ao se lançar na missão de não apenas trazer o icônico elefante voador para as telonas mais uma vez, mas também expandir seu universo.

O resultado é mais uma vez falho e, na verdade, parece ter deixado a marca de que as releituras da Disney seguiam há algum tempo: sua completa falta de necessidade. De fato, o longa-metragem poderia ter acabado com seu primeiro ato e não faria a mínima diferença – nem mesmo a sedutora presença de Eva Green é competente o bastante para apagar o espetáculo de horror.

7. MALÉVOLA: DONA DO MAL (2019)

“Desde os primeiros minutos do longa, fica perceptível que a equipe criativa não soube decidir entre manter o clima mais dark do antecessor ou abraçar o estilo clássico e batido dos contos de fadas não tão famosos do grande público. E isso reflete não apenas no visual, mas no estilo narrativo. Eles seguem tentando contar a história da Bela Adormecida pela ótica da vilã que não é vilã, mas agora esbarram em outro desafio: a princesa Aurora (interpretada pela fofa Elle Fanning) não apenas é um personagem que tenta conquistar seu espaço em tela, mas também tem seu próprio núcleo de personagens. Isso acaba fazendo de Malévola uma coadjuvante de sua própria história.” – Pedro Sobreiro

6. MALÉVOLA (2014)

Malévola é relembrado por dois breves aspectos: sua direção de arte, aliadas aos efeitos especiais de ponta, e a atuação de Angelina Jolie em um esforço para salvar o longa-metragem de uma ruína iminente – seja para o bem ou para o mal.

Recontar a história de A Bela Adormecida não é uma tarefa fácil, mas o diretor Casper Van Dien nem ao menos se esforçou para recuperar os clássicos elementos de 1959. O resultado final é uma decepção atrás da outra, com resoluções apressadas, cenas de ação incabíveis e uma péssima performance de Elle Fanning e Van Dien como Aurora e Stefan, respectivamente.

5. O REI LEÃO (2019)

Com um visual impecável e que traz o melhor do fotorrealismo, o retorno de Simba e Nala para a nova versão de O Rei Leão só vale mesmo a pena por sua estética. De resto, o longa-metragem é uma falha cópia de uma memorável narrativa à qual falta magia e até mesmo expressividade – seja pela feição dos animais ou pela força da dublagem (original ou brasileira).

Na verdade, o longa-metragem poderia muito bem ser apenas uma extensão cinematográfica de qualquer programa do National Geographic. Nem mesmo a tensão das novas sequências e a repaginação dark do roteiro conseguem nos comover, e isso sem falar da completa falta de química entre basicamente todos os personagens – salvo Timão (Billy Eichner) e Pumba (Seth Rogen).

4. CINDERELA (2015)

Cinderelaparece ter tido o efeito contrário do esperado no público, o qual alegava que a produção era ruim por não ser fiel à animação – mas, na verdade, a investida de Kenneth Branagh no panteão Disney é competente o suficiente para alcançar o patamar de uma boa remasterização.

Apesar de Lily James entregar uma boa atuação, Cate Blanchett rouba nossa atenção em uma versão ainda mais cruel de Lady Tremaine. E, se as músicas clássicas fizeram falta, Helena Bonham Carter como a Fada Madrinha e os incríveis efeitos especiais desviam nosso foco e, no final das contas, nos divertem mais uma vez

3. A BELA E A FERA (2017)

Nenhum remake em live-action é necessário, por assim dizer. Nem mesmo as melhores produções se desvencilham desse rótulo – afinal, por que não apenas ficar com as obras originais? Dito isso, Bill Condon fez um trabalho considerável ao levar ‘A Bela e a Fera’ de volta aos cinemas, ganhando aclame pela fidelidade à obra original, pelos elementos teatrais que compuseram a narrativa e pelas atuações de Emma Watson, Dan Stevens e Luke Evans.

É claro que a estética da mobília que compõe o elenco coadjuvante pode assustar por seu chocante realismo, mas ao menos as vozes por trás dos personagens imprimem uma atuação surpreendentemente boa – e até mesmo as canções originais recebem um escopo diferente e prático.

2. ALADDIN (2019)

Aladdin pode não ter feito o sucesso que prometeu entre a crítica, mas considerando as extensas investidas da Disney em recriar suas próprias peças fílmicas, o longa-metragem cumpre o que promete e cria uma mística aventura liderada por Mena Massoud como o personagem-título e Will Smith como uma hilária rendição do icônico Gênio da Lâmpada.

Com exceção de alguns deslizes, incluindo a música original e a atuação canastrona de Marwan Kenzari, o resultado é interessante, envolvente e dançante em aspectos inesperados – além de uma hábil performance de Naomi Scott como a Princesa Jasmine.

1. MOGLI: O MENINO LOBO (2016)

Jon Favreau é conhecido por ser um dos nomes mais versáteis da indústria do entretenimento contemporânea – mas seu sucesso veio com um dos filmes mais memoráveis da década: ‘Mogli: O Menino Lobo’.

A nova versão do clássico de Rudyard Kipling alcançou o feito de melhorar a animação original, mesmo tendo feito alguns cortes de protagonismo (como Kaa, que aparece menos do que deveria) e abandonado o choque pós-vaudeville de 1967. Porém, no geral, as aventuras do protagonista-título ganharam uma dimensão fotorrealista de impressionante catarse cênica e todas as expressões antropomorfizadas que não existem em O Rei Leão aparecem aqui com deliciosas atuações de Bill Murray, Ben Kingsley, Scarlett Johansson e outros.

Não é surpresa que o filme tenha recebido uma série de prêmios, incluindo a estatueta de Melhores Efeitos Especiais no Oscar 2017 e Melhor Produção no Annie Awards (um dos circuitos de maior prestígio na animação). Além de recuperar a glória dos estúdios Disney, ‘Mogli’ tornou-se base para longas-metragens futuros – e suas conquistas deveriam ser seguidas à risca.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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O império Disney chegou em uma nova e conturbada era: a dos remakes em live-action.

Por incrível que pareça, essas investidas cinematográficas não começaram há pouco tempo, tendo aparecido desde os últimos anos do século passado e ganhando uma dimensão assustadora na década de 2010. Entretanto, poucas dessas produções conseguiram cativar o público ou mostrarem-se competentes o bastante para acrescentar alguma coisa nova a uma esfera que já dá ares de saturação.

Com raríssimas exceções – e com projetos que se estendem para a década inteira, praticamente -, é um fato dizer que a companhia em questão precisa voltar a suas histórias originais ou ao menos entender o que de errado se repete em tantos longas-metragens péssimos ou medíocres.

Nessa mais nova matéria, fizemos um ranking com todos os live-actions da Disney – excluindo ‘Peter Pan (2003), visto que ele pertence à Universal Pictures, e Pan(2015), que é, na verdade, uma história de origem. Mantivemos o restante, incluindo Malévola (2014), que se intrinca com A Bela Adormecida, e sequências como Alice Através do Espelho e ‘102 Dálmatas’.

Confira abaixo nossa lista e não se esqueça de comentar quais são seus remakes favoritos

12. ALICE ATRAVÉS DO ESPELHO (2016)

Se Tim Burton não conseguiu nos encantar com sua releitura da clássica obra de Lewis Carroll em 2010, era pouco provável que James Bobin alcançasse tal feito – e o resultado da sequência Alice Através do Espelho é tão insossa quanto o longa-metragem anterior.

Apesar dos competentes efeitos visuais, que já são conhecidos dentre as obras supervisionadas por Burton, a narrativa que traz a personagem-título de volta ao mundo das Maravilhas peca irreparavelmente ao tentar explicar um panteão que não tem explicação. Como se não bastasse, a bizarra narrativa é acompanhada por péssimas atuações de Mia Wasikowska, Johnny Depp e Sacha Baron Cohen.

11. 102 DÁLMATAS (2000)

101 Dálmatas se tornou um clássico do panteão Disney principalmente por sua estética impressionista bastante inovadora e que ainda não havia sido utilizada nas animações predecessoras. Qual foi nossa surpresa quando a companhia anunciara um live-action com os fofos cachorrinhos liderados por Glenn Close – e mais ainda quando o fracassado filme gerou uma sequência.

Close retorna para o papel de Cruella de Vil, agora reabilitada devido a um tratamento de hipnose, e carrega consigo um gatilho que a coloca de volta numa jornada para fazer casacos com peles de dálmata. O conto é tão impalpável que consegue transformar alguns dos maiores performers da geração – incluindo Close e Gérard Depardieu – em caricaturas ridículas de algo que não tinha a menor chance de ficar bom.

10. ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS (2010)

A viagem non-sense de Alice começou em 1951 e, desde então, foi relida das mais diversas formas para mídias completamente diferentes. E, considerando que Burton já havia nos entregado algumas pérolas do cinema – como ‘Sweeney Todd’ e ‘Edward Mãos-de-Tesoura’ -, poderíamos nos convencer erroneamente de que o remake da animação seria bom.

O resultado catastrófico é mascarado pelo incrível uso dos efeitos especiais, que também não chegam a ser suficientes para nos desviar da podre trama arquitetada. Em um filme tão vibrante quanto este, é irônico pensar que ele insurge numa miscelânea incompreensível sem vida e sem qualquer envolvência.

9. 101 DÁLMATAS (1996)

‘102 Dálmatas’ foi uma produção desnecessária, mas seu predecessor 101 Dálmatas ainda tentou recuperar as glórias do longa-metragem da década de 1960. Entretanto, como boas intenções não querem dizer muita coisa, não é surpresa que o filme se tornou mais uma investida desnecessária (e isso perto da virada do século).

Com exceção da competente e memorável atuação de Close como uma das maiores e melhores vilãs do panteão Disney, o live-action não cumpre sua promessa de nos emocionar, criando um tour-de-force sem sentido e sem qualquer prospecto para conquistar o público. Ao menos os cachorrinhos estão fofos.

8. DUMBO (2019)

Convém-se dizer que Dumbo não necessariamente é um dos filmes mais adorados de todos os tempos, visto que a obra de 1941 passa por muito pouco a duração de uma hora e arquiteta uma narrativa que vale mais a pena por seu nonsense e por suas sutis críticas. Entretanto, Burton voltava mais uma vez aos holofotes ao se lançar na missão de não apenas trazer o icônico elefante voador para as telonas mais uma vez, mas também expandir seu universo.

O resultado é mais uma vez falho e, na verdade, parece ter deixado a marca de que as releituras da Disney seguiam há algum tempo: sua completa falta de necessidade. De fato, o longa-metragem poderia ter acabado com seu primeiro ato e não faria a mínima diferença – nem mesmo a sedutora presença de Eva Green é competente o bastante para apagar o espetáculo de horror.

7. MALÉVOLA: DONA DO MAL (2019)

“Desde os primeiros minutos do longa, fica perceptível que a equipe criativa não soube decidir entre manter o clima mais dark do antecessor ou abraçar o estilo clássico e batido dos contos de fadas não tão famosos do grande público. E isso reflete não apenas no visual, mas no estilo narrativo. Eles seguem tentando contar a história da Bela Adormecida pela ótica da vilã que não é vilã, mas agora esbarram em outro desafio: a princesa Aurora (interpretada pela fofa Elle Fanning) não apenas é um personagem que tenta conquistar seu espaço em tela, mas também tem seu próprio núcleo de personagens. Isso acaba fazendo de Malévola uma coadjuvante de sua própria história.” – Pedro Sobreiro

6. MALÉVOLA (2014)

Malévola é relembrado por dois breves aspectos: sua direção de arte, aliadas aos efeitos especiais de ponta, e a atuação de Angelina Jolie em um esforço para salvar o longa-metragem de uma ruína iminente – seja para o bem ou para o mal.

Recontar a história de A Bela Adormecida não é uma tarefa fácil, mas o diretor Casper Van Dien nem ao menos se esforçou para recuperar os clássicos elementos de 1959. O resultado final é uma decepção atrás da outra, com resoluções apressadas, cenas de ação incabíveis e uma péssima performance de Elle Fanning e Van Dien como Aurora e Stefan, respectivamente.

5. O REI LEÃO (2019)

Com um visual impecável e que traz o melhor do fotorrealismo, o retorno de Simba e Nala para a nova versão de O Rei Leão só vale mesmo a pena por sua estética. De resto, o longa-metragem é uma falha cópia de uma memorável narrativa à qual falta magia e até mesmo expressividade – seja pela feição dos animais ou pela força da dublagem (original ou brasileira).

Na verdade, o longa-metragem poderia muito bem ser apenas uma extensão cinematográfica de qualquer programa do National Geographic. Nem mesmo a tensão das novas sequências e a repaginação dark do roteiro conseguem nos comover, e isso sem falar da completa falta de química entre basicamente todos os personagens – salvo Timão (Billy Eichner) e Pumba (Seth Rogen).

4. CINDERELA (2015)

Cinderelaparece ter tido o efeito contrário do esperado no público, o qual alegava que a produção era ruim por não ser fiel à animação – mas, na verdade, a investida de Kenneth Branagh no panteão Disney é competente o suficiente para alcançar o patamar de uma boa remasterização.

Apesar de Lily James entregar uma boa atuação, Cate Blanchett rouba nossa atenção em uma versão ainda mais cruel de Lady Tremaine. E, se as músicas clássicas fizeram falta, Helena Bonham Carter como a Fada Madrinha e os incríveis efeitos especiais desviam nosso foco e, no final das contas, nos divertem mais uma vez

3. A BELA E A FERA (2017)

Nenhum remake em live-action é necessário, por assim dizer. Nem mesmo as melhores produções se desvencilham desse rótulo – afinal, por que não apenas ficar com as obras originais? Dito isso, Bill Condon fez um trabalho considerável ao levar ‘A Bela e a Fera’ de volta aos cinemas, ganhando aclame pela fidelidade à obra original, pelos elementos teatrais que compuseram a narrativa e pelas atuações de Emma Watson, Dan Stevens e Luke Evans.

É claro que a estética da mobília que compõe o elenco coadjuvante pode assustar por seu chocante realismo, mas ao menos as vozes por trás dos personagens imprimem uma atuação surpreendentemente boa – e até mesmo as canções originais recebem um escopo diferente e prático.

2. ALADDIN (2019)

Aladdin pode não ter feito o sucesso que prometeu entre a crítica, mas considerando as extensas investidas da Disney em recriar suas próprias peças fílmicas, o longa-metragem cumpre o que promete e cria uma mística aventura liderada por Mena Massoud como o personagem-título e Will Smith como uma hilária rendição do icônico Gênio da Lâmpada.

Com exceção de alguns deslizes, incluindo a música original e a atuação canastrona de Marwan Kenzari, o resultado é interessante, envolvente e dançante em aspectos inesperados – além de uma hábil performance de Naomi Scott como a Princesa Jasmine.

1. MOGLI: O MENINO LOBO (2016)

Jon Favreau é conhecido por ser um dos nomes mais versáteis da indústria do entretenimento contemporânea – mas seu sucesso veio com um dos filmes mais memoráveis da década: ‘Mogli: O Menino Lobo’.

A nova versão do clássico de Rudyard Kipling alcançou o feito de melhorar a animação original, mesmo tendo feito alguns cortes de protagonismo (como Kaa, que aparece menos do que deveria) e abandonado o choque pós-vaudeville de 1967. Porém, no geral, as aventuras do protagonista-título ganharam uma dimensão fotorrealista de impressionante catarse cênica e todas as expressões antropomorfizadas que não existem em O Rei Leão aparecem aqui com deliciosas atuações de Bill Murray, Ben Kingsley, Scarlett Johansson e outros.

Não é surpresa que o filme tenha recebido uma série de prêmios, incluindo a estatueta de Melhores Efeitos Especiais no Oscar 2017 e Melhor Produção no Annie Awards (um dos circuitos de maior prestígio na animação). Além de recuperar a glória dos estúdios Disney, ‘Mogli’ tornou-se base para longas-metragens futuros – e suas conquistas deveriam ser seguidas à risca.

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Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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