quinta-feira , 21 novembro , 2024

Crítica | Sob o Mesmo Céu

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Imagine a sensação de estar dormindo em uma cama confortável enrolado em um cobertor quentinho. Pois essa é a sensação de assistir Sob o Mesmo Céu (Aloha). Trata-se de um filme, mesmo considerando todos os seus defeitos, bastante agradável de assistir. Que não tem momentos muito tristes, praticamente, mas raramente é monótono; Conseguindo nos manter minimamente atraídos sem deixar de ser aconchegante.

As relações entre os personagens e as atuações são os grandes pilares dessa sensação “ensolarada” que o filme nos dá. Embora algumas atuações pareçam esquemáticas em alguns momentos, em média tem um aspecto televisivo, no qual os personagens parecem estar de bem com a vida e todos se dão bem; algo que encaixa muito bem na narrativa. Isso é reforçado por cenas bastante cotidianas que mostram os personagens em sua casa ou trabalho, geralmente, em momentos felizes.



sobomesmoceu_1

Embora Brian Gilcrest (Bradley Cooper) seja descrito pelos outros personagens como um sujeito infiel e mau caráter, visualmente, nunca soa assim. Brian é retratado como um homem que se entrega a paixões (embora só tenha uma, de fato) e que, mesmo sendo capaz de ludibriar pessoas para conseguir algum objetivo, quase sempre acaba optando pelo caminho mais correto. Até o resultado do conflito maior da narrativa, a colocação de uma espécie de satélite na órbita, é um resultado positivo.

Dessa forma, alguns aspectos do longa ficam confusos para quem assiste. Nunca sabemos se os personagens estão realmente felizes da maneira como se encontram. O relacionamento de Brian com Tracy (Rachel McAdams) nunca fica claro. Os dois transitam entre um amor instintivo e inevitável, para um esquecimento duro e forçado, mas que em alguns momentos, parecem genuinamente felizes na ausência do outro; nunca ficando clara a natureza da relação desses personagens. A própria Capitã Ng (Emma Stone) muda de acordo com a vontade do roteirista. Sendo retratada, de início, como uma mulher forte e disciplinada que é completamente comprometida com o exército, para momentos depois, se portar como uma mulher extrovertida e relaxada.

sobomesmoceu_5

Junto a isso, há uma tentativa artificial de implantar uma dose de misticismo citando a mitologia havaiana, que se manifesta em cortinas balançando, céu nublado e portas batendo sozinhas (hã?). Algo que, apesar de não prejudicar o filme em excesso, não faz sentido e nem adiciona a história.

Se algumas das situações mais tensas são ofuscadas por uma montagem descontrolada e ineficaz, a comédia é um dos pontos altos do filme. John Krasinski e Bill Murray conseguem fazer rir sem dizer uma palavra, apenas com seus rostos.

As cenas cômicas e românticas são alternadas de modo orgânico. E por serem muito boas (salvo poucas exceções), o filme se torna gostoso de assistir.

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As relações entre os personagens e as atuações são os grandes pilares dessa sensação “ensolarada” que o filme nos dá. Embora algumas atuações pareçam esquemáticas em alguns momentos, em média tem um aspecto televisivo, no qual os personagens parecem estar de bem com a vida e todos se dão bem; algo que encaixa muito bem na narrativa. Isso é reforçado por cenas bastante cotidianas que mostram os personagens em sua casa ou trabalho, geralmente, em momentos felizes.

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Embora Brian Gilcrest (Bradley Cooper) seja descrito pelos outros personagens como um sujeito infiel e mau caráter, visualmente, nunca soa assim. Brian é retratado como um homem que se entrega a paixões (embora só tenha uma, de fato) e que, mesmo sendo capaz de ludibriar pessoas para conseguir algum objetivo, quase sempre acaba optando pelo caminho mais correto. Até o resultado do conflito maior da narrativa, a colocação de uma espécie de satélite na órbita, é um resultado positivo.

Dessa forma, alguns aspectos do longa ficam confusos para quem assiste. Nunca sabemos se os personagens estão realmente felizes da maneira como se encontram. O relacionamento de Brian com Tracy (Rachel McAdams) nunca fica claro. Os dois transitam entre um amor instintivo e inevitável, para um esquecimento duro e forçado, mas que em alguns momentos, parecem genuinamente felizes na ausência do outro; nunca ficando clara a natureza da relação desses personagens. A própria Capitã Ng (Emma Stone) muda de acordo com a vontade do roteirista. Sendo retratada, de início, como uma mulher forte e disciplinada que é completamente comprometida com o exército, para momentos depois, se portar como uma mulher extrovertida e relaxada.

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Junto a isso, há uma tentativa artificial de implantar uma dose de misticismo citando a mitologia havaiana, que se manifesta em cortinas balançando, céu nublado e portas batendo sozinhas (hã?). Algo que, apesar de não prejudicar o filme em excesso, não faz sentido e nem adiciona a história.

Se algumas das situações mais tensas são ofuscadas por uma montagem descontrolada e ineficaz, a comédia é um dos pontos altos do filme. John Krasinski e Bill Murray conseguem fazer rir sem dizer uma palavra, apenas com seus rostos.

As cenas cômicas e românticas são alternadas de modo orgânico. E por serem muito boas (salvo poucas exceções), o filme se torna gostoso de assistir.

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