No último dia 19 de abril, a múltipla vencedora do Grammy Taylor Swift voltou a parar o mundo com o lançamento de seu aguardado 11º álbum de estúdio, ‘The Tortured Poets Department’.
Ao longo de 16 faixas na versão padrão e nada menos que 31 iterações na versão dupla, o álbum funciona como um “compilado de criação imperativa”, conforme explicado pela própria cantora e compositora, e acompanha as cinco fases de luto através de longas e pessoas narrativas.
Contando com colaborações com Post Malone e Florence and the Machine, o disco já caiu no gosto dos fãs da “loirinha”, quebrando inúmeros recordes de transmissão no Spotify e nas plataformas de streaming – e, para celebrar o lançamento do projeto, preparamos uma lista ranqueando as cinco melhores canções.
Confira abaixo as nossas escolhas:
5. “CLARA BOW”
Taylor possui uma bagagem cultural gigantesca sobre as várias esferas artísticas da sociedade e constantemente utiliza esse conhecimento para construir metáforas e comparações em suas narrativas. Esse é o caso de “Clara Bow”: a track faz menção direta à icônica atriz da Era Muda de Hollywood que também alcançou sucesso na transição para os talkies, consagrando-se como uma das grandes It girls da época. A canção, recheada de exímias figuras de linguagem, traz reminiscências de ‘folklore’ e ‘Midnights’ e é adornada com um profundo arranjo do baixo, da bateria e do piano.
4. “WHO’S AFRAID OF LITTLE OLD ME?”
É notável como o novo compilado de originais de Swift puxa elementos de suas outras incursões no cenário fonográfico – e a instigante melancolia de “Who’s Afraid of Little Old Me?” é uma das faixas-miméticas a aparecerem no álbum. A construção da track preza mais pela rendição vocal do que pela profundidade sonora e, pouco antes do refrão, se converte em uma power-ballad aos moldes da impecável “Out of the Woods”.
3. “THE BLACK DOG”
“The Black Dog”, que faz parte de uma das versões deluxe da obra, é uma tocante e envolvente balada que merecia a chance de se tornar single por todos os sentimentos que evocam e pela universalidade promovida aos ouvintes – bem como de um crescendo apaixonante e dilacerante.
2. “LOML”
Para aqueles que acompanham a carreira de Swift, sabe-se que a performer tem uma habilidade invejável e espetacular de construir baladas pungentes e bastante impactantes – e é claro que ‘The Tortured Poets Department’ traria algumas incursões muito bem arquitetadas. Nesse âmbito, insurge “Loml”, uma derradeira reflexão desde os primeiros toques do piano clássico, reiterando a mágica que Swift tem a habilidade de criar com o instrumento, projetando uma tristeza teatral e confessional em cada uma das palavras proferidas.
1. “FORTNIGHT”, feat. Post Malone
A track de abertura, ‘Fortnight’, puxa colaboração com Post Malone em uma sólida narrativa sonora movida por uma amálgama do baixo e dos sintetizadores, explodindo em uma melancólica balada. Cada imagem arquitetada é pensada com cautela (com destaque aos versos “todas as minhas manhãs são segundas/ presas em um fevereiro interminável”, em referência ao momento letárgico entre o fim do inverno norte-americano e o começo da primavera).