quinta-feira , 26 dezembro , 2024

The Batman | Conheça as BASES do projeto que seria COMANDADO por Ben Affleck

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Filme arquivado teria uma proposta ambiciosa

Com a estreia de The Batman, aumenta também a expectativa de como o filme irá performar em todos os segmentos. No entanto, uma lembrança que a produção continua a disparar, ainda que não seja uma sombra sobre a produção, é o nunca iniciado filme homônimo que seria dirigido por Ben Affleck e inserido no DCEU. 



No que já foi exposto anteriormente pelo diretor do vindouro filme com Robert Pattinson, o conceito apresentado no roteiro assinado por Geoff Johns e Chris Terrio apontava para um caminho dito como “Bondniano”, ou com grandes similaridades a como os filmes do agente James Bond são estruturados, o que levou Matt Reeves a repensar a ideia desde a base para algo mais do seu gosto.

Isso significa um enredo mais fincado em elementos investigativos que fazem jus a uma característica pouco explorada do Batman, nos cinemas pelo menos, que é seu lado detetive. Até onde o cineasta indica, o material anterior teria um foco maior nas capacidades de combate do vigilante, principalmente em um ambiente de desvantagem.

O filme de Matt Reeves herdou apenas o nome.

No período que antecedeu ao lançamento de Liga da Justiça, em 2017, o intérprete do Homem-Morcego ventilava esporadicamente a visão que ele tinha para uma aventura solo do herói. O planejamento contava com ampla participação do mercenário Deathstroke (introduzido nas cenas pós-créditos do crossover, interpretado por Joe Manganiello) junto a outros ilustres inimigos do Batman.

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O cenário ventilado pelo diretor\ator também despertava curiosidade, uma vez que ele era apontado como sendo o Asilo Arkham. No que consta, Batman se veria preso no famoso sanatório junto a vários outros internos, além de um Deathstroke com plena ciência da identidade civil do vigilante.

Quando se fala de Batman preso em pleno Arkham com muitos de seus inimigos, é inevitável voltar para o ano de 1989 quando um jovem autor escocês, de nome Grant Morrison, assinou sua primeira história envolvendo o Batman

Grant Morrison entregou a obra que se tornou referência sobre o famoso manicômio.

Ainda assim, para entender como o enredo foi construído é preciso entender o que levou o autor a esse momento. O quadrinista integrou um importante movimento ocorrido nos anos 80, conhecido como a Invasão Britânica. Esse acontecimento simbolizou o ponto em que grandes nomes da indústria de quadrinhos do Reino Unido, principalmente daqueles que integravam a equipe da revista 2000 AD, migraram para os EUA.

Os motivos variavam, porém, muitas vezes coincidiam com o descontentamento político que esses profissionais nutriam com o governo Margaret Thatcher; soma-se ainda um incentivo que a própria DC Comics apresentava aos artistas e o resultado é um choque cultural com uma indústria que em pouco menos de uma década entrara na era de bronze.

Com tais nomes chegando (Alan Moore; Brian Bolland; Neil Gaiman entre outros) veio essa mesma carga para as histórias, causando um efeito inevitável de “amadurecimento” de vários títulos como Monstro do Pântano, Sandman (não mais um vigilante mascarado) e o próprio Batman

Neil Gaiman é um dos representantes da “invasão britânica”.

Começando por 1986, quando o norte-americano Frank Miller redefiniu o herói em Retorno do Cavaleiro das Trevas; passando por 1987, quando o mesmo autor assinou aquela que é considerada sua origem definitiva em Ano Um, e 1988 com Piada Mortal do britânico Alan Moore até concluir em 1989 com Asilo Arkham: Uma Casa Séria em um Mundo Sério.

Na trama escrita por Grant Morrison, os criminosos internados em Arkham, liderados pelo Coringa, se rebelam e tomam o controle das instalações. Com os funcionários feitos de refém, o Palhaço Príncipe do Crime exige a presença do Homem-Morcego dentro do sanatório. Sem alternativas à mão, Batman adentra o local tendo que enfrentar não só os perigos físicos mas também seus próprios demônios.

Tanto em Asilo Arkham quanto no projeto de Affleck, Batman é inserido em um cenário desfavorável no famoso hospital psiquiátrico. Se nos quadrinhos a desvantagem evolui rapidamente para ferimentos físicos que vão se acumulando, potencialmente o filme seguiria um caminho similar quanto a expor as fragilidades físicas do herói.

Porém, acima de tudo, essa premissa de confinamento concede a possibilidade, quase automática, de expor os maiores traumas do personagem e suas raízes psicóticas. Não surpreendente, em 1994 a série animada do Batman lançou o episódio “Trial” em que o herói é convocado até o Arkham para ser julgado por seus inimigos em uma simulação de tribunal, tendo o Coringa como juiz.

Mesmo não havendo maiores confirmações do projeto é bem provável que Deathstroke tivesse um papel central dentre os desafios do detetive, motivado sobretudo por uma vingança que muito pouco foi mostrada. Ainda que a ideia tenha sido apagada, é válido um exercício de projeção sobre como seria a reflexão da mentalidade do experiente e amargurado Batman de Ben Affleck dentro dos muros do sanatório. 

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No que já foi exposto anteriormente pelo diretor do vindouro filme com Robert Pattinson, o conceito apresentado no roteiro assinado por Geoff Johns e Chris Terrio apontava para um caminho dito como “Bondniano”, ou com grandes similaridades a como os filmes do agente James Bond são estruturados, o que levou Matt Reeves a repensar a ideia desde a base para algo mais do seu gosto.

Isso significa um enredo mais fincado em elementos investigativos que fazem jus a uma característica pouco explorada do Batman, nos cinemas pelo menos, que é seu lado detetive. Até onde o cineasta indica, o material anterior teria um foco maior nas capacidades de combate do vigilante, principalmente em um ambiente de desvantagem.

O filme de Matt Reeves herdou apenas o nome.

No período que antecedeu ao lançamento de Liga da Justiça, em 2017, o intérprete do Homem-Morcego ventilava esporadicamente a visão que ele tinha para uma aventura solo do herói. O planejamento contava com ampla participação do mercenário Deathstroke (introduzido nas cenas pós-créditos do crossover, interpretado por Joe Manganiello) junto a outros ilustres inimigos do Batman.

O cenário ventilado pelo diretor\ator também despertava curiosidade, uma vez que ele era apontado como sendo o Asilo Arkham. No que consta, Batman se veria preso no famoso sanatório junto a vários outros internos, além de um Deathstroke com plena ciência da identidade civil do vigilante.

Quando se fala de Batman preso em pleno Arkham com muitos de seus inimigos, é inevitável voltar para o ano de 1989 quando um jovem autor escocês, de nome Grant Morrison, assinou sua primeira história envolvendo o Batman

Grant Morrison entregou a obra que se tornou referência sobre o famoso manicômio.

Ainda assim, para entender como o enredo foi construído é preciso entender o que levou o autor a esse momento. O quadrinista integrou um importante movimento ocorrido nos anos 80, conhecido como a Invasão Britânica. Esse acontecimento simbolizou o ponto em que grandes nomes da indústria de quadrinhos do Reino Unido, principalmente daqueles que integravam a equipe da revista 2000 AD, migraram para os EUA.

Os motivos variavam, porém, muitas vezes coincidiam com o descontentamento político que esses profissionais nutriam com o governo Margaret Thatcher; soma-se ainda um incentivo que a própria DC Comics apresentava aos artistas e o resultado é um choque cultural com uma indústria que em pouco menos de uma década entrara na era de bronze.

Com tais nomes chegando (Alan Moore; Brian Bolland; Neil Gaiman entre outros) veio essa mesma carga para as histórias, causando um efeito inevitável de “amadurecimento” de vários títulos como Monstro do Pântano, Sandman (não mais um vigilante mascarado) e o próprio Batman

Neil Gaiman é um dos representantes da “invasão britânica”.

Começando por 1986, quando o norte-americano Frank Miller redefiniu o herói em Retorno do Cavaleiro das Trevas; passando por 1987, quando o mesmo autor assinou aquela que é considerada sua origem definitiva em Ano Um, e 1988 com Piada Mortal do britânico Alan Moore até concluir em 1989 com Asilo Arkham: Uma Casa Séria em um Mundo Sério.

Na trama escrita por Grant Morrison, os criminosos internados em Arkham, liderados pelo Coringa, se rebelam e tomam o controle das instalações. Com os funcionários feitos de refém, o Palhaço Príncipe do Crime exige a presença do Homem-Morcego dentro do sanatório. Sem alternativas à mão, Batman adentra o local tendo que enfrentar não só os perigos físicos mas também seus próprios demônios.

Tanto em Asilo Arkham quanto no projeto de Affleck, Batman é inserido em um cenário desfavorável no famoso hospital psiquiátrico. Se nos quadrinhos a desvantagem evolui rapidamente para ferimentos físicos que vão se acumulando, potencialmente o filme seguiria um caminho similar quanto a expor as fragilidades físicas do herói.

Porém, acima de tudo, essa premissa de confinamento concede a possibilidade, quase automática, de expor os maiores traumas do personagem e suas raízes psicóticas. Não surpreendente, em 1994 a série animada do Batman lançou o episódio “Trial” em que o herói é convocado até o Arkham para ser julgado por seus inimigos em uma simulação de tribunal, tendo o Coringa como juiz.

Mesmo não havendo maiores confirmações do projeto é bem provável que Deathstroke tivesse um papel central dentre os desafios do detetive, motivado sobretudo por uma vingança que muito pouco foi mostrada. Ainda que a ideia tenha sido apagada, é válido um exercício de projeção sobre como seria a reflexão da mentalidade do experiente e amargurado Batman de Ben Affleck dentro dos muros do sanatório. 

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